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Pesquisa: 100% dos caldos de cana analisados tinham coliformes fecais

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Um estudo feito na Universidade Federal do Piauí - UFPI - alerta para as condições de higiene de lanchonetes no Centro de Teresina. Segundo a pesquisa de universitárias, supervisionada por uma mestra pelo departamento de Nutrição, todas as amostras de caldo de cana coletadas apresentaram coliformes fecais e totais em níveis alarmantes. Os primeiros são intoleráveis pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa - em alimentos.

O estudo foi realizado entre março e junho. Foram cadastrados 21 estabelecimentos na capital, mas apenas 10 tiveram amostras coletadas para o trabalho. De acordo com a estudante Maria das Graças Silveira, todas as amostras apresentavam coliformes fecais, e mais de mil coliformes totais por mililítro - o tolerável pela Anvisa é 35/ml.


Maria Silveira, uma das duas estudantes que promoveram a pesquisa no Núcleo de Estudos e Pesquisas da UFPI, diz que as bactérias encontradas no caldo de cana podem causar diarréias, vômitos, cólera, e até o leve mal estar ao comer. Além disso, o alto teor de água da bebida favorece a proliferação de microorganismos entéricos. A contaminação pode ocorrer, por exemplo, pelo manuseio de dinheiro e do produto sem luvas. 

A estudante alerta que a pesquisa não visa incentivar pessoas a deixarem de consumir o caldo de cana, que possui alto valor nutricional, além de ser um refresco no período de baixa umidade e altas temperaturas de Teresina. "O que tem que ser feito é uma conscientização dos próprios comerciantes. Como uma pessoa vai lidar com um equipamento", conclui Maria Silveira. 


Procurada pela TV Cidade Verde, a Vigilancia Sanitária não quis se manifestar sobre o estudo. 

O resultado do trabalho será apresentado congresso nacional de nutrição em Salvador/BA.

Simplício Júnior (TV Cidade Verde)
Fábio Lima (Da Redação)
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