Cidadeverde.com

Detento preso por feminicídio é morto a facadas em presídio de Altos

Foto: Arquivo Cidadeverde.com

Um detento identificado como Lucas Victor de Melo Silva foi morto com golpes de faca em uma das celas da Unidade de Apoio Prisional, antigo Hospital Penitenciário, localizada em Altos, a 42 km  ao Norte de Teresina.

Segundo a Secretaria de Justiça (Sejus), o crime ocorreu na noite desta sexta-feira (12). Lucas estava preso por um crime de feminicídio cometido em 2017 no estado de Goiás. 

Em nota, a Secretaria de Justiça disse que vai apurar o caso. A Sejus não deu detalhes sobre suspeitos de terem cometido o crime.

Veja nota:

A Secretaria de Estado da Justiça informa que, na noite dessa sexta-feira (12), o detento Lucas Victor de Melo Silva foi encontrado morto em sua cela, na Unidade de Apoio Prisional, em Altos, com sinais de perfuramento. A Sejus abrirá procedimento para investigar as causas do ocorrido.

Hérlon Moraes
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Governo decreta situação de emergência na Cadeia de Altos após morte de presos

O governador Wellington Dias (PT) decretou situação de emergência na Cadeia Pública de Altos, após seis presos morrerem por suposta intoxicação pela água disponível na unidade.  O Ministério Público do Piauí investiga as causas dessa possível intoxicação que, segundo já apurado, atingiu cerca de 200 detentos. O diretor da Cadeia Pública de Altos foi afastado após o caso.  

O decreto  dispõe que "declara a existência da circunstância anormal, caracterizada como situação de emergência, na Cadeia Pública de Altos vinculada ao sistema penitenciário do Estado do Piauí”. O decreto tem prazo de 90 dias a partir da data de publicação, que é do dia 03 de junho. 

O documento considera "a infecção de detentos possivelmente por meio da água oriunda de poço tubular, diagnosticado no relatório de atividades emitido pela Secretaria de Saúde do Estado do Piauí em 20 de maio de 2020" e "a necessidade urgente de acompanhamento das medidas a serem aplicadas diante do cenário das atuais ocorrências referentes à saúde dos internos da CPA, bem como outras ações pertinenetes e urgentes que devam ser adotadas".

O secretário estadual de Justiça, Carlos Edilson, explica que "diante desse decreto nós vamos fortalecer algumas ações dentro da unidade, visando sanar esse problema e também de retornar as atividades normais daquele presídio".

"Nós estamos há mais de duas semanas com uma enfermaria presente dentro da unidade, fortalecendo essas ações de atendimento dentro da unidade. Nós tínhamos 37 internos hospitalizados, agora só temos três".

O decreto permitirá a tomada de ações de modo mais ágil "para que a rotina da unidade volte ao normal e que possa tranquilizar os familiares (dos presos)", diz o secretário.

Diante da situação, a Defensoria Pública do Piauí chegou a pedir habeas corpus coletivo para os dententos da unidade prisional, mas o pedido foi negado pelo desembargador Edvaldo Moura, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI).  

O Instituto de Medicina Legal e o Instituto de Crimininalista realizam exames e estudam os protocolos clínicos dos cadáveres para identificar a causa da morte. O IML também deve analisar o material coletado dos pacientes hospitalizados e que estão em processo de recuperação.  O resultado deverá ser encaminhado ao Ministério Público e a Polícia Civil do Piauí. 

Foto: Sejus

 

Carlienne Carpaso
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IML vai investigar as causas da morte dos presos na Cadeia de Altos

O médico legista Antônio Nunes deve analisar nesta quinta-feira (04) os protocolos clínicos dos detentos que recentemente morreram sob suspeita de intoxicação na Cadeia Pública de Altos. 

A Secretaria de Justiça confirmou a morte de seis detentos. Até a última segunda-feira (01), a informação é de que 25 presos continuam internados. 

As hipóteses sobre a causa da morte estão voltadas para leptospirose ou a presença de substância tóxica na água disponível aos presos na unidade prisional.  Os protocolos também indicará se será necessário ou não fazer a exumação dos corpos. 

