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Brasil mantém colocação de 2007, mas piora em vários esportes

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A simples comparação do quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, que se encerraram neste domingo, com o do Rio, realizado em 2007, mostra que o Brasil piorou em 18 modalidades, obteve o mesmo resultado em seis e melhorou em 11 esportes.





Na cidade mexicana, o país conquistou um total de 141 medalhas, sendo 48 de ouro, 35 de prata e 58 de bronze, enquanto no Rio foram 151 medalhas, sendo 52 de ouro, 40 de prata e 59 de bronze. A campanha de 2011 deixou a delegação brasileira em terceiro lugar no quadro de medalhas, atrás de EUA (1º, com 236) e Cuba (2º, com 136), repetindo a colocação dos Jogos realizados no Rio.


Os esportes que mais garantiram medalhas de ouro para o Brasil em Guadalajara foram o atletismo, com 10 ouros de 23 possíveis; a vela, com cinco de sete possíveis; o judô, com seis de 13 possíveis; e a natação, que abocanhou 10 ouros dos 24 que disputou. No caso do judô, não apenas melhorou em relação ao Rio, mas conquistou o maior número de ouros da história dos Jogos na categoria masculina.



Outro feito no México foi de Thiago Pereira, que repetiu o resultado no Rio e se tornou o atleta brasileiro mais vitorioso da história dos Jogos, superando o mesatenista Hugo Hoyama, enquanto no caratê, Lucélia Ribeiro se tornou a primeira brasileira tetracampeã pan-americana.


Derrotas brasileiras


As principais perdas do Brasil ocorreram nas lutas, como o taekwondo que de quatro medalhas no Rio, sendo uma de ouro, deixou o México com apenas um bronze na bagagem, e também na ginástica artística, que viveu um racha na equipe que nitidamente interferiu no resultado final. Há quatro anos, a modalidade teve 11 medalhas, sendo quatro de ouro, e em 2011 este número caiu quase pela metade: foram seis medalhas no total, com três ouros.


Daniele Hypólito deixou Guadalajara com duas medalhas de bronze


O racha na equipe de ginástica aconteceu em função de divergências entre as atletas em relação ao retorno da seleção permanente, com a volta do técnico ucraniano Oleg Ostapenko. Daniele Hypólito, única medalhista da ginástica feminina em Guadalajara, com dois bronzes, não quer deixar seus técnicos atuais, enquanto Daiane dos Santos, que teve desempenho muito ruim no Pan, defende a volta de Oleg. Diego Hypólito, irmão de Danielle, medalhista de ouro e porta-bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento do Pan, tentou colocar um ponto final na polêmica.


“O que posso falar para as meninas é que elas têm que treinar, só isso. Não adianta falar em seleção permanente, ou treinamento em clube, tem que treinar. Veja o exemplo da Daniele, que saiu daqui com duas medalhas”, disse.


No taekwondo, Márcio Wenceslau, único medalhista, tentou minimizar o fraco desempenho dos favoritos Diogo Silva e Natália Falavigna. “O esporte é assim, um dia você perde, no outro você ganha”.


Os contrastes na participação brasileira em Guadalajara estavam no inédito ouro no levantamento de peso e na decepção do boxe, esporte no qual o Brasil ficou sem o lugar mais alto do pódio.


“A nossa posição é exatamente essa, segundo no total de medalhas e terceiro em relação aos ouros. No Rio o Pan foi em casa e conseguimos manter o patamar fora, o que era o nosso objetivo. É o segundo com uma boa distância para Cuba no total de medalhas e o ouro ficou quase parecido com o que conseguimos no Rio. Estamos muito satisfeitos com esse resultado”, concluiu o superintendente executivo do COB, Marcus Vinícius Freire.



Fonte: IG

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