Segundo o diretor do Hospital Infantil, doutor Marcelo Madeira, o atestado de óbito foi dado pela conseqüência da morte, que foi uma diarréia crônica 'a esclarecer'. “Ele foi internado com uma alteração no sistema digestivo, no qual perdia grande quantidade de proteínas, que baixava sua imunidade, provocava vômitos, diarréia e febre. Mas a doença base, não foi possível detectar”, explicou o médico.
O diretor afirma que todos os exames foram realizados, para tentar buscar um diagnóstico, desde tomografias, colonoscopias (biópsias do intestino) e inúmeros exames de laboratórios, mas todos os inconclusivos.
“Em apenas um dos seis prontuários do Daniel, foram realizados 54 tipos de exames diferentes, em outro 37. O Ministério Público do Estado acompanhou o caso. Nos colocamos a disposição dos pais e foram realizamos exames até em clínicas particulares, pagos por nós, para darmos agilidade à procura do diagnóstico e não foi possível identificar a doença”, destacou Marcelo Madeira.
“Todo mundo sabe que o Hospital Infantil é um hospital escola. Se um dia uma mãe disser que não quer que seu filho seja visto por um estudante é permitido. Só que isso nunca aconteceu”, afirmou Marcelo Madeira.
Na unidade de saúde são atendidas 2.100 crianças por mês. São 90 leitos com 100% de ocupação, sendo 20 leitos cirúrgicos com 200 cirurgias/mês. “A nossa taxa de mortalidade na UTI é relativamente baixa, pela quantidade e gravidade de doenças que recebemos”, avaliou o médico Marcelo Madeira.
Caroline Oliveira
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