Durante assinatura da obra de serviço da reforma da praça da Primavera nesta quarta-feira (20), o prefeito Elmano Férrer comentou sobre o impasse sobre o valor da passagem de ônibus urbanos na capital. Ele reuniu-se ontem com representantes dos usuários de transporte coletivo, descartou a sugestão de estatização do sistema e reiterou que irá decidir sobre o preço da passagem apenas em agosto.
Thiago Amaral/CidadeVerde.com
Ao ser questionado sobre a partir de que data o reajuste entrará em vigor, o prefeito respondeu: “Quando? Não sei. Quanto? Não sei. Recebi os representantes de estudantes, trabalhadores, moradores, os grandes usuários que pediram o congelamento. As empresas encaminharam oficialmente o pedido de reajuste para o dia 15 de julho. Coloquei três secretários para fazer parte de uma comissão técnica que está estudando a planilha apresentada e vou tomar uma decisão com o parecer final”, pontua.
Segundo Elmano Férrer, o grupo é formado pelos secretários de Finanças, Administração, Governo e o Procurador Geral do Município e é presidido pelo vereador Inácio carvalho.
“Vou discutir a comissão técnica e só então tomar a decisão em agosto. Estamos há 14 meses sem o reajuste, é preciso ter equilíbrio e decidir com a razão e não com a emoção”, analisou.
Plano Diretor de Transportes
O prefeito Elmano Férrer também garantiu que o Plano Diretor de Transportes de Teresina está em pleno andamento. “O plano diretor está andando, mas precisamos ver a forma de como será realizada a integração. Ela aconteceu há 15 anos em algumas capitais do Brasil e não surtiram um efeito (positivo). Já foi feita a bilhetagem eletrônica, está sendo feita a padronização dos ônibus, as empresas já formaram um consórcio sem o qual a integração não poderá ser feita, ou seja, está tudo encaminhado”, pontua.
O prefeito disse ainda que deve receber na próxima semana o resultado da solicitação de verbas do projeto de mobilidade urbana para o município orçado em R$ 150 milhões através de recursos do PAC 2.
Sobre a proposta de usuários que queriam a estatização do sistema de transporte de ônibus urbano na capital, o prefeito se disse contrário à ideia. “Estatizar é uma coisa que não deu certo em outros lugares. O governo tem tratar, trabalhar com o saneamento básico, educação, saúde. Não há razão para o Estado assumir o serviço, é um retrocesso. É um pensamento ideológico que caiu com o muro de Berlim. Respeitamos, mas discutir isso seria fugir do tema central”, finalizou.
Carlos Lustosa Filho