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Geraldo Carvalho declara adversários inimigos e é contra agronegócio

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O professor Geraldo Carvalho, candidato a governador pelo PSTU, é o terceiro entrevistado do quadro Fala Candidato no Jornal do Piauí. Em suas declarações, o socialista criticou a instalação de grandes empresas no Estado, mostrou-se contra o agronegócio, e posicionou-se contra os candidatos Silvio Mendes (PSDB), João Vicente Claudino (PTB) e Wilson Martins (PSB), os quais dizem ser financiados por grandes empresas e herdeiros de uma mesma política neo-liberal que só beneficia o privado. 
 
 

“Partimos de um programa que reflita as necessidades da classe trabalhadora e pobre do nosso país e do nosso Estado; de ruptura com o imperialismo, que assegure a soberania do nosso país”, garantiu. Carvalho afirma que os governos atuais promovem um desmonte do Estado, a destruição das políticas públicas universais – como saúde e educação – e a expansão do agronegócio. 

 
 
O candidato do PSTU afirma que o modelo de desenvolvimento através do agronegócio no Piauí é altamente destrutivo e um retrocesso. “Dois pesquisadores da universidade mostraram que 90% dos empregos no agronegócio e cerrado são semi-escravos. É uma volta do escravismo. A Suzano (indústria de celulose) trará a morte do rio Parnaíba”, assegura. Ele afirma ainda que se for eleito acabará com o incentivo fiscal a estas grandes empresas. “Estes projetos em execução no Piauí são de empresas que foram expulsas de outros lugares do país, porque lá não tem mais de onde tirar e vem destruir aqui”, descreve. Para Carvalho, o modelo ideal a ser implantado é o de agricultura familiar que vise a produção de alimentos para consumo humano direto, como arroz e feijão. 


 
 
Partido
O candidato do PSTU também aproveitou para tecer críticas aos seus adversários, o primeiro alvo foi o plano petista. “O PT ao chegar ao governo com suas alianças com PMDB e outros partidos assumiu o programa neo-liberal. Não mudou o governo, mudou o aprofundamento da política”, apontou. 

 
“PT copiou o programa do PSDB, e a gora o discurso do PSDB é o do bom gestor. É balela. Precisamos saber quais as necessidades do povo brasileiro. O desemprego. É preciso construir obras públicas, investir em reforma agrária e agricultura familiar”, diz Carvalho que considera o Movimento dos Sem Terra um dos mais importantes das últimas décadas. 

 
Geraldo Carvalho disse ainda que os candidatos João Vicente Claudino (PTB), Wilson Martins (PSB) e Silvio Mendes (PSDB) tem muitas semelhanças. “Os três são financiados por grandes empresas, empreiteiras, bancos. Qualquer um deles eleito irá aprofundar e agravar os problemas do Piauí. Não vejo diferença entre eles. São representantes da mesma política universal de desmonte das políticas públicas, do agronegócio, de rompimento com a reforma agrária, dependente de transferir o nosso dinheiro para o exterior”, acredita. 


 
Educação, Saúde e Segurança
Geraldo Carvalho diz ainda que os modelos políticos atuais abandonaram a educação e a saúde públicas para privilegiar as privadas. “Precisamos abrir mais escolas públicas, investir em educação fundamental, ensino médio, superior. A Uespi está abandonada, precisa de autonomia financeira. O HGV está sendo reformado, mas dois andares estão comprometidos com os planos de saúde privado. Não é para atender o público, mas o privado”. 

 
Sobre Segurança, o candidato diz que para diminuir a violência é preciso atacar a falta de emprego e alimentação, investir em saúde e educação. “Isso resolverá em grande parte o problema da segurança”, pontuou. Para encerrar sua entrevista, o candidato defendeu um salário para professores com base no Dieese de R$ 2.100 e garantiu que fará o reajuste ao ser eleito, pretendendo ainda abranger a mesma medida a todos os funcionários públicos estaduais.


Carlos Lustosa Filho
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