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Presidente sanciona lei que reconhece como manifestação da cultura nacional as obras do poeta Torquato Neto

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Foto: Vitrine Filmes/divulgação

Por Bárbara Rodrigues

O presidente da república em exercício, Geraldo Alckmin, sancionou lei de nº 14.742, de 30 de novembro, que reconhece como manifestação da cultura nacional as obras do poeta, compositor, cineasta e jornalista piauiense Torquato Pereira de Araújo Neto.

A lei é de autoria do deputado Flávio Nogueira (PT). Ela foi aprovada no Senado no dia 24 de outubro deste ano, e agora a lei foi sancionada.

Agora as obras de Torquato Neto são reconhecidas como uma manifestação da cultura nacional.

“A transformação da minha proposta em lei é um reconhecimento à relevância das obras desse grande artista piauiense, que se destacou como poeta, compositor, cineasta e jornalista. Torquato Neto é um dos criadores do Tropicalismo, um dos movimentos culturais mais revolucionários e importantes do Brasil”, afirmou o deputado Flávio Nogueira.

 

 

O governador Rafael Fonteles comemorou a publicação da lei. "Essa iniciativa celebra a grandiosidade e a relevância cultural do nosso Anjo Torto. Viva a cultura piauiense!", disse o gestor pelas redes sociais.

 

 

O poeta

Torquato Pereira de Araújo Neto nasceu em Teresina em 1944. Em 1961 mudou-se para Salvador, onde conheceu Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa. A partir de 1963, no

Rio de Janeiro, formou com esses e outros artistas, como Capinam e Tom Zé, o movimento tropicalista, que fundia referências de gêneros musicais diversos, como a bossa nova, o rock e ritmos regionais.

Entre suas primeiras letras está Louvação, lançada inicialmente por Elis Regina e, posteriormente, pelo seu coautor, Gilberto Gil, em 1967. Nos anos seguintes, compôs letras como Geleia Geral, Mamãe, Coragem e Pra Dizer Adeus, musicadas por Gil, Caetano Veloso e Edu Lobo, respectivamente.

Em 1968, após a prisão de Caetano e Gil, resolveu deixar o Brasil. Depois de um ano morando em Londres e Paris, retornou ao Rio de Janeiro.

Entre 1970 e 1972, Torquato atuou nos filmes Nosferatu no Brasil e A Múmia Volta a Atacar, de Ivan Cardoso, além de Helô e Dirce, de Luiz Otávio Pimentel. Entre 1971 e 1972, redigiu a polêmica coluna “Geleia Geral”, no jornal carioca Última Hora. Nesse espaço, militou pelo cinema marginal e pelos direitos autorais e combateu o Cinema Novo e a música comercial.
Torquato Neto morreu em 1972, no Rio de Janeiro.

 

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