Em que pé anda a candidatura da oposição: Sílvio ou Bárbara?
Sem sombra de dúvidas, as últimas pesquisas animaram o entorno de Sílvio Mendes e Luciano Nunes, este último tendo sido orientado a entrar em campo para reforçar o próprio nome numa possível composição com Sílvio. O Progressistas reagiu e sinalizou uma pequena resistência. “Mas Ciro (Nogueira) ainda não se pronunciou. Bárbara (do Firmino) vai ter que reagir bem nas pesquisas e diminuir as resistências internas”, acredita uma fonte sênior no assunto oposição.
Então tá
Vamos falar de coisas mais mundanas, caro leitor. Um pré-candidato a vereador de Teresina abriu o jogo e relatou à coluna, bastante confiante, os cálculos para conseguir mil votos em 2024. “Vou pagar 333 pessoas e cada uma tem que arrumar mais três votos pra mim. Vão ser 150 reais por quinzena, por três semanas, o que dá 450 reais por pessoa”. O pré-candidato tem estratégia e é criterioso: “Não quero comprar voto avulso porque é muito solto”, justificou o político, que também afirma contar com o voto de opinião, mas prefere garantir, sabe como é. É da natureza do animal político.
E agora?
“Os caras não querem sentar na mesa pra fazer acordo. Um diz que tem os votos do diretório, o outro também. Um vai sair derrotado porque não estão negociando. E se judicializar, fica feio pro partido”, analisou uma fonte que faz parte da massa crítica do próprio PT, à coluna, sobre em que pé andam as coisas na corrida eleitoral em Teresina.
Esquece isso
Entre os problemas da Saad Sudeste relatado na semana passada pela coluna, o principal deles é realmente a divisão dos cargos. Um dos lados ficou com 90% das indicações disponíveis e o outro lado, claro, com os 10% restantes. A turma do deixa disso tem aconselhado o lado prejudicado a deixar pra lá o assunto para evitar maiores desgastes.
Agora ou nunca
Uma reunião estava marcada até o fechamento dessa coluna para acontecer na segunda-feira, 31, entre os três vereadores que fazem as indicações nas duas Saads: Alan Brandão, Marquim Costa e Roberval Queiroz. Está previsto que tenha participações ilustres: o secretário de Planejamento, João Henrique e o de Finanças, Admilson Lustosa. Se não resolver agora, é porque não resolve mais.
Vem aí mesmo
Volta essa semana os trabalhos no Congresso e no Judiciário em Brasília. Uma série de pautas econômicas no Legislativo (segunda fase de tramitação do arcabouço fiscal, reforma tributária e voto de qualidade do Carf, além da LDO 2024) e assuntos polêmicos no Supremo Tribunal Federal (marco temporal de demarcação das terras indígenas e descriminalização do porte de drogas para uso pessoal). Entre uma coisa e outra, uma provável mini-reforma ministerial que Lula tem costurado com os líderes do Progressistas e do Republicanos para poder encarar todas essas votações cruciais para o Governo. O nome da ex-deputada federal Margarete Coelho (Progressistas), segue forte para a Caixa Econômica. Margarete está silenciosa publicamente, mas essa semana deve ter encontros importantes e decisivos em Brasília. A conferir.
Foto do dia
O leitor atento vai perceber que as cores da camisa dizem muito sobre o atual estágio da disputa no PT de Teresina. No encontro realizado no último final de semana para a filiação de prefeitos, ficou nítida a dificuldade de conciliação dos interesses do Governo e dos interesses do PT nas disputas municipais para a eleição de 2024. “Nem sempre é possível conciliar”, admitiu à coluna um influente petista com acento no diretório. Em que cidades abrir mão de encabeçar uma chapa, em quais circunstâncias e que adversários fortalecer?
A frase para pensar
“Não sou eu que brilho, meus inimigos é que são opacos”, Antônio Carlos Magalhães (1927-2007), ex-governador da Bahia.