O Ministério Público Federal - MPF/PI - ajuizou ação pedindo a saída do reitor da Universidade Federal do Piauí - UFPI - Luiz Santos Júnior. Ele foi denunciado por improbidade administrativa em sua gestão, que se finda neste ano. A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí - ADUFPI - já se mobiliza para pedir o afastamento do gestor, mas Júnior já obteve decisão judicial a seu favor para impedir a entidade de citar seu nome de forma a denegrir sua imagem.
Reitor Luís Júnior
A ação do MPF foi motivo de denúncia da ADUFPI e baseada em auditoria da Controladoria-Geral da União. Entre as supostas irregularidades estão a contratação de profissionais sem concurso público para a Universidade Aberta do Brasil e Universidade Aberta do Piauí, que teriam gerado pagamentos de R$ 1,4 milhão indevidos entre 2006 e 2010, a contratação da própria filha (nepotismo), e falta de prestação de contas em processos seletivos. O caso será julgado pela 3ª Vara Federal no Piauí. Se condenado, o reitor perde o cargo e ainda direitos políticos por até cinco anos, além de sofrer multa e outras sanções.
A UFPI informou à TV Cidade Verde que o reitor está viajando e só se pronunciará na quinta-feira, quando retornar a Teresina. Luiz Santos Júnior também não teria sido notificado da ação do MPF para poder comentar o caso.
Fotos: Divulgação Adufpi
Mário Ângelo, presidente da Adufpi
Enquanto isso, o presidente da ADUFPI, Mário Ângelo de Meneses planeja manifestação para a próxima quarta-feira, quando deve reforçar o pedido de afastamento do gestor ao qual faz oposição.
Por outro lado, o reitor obteve decisão a seu favor na 7ª Vara Cível em ação inibitória com pedido de antecipação de tutela e indenização por danos morais. Nela, a ADUFPI fica proibida de citar o nome de Luiz Santos Junior de forma a denegrir sua imagem ou ofender sua honra, sob pena de multa diária de R$ 500. A sanção vale para qualquer forma de notícia, seja internet, panfleto ou jornais. A associação deve somente prestar informações que sejam comprovadas. O juiz ainda pediu retratação em 72 horas.
Luiz Junior afirma que “ao longo do tempo venho sofrendo falsas acusações e ofensas que ultrapassaram a esfera profissional, atingindo tanto a minha imagem de pesquisador e homem público quanto a minha honra como cidadão e a honra da minha família”. Por danos morais, o reitor deverá receber R$ 30 mil da ADUFPI.
Da Redação