Franzé e Fábio Novo fazem acordo e eliminam votação no diretório
Política é mesmo uma caixinha de surpresas (para alguns, de Pandora). Para evitar uma disputa sangrenta da cor da bandeira do PT, os deputados estaduais Fábio Novo e Franzé Silva se reuniram na noite de domingo, 06, com a ex-governadora Regina Sousa, o presidente estadual do PT, João de Deus e o presidente municipal, Cícero Magalhães e acordaram o seguinte, segundo fonte presente no encontro: decidido que até o final de agosto haverá entendimento entre os dois pré-candidatos sem necessidade de passar por votação interna no diretório municipal do PT. "Vai ser quem agregar mais força e as pesquisas", informou a fonte. Decisão celebrada pelos petistas, que temiam judicialização e uma escalada de tensões com holofotes negativos para os pré-candidatos.
Termômetro sobre Wellington Dias no governo Lula
Os ventos mudam muito quando se trata de política, mas o termômetro em Brasília aponta hoje nessa direção: é mais provável que o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, seja deslocado para outro espaço dentro do Governo Lula, do que permaneça onde está. A pressão do Centrão e a necessidade de governalidade no Congresso Nacional, têm falado mais alto. Como Lula ainda não bateu o martelo em público, tudo é um cenário em aberto e passível de reversão. O Bolsa Família, nesse caso, ficaria fora do MDS, mantido sob o comando do PT. Cisternas, programas de segurança alimentar e inclusão produtiva, por sua vez, seriam comandados pelo Progressistas.
Eu nunca disse isso
No sábado, em Belém do Pará, Wellington contemporizou a situação: “Todo apoio a ele (Lula) para que a gente tenha sim uma base que garanta estabilidade política. Isso aqui é bom, não é para o governo, é bom para o país: estabilidade política, econômica e social”. Já no domingo, o ministro foi ao Twitter (ou X) desmentir que tenha admitido deixar o MDS: “Alguns veículos de imprensa publicaram informações dizendo que eu teria admitido deixar o ministério. Isso não procede. Sigo sob o comando do presidente Lula atendendo seu pedido de trabalhar cada vez mais no combate à pobreza e a fome no país.”
Ciro no meio
A entrada dos deputados federais Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA) já foi confirmada pelo Palácio do Planalto. Ambos são tratados como ministros na capital federal. Sem assumir publicamente qualquer ligação com as indicações por conta da sua relação passada e presente com o bolsonarismo, é fato que o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas ganha, ao menos indiretamente, espaço na Esplanada dos Ministérios.
Vai ter que resolver
Wellington, por sua vez, não é qualquer ministro. Ex-governador e senador, aliado histórico de Lula, favoreceu vitórias expressivas do petista no Piauí, e não pode ser penalizado politicamente no seu estado natal justamente com o espaço cedido para beneficiar um adversário. É consenso que Lula terá que acomodá-lo em posição confortável, mesmo que não seja equivalente ao MDS em termos de estrutura. Manter o ministro na Esplanada dos Ministérios, realocando outros ministros de cota pessoal é uma das possibilidades. Lula há de saber usar no seu ministério, a mesma expertise acumulada nos anos de negociação sindical no ABC paulista na década de 70. Hora de negociar.
Vou te contar um segredo
A coluna perguntou ao deputado Nerinho (PT), que apoia Franzé Silva para a Prefeitura de Teresina, o que tanto ele conversava no pé de ouvido com o deputado Dr. Vinicius (PT), que apoia Fábio Novo. “O placar que vai ser no diretório municipal de Teresina FN X FS”, respondeu o deputado pelo WhatsApp, apenas cinco dias depois da pergunta feita pela colunista. É preciso paciência para apurar, leitor. Rapadura é doce, mas não é mole não!
Prove o que você está falando
É tanto vai e vem de partidos, que um vereador que disputará a reeleição em Teresina e busca a chapa em que terá mais condições para disputar, admitiu à coluna que tem respondido assim a interlocutores de partidos que chegam com propostas e convites: “Me mostre a nominata”. Sem nominata, o documento que informa o status do partido na Justiça Eleitoral, sem conversa.
Vamos ser realistas
Um membro fiel (importante frisar) da base do prefeito Dr.Pessoa acredita que a previsão mais realista na disputa de 2024 é de três chapas de vereadores: Republicanos, Avante e Democracia Cristã: “Duas vão ficar bem divididas, em pé de igualdade, e outra pros pequenos de até 2 mil votos, 2,5 mil votos, que deve eleger uns dois. Se fizer quatro chapas, vai faltar gente pra preencher, três é pé no chão”.
Lista de perguntas
As reuniões com os pré-candidatos a vereador para a definição de critérios seguem acontecendo. A última foi na quarta-feira passada, com o secretário de Administração, Ronney Lustosa, no comando. As perguntas de todos os pré-candidatos são bem simples (já as respostas, nem tanto): “Quantos partidos o Palácio da Cidade tem; quem está em uma secretaria boa; quem tem mandato e quem teve boa votação na última eleição?”, elencou um parlamentar que participou dos encontros e segue em busca das respostas.
Das duas, uma
Frase de um ex-prefeito de Teresina: “Quem é vereador, se não tem 4 mil votos ou é incompetente ou não trabalhou”. Faz sentido.
Dominância
É sempre bom evitar a guerra, mas se você tiver em uma, busque vencer. E é sempre melhor ter mais informações para balizar decisões do que seus adversários. Ainda não está claro qual será “o tema” da eleição de 2024 em Teresina. Há temas fortes e temas fracos, a depender da conjuntura e é preciso sensibilidade e inteligência política para decifrá-los. Em geral, os problemas da população são simples e as soluções também. Não precisa inventar a roda.
Que vença o melhor
Ninguém está numa eleição para trocar figurinhas. Independente do tema da eleição, há de se imprimir uma sensação de irreversibilidade da dominância do candidato favorito. Ou seja, o mote de que é inevitável a derrota dos adversários. O exagero pode cair na arrogância, salto alto e rejeição do eleitorado. Quem quer lacrar demais, termina lacrado. Quem é muito tímido, some.
Aguarde e verá
Uma fonte que orbita no entorno do ex-senador João Vicente Claudino, lembra à coluna que ele é peça relevante no jogo eleitoral de 2024. A coluna não é de duvidar, mas pediu provas, sabe como é... “Ele (JVC) deve se filiar ao PSDB no dia 15 de setembro e vai trabalhar pra ser o candidato a prefeito”, replicou a fonte.
Eu quero é me eleger
A coluna questionou então por que antigos aliados do ex-petebista estariam no Palácio da Cidade e não com JVC: “Esses pré-candidatos precisam se fortalecer indiretamente”, apostou a fonte. Ao ser questionado se marcharia no projeto com o ex-senador, o político se saiu com essa: “Posso ficar com qualquer um, pode ser a Lourdes Melo, eu quero é me eleger”. Gente...
Foto do dia
O governador Rafael Fonteles é político e expert em finanças públicas, combinação alvissareira. Nesse papel, sua participação no I Seminário de Direito Tributário, organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Piauí, é aguardada com expectativa. O evento tem como proposta apontar as mudanças que ocorrerão dentro do sistema Tributário Brasileiro. O encontro será realizado nesta segunda, 07, a partir das 08h, no auditório da OAB-PI e conta com ampla discussão e expositores experientes no tema.
A frase para pensar
“Não tema a oposição. Tema seus colegas no ministério”, Winston Churchill (1874-1965), ex-primeiro ministro britânico.