Professores em greve protestaram na tarde desta terça-feira (13) em Campo Maior durante as comemorações dos 189 anos da Batalha do Jenipapo. Eles cobram o pagamento do piso nacional estabelecido pelo Ministério da Educação. Com faixas e palavras de ordem contra o governador Wilson Martins (PSB), o grupo não poupou o momento de homenagem aos mortos no confronto pela Independência do Piauí.
Foto: Régis Falcão
Wilson Martins, mais cedo, inaugurando assentamento em Campo Maior
Na visita ao cemitério dos heróis, Wilson Martins orou e depositou flores nos túmulos. Em seguida, se dirigiu para a solenidade de entrega da medalha Heróis do Jenipapo, concedida pela Prefeitura de Campo Maior. Em seguida, foi a vez da Ordem do Mérito Renascença, concedida pelo Estado. Durante todos os atos, os manifestantes gritaram cobrando o pagamento do piso de R$ 1.451 para a jornada de 40 horas semanais, mesmo durante a entrega das medalhas.
Presente nas comemorações, o secretário estadual de Educação, Átila Lira, reafirmou que o Estado não tem receita para pagar o piso por conta do grande impacto nas contas, mas informou que viaja nesta quarta-feira para Brasília/DF em busca de recursos do Governo Federal para compensar o déficit.
Participam ainda das solenidades o prefeito de Campo Maior, Paulo Martins (PT), o secretário estadual de Governo, Wilson Brandão, a deputada estadual Juliana Moraes Sousa (PMDB) e o senador Wellington Dias (PT), entre outros políticos e autoridades.
Assentamento Barro Vermelho
Verdadeira independência
Antes dos atos, Wilson Martins participou de um culto na Primeira Igreja Batista. Depois, enquanto era celebrada a missa na igreja católica, o gestor inaugurou o assentamento Barro Vermelho, em Campo Maior, com 33 famílias.
Mais cedo e longe dos protestos, Wilson Martins reclamou que o Piauí deixa de receber anualmente R$ 1,5 bilhão por falta da regulamentação do comércio eletrônico, reforma fiscal e divisão irregular de repasses federais, além do déficit previdenciário. "Para o Piauí ser independente de verdade, é preciso mudar muita coisa", declarou.
Graciane Sousa (especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima e Yala Sena (da Redação)