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Escola não paga dívida e juiz do Trabalho nomeia interventor

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Ampliada às 20h

A Justiça do Trabalho em Timon/MA, município da Grande Teresina, decidiu nomear interventor para o Colégio Estrutural Ltda. no prazo de um ano, com possibilidade de prorrogação, por descumprimento de decisões judiciais. O juiz titular da Vara do Trabalho, Francisco José de Carvalho Neto, teve como argumento 16 processos nos quais a escola é reclamada, com débitos de cerca de R$ 70 mil. O Estrutural fica no bairro Formosa e está entre as três principais escolas privadas de Timon.


O interventor foi nomeado na última quinta-feira (4) e terá prazo de 15 dias para apresentar relatório com as providências tomadas para o funcionamenot regular do colégio, bem como um esquema de pagamento mensal para quitação das dívidas trabalhistas. O valor foi fixado inicialmente em R$ 2,5 mil, mas pode ser acrescido de acordo com as circunstâncias. O primeiro depósito deve ser feito em conta judicial até 31 de março.


Carvalho Neto determinou o afastamento dos atuais diretores, fixou remuneração mensal ao interventor, e ordenou a imediata penhora do imóvel do colégio. Segundo o juiz, os únicos bens penhorados para pagamentos das dívidas não foram localizados pelos oficiais de Justiça nas diligências.


O juiz levou em consideração que o colégio não estaria cumprindo acordos homologados, e nem demonstrando vontade na liquidação dos débitos em execução. "Ao contrário, vem se portando e procedendo com o desiderato deliberado de tentar desacreditar a Justiça do Trabalho da 16ª Região, no seio da comunidade e dos próprios jurisdicionados, o que se apresenta injustificável e inaceitável", ressaltou em sua decisão. 


Interventor
Nomeado interventor na manhã da última sexta-feira, Abdias Sales de Araújo já estava no colégio desde novembro, quando arrendou o prédio. Ele disse ao Cidadeverde.com já ter tomado todas as medidas solicitadas pelo juiz, e refez as contas do débito, hoje atualizado em R$ 45 mil. A previsão é de que a intervenção, se necessária para quitar as dívidas, dure dois anos. 


Segundo Abdias Araújo, o pagamento dos funcionários, que antes sofria atrasos, está garantido, e todos os 209 alunos matriculados não terão problemas com relação as suas aulas. Houve enxugamento da folha de pagamento para garantir o funcionamento do colégio e o pagamento das dívidas. 


Da Redação
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