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Júlio César: para os problemas do NE mandam pessoas do 2º escalão

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O deputado federal Júlio César (PSD) criticou a ausência de ministros de Estado na audiência pública destinada a discutir o endividamento do setor rural na área de abrangência de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).


O parlamentar chegou a dizer que para discutir problemas da região, os ministérios, que deveriam estar envolvidas na busca de uma solução para os problemas, mandam gente do segundo escalão “sem poder de decisão”.

“Esse sentimento de pobreza é um sentimento de submissão. Se fossem aqui, os ricos do Sul e do Sudeste, com certeza estava o ministro da Fazenda, o ministro do Planejamento, quem sabe até a presidente Dilma, mas como somos nós do nordeste, sem nenhum demérito aos palestrantes, mas os que estão aí não tem poder de decisão”, disse, referindo-se a técnicos do governo federal presentes ao encontro.

Júlio César lembrou que os fundos constitucionais foram criados para diminuir a diferença entre os ricos e os pobres, no entanto, não houve uma evolução. “Na época, a renda por pessoa do Nordeste era 47%. Quero dizer, pela primeira vez quando se aferiu a renda per capita, era 47%. Hoje é 47%”, comparou.

Em tom crítico, o deputado também atribuiu aos políticos nordestinos a culpa por esse tipo de tratamento dispensado pelo governo federal. “Nós ficamos alegres com qualquer coisa. Eu vejo aqui são Paulo, vai lá a presidente e dá R$ 2, R$ 3 bilhões para construir o Rodoanel e eles querem mais, quando dá R$ 50 milhões, R$ 100,00 milhões para um governador do Nordeste ele faz a maior festa. Então, isso é um problema de civilização, cultural”, classificou.

“Por isso digo que não é mais possível que o Piauí seja hoje, e já foi o antepenúltimo, o último estado de menor renda per capita do Brasil”, pontuou.

Reunião dos Royalties
Membro da Comissão para negociar os royalties do petróleo no âmbito da Câmara Federal, o deputado Júlio César disse que aceita manter os valores atuais valores já recebidos pelos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, desde que se partilhe o excedente.

O mesmo pensamento possui o ex-governador do Rio, deputado federal Anthony Garotinho (PR), que também integra o grupo. É de autoria do parlamentar fluminense projeto que trata do tema com esses termos.

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