Acadêmicos da Universidade Estadual do Piauí, de São Raimundo Nonato, a 517 km de Teresina, organizaram um velório simbólico para protestar contra as condições de estrutura pessoal e material da instituição. Durante o protesto, os estudantes se vestiram de preto, levaram flores e até um caixão.
Segundo o acadêmico do 3º bloco de Geografia, Gercílio Magalães, tanto estudantes como professores paralisaram as atividades há cerca de quatro dias. Protestos já foram realizados em frente ao prédio da Prefeitura e Câmara Municipal de São Raimundo Nonato.
"Só no curso de Geografia faltam professores para três disciplinas. O campus não tem estrutura para pesquisa e nem extensão e vamos continuar a paralisação, até algo ser concretizado", diz o estudante.
Nesta quinta-feira (15), estudantes de vários campus da Uespi terão audiência com o Ministério Público para discutir a situação da instituição. A principal reivindicação do corpo docente e discente é a contratação efetiva de professores.
Em entrevista ao Cidadeverde.com, o diretor do campus de São Raimundo Nonato, Leonardo Ribeiro informou que a direção apoia integralmente o protesto dos estudantes e que os problemas no campus ultrapassam a falta de professores.
"A direção de unidade recomenda que os professores venham para a sala de aula, mas sem alunos, as aulas não têm como acontecer. Apoiamos integralmente as reivindicaçãoes dos alunos. Além disso, são muitos outros pontos. Nem o repasse para a manutenção básica do campus está sendo realizado", destaca Leonardo Ribeiro.
Ainda segundo o diretor do campus de São Raimundo Nonato -onde funcionam quatro cursos de licenciatura-, os estudantes pretendem retornar após a contratação de professores seletivos aprovados em março deste ano.
Nesta semana, o governador Zé Filho autorizou a contratação imediata de 67 professores temporários e confirmou a abertura de um edital de concurso para a contratação de mais 100 docentes efetivos.
Graciane Sousa