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FMS alerta para grande infestação de dengue na zona norte

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Recipientes plásticos, garrafas e latas jogadas em terrenos baldios, pneus, cisternas, caixas-d’água, calhas e lajes em prédios residenciais e comerciais estão incluídos entre os principais responsáveis pelos criadouros do mosquito Aedes aegypti em Teresina. É o que conclui o mais novo Levantamento de Índice Rápido (Lira), divulgado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) para monitorar e combater a dengue na cidade.


O presidente da FMS, Pedro Leopoldino, reuniu-se com a coordenadora da equipe técnica de Controle de Roedores e Vetores do Serviço de Zoonoses, Oriana Bezerra Lima, para analisar os dados e determinar o fortalecimento das ações para o combate aos criadouros, com especial atenção para a zona Norte de Teresina, onde a situação exige maior atenção nesse sentido.


De acordo com o Lira, os índices de Infestação por larvas (IPla) e por mosquito adulto (IPa) apontam diretrizes que devem ser adotadas de acordo com o percentual alcançado. Se esse índice alcança 1% significa situação de alerta. Baseada nesses números, a FMS chama a atenção da população de um modo geral para o engajamento na batalha de eliminação de criadouros do transmissor da dengue.


A situação é considerada preocupante em toda cidade, especialmente na zona Norte. Em praticamente todas as regiões há bairros em que os índices de infestação por larvas e por mosquito ultrapassam o percentual de 1%. “Isso sugere medidas urgentes por parte da população, no sentido de não favorecer o surgimento de criadouros do Aedes aegypti, evitando o despejo do lixo em locais inadequados e adotando uma atitude de cidadania”, frisa Oriana Bezerra.


“De posse desses números, a Fundação Municipal de Saúde vem tomando as providências, desde o início deste ano, quando foi divulgado o primeiro Lira”, assegura a médica veterinária da Gerência de Zoonoses. Uma das maiores preocupações, segundo ela, são os reservatórios de água residenciais. “Não podemos eliminá-los, mas nossas equipes estão trabalhando no tratamento da água em visitas domiciliares”, afirma Oriana Bezerra.


Outra medida é um forte trabalho das equipes da Estratégia Saúde da Família e do Serviço de Zoonozes na eliminação de focos do mosquito e na orientação dos moradores sobre a adoção de hábitos de vigilância dentro do imóvel residencial e fora dele. “Estamos trabalhando em parceria com as Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDUs) para incrementar o trabalho de limpeza da cidade como forma mais eficaz de combate aos criadouros”, acrescenta. “E continuamos fortalecendo o trabalho de aspiração do mosquito nos imóveis.”


Ações


Além do acondicionamento adequado do lixo para posterior recolhimento por parte do serviço de limpeza, outras medidas para evitar o surgimento de focos do mosquito são: os pneus fora de uso devem ser mantidos secos e em local coberto, protegidos de chuva. Manter bem fechados latões, poços, cisternas, caixas-d’água e outros depósitos de água para consumo, impedindo a entrada de mosquitos. Não cultivar plantas em jarros com água; plantá-las sempre em vasos com terra. Colocar areia nos pratos dos vasos de plantas. Evitar o cultivo de bromélias e outras plantas parecidas. As calhas e as lajes devem ser mantidas limpas. Lavar com bucha e manter limpos os reservatórios de água externos de geladeira, as bandejas de ar-condicionado, suportes de garrafão de água mineral e até os aquários.


O lixo recolhido nunca deve ser deixado em quintais nem jogado em terrenos baldios. Tampinhas de garrafas, cascas de ovo, embalagens plásticas, copos descartáveis ou qualquer outro objeto sem uso, por menor que seja e que possa acumular água, devem ser colocados em saco plástico, e este, fechado, à disposição da coleta do lixo. Vasilhas utilizadas como bebedouros para os animais, incluindo aves, devem ser lavadas com buchas pelo menos duas vezes por dia, e as bombas de água das piscinas devem estar sempre em manutenção para eliminar vazamento.


Da Redação
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