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Entenda como funcionava esquema de tráfico de drogas e comércio de armas que movimentou R$ 800 mil em dois anos

Por Jade Araujo

Fotos: Divulgação / GAECO

O Grupo de Atuação EspeciaI de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Polícia Civil e Militar, prendeu 10 pessoas em Teresina suspeitas de integrar um grupo criminoso que atuava no tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e comercial ilegal de arma de fogo. Ao Cidadeverde.com, o delegado Luciano Alcântara detalhou o esquema que movimentou R$ 800 mil em dois anos de atuação no estado.

“O Vagner foi preso em março de 2024, apresentou o nome falso quando foi abordado, depois apresentou outro nome, e pelo levantamento vimos que ele tinha pelo menos quatro nomes falsos. Ele recebia entorpecentes de fornecedores do Amazonas, que por sua vez recebiam da Colômbia e Bolívia, e esse do Amazonas passava para o Vagner a droga por barcos e ônibus. Ele comercializava em Teresina, e cidades vizinhas do Maranhão, e com esse valor arrecadado com o tráfico ele movimentava o comercial ilegal de arma de fogo e ia lavando o dinheiro por meio da compra e revenda e veículos e aquisição de imóveis. Ele sozinho conseguiu movimentar R$ 800 mil em dois anos. Ele não tem emprego e conseguiu movimentar todo esse valor. O restante do grupo eram os traficantes que recebiam a droga e distribuíam na capital e também ficavam comercializando armas de uso policial e de CACS”, explica o delegado.

A investigação apontou que Vagner da Silva é natural do Amazonas e veio para Teresina há cerca de 3 anos para realizar a movimentação no Piauí e Maranhão. Nesse período ele apresentou diversos nomes falsos.

No ano passado ele foi preso, mas posto em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica. Segundo o delegado, ele teria removido a tornozeleira e jogado no rio, saindo do radar, voltando a ser preso novamente em março durante blitz.

Durante a operação Fragmentado, deflagrada nesta terça-feira (20) no Piauí, Maranhão e Amazonas, a polícia cumpriu 4 mandado de prisão, nas regiões Sul, Leste e Sudeste da capital, além de efetuar uma condução em flagrante na cidade de Timon, no Maranhão e cumpriu outros 5 mandados de prisão contra alvos que estavam em presídios no Piauí. Entre eles, Vagner da Silva que está preso desde março. A companheira de Vagner, identificada como Vitória, foi presa em um apartamento no bairro Saci.

“Ela foi presa em um apartamento na capital e foram encontradas 5 a 6 armas de fogo. Ela é natural do Maranhão. Ele (Vagner) já responde por homicídio no Amazonas e porte ilegal de arma de fogo no Maranhão. Temos a identidade verdadeira. Ele chegou a tirar CNH e título de eleitor, inclusive podendo votar, com nome totalmente falso, mas agora já foi levantada toda ficha”, afirma o delegado Luciano Alcântara.

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