"Vamos analisar e ver quais dessas teses tem rumo. Orientar quem está investigando na área judiciária e ao Ministério Público. A Perícia faz a prova material: foi tal substância? foi ela ou não? é capaz de provocar um óbito? é capaz de provocar os sintomas? Avaliamos também o local, é uma coisa que pode ser feito. Após tudo isso, a gente diz: morreu por isso ou teve isso e no local tinha isso ou não. Uma vez que você diz o que ocorreu vai caber delegado e ao Ministério Público dizerem as responsabilidades", disse

Exame toxicológico

Sobre a realização de exames toxicológicos, o coordenador do IML, Antonio Nunes, ressalta que é preciso pedir com detalhe, pois não existe um "exame toxicológico geral".  Alguns exames, segundo conhecimento do médico legista, já foram realizados pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí)

Os exames cadavéricos já foram realizados. Ele explica que quanto mais o tempo passa mais fica difícil analisar a presença de doses de droga no sangue e outros órgãos do corpo. Apesar dessa situação, o material coletado em detentos que conseguiram se recuperar - ou ainda estão em tratamento - deve ajudar no diagnóstico. 

"Em geral, nesse tipo de coisa, em uma penitenciária fechada, a gente investiga algumas coisas, uma delas é a fonte de água (saber se tem minérios, algas, vegetais, gases); em termo de contatos, os inseticidas em geral; pode pensar em outra situação qualquer infecciosa, doenças transmitidas por animais, enfim, é uma série de coisas, precisa ser delimitado para fazer um toxicológico com finalidade forense".

Nunes destaca que a requisição do exame toxicológico - que deverá ser feito fora do Piauí devido ausência de laboratório específico - ficará a cargo da Polícia Civil e do Ministério Público.

"A análise dos material será repassado para o Ministério Público do Piauí e para a equipe de investigação da Polícia Civil do Piauí. Eles vão decidir o que requisita. A requisição, na verdade, é deles, mas a gente orienta enquanto perito. Nos parece que o caminho natural é pedir para outro estado, e também não é todo estado que faz". 


Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com 

 

 

Carlienne Carpaso
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Desembargador nega habeas corpus coletivo para detentos da Cadeia de Altos

Foto: Roberta Aline

O desembargador Edvaldo Moura, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), negou o habeas corpus coletivo impetrado pela Defensoria Pública do Piauí pedindo regime domiciliar a todos os detentos da Cadeia Pública de Altos. O local é alvo de uma investigação do Ministério Público do Estado após a intoxicação de 200 presos. Seis deles morreram e 25 continuam internados. A suspeita inicial era de contaminação da água distribuída na cadeia.

No habeas corpus, a Defensoria alega que “os estabelecimentos prisionais do Piauí são superlotados, insalubres, verdadeiros antros de proliferação de doenças infectocontagiosas e que, no caso da Cadeia Pública de Altos, paralelamente a intoxicação por água contaminada, que estaria disseminando a leptospirose entre os presos, já teriam também sido diagnosticados dois casos de covid-19, o que agravaria os riscos a que estão já submetidas as pessoas lá recolhidas”.

Ainda de acordo com a DPE, “ se pessoas contraírem o vírus dentro do sistema penitenciário, local extremamente propício para a sua proliferação, a suscetibilidade aos seus sintomas mais graves exigirá das autoridades penitenciárias que os levem para os hospitais, colapsando o já combalido Sistema Único de Saúde, comprometendo vagas e leitos de UTI e que o provável contato com agentes do sistema prisional, servidores e profissionais de saúde potencializará o efeito multiplicador do vírus, transportando-o para fora dos presídios”.

Além da prisão domiciliar com monitoramento, a Defensoria pediu ainda a imediata transferência dos referidos presos para outros estabelecimentos prisionais, bem como a imediata interdição da Cadeia Pública de Altos, a fim de que não receba novos presos, enquanto não resolvido o problema da intoxicação.

