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Família cai em golpe e perde R$ 2 milhões arrecadados para tratamento de Yasmin Aparecida

A família de Yasmin Aparecida, de 11 anos, caiu em um golpe e perdeu todo o dinheiro que seria usado para a compra de um medicamento importado para o tratamento da menina, que foi diagnosticada desde os cinco anos com neuroblastoma -- um tipo de câncer raro, que cresce em partes do sistema nervoso ou nas glândulas adrenais - situadas nos rins.

A saga começou há seis meses, em dezembro do ano passado, quando a família entrou na Justiça para conseguir, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o medicamento Danyelza, usado de forma paliativa no tratamento da menina, e que custa cerca de R$ 2 milhões. A decisão favorável saiu em 15 dias, mas o SUS recorreu, e liberação do dinheiro veio só em abril deste ano.

O dinheiro foi depositado pelo SUS na conta da importadora responsável pela entrega do remédio. O prazo, de 30 dias, venceu em 10 de maio. Doze dias depois, só parte das doses foi entregue, mas com data próxima ao vencimento e não da marca contratada.

"As medicações, quando elas saem do laboratório, principalmente o Danyelza, por ele ser um medicamento muito caro, saem com um código de rastreio. E esse código de rastreio nunca existiu”, revela Daniela Ramos, mãe de Yasmin.

A empresa, com sede em Santa Catarina, não atende mais o telefone. A mãe procurou a polícia e denunciou o suposto esquema de desvio do dinheiro que seria usado no tratamento da Yasmin.

"Todos são suspeitos nesse momento, não tem como precisar ainda quem foi o responsável por desviar esses valores e os crimes aqui apurados são tanto estelionato como organização criminosa, emissão de nota fiscal falsa e também lavagem de capital”, afirma a delegada Thais Regina Zanatta.

A mãe da menina também desconfia do envolvimento dos advogados que cuidavam do caso. "Eu havia falado com a antiga advogada 'olha, eu acho que é a importadora que deveria entrar em contato comigo, tudo'. Ficou de passar contato da importadora, não passou... Pedi cópia do processo, até mesmo do processo inteiro, não foi passado...", afirma.

"Ao que deu a entender já, eles não pesquisaram também o histórico dessas empresas. E acabou sendo contratada essa que apresentou um preço mais barato, porém que não era confiável. Caso não haja tempo, porque ela está numa corrida contra o tempo, eles sim podem ser responsabilizados até mesmo por homicídio doloso pelo dolo na forma eventual”, complementa Thais.

Agora, Daniela teme pela vida de Yasmin. "Ela tá ali lutando realmente para poder receber o Danyelza, mas como as médicas falaram, a demora pode sim levar ela a óbito a qualquer momento se a medicação não chegar’, confessa.

 

Fonte; SBT News

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