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Aceitação de curso a distância tem aumentado entre os empregadores

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A oferta de cursos a distância cresceu 30,4% em 2009 em relação a 2008, segundo o Censo de Educação Superior divulgado pelo MEC (Ministério da Educação). Apesar do aumento, ainda há empresas que veem com alguma estranheza essa modalidade de ensino.  “Da mesma forma que os cursos para formação de tecnólogos rendiam muitos questionamentos há alguns anos, a educação a distância também gera dúvidas, mas nada que exclua o candidato de um processo de seleção”, afirma Bruna Tokunaga Dias, gerente de carreiras da Cia de Talentos.



Para Irene Azevedo, consultora da DBM, as organizações estão mudando sua visão sobre o assunto. “A instituição escolhida para fazer o curso vai diferenciar o olhar diante do profissional”, garante. Segundo ela, o que conta é “a reputação que a instituição de ensino tem no mercado”.

As especialistas afirmam que é frequente perceber preconceito do próprio estudante de EAD, sigla para educação a distância. “Muitas vezes nós perguntamos por que escolheu fazer um curso a distância e o profissional apresenta justificativas, demonstrando insegurança com relação ao assunto. A postura deve ser contrária a essa – explicar a escolha, não justificá-la como se fosse algo errado”, diz Bruna. “Ao pensar se coloca ou não no currículo que o curso foi feito a distância, o profissional já demonstra preconceito com relação à própria formação, o que não deve acontecer”, afirma Irene.

Boas qualidades
Segundo Irene, quem faz um curso a distância demonstra que tem habilidades “interessantes” para o mercado. “Disciplina, responsabilidade, atração por novidades são características muito requeridas pelas empresas [e necessárias para fazer um curso a distância]”, explica.

O especialista em EAD, Celso Roberti, complementa: um profissional que consegue levar a sério e ter bons resultados com um curso desse tipo chega ainda mais preparado para o mercado de trabalho. “Durante o período de estudo o aluno tem diversas competências treinadas – disciplina, planejamento, proatividade, pesquisa”, afirma. “Se esse profissional precisar interagir com um par que trabalha na sede da organização em outro país, ele o fará com a maior facilidade e desenvoltura”, exemplifica.

Será que é pra mim?
Para Roberti, nada melhor que a percepção prática para descobrir se você tem “perfil” para estudar a distância. Ele indica a escolha de um curso livre, algo menos denso. “Sempre vale a pena tentar um curso de curta duração. Grandes universidades têm cursos de duas a três semanas, que são ótimos para entender a metodologia”, afirma.

Mesmo num curso curto, é bom ficar atento à escolha da instituição. Veja algumas dicas de Roberti para não cair em armadilhas:

1 – Entre no site do MEC, pesquise se a instituição é credenciada e qual é a sua avaliação.
2 – Interaja com a escola de forma virtual (por email, chat online) – nada melhor que isso para saber se um serviço a distância funciona bem.
3 – Entenda a estrutura. Quantos alunos por professor? Qual a forma de atendimento e centro de dúvidas? Enfim, questione tudo.
4 – Verifique se a instituição oferece opções compatíveis com seu tempo.
5 – Saiba se há polos presenciais da instituição na sua cidade.
6 – Cuidado com o preço. Curso muito barato pode sair caro. Não utilize exclusivamente este parâmetro para escolher.

Fonte: Uol

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