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Vereador denúncia "indústria da ocupação" em Teresina

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O vereador Décio Solano (PT) denunciou hoje em debate no Jornal do Piauí que existe uma “indústria de ocupações” em Teresina, o que preocupa o poder público.

Semana passada, o prefeito Sílvio Mendes (PSDB) também denunciou ação de aproveitadores em invasões de terra. E que um lote de terra está sendo vendido em até R$ 500,00.

Os vereadores Décio Solano (PT), Renato Berger (PSDB), R.Silva (PP) e Teresa Brito (PV) participaram hoje de debate na TV Cidade Verde sobre o crescente número de invasões na capital do Piauí.
 

No debate, os parlamentares concordam que há a necessidade de melhor organização da prefeitura para fazer cadastro das famílias que realmente precisam de habitação.

Décio Solano reitera que existe uma indústria de ocupações bem organizada. "Existe muita gente se aproveitando. Em todas as áreas de ocupação de Teresina, 80% são de aproveitadores", afirmou.
 
Para o vereador, a prefeitura nunca enfrentou realmente o problema, e criticou a declaração de Silvio Mendes de que iria lavar as mãos em relação ao caso das ocupações. "Nunca teve competência de fazer um cadastro. O prefeito não pode lavar as mãos e deixar a questão para lá, como se ela não existisse", critica Solano.
 
Já R. Silva cobra do prefeito Silvio Mendes o compromisso de que tudo seria resolvido. "Mas ele viajou e soubemos pela imprensa que a decisão foi contrária. Ele precisa dar prioridade à questão da habitação e voltar a discutir o assunto", afirma.
 

 
O vereador sugere que seja criada uma Secretaria de Habitação do município, pois serviria como um instrumento mais rigoroso para combater o problema da falta de moradia.
 
Renato Berger defende a prefeitura das acusações. "O prefeito não está lavando as mãos, ele só não vai mais comentar sobre as invasões porque tem aqueles que estão desvirtuando", afirma.
 

 
Ele sugere que quem mora na comunidade e tem conhecimento de especuladores denuncie, "Porque isso é ruim até para o movimento. Essa denúncia impede que uma pessoa tire o direito das outras que precisam realmente", destaca Renato Beger.
 
Para Teresa Brito, dois problemas favorecem a existência dessas ocupações. "Eu não vejo pela questão da indústria. Além do déficit habitacional ser muito grande, existe o fato dos proprietários não cuidarem dos seus terrenos", afirma a vereadora.
 

 
Ela diz que no Alto da Felicidade, área ameaçada por despejo na semana passada, realmente existem muitas famílias pobres e necessitadas e que o lugar estava ocioso e abandonado quando aconteceu a ocupação. "Se existem especuladores, o cadastro pode evitar que eles se aproveitem", defende Teresa Brito.
 
Nayara Felizardo
(Especial para o Cidadeverde.com)
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