A reunião entre Prefeitura, Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) e a comissão dos professores grevistas não chegou a um acordo. Por isso, está marcada para a próxima segunda-feira (08) uma paralisação total das aulas contando, inclusive, com o apoio de servidores insatisfeitos.



“Vamos fazer um tsunami de servidores. Quem não estiver contente com seus salários será bem vindo a parar com suas atividades e protestar”, informou o diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm), Gervásio Santos.

A greve iniciou com os professores da rede municipal de ensino, que reivindicam reajuste salarial de 47%, acordado em anos anteriores com a Prefeitura, mas já ganhou a adesão dos trabalhadores dos postos de saúde.

“Como não chegamos a um acordo, vamos paralisar todas as aulas nas escolas sob a responsabilidade da prefeitura na segunda-feira. Hoje, temos a adesão de 88% dos professores à greve. Na próxima terça-feira faremos uma nova assembléia geral para definir os rumos do movimento”, explicou o diretor do Sindserm.

Entretanto, o secretário municipal de Educação, Ribamar Torres, estranha esse alerta de paralisação total. Para ele, a reunião desta sexta representou apenas mais uma etapa do processo de negociação com os grevistas, tanto que a categoria já teria, inclusive, um encontro agendado com o secretário municipal de Governo, João Henrique Souza, para tratar o assunto.



“O que ficou acertado é que na próxima semana será enviada à Câmara uma mensagem de aumento dos salários seguindo um índice superior a inflação. Não podemos recompor perdas acumuladas em 20 anos em uma única negociação”, disse Ribamar Torres.

O parlamento de Teresina terá até o dia 16 de abril para decidir se acata, ou não, o reajuste. “Acredito que a greve é contraditória porque a prefeitura está negociando, mas aceito como um direito do trabalhador”, afirmou o gestor da Semec.

Lívio Galeno
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