Cidadeverde.com

Prefeitos do Piauí aguardam auxílio de R$ 90 milhões e temem demissões devido FPM

Imprimir

Foto: Renato Andrade/ cidadeverde.com

Por Paula Sampaio


O presidente da Associação de Prefeitos do Piauí (APPM), Toninho da Caridade (PSD), afirmou nesta quarta-feira (20), que gestores municipais aguardam auxílio financeiro de pelo menos R$ 90 milhões, anunciado pelo presidente Lula (PT) após queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios - FPM.

Nesse caminho, os municípios do Piauí que tem um índice de 0.6 receberiam, por exemplo, o valor de R$ 257 mil para investir em áreas como saúde e educação. 

A proposta que foi enviada pelo Governo já foi aprovada pela Câmara Federal e tramita no Senado e é a esperança dos gestores para desafogar os cofres públicos de prefeituras. Segundo Toninho da Caridade, este é o quarto mês consecutivo que o repasse chega às cidades em queda. A diminuição chegou a 50% no mês de agosto. 

“Um exemplo de hoje, que é dia 20, os municípios 0.6, que são 80% dos municípios do Piauí, estão recebendo um valor de R$ 52 mil reais. E para você ter ideia, não tem nenhum município que repassa menos de R$ 80 mil para a Câmara. Então, é um momento de ajuste. Os municípios precisam ajustar as contas para que não sejam surpreendidos. Porque é um momento difícil e é um momento que precisa ser apertado e cortar na própria carne até que esse auxílio financeiro chegue e possa socorrer os municípios”, declarou. 

Questionado pelo portal Cidade Verde, Toninho da Caridade admitiu que boa parte das prefeituras piauienses ainda trabalham com a possibilidade de diminuir a folha de pagamento e que a possibilidade de demissões ainda está em pauta. 

“A situação ainda é essa, ainda se fala da possibilidade de demissões. Olha, o prefeito tem que cumprir a lei de responsabilidade fiscal. Ele não pode gastar mais do que 54% com folha de pagamento. Se o repasse caiu e ele manter a mesma estrutura administrativa, as contas não vão bater. Então, tem que rever cada um, sentar com contabilidade, ver como é que está essa questão do índice e acredito que a maioria vai ter que reduzir pessoal para que possa ajustar as contas municipais, até para que possa chegar o fim do ano e não ter essa surpresa negativa de ter suas contas reprovadas por não cumprimento da lei de responsabilidade fiscal”, disse. 

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais