A coluna recebeu de um leitor atento à situação política da base comandada pelo governador Wellington Dias, algumas dicas de comportamento, principalmente depois dos últimos "arranca-rabos".
A arte de calar - Abade Joseph Antoine Toussaint Dinouart
O primeiro grau da sabedoria é saber calar; o segundo, saber falar pouco e moderar-se no discurso; o terceiro é saber falar muito sem falar mal e sem falar demais.
É preciso saber governar a língua, considerar os momentos convenientes para retê-la ou dar-lhe uma liberdade moderada.
Princípios necessários para calar
1) Só se deve deixar de calar quando se tem algo a dizer que valha mais do que o silêncio.
2) Há um tempo de calar, assim como há um tempo de falar.
3) O tempo de calar deve sempre vir em primeiro lugar; e nunca se pode bem falar quando não se aprendeu antes a calar.
4) Não há menos fraqueza ou imprudência em calar, quando se é obrigado a falar, do que leviandade e indiscrição em falar, quando se deve calar.
5) É certo que, considerando as coisas em geral, há menos risco em calar do que em falar.
6) O homem nunca é tão dono de si mesmo quanto no silêncio: fora dele, parece derramar-se, por assim dizer, para fora de si e dissipar-se pelo discurso; de modo que ele pertence menos a si mesmo do que aos outros.
7) Quando se tem uma coisa importante para dizer, deve-se prestar a ela uma atenção muito especial: é necessário dizê-la primeiro a si mesmo e, depois de tal precaução, voltar a dizê-la, para evitar que haja arrependimento quando já não se tiver o poder de voltar atrás no que se declarou.