A polícia encontrou, por volta das 22h de ontem (terça-feira, 6), o bebê recém-nascido que fora raptado por volta do 12h do mesmo dia, na Maternidade Dona Evangelina Rosa. A ação foi possível após uma ligação anônima que denunciou o paradeiro da acusada do sequestro, técnica em enfermagem Nayara Raquel Barbosa Silva, 27 anos, estudante de enfermagem, que teria pago R$ 1.200 a um funcionário da maternidade.

Segundo o coronel Albuquerque, da Polícia Militar, na ligação, a pessoa teria dito que uma mulher apareceu com uma criança recém-nascida no bairro Cidade Nova, zona Sul de Teresina, sem ter estado grávida. "Quando soubemos a localização pegamos a avó da criança e um enfermeiro e fomos até lá com o apoio da Polícia Civil".

A acusada do crime foram reconhecidos pela mãe. Durante o flagrante, Maria José contou à polícia que chegou a pagar a quantia de R$ 1.200 a uma pessoa da maternidade para conseguir sair com a criança. "Mas a intenção não era o tráfico. Ela queria ficar com o bebê porque recentemente perdeu um filho", explicou o coronel.

O diretor da Maternidade Evangelina Rosa, Joaquim Parente, disse à TV Cidade Verde que há muitas questões para serem explicadas. "Como uma pessoa alheia ao serviço aqui da maternidade consegue ficar tanto tempo nos corredores sem ao menos ser questionada? Como ela conseguiu passar pela portaria? Onde ela conseguiu o cartão de alta?".

O gestor garantiu que as portas do estabelecimento estão abertas para uma maior apuração da polícia. "Não devemos pré-julgar, mas vamos abrir a porta da maternidade para que a polícia possa responder as perguntas pendentes através de uma investigação".

Joaquim Parente disse que o bebê já está com a mãe e em breve terá alta. "Ele não foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva porque não necessita de cuidados especiais", destacou.