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Empresário denuncia na delegacia licitação que não aconteceu

O empresário Rodivaldo Nunes registrou Boletim de Ocorrência na delegacia de Amarante, 160 quilômetros ao sul de Teresina, por conta da não realização de processo licitatório marcado para a manhã desta terça-feira (29). Ele se deslocou da capital para o município no interior do Estado com o objetivo de participar da concorrência, mas não encontrou qualquer pessoa que pudesse lhe prestar informações.


Veja a resposta da comissão de licitação
Licitações de Amarante são adiadas para o início de janeiro


Segundo Nunes, a carta convite de número 019/2009 foi publicada às 14h do dia 22 de dezembro no mural de licitações do Tribunal de Contas do Estado - TCE. A licitação da Prefeitura seria para recuperação de estradas vicinais e implantação do sistema de abastecimento de água, no valor de R$ 142.590. O processo estava marcado para 8h30 de hoje. No entanto, o empresário foi surpreendido ao não encontrar a comissão de licitação em Amarante.


Nunes disse ao Cidadeverde.com que procurou o secretário de Administração do município, e o mesmo teria informado desconhecer a licitação. Ele conseguiu dois telefones onde poderia obter informações: o da presidenta da comissão, que seria Raquel Leila Vieira Lima, e o do advogado Francelino Moreira Lima, que seria seu esposo. Os dois telefones estavam desligados. Em Amarante, o empresário recebeu notícias de que o casal mora em Floriano.


O Cidadeverde.com também tentou contatar Raquel e Francelino, mas os telefones celulares continuavam desligados ou fora da área de cobertura.


O fato é que a licitação não foi realizada. Não só esse como outros quatro processos. Às 9h, haveria um pregão (08/2009) no valor de R$ 180 mil para aquisição de combustíveis. Às 10h seriam duas licitações, uma de R$ 45 para compra de combustíveis para a secretaria de Educação, e outra de R$ 130 com o objetivo semelhante, mas para a secretaria de Saúde. Às 10h30, deveria ocorrer o pregão (012/2009) para compra de material de construção. O valor era de R$ 1,5 milhão.


Dois vereadores do PT testemunharam a não realização dos processos licitatórios: José Pereira e Mateus Vilarinho. "É preocupante, porque envolve dinheiro público. Por isso acionamos o promotor para que tome as providências. Temos informações de que a presidente da comissão não mora na cidade", disse José Pereira ao Cidadeverde.com.


"Isso mostra que é uma licitação viciada e de cartas marcadas", falou ao Cidadeverde.com o empresário, que além d aqueixa crime na delegacia e de acionar o promotor do município, promete denunciar o caso ao Ministério Público Federal e Polícia Federal, por conta da existência de recursos federais envolvidos.


Yala Sena
(flash)
Fábio Lima (da Redação)
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