Segundo o desembargador, não há como se avaliar isoladamente os argumentos da Defensoria Pública sem a necessária análise individualizada pelo juiz competente da situação de cada preso.

“Assim, no caso, em que pese a impetrante noticiar que os pacientes estariam sujeitos a um concreto risco de intoxicação generalizada, decorrente da contaminação da água utilizada na casa prisional, entendo ser incabível, ao menos neste momento de cognição sumária, a concessão do benefício pretendido, sobretudo considerando que não constam dos autos documentos suficientes de que eles se encontram numa mesma situação fática, a autorizar a mitigação, de forma indistinta e unitária, de suas prisões preventivas, com base no art. 648, I, do CPP”, diz o desembargador em sua decisão.

Ainda de acordo com Edvaldo Moura, consta do Relatório de Inspeção carcerária realizado pelo Conselho Penitenciário que, desde o dia 9 de maio, a Secretaria de Justiça teria determinado a suspensão do recebimento de novos presos na Casa Prisional de Altos, atendendo, portanto, a uma das demandas da Defensoria. 

“Acrescento apenas que é notória a situação de superlotação que atinge o sistema prisional como um todo, não se limitando tal questão à Cadeia Pública de Altos e muito menos às casas prisionais do Estado do Piauí, mas sim de todo o Brasil, como notoriamente veiculado por todos os meios de comunicação”, afirma o desembargador.

Sobre os casos de covid-19, o desembargador afirma “que até o presente momento não existe nenhum registro oficial de casos da covid-19 no sistema prisional do Piauí e também não existe nenhum documento nos autos que indique que a casa prisional onde os pacientes se encontram custodiados esteja com lotação tão exagerada que possa agravar concretamente o risco de contágio por covid-19, sobretudo levando em consideração as medidas preventivas que estão sendo tomadas pela Secretaria de Justiça, retromencionadas”.

Na decisão, Edvaldo Moura apenas determinou que a Sejus  “tome todas as medidas necessárias e adequadas para assegurar o devido atendimento médico e hospitalar, inclusive com internação, acompanhada da devida escolta, para todos os detentos, sintomáticos ou não, que assim necessitarem, a critério da equipe médica responsável pela referida casa prisional”.

Hérlon Moraes
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Preso da Cadeia de Altos foge do HGV e Sejus faz buscas

Foto: Sejus

Um detento identificado como Ronald Lucas Vogado dos Santos conseguiu fugir do Hospital Getúlio Vargas (HGV) onde estava internado para tratar uma insuficiência renal. Ele é um dos 25 presos da Cadeia Pública de Altos que estão em tratamento após o aparecimento dos mesmos sintomas. Outros seis detentos morreram. A suspeita até o momento é de leptospirose, doença causada por contato com urina de ratos.

Segundo a Secretaria de Justiça, a fuga aconteceu na noite deste sábado (30). “Equipes da Sejus seguem em diligência para a recaptura do indivíduo”, informou a secretaria em nota.

Ainda segundo a Sejus, dos 25 detentos internados, sete já tiveram alta hospitalar.

A contaminação dos presos começou no início do mês de maio. O último preso a morrer foi Adriano Paes da Silva, na quinta-feira (28). Além dele, não resistiram Robert Ozeas da Silva Pereira, Francisco Wellington Moraes Santos, Martoniel Costa Oliveira, Isaac Gomes de Oliveira e Jeferson Linhares Silva. Todos estavam com sintomas semelhantes e as mortes aconteceram em menos de duas semanas. 

O Ministério Público do Piauí instaurou um inquérito civil público para apurar a intoxicação pela água de 48 detentos da Cadeia Pública de Altos.  O promotor de Justiça Elói Pereira  recomendou que o governo do estado declare situação de emergência. 

Veja nota da Sejus sobre a fuga no HGV

A Secretaria de Estado da Justiça informa que o detento Ronald Lucas Vogado dos Santos conseguiu fugir do Hospital Getúlio Vargas, na noite do último sábado (30). O detento, oriundo da Cadeia Pública de Altos, estava internado no local após apresentar sintomas de insuficiência renal. Equipes da Sejus seguem em diligência para a recaptura do indivíduo. Atualmente, 25 detentos seguem internados, sendo que sete já tiveram alta hospitalar.

