A participação da egípcia Nada Hafez, de 26 anos, na Olimpíada de Paris grávida de sete meses repercutiu nas redes sociais. A atleta de alto rendimento fez uma publicação em seu Instagram após ser eliminada nas oitavas de final pela sul-coreana Hoyoung Jeon, em que anuncia estar esperando seu primeiro filho.
"O que para você parece ser dois jogadores no pódio, na verdade eram três! Era eu, meu concorrente e meu que ainda estava por vir ao nosso mundo, bebezinho!", escreveu a atleta.
Nada disse que a "montanha-russa" de desafios da gravidez foi ainda mais difícil na "luta para manter o equilíbrio entre a vida e os esportes".
O que gestantes podem (ou não) fazer?
De acordo com o Guia de Atividade Física para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, a prática de exercícios físicos não deve ser descontinuada no período gestacional. No entanto, esportes com risco de contato físico ou algum objeto, futebol, vôlei, basquete e artes marciais, além de atividades que causem pressão na região abdominal ou mergulho em profundidade pode ser arriscado.
Segundo o preparador físico João Angelo para definir os exercícios físicos recomendados é preciso levantar alguns pontos: essa pessoa é sedentária ou fisicamente ativa; ela tem algum fator de risco, como diabetes ou doenças cardíacas.
"Partindo dessa premissa, definimos a frequência e a intensidade da prática. Um atleta, que tem um outro e todo um corpo adaptado, sendo que uma gestação para ela é diferente para quem não tem essa rotina de treinos", explica.
Segundo o Guia, caminhar, correr, dançar, nadar, pedalar, fazer ginástica, musculação, hidroginástica ou alongamentos, por exemplo, podem ser boas opções de exercícios físicos.
No entanto, o ideal é acompanhamento especializado, já que algumas adaptações podem ser necessárias para acomodação das mudanças físicas.
Prática correta de exercícios físicos na gestação na aumenta riscos
Ainda segundo o documento, a prática de exercícios físicos durante a gravidez não aumenta o risco de malformação do bebê, ruptura da bolsa, risco de aborto, risco de mortalidade do bebê após o nascimento ou qualquer risco associado à gestação, ao parto e pós-parto, como não secar o leite.
