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Caso Valdirene Torquato: acusação diz que o crime foi premeditado e espera pena máxima por feminicídio

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Atualizada às 8h30

Por Rebeca Lima e Gorete Santos (TV Cidade Verde)

Familiares e amigos de Valdirene Torquato da Silva realizam um ato nesta terça-feira (06) em frente ao Fórum Civil Criminal, no Centro de Teresina, pedindo justiça e a condenação máxima de Ezequiel Rodrigues, réu por matar a ex-esposa a facadas na Rua Goiás, no bairro Ilhotas, no dia 25 de janeiro de 2022.

O irmão de Valdirene Torquato, Janielson Eugênio, conta que a família temia pelo crime e que o réu havia prometido que iria matar sua irmã.

“A gente sempre temia porque ele sempre fazia ameaças, então acabou cumprindo o que prometeu, que era matar ela, e está aí, esbanjando para a sociedade e mostrando para os demais que querem fazer isso que podem fazer que não vai ter nada. Então, Justiça, vamos lá, vamos fazer com que ele pegue pena máxima", pede. 

Janielson Eugênio acrescenta ainda que sua família está bastante emocionada por reviver o crime hoje e espera que Ezequiel Rodrigues pegue pena máxima pelo crime de feminicídio.

“A gente está aqui hoje novamente; é até complicado a gente estar aqui toda vez, a gente lembrar todo o caso, então dá toda aquela emoção, comoção também, mas enfim. A gente tem que seguir, a gente tem que estar aqui para pedir justiça, porque a justiça tem que ser feita; o assassino tem que pegar pena máxima porque não adianta ele estar preso agora, pegar 30 anos e essa pena ser reduzida. A Justiça tem que fazer cumprir as leis e não ter brecha para ele sair”, desabafa.

 

Matéria Original 

Foto: Arquivo pessoal

Acontece nesta terça-feira (06) o julgamento de Ezequiel Rodrigues, suspeito de matar com 19 facadas a ex-esposa Valdirene Torquato da Silva na Rua Goiás, no bairro Ilhotas, zona Sul de Teresina, quando ela estava a caminho do trabalho. Em entrevista ao Notícia da Manhã, a advogada da família de Valdirene Torquato e assistente de acusação, Samila Borges, acredita que o réu seja condenado à pena máxima pelo crime de feminicídio.

“A acusação espera que ele seja condenado com a pena máxima porque foi um homicídio qualificado, de 12 a 30 anos, por meio fútil, cruel, sem chance nenhuma de defesa da vítima e o feminicídio, que são as qualificadoras do homicídio qualificado. Então, a gente espera sim que ele seja qualificado, até porque está nos autos, tem provas, tem vídeos. De acordo com o que está nos autos, foi um crime premeditado; ele pensou, calculou a todo o instante o momento de chegar até ela, e ela não teve nenhuma chance de defesa. Foi um crime cruel, 19 facadas. Então, vamos fazer de tudo para ele ser condenado com a pena máxima, e eu acredito que vai ser, todas as qualificadoras estão provadas nos autos”, destaca a advogada.

Samila Borges acrescenta que Valdirene Torquato não entrou com medida de proteção contra o ex-marido porque acreditava que ele não seria capaz de cometer o crime. 

A acusação ressalta ainda que o julgamento deverá ser longo devido à quantidade de testemunhas do caso, mas espera que a sentença contra Ezequiel Rodrigues seja definida hoje (06).

“Eu acredito que vai se estender porque tem muita testemunha, e eu acredito que a defesa vai querer elaborar uma situação. Estamos preparados para tudo, mas o que se espera é que hoje saia a sentença, que ele seja julgado", finaliza Samila Borges.

Essa será a primeira sessão de julgamento após duas audiências de instrução. Foram ouvidas as testemunhas, incluindo o próprio réu. O julgamento ocorrerá no Fórum Cível e Criminal, que fica localizado na R. Gov. Tibério Nunes, bairro Cabral. 

O caso

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com 

Valdirene Torquato da Silva tinha 42 anos e estava a caminho do trabalho quando foi surpreendida e atacada no dia 25 de janeiro de 2022. Ela trabalhava como doméstica em um condomínio que fica nas proximidades do local onde foi morta. Ela foi atingida por golpes de faca. 

O réu, apontado como  autor do crime, é o ex-marido Ezequiel Rodrigues. À época, ele foi preso pela Polícia Militar. Ele fugiu do local após o crime, mas foi capturado pelos policiais nas proximidades da estação do metrô do bairro Cabral. 

Segundo relatos da família, à época do crime, eles estavam separados havia cinco anos, mas o suspeito fazia ameaças à ex-esposa. O casal teve um filho.

Leia também: Mulher é morta a caminho do trabalho com 19 perfurações; ex-marido é preso

 

 

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