Hérlon Moraes
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Situação é grave e esvaziamento da Cadeia de Altos é necessária, diz defensor público


A Defensoria Pública reforçou o pedido para que a Cadeia Pública de Altos seja esvaziada ou pelo menos parcialmente interditada devido a possível contaminação da água disponível para consumo dos presos no local. O defensor público Dárcio Rufino afirma que, neste momento, a unidade não apresenta condições adequadas para evitar mais mortes. Até o momento, cinco detentos já morreram por leptospirose, segundo o Hospital Getúlio Vargas. A Secretaria Estadual de Justiça está fazendo a limpeza da água, dentre outras medidas. 

O defensor público destacou que a Secretaria Estadual de Justiça já vem adotado importantes medidas de tratamento, prevenção e estudos sobre o que levou a contaminação dos presos. No entanto, Rufino defende que, neste momento, os presos precisam ser retirados do local.  A cadeia, inaugurada em setembro de 2019, está com pouco mais de 700 presos, sendo que a capacidade é para 603. 

A Defensoria já impetrou um habeas corpus coletivo para atender alguns dos presos provisórios e apenados sem crime graves e de violência contra à pessoa. 

"É preciso tirar essas pessoas de lá. Ontem (26), na inspeção, nós constatamos que há um esforço da Secretaria de Justiça de debelar a crise, mas o ambiente carcerário com todos os problemas que oferecem, inclusive da superlotação, dificulta bastante. Sinceramente, a Defensoria não teve a impressão de que o Estado pode assegurar que não haverá mais mortes".

Dárcio Rufino em entrevista acalmou os familiares, que por ficarem sem informações, acreditam que a situação está caótica. O defensor ressalta que a situação é grave, mas que não há detentos espalhados pelos corredores aguardando atendimento médico. 

"As famílias precisam ter calma. Há um esforço muito grande da Sejus, não há esse quadro de pessoas pelos corredores, mas não significa dizer que não é grave. É muito grave. Na ótica da Defensoria Pública aquela estrutura não é capaz de debelar a situação até porque não se sabe a gravidade dela, os relatórios ainda não foram concluídos para dizer o que efetivamente aconteceu, qual a gente biológico, quais as consequências".  


Foto: Defensoria Pública do Piauí

Dárcio Rufino acrescenta que "são muitos os doentes ainda dentro" da Cadeia Pública de Altos. "Muitas pessoas apresentando os mesmos sintomas, muita gente esperando para ser atendida na enfermaria. Então, a Defensoria entende que uma medida muito mais ousada e drástica é necessária para essa situação e apresentou à Justiça, ao Tribunal de Justiça, um requerimento para que essa medidas sejam adotadas". 

O defensor público ressalta os pedidos feitos à Justiça. "Pedindo basicamente o seguinte: que os presos sejam colocados em prisão domiciliar. É preciso que a população entenda que nós estamos falando de uma cadeia pública, a maioria esmagadora das pessoas que estão recolhidas lá são presos provisórios, portanto respondem ainda ao processo, não tem culpa certificada pelo Estado. Para os provisórios, nós estamos pedindo a prisão domiciliar; para os acusados de cometeram crimes sem grave ameaça e sem violência à pessoa às medidas cautelares de substituição da prisão. Na verdade, não era nem para ter preso apenado porque é uma cadeia pública, mas como o sistema é caótico lá tem entorno de 15% de presos condenados".

Carlienne Carpaso
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Sejus realiza limpeza da água na Cadeia Pública de Altos

Foto: Thanandro Fabrício/Sejus

A Secretaria de Justiça está reforçando as medidas de saúde e saneamento na Cadeia Pública de Altos. Uma delas foi a limpeza de todo o sistema hidráulico da unidade, com limpeza da caixa d’água e tubulação, aplicação de dosador de placas de cloro no poço, sanitização e monitoramentos semanais, além de análises e coleta da água daquele presídio.

