Foto: Ascom/ Câmara dos Vereadores
Por Marina Sérvio com informações de Elivaldo Barbosa
Acontecerá no dia 2 de janeiro uma sessão extraordinária na Câmara Municipal de Teresina para discutir os impactos na prestação de serviços de saúde pela Prefeitura de Teresina. A data foi estabelecida após reunião entre o presidente da casa, Enzo Samuel, com os vereadores que fazem parte do Conselho Municipal de Saúde da Câmara.
No mesmo encontro, que aconteceu na manhã desta quinta-feira (28), foi determinado que o conselho irá acionar o Ministério Público para pedir uma intervenção junto a gestão da Fundação Municipal de Saúde.
“O fato é que o presidente da Fundação Municipal de Saúde vai ter que vir até esta casa para explicar. Foi retirado equipamento, logo após a notícia da [sessão] extraordinária, retornou. Por que esperar acontecer a retirada desses equipamentos? Então nós precisamos dessas informações detalhadas. Mas precisamos dizer também que é importante que os órgãos de fiscalização e controle participem deste processo” afirma Enzo Samuel.
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Em relação a possibilidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI, o presidente afirmou que o vereador Venâncio Cardoso anunciou nas redes sociais que fará o pedido, e que a partir disso, a Câmara deve avaliar a possibilidade já na sessão do dia 2 de janeiro.
Estiveram presentes da reunião a vereadora Fernanda Gomes (Solidariedade), Zé Filho (Republicanos), Leonardo Eulálio (PL), além do presidente da Câmara.
Impeachment
Questionado sobre a possibilidade de abertura de um processo de impeachment, o presidente da Câmara afirmou que a medida não faz parte das pautas da sessão extraordinária.
“Nunca foi colocado isso em nenhum anúncio feito ontem. Primeiro porque eu acho que o impeachment é uma questão política. Eu acredito que um processo como esse vem muito mais prejudicar a população agora do que ajudar, pois gera uma situação de instabilidade” reitera o presidente.
Em entrevista concedida a TV Cidade Verde, o vereador Antônio José Lira (Republicanos), líder do prefeito na Câmara, afirmou que a situação vivida pela saúde na capital não deve ser politizada.
“Impeachment não é da noite para o dia não. Afastar prefeito, isso não é brincadeira não. A crise da saúde não é só em Teresina não. Estão falando em intervenção de Estado, que uma operação no HGV passa dois anos, um ano, imagina a gente sem o HUT. O HUT agora em novembro, ele teve o atendimento de um milhão. De janeiro de 2023 até outubro foram feitas 8 mil e 37 cirurgias de ortopedia, imagina a gente sem o HUT. Então são esses pontos que a população quer o resultado. Agora, fazer política em cima de uma dificuldade de saúde, que não é só em Teresina, é em todo o Estado, em todo o país, isso aí o povo está observando” afirma o vereador.
