Fotos: Renato Andrade/Cidadeverde.com
O Plano Brasil Sem Fome será lançado nesta quinta-feira (31) pelo presidente Lula no Piauí. O programa será dividido em três eixos e tem como um dos objetivos retirar o país do mapa da fome da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) até 2030.
Segundo um relatório divulgado em julho pela organização, no Brasil, 70,3 milhões de pessoas estão em estado de insegurança alimentar moderada, que é quando possuem dificuldade para se alimentar. O levantamento também aponta que 21,1 milhões de pessoas no país estão em insegurança alimentar grave, caracterizado por estado de fome.
De acordo com a secretária extraordinária de Combate à Fome do Ministério do Desenvolvimento (MDS), Valéria Burity, a proposta é fortalecer a rede de assistência em parceria com estados e municípios.
O primeiro eixo visa justamente a integração dos Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e de Assistência de Saúde e a criação de um programa de alimentação no Sistema Nacional de Informação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
O segundo eixo é voltado para a produção e consumo de alimentos saudáveis, sobretudo nos grandes centros urbanos onde foi diagnosticada uma grande concentração de pessoas em situação de vulnerabilidade e de insegurança alimentar.
O terceiro eixo corresponde à retomada do programa de aquisição e distribuição de alimentos, além de caravanas do Brasil Sem Fome que devem percorrer cidades e estados onde essa problemática avançou mais avançou nos últimos anos.
“É um programa de concertação, inspirado em outros programas. Assim como a gente teve o Fome Zero e o Brasil sem Miséria. Ele foi inspirado nesses programas e está muito atento ao contexto que temos hoje, que é o grande aumento da desigualdade afetando enormemente alguns grupos e segmentos da população”, citou a secretária extraordinária do MDS.
Além da meta de retirar o país do mapa da fome da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) até 2030, o Plano Brasil Sem Fome também tem como objetivo a redução das desigualdades sociais em todo o país.
“Outra meta é reduzir muito significativamente os índices de insegurança alimentar grave e média no Brasil. Só temos 40% da população em segurança alimentar, então queremos ampliar esse contingente de pessoas em segurança alimentar, além da redução da pobreza ano a ano”, concluiu Valéria Burity.
Para Regina Sousa, secretária estadual de Assistência Social e Cidadania (Sasc-PI), a iniciativa retoma uma série de ações assistenciais que foram desmontadas pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Na verdade nós estamos reorganizando aquilo que fizemos nos primeiros governos Lula e Dilma, que foram desmontados. Estamos reorganizando e retomando aquilo que a gente fez”, disse a gestora piauiense nesta quarta-feira (30), durante coletiva de imprensa no Palácio de Karnak para apresentar as ações e metas do programa.
Breno Moreno
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