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Caso Kamila Carvalho: polícia faz reconstituição para esclarecer morte; marido continua preso

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Por Graciane Araújo e Tiago Melo (TV Cidade Verde)

Passado um mês, a morte da dona de casa Kamila Carvalho ainda não foi esclarecida. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ainda tem dúvidas se a vítima tirou a própria vida ou se foi assassinada. O marido dela, o empresário Eliésio Marinho, segue preso, de forma cautelar. Nesta terça-feira (28) foi realizada uma reprodução simulada para tentar elucidar as circunstâncias do caso. 

O marido de Kamila e o advogado dele, primeira pessoa que esteve no local onde ela foi achada morta, participaram da reprodução simulada. Sete peritos realizaram a reconstituição do caso que foi acompanhada pelo DHPP. 

"A perícia analisou o que foi relatado por uma das partes [Eliésio] e fará uma análise técnica da probabilidade ou não disso ter acontecido, de acordo com a versão dele. Toda a investigação, desde as oitivas até à realização dos laudos técnicos, tudo vai colaborar para o relatório final do inquérito. A perícia foi realizada e estamos aguardando os laudos. Foi pedida a prorrogação da prisão dele até que a gente consiga concluir o inquérito. Ele sustenta ainda a tese de que a vítima teria tirado a própria vida. A conclusão mesmo só ao final com o relatório", disse a delegada Nathália Figueiredo, que preside o inquérito policial. 

Foto enviada ao Cidadeverde.com

Kamila Carvalho foi encontrada caída no chão, ao lado da cama, com uma faca na mão e uma pistola .40 próxima ao corpo, na residência do casal, no bairro Aeroporto, zona Norte de Teresina.  Foi o advogado do empresário que acionou a Polícia Militar e informou sobre a ocorrência. O empresário já tinha saído do local com a filha do casal.

As circunstâncias da morte de Kamila tem sido marcado por contradições. Em depoimento, o empresário disse que a esposa havia colocado a arma na cabeça e feito o disparo, mas o laudo cadavérico comprovou que o tiro foi a longa distância. A arma, supostamente usada no caso, estava travada, mesmo após ter sido realizado o disparo. 

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"Escutamos a versão da investigada, a pedido da delegada, fizemos os devidos registros, fotografias e vamos estudar tecnicamente a versão dele e confrontá-la com laudos periciais que estão sendo desenvolvidos desse caso: o laudo de local de crime, laudo de balística, laudo de DNA. Então, na verdade, a reprodução formulada é uma etapa a mais do estudo desse caso, serve para descartar ou confirmar uma hipótese", explica Ilka Barros, coordenador do grupo de reprodução simulada.

Gustavo Uchôa, atual advogado do empresário, sustenta que Eliésio Marinho é inocente.

"O Elésio é inocente. Desde a primeira oportunidade que ele manifestou sua inocência, pediu que se fizesse exame para saber se havia vestígio de pólvora em sua mão [...] pediu até por escrito. É um sinal que ele é inocente e que quer provar sua inocência. Essa reprodução dos fatos é de interesse da defesa. Ele não opôs. Espero que, ao final, a delegada conclua pelo não indiciamento e ponha ele em liberdade", disse o advogado.

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