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Audiência discute inclusão de coreto na reforma da Rio Branco

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Está acontecendo nesta manhã no Ministério Público Estadual uma audiência pública sobre a revitalização da Praça Rio Branco. Professores da Universidade Federal do Piauí realizaram uma manifestação no último domingo para que o projeto inclua um coreto que existia em 1916, monumento que fez parte da construção da praça.
 

Para o professor de Ciências Sociais, Ferdinand Cavalcante, isso faz parte de uma manifestação cultural chamada "Memória Viva" e está chamando a atenção para a descaracterização do patrimônio nos últimos 30 anos. "Isso vem sendo feito rapidamente, principalmente por grupos imobiliários do centro de Teresina", afirmou.
 
Segundo o arquiteto Júlio Medeiros, responsável pelo projeto atual, sua idéia é baseada na arquitetura da década de 30. Ele afirma que tentou resgatar o valor histórico-cultural dessa época porque não se tem sequer fotografias de datas anteriores.
 

"Vamos ouvir as questões colocadas pelos professores para saber se é possível adaptar. Vamos ver até que ponto vale a pena ou não fazer essa modificação porque não é só reconstruir uma imagem, tem que saber qual foi a história desse coreto, que não mais existia na década de 30", declarou o arquiteto.

A coordenadora do Projeto de Revitalização do Centro, Carmem Neudélia, disse que duas questões envolvem essa reforma da praça. Uma é devolver a praça para o teresinense como passeio e preservar alguns elementos e atividades que eram desenvolvidas lá, como os engraxates e as bancas de revistas.
 

A promotora Cléia Cristina Fernandes afirmou que haverá uma discussão entre os professores do CCHL da UFPI, membros da Fundac, da Fundação Monsenhor Chaves e do Iphan, juntamente com a prefeitura para saber se é possível incluir o coreto no projeto.

"O Ministério Público está analisando desde junho a degradação dos bens de valor histórico-cultural do centro de Teresina, principalmente os casos dos prédios que estão sendo demolidos para a construção de estacionamentos e reforma sem restauração de prédios com valor histórico", disse a promotora.

Caroline Oliveira (flash do MPE)
Leilane Nunes (redação)
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