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Fazenda investe em sustentabilidade com agropecuária de baixo carbono

Fotos: Reprodução da TV

Por Elivaldo Barbosa e Bianca Vasconcelos*

A alta concentração de dióxido de carbono leva a uma série de alterações climáticas, como poluição do ar, formação de chuva ácida e desequilíbrio do efeito estufa. Tendo isso, diversas empresas adotaram medidas para diminuir esses impactos. Veja reportagem completa no especial Viva Piauí.

A fazenda Laginsk, que fica no município de Baixa Grande do Ribeiro, a 580 km de Teresina, associou o modelo de cultivo da terra ao esforço da agropecuária de baixo carbono, reduzindo assim, o impacto ao meio ambiente. São 1.700 hectares de área cultivada com a vegetação bem protegida e parte importante na gestão ambiental da propriedade. O bioma Cerrado faz parte da estratégia da fazenda para o modelo de agropecuária de baixo carbono.

O proprietário da fazenda, Piotre Lagniski, busca o ponto ideal para produzir no cerrado em um sistema de baixo carbono. A primeira medida para a capacidade do cerrado nativo no sequestro de carbono é feita na mata nativa, numa reserva da fazenda.

A tendência mais sustentável é o sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), um modo de produção agrícola que permite o cultivo da lavoura e de pastagem em uma mesma área.

A pecuária ganha espaço na integração com as lavouras nos cerrados do sul do Piauí. Somente nesta fazenda, a meta é formar rebanho com dois mil animais. Com excelente desempenho de ganho de peso no sistema Integração Lavoura-Pecuária.

O sistema integrado de baixo carbono também exige cuidados no preparo da terra para as lavouras e pastagens. Para isso, é utilizado uma moto equipada com o sistema global de posicionamento, o GPS. Precisão no traçado de curvas de nível, prática para conservação do solo que previne a erosão. Quanto maior a declividade, maior a recomendação para as curvas de nível. 

A prática das curvas de nível deu certo na fazenda Lagniski. Melhorando o desempenho na lavoura e no manejo das pastagens. Mas o pesquisador Julian Lacerda faz um alerta para as queimadas na região e faz nova coleta de amostras de solo para análise em laboratório. O resultado indicará o impacto do fogo na liberação de carbono na atmosfera. 

A experiência da integração lavoura pecuária no sul do Piauí é acompanhada pela engenheira agrônoma e pesquisadora Tangriani Simone Asmam, vice reitora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), doutora em ciência do solo, com foco em adubação de sistemas e integração de lavoura-pecuária. A natureza preservada não elimina a necessária da produção de alimentos. No bioma cerrados, segundo a pesquisadora Tangriani Simoni, modelos sustentáveis de uso da terra permitem integração meio ambiente, produção e desenvolvimento.

 

(*) Estagiária sob supervisão

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