Segundo o engenheiro químico e coordenador da Vigilância Ambiental da Sesapi, Antonio de Sá, que coordena a ação, a água se encontra fora de qualquer perigo de contaminação. “Seguimos fazendo a coleta da água e já observamos uma resultado muito positivo. Notamos, nessa primeira amostra, uma quantidade excelente e adequada de cloro, com PH ideal. Com a presença do cloro, não há presença de microrganismos na água e, assim, eliminamos qualquer possiblidade desta causar doenças às pessoas que a consomem”, diz o engenheiro.

Enquanto a limpeza e tratamento da água seguem ocorrendo, está sendo utilizada água mineral para o consumo dos detentos, servidores e confecção da alimentação.

O Secretário de Justiça, Carlos Edilson ressalta que todas as medidas estão sendo tomadas para que a unidade retome a normalidade de suas rotinas carcerárias. "Estamos, com apoio do Governo do Estado e da Sesapi, tomando todas as providências cabíveis para sanarmos a situação da Cadeia Pública de Altos, realizando a limpeza da água, sanitizando a unidade e levando médicos especialistas para a avaliação diária de todos os detentos", diz o secretário de Justiça.

Além de intensificar as medidas de limpeza na Cadeia Pública de Altos, a Sejus estruturou uma enfermaria e reforçou o atendimento médico na unidade. Em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, equipes de médicos plantonistas, infectologistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem avaliam, diariamente, todos os internos do presídio, além de uma equipe externa que faz o acompanhamento diário com boletins médicos do estado se saúde dos que se encontram hospitalizados.

Da Redação
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Comerciante é preso suspeito de participar da morte do esposo da amante

Foto: Polícia Civil


Um comerciante de 66 anos foi preso nesta sexta-feira (13) suspeito de participar da morte de um idoso na cidade de Altos, a 38 km de Teresina. Ele mantinha uma relação extraconjugal com a esposa da vítima. A esposa foi presa em flagrante no dia da morte, ocorrida no sábado de carnaval, dia 22 de fevereiro de 2020.  O amante e a esposa estão presos preventivamente. Todos os envolvidos moram em Altos. 

O delegado regional de Altos, Tomaz de Aquino, informou ao Cidadeverde.com que o crime envolve maus-tratos seguido de morte. O delegado explicou que a vítima tinha 84 anos e morreu em decorrência da falta de cuidados. Além disso, a vítima apresentava algumas lesões na face quando foi encontrado morto. 

Os suspeitos também foram indiciados por apropriação da pensão do idoso e por reter o cartão de sua conta bancária, informou o delegado. A prisão do comerciante aconteceu dentro da Operação Águas de Março. 

"No sábado de carnaval, a senhora foi presa em flagrante por maus-tratos seguido de morte do esposo. Depois, nós diligenciamos as investigações  e hoje prendemos o amante dela, também pela prática. A vítima era uma pessoa doente, mas não recebia cuidados. Ele tinha lesões na face, estava muito debilitado, não era alimentando direito e nem recebia medicação quando necessário. Eles desviavam o dinheiro dos cartões do idosos pra eles", comentou o delegado.

 

Carlienne Carpaso
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Altos: prefeitura entrega duas novas ambulâncias na abertura dos festejos

Foto: Ascom Prefeitura

Uma multidão de fieis acompanhou, nessa segunda-feira (9), a abertura dos Festejos de São José, no município de Altos. Antes do início da procissão, a prefeita Patrícia Leal, acompanhada de uma comitiva de vereadores, secretários e populares, entregou duas novas ambulâncias para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Ao todo, a atual gestão municipal já entregou seis ambulâncias e a cidade conta, atualmente, com sete unidades de atendimento móvel.

Os veículos foram adquiridos por meio de articulação do senador Ciro Nogueira – que participou da solenidade de entrega - junto ao Ministério da Saúde. As unidades de atendimento móvel são equipadas kits para remoção (maca, colares, pranchas, cintos, cadeira de rodas) e pequenas cirurgias (pinça, bisturi, tesouras), aparelhos elétricos (desfibrilador, respirador e bomba de infusão) e remédios variados.

