A Polícia Federal investiga, a pedido da Secretaria Geral da Presidência da República, internautas piauienses que postaram nas redes sociais ofensas que poderiam comprometer a segurança da presidente Dilma Rousseff (PT) durante a sua passagem pelo Piauí.
Foto: Wilson Filho/Cidadeverde.com
No seu perfil no Facebook, Priscila Di Schiavi, que coordenou o buffet durante evento em Teresina, faz a seguinte sugestão aos internautas: “Hoje a nossa presidente Dilma está em Teresina, e vou ter o “prazer” de fazer o evento para ela e toda equipe. Queria saber dos meus colegas se alguém tem algum pedido especial, afinal é uma oportunidade única”.
Em resposta, vários internautas sugeriram “chá de sumiço”, “chumbinho nos quitutes” e até envenenamento. A postagem foi apagada do Facebook.
A gerente do Buffet La Trufel, Maria Almeida, classificou como “um comentário infeliz” da funcionária. Ela disse que a funcionária já prestou depoimento ontem à PF e foi liberada.
“Ela já conversou com a PF e não houve ameaça. A pedido da Polícia, ela apagou a mensagem do Facebook e já foi tudo esclarecido”, disse a gerente.
Segundo a presidência da República, que publicou nota sobre o assunto, o fato é ainda mais grave, já que as ofensas partiram de pessoas que estavam credenciadas para ter acesso ao local onde a presidente estaria e pertencia a empresa contratada para prestar serviços durante o evento Dialoga Brasil, no Teresina Hall.
A Advocacia Geral da União também foi acionada para avaliar as medidas cabíveis, para eventual responsabilização penal e civil. A Secretaria-Geral repudiou o ocorrido.
Dilma esteve em Teresina nesta sexta-feira (11) onde participou por volta das 16h do evento Dialoga Brasil. Em seguida se reuniu com empresários em um restaurante da zona leste. Mais cedo, por volta das 11h, visitou as obras da ferrovia Transnordestina em Paulistana. A presidente não falou com a imprensa na capital.
Leia a nota na íntegra:
A Secretaria-Geral da Presidência da República solicitou à Polícia Federal que investigue e à Advocacia Geral da União que avalie as medidas cabíveis, para eventual responsabilização penal e civil, decorrente de publicação de informações, em rede social, que poderiam colocar em risco a segurança da Presidenta da República, com possível caracterização de incitação a crime contra a sua pessoa. O fato é agravado pelo envolvimento de empresa que prestaria serviços em evento da Presidência em Teresina - PI. Repudiamos qualquer forma de incitação a crime ou a atentado contra qualquer pessoa.
Flash Herlon Moraes e Yala Sena
