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Irmãos que gravaram vídeo debochando de delegado do Draco são presos no Sul do Piauí

Por Adriana Magalhães

Três irmãos suspeitos de integrar uma organização criminosa no Sul do Piauí foram presos, preventivamente, hoje (21) na "Operação Draco 147 Juros Altos". Os homens haviam sido conduzidos há cerca de três meses pelo Departamento de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco), em outra operação, e após serem liberados gravaram um vídeo, em tom de provocação, em que citavam o coordenador do departamento, o delegado Charles Pessoa. O caso aconteceu na cidade de São Raimundo Nonato, cidade localizada a 523 quilômetros de Teresina.

Na gravação, os três homens apareciam sorridentes, sob a sombra de algumas árvores.

"Bora! Charlim!", diz um deles, fazendo referência ao delegado Charles Pessoa.

Outro homem diz "Solto e livre, hein Charles", também em tom de deboche. O terceiro homem que apareceu no vídeo diz uma expressão inaudível.

Segundo o coordenador do Draco, Charles Pessoa, à época em que o vídeo foi gravado os três irmãos haviam sido conduzidos, com as companheiras. Na operação de hoje foram cumpridos mandados de prisão preventiva contra os três irmãos. Foram presas, ainda, duas mulheres que seriam companheiras de dois deles, e um homem apontado como cunhado de um dos suspeitos.

"Seguimos com a investigação e hoje eles foram, novamente, alvo de uma operação. Desta vez eles estão presos preventivamente e retirados do nosso convívio social", disse o delegado.

A operação

A Operação DRACO 147 "Juros Altos", realizada pelo Draco em parceria com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/PI), cumpriu 11 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão na cidade de São Raimundo Nonato, Teresina e Timon.

O objetivo da operação foi desarticular um núcleo familiar, supostamente criminoso, que atua na região. As investigações do Draco apontaram que o núcleo usava o dinheiro de uma facção criminosa para realizar empréstimos clandestinos, na sequência o grupo utilizava a estrutura da facção para cobrar o valores devidos e empregava de extrema violência. Os valores arrecadados pelo grupo eram depositados em conta bancárias de familiares dos investigados e utilizados para comprar veículos de luxo.

Além das prisões e buscas, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 2,5 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de veículos de luxo, adquiridos supostamente com dinheiro fruto do crime e registrados em nome de terceiros. Com eles foram apreendidos cinco caminhonetes, dois carros de passeio, e um veículo SUV de luxo blindado.

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