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Após fiscalização, CRM ameaça pedir intervenção parcial no HUT; prefeito quer estudo técnico da fundação

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Por Paula Sampaio e Marina Sérvio 

Uma fiscalização realizada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) nesta quarta-feira (06) apontou irregularidades no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Segundo o presidente do CRM, João Araújo Moura Fé, há falta de reposição de vários medicamentos e de alguns insumos. O presidente afirma que as autoridades já foram acionadas e não está descartada a possibilidade de interdição ética parcial caso não sejam tomadas as medidas necessárias.

"Nós recebemos denúncias de irregularidades e diante disso procedemos com a fiscalização ontem, estamos de posse de um relatório, no qual constatamos as irregularidades e nós encaminhamos para as autoridades competentes, para que as irregularidades sejam sanadas. Eu entendo que essas irregularidades podem ser sanadas de uma maneira administrativa, mas se isso persistir, nós poderemos aprovar um indício de interdição ética parcial em alguns setores do HUT para que resolvam essas problemas" afirma João Araújo Moura Fé.

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Prefeito se pronuncia sobre caso 

O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos), se pronunciou nesta quinta-feira (07), sobre nova crise no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Ele cobrou maior participação dos governos estadual e federal no custeio da saúde da capital e disse que pediu um estudo técnico à Fundação Municipal de Saúde (FMS) sobre o financiamento da área. 

Para o prefeito, é preciso colocar os “pingos nos I’s” acerca do custeio da saúde em Teresina.

“Precisamos colocar os pingos nos is para saber quem é quem nessa vulnerabilidade da saúde. Quem deve quem. Para saber quanto investe o governo do estado na saúde de Teresina e sabermos como será”, ponderou. 

Recente denúncia veiculada pelo Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) apontou a falta de antibióticos e analgésicos, além da falta de ar-condicionado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 

Foto: Renato Andrade/ Cidadeverde.com

Dr. Pessoa argumentou sobre a crise, pontuando que pacientes de outras cidades do Piauí, bem como de outras estados, são atendidas pela rede municipal, mas, não há o custeio proporcional ao número de atendimentos. 

“O problema é que não fazem os outros entes federados, o governo federal e estado, só coloca a carga no governo no municipal. Eu falei para o Dr. Italo para fazer um comparativo. Sair do ‘opa, opa’ e fazer ações concretas, analisar a quantidade de doentes que vem do Estado Piauí, principalmente, Maranhão do Tocantins e ajude a tratar esse enfermos”, disse. 

O prefeito ainda relembrou do fim do pronto socorro do Hospital Getúlio Vargas (HGV), após a criação do HUT. “Quando eu era do HGV, mais de 50% dos profissionais que foram cedidos pelo estado já não existem mais. A carga e sobre carga fica com Teresina. Pedi para fazer esse comparativo para não ficar só um lado fazendo ‘opa, opa’ e não ter essa proporcionalidade”, disse. 

Estudo embasará pedido de recurso, diz presidente da FMS 

De acordo com o presidente da FMS, Italo Costa, o estudo será técnico e vai apontar números para fundamentar o pedido feito pelo prefeito por mais recursos da saúde da capital. 

“Está sendo feito um estudo técnico, um estudo técnico para que a gente possa avaliar qual é a situação de saúde do município de Teresina, porque hoje não atende só o município, atende todo o estado do Piauí e estados e vizinhos. Então, aqui nós estamos fazendo um relatório técnico para ser apresentado e consequentemente garantir recursos para o atendimento dessa população”, disse. de um órgão do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).

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