A prefeita Patrícia Leal destaca a abertura de mais um festejo de São José e comenta a entrega das ambulâncias. “É emocionante ver uma multidão de fieis reunidos para homenagear São José. E também é muito gratificante poder entregar esses dois novos veículos à população. Queremos agradecer, em especial, ao nosso senador Ciro Nogueira, um grande parceiro de Altos, que articulou a destinação dos veículos para nossa cidade junto ao Ministério da Saúde”, comenta.

Além do senador Ciro Nogueira, também participaram da procissão e entrega das ambulâncias o deputado federal Assis Carvalho e o deputado estadual Warton Lacerda, ambos do Partido dos Trabalhadores.

 

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Ciclista é achado morto dois dias depois de desaparecer em trilha

Fotos: Arquivo Pessoal

O ciclista Raimundo Nonato da Silva, de 44 anos, que estava desaparecido desde o último domingo (10) foi encontrado morto no povoado Pajeú, zona rural de São João da Serra (a 129 km de Teresina). Raimundo, que é borracheiro e mora em Altos, havia saído do município às 22h de sábado (07) em direção à Santa Cruz dos Milagres, de bicicleta. A suspeita é que ele tenha se afogado ao ser arrastado pela correnteza em uma passagem molhada.  

Conhecido como Preto e amante do pedal, ele mantinha a rotina de fazer viagens à noite pedalando. Desta vez, a intenção do atleta era chegar em Santa Cruz dos Milagres na manhã do domingo e a tarde retornar para sua cidade natal.  

Como ele não chegou ao destino, no mesmo domingo familiares e amigos ciclistas estiveram refazendo a trilha para tentar encontrá-lo. E somente nesta terça-feira(10) conseguiram achá-lo sem vida.

“A gente acha que ele foi atravessar uma passagem molhada, não conseguiu e foi levado pelo rio. O irmão dele está lá e reconheceu o corpo”, disse a esposa, Maria de Deus, que está se deslocando até a cidade. 

Deusa disse que o marido era muito conhecido e querido por todos. Eles têm três filhos, entre eles, uma filha que está grávida. “Era o primeiro neto, o sonho dele era ser avô e ele não conseguiu”, lamenta a esposa, bastante emocionada. 

A família ainda está providenciando o translado do corpo para Altos, para então providenciar velório e enterro. 

Riscos 

Especialistas chamam atenção para o perigo que é tentar atravessar passagens molhadas, neste período chuvoso, onde o volume de água aumenta consideravelmente e principalmente de praticar esporte sozinho. 

O tenente coronel da Polícia Militar Adriano Lucena, que é ciclista, alerta que Preto é o terceiro ciclista que morre, em três anos seguidos, vítima de acidente ao pedalar desacompanhado e em locais desertos. 

“Em 2018, perdemos um em Piripiri, em 2019 em Floriano e agora o Preto. Precisamos chamar atenção porque se acontece um acidente, um mau súbito, o atraso no socorro pode ser a diferença entre a vida e a morte. O ciclismo é um esporte individual, você pode sair de casa para fazer seu treino sozinho, mas desde que tenham pessoas pelo caminho, outros ciclistas ou movimentação de carros, para que se de repente acontecer alguma coisa, possa ser socorrido”, ressalta. 

Ele disse que em trilhas, como a realizada por Preto, o perigo aumenta mais porque são veredas, onde não passam veículos e o número de pessoas é reduzido. “Dentro do mato dificulta mais ainda o resgate. O ciclismo é individual, porque ninguém pode pedalar por você, mas a prática é coletiva e os itens de segurança são primordiais como o capacete, câmara de ar reserva, bombinha, água, alimentação são coisas básicas mas intrínsecas à prática do esporte”, detalha do coronel Lucena. 

O ciclista lamenta a perda de outro atleta. “É uma tristeza muito grande, que Deus conforte a família dele”, afirmou.

 

Caroline Oliveira
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