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Ato pioneiro na Uespi: professores páram aulas por falta de estruturas

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O Sindicato dos Docentes da Uespi em assembleia na manhã desta quinta-feira (17) decidiu por iniciar uma paralisação a partir da próxima segunda-feira (21), dia em que começaria o primeiro período letivo de 2011. A reivindicação dos professores é por melhores condições de trabalho, já que, segundo eles, não há sequer pincel para lousa ou mesmo papel no material de expediente.


“Tivemos uma assembleia geral com muitos professores e servidores. Não começarmos na segunda e ficamos com a paralisação até sexta. Só voltaremos quando tivermos as mínimas condições necessárias para trabalhar não só na capital como interior”, declara a professora Graça Ciríaco, presidente do sindicato. Ela explica que também foi elaborado um documento com a situação da universidade que será encaminhado para a reitoria e o governo do Estado.


Outra preocupação é que as melhorias atinjam também os campi do interior. “Picos é um dos piores, não tem nem sala. Parnaíba está muito ruim. Não temos a mínima condição estrutural. Falta clipe, pincel, até papel para imprimir a comprovante de matrícula dos alunos. Não vamos paralisar porque não queremos (trabalhar), mas porque não podemos”, pontua a professora.


Ciríaco explica ainda que a campanha salarial da categoria também terá início na próxima segunda. “Vamos passar a semana toda mobilizando os alunos, fazendo panfletagem e mostrando a nossa situação para a sociedade. A nossa data-base é em maio, mas já vamos começara  campanha salarial. Estamos em defasagem e o governo não quer negociar”, conta a presidente do sidicato, reiterando que a categoria quer a implantação do piso do Dieese que é de R$ 2.200. Segundo ela, atualmente um professor recebe em média na Uespi R$ 1 mil.


Reitor
O reitor Carlos Alberto Pereira da Silva garantiu que mesmo com este movimento organizado pelo sindicato dos docentes, as aulas na Uespi iniciarão normalmente na próxima segunda. Segundo ele, o governador Wilson Martins liberou na última terça a verba para comprar o material mais emergencial.



"O sindicato não manda mais na universidade. Ainda não a par da paralisação, mas já tomamos todas as providências para o retorno das aulas. Fizemos todos os encaminhamentos. Hoje de manhã fizemos reunião onde cada diretor de centro recebeu o suprimento necessário", declarou o reitor. Ele declara ainda que ainda falta estabelecer o contrato para abastecer outros tipos de materiais tais como impressoras, computador, televisão. "Mas este é um contrato mais caro, então leva mais tempo", pontua.




Carlos Lustosa Filho
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