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“Justiça no Brasil anda a passos de lesma”, critica Edvaldo Moura

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Durante entrevista no Jornal do Piauí desta quarta-feira (06), o presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Edvaldo Moura, garantiu o funcionamento do órgão segundo a recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com


“A justiça no país não é ágil. Ela anda a passos de lesma, mas o TJ do Piauí terá que se adaptar as novas regras. Temos que perceber a necessidade de mudanças administrativas emergenciais para que possamos ter maior eficiência”, disse o desembargador.

O presidente do TJ afirmou ainda que vai precisar solicitar a disposição de mais servidores públicos para reforçar o quadro. “Precisamos de digitadores, até profissionais qualificados para. Conheço países que trabalham até a noite. O Brasil tem que se adaptar”, avalia.



Tribunal do Júri
O desembargador comentou ainda a interdição do Tribunal do Júri de Teresina devido a infiltrações. “Essa decisão foi precipitada. Se o juiz titular tivesse conversado comigo o júri não teria sido interditado. Já fui juiz pelo interior e fiz meus júris onde dava”, explicou Edvaldo Moura.

Vagas de desembargador
Edvaldo Moura esclareceu sobre a polêmica das vagas de desembargadores que devem ser criadas no Piauí: a princípio mais duas. “Fizemos as contas e percebemos que a demanda é para mais dois desembargadores. Seria errado criar quatro cargos sem recursos para mantê-los”, informa.



Constrangimento
O presidente do TJ foi questionado por um telespectador sobre o valor que o Estado desembolsar para manter um desembargador. “Essa pergunta me constrange, mas os valores são inferiores, apenas, 5% do vencimento de um ministro do Supremo Tribunal Federal. E vão além porque temos verba para assessores e outras coisas”, esclareceu.

Lívio Galeno
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