Cidadeverde.com

Presos com coronavírus tentam atacar policiais penais com foice

Na madrugada desse domingo (5) presos  da Unidade de Apoio Prisional (UAP), localizada em Altos, tentaram realizar uma fuga em massa. Durante a ação, um dos detentos se armou com um foice e tentou agredir os policiais penais. 

Dois presos diagnosticados com Covid-19 deram início ao princípio de fuga.  Na ação, os internos tentaram libertar 24 detentos, mas os policiais penais abortaram a tentativa de fuga. 

Um dos presos que tentou fugir conseguiu ter acesso ao local onde são guardadas as ferramentas de manutenção da unidade e, quando armado com uma foice, foi alvejado por um policial penal.

Para não ser agredido, o  penal efetuou disparos de bala de borracha no interno Lucas de Sousa dos Santos, que foi encaminhado, em seguida, ao Hospital de Urgência de Teresina.

O diretor de Inteligência  da Secretaria de Estado da Justiça, delegado Charles Pessoa, disse que duas celas foram danificadas na ação. Ele explica que a intenção dos presos era fugir. 

"Os policiais perceberam a movimentação e, de imediato, impediram a fuga e o policial teve que efetuar disparos até para proteger sua própria integridade e integridade física dos ouros servidores. Equipe técnica vai ser reunir para analisar se vai continuar com os presos com Covid na unidade prisional  e evitar que problemas como esse aconteçam ", informou o diretor.  

 

Izabella Pimentel
Com informações do Jornal do Piauí
[email protected] 

Altos: motorista de aplicativo é preso acusado de tráfico de drogas

Dois homens de iniciais  J.M.S e A. J.S.C foram presos por policiais do 14º Distrito Policial na tarde desta quinta-feira (25), acusados de tráfico de drogas na cidade de Altos. Um dos presos  atua profissionalmente como motorista de aplicativo.

De acordo com informações da Policia Civil, o motorista de aplicativo  preso já era monitorado, e semanalmente  viajava até Teresina de onde trazia drogas para  Altos. No  momento da prisão foi feita uma barreira,  e ao verem a viatura da polícia um dos homens detidos jogou a droga fora, mas os policiais conseguiram efetuar a prisão.

Os agentes da Polícia Civil apreenderam com os acusados, R$ 1 mil em dinheiro trocado e uma quantidade de drogas. Os homens foram detidos e levados para a Central de Flagrantes de Teresina para procedimentos. 

João Bandeira
[email protected]

Sejus confirma que secretário de Justiça continua no cargo

O diretor de assistência militar da Secretaria de Justiça, tenente-coronel Luís Pitombeira, confirma que o secretário de Justiça Carlos Edilson Rodrigues Barbosa de Sousa continua no cargo. O Ministério Público do Piauí recomendou ao Governo do Piauí a exoneração do secretário após seis mortes ocorridas dentro da Cadeia Pública de Altos, por, segundo o MPPI, intoxicação.

O tenente-coronel esclarece que a Sejus trabalha desde os primeiros casos da intoxicação na Cadeia Pública de Altos.  "A nossa preocupação, a preocupação do secretário e de toda a equipe, era de trabalhar e restabelecer a saúde dos presos que estavam acometidos.  Nós já estamos com três semanas sem essa problemática. Além desse trabalho forte que o secretário vem tendo com a saúde, para que não haja mais mortes, estamos com análises sobre o que pode ter causado essa intoxicação ou esse problema de doenças nos presos".

O coronel disse em entrevista ao Jornal do Piauí, nesta segunda-feira (15), que as equipes de saúde da Sejus, da Vigilância Sanitária e da Saúde fazem exames e análises para identificar o que levou os presos a adoecerem, na tentativa de buscar as formas de contaminação para que não ocorra novamente.   

"Com relação as informação, o que tenho é que tudo aquilo que foi solicitado ao secretário tanto do Ministério Público como da Defensoria Pública, e demais órgãos, ele vem prestando de forma célere. Diz aquilo que ele tem conhecimento, fatos que ele não tem conhecimento ou que não são ditos na penitenciária". 

"A Secretaria tem trabalhado com confirmações ou comprovações laboratoriais. O problema foi de saúde e essas afirmativas quem vai nos fornecer são os órgãos governamentais. Nós não vamos nos antecipar sem ter de fato conhecimento comprobatório. Não vamos criar expectativas de um caso que pode ou não ter acontecido. Até o momento, não há uma conclusão (sobre o que causou o adoecimento e morte). Precisamos de exames laboratoriais específicos, e ainda não temos em posse".  

O secretário continua no cargo, diz o tenente-coronel. Até o momento não há indícios de afastamento. "O secretário vem trabalhando. Ele é um dos que mais trabalham, de domingo  a domingo,  e está empenhado, dedicado e preocupado com essa causa. Preocupado bem mais porque a responsabilidade é dele, e nunca e se eximiu de responsabilidade ou de informação".   

 


Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

 

Carlienne Carpaso 
[email protected] 

Detento preso por feminicídio é morto a facadas em presídio de Altos

Foto: Arquivo Cidadeverde.com

Um detento identificado como Lucas Victor de Melo Silva foi morto com golpes de faca em uma das celas da Unidade de Apoio Prisional, antigo Hospital Penitenciário, localizada em Altos, a 42 km  ao Norte de Teresina.

Segundo a Secretaria de Justiça (Sejus), o crime ocorreu na noite desta sexta-feira (12). Lucas estava preso por um crime de feminicídio cometido em 2017 no estado de Goiás. 

Em nota, a Secretaria de Justiça disse que vai apurar o caso. A Sejus não deu detalhes sobre suspeitos de terem cometido o crime.

Veja nota:

A Secretaria de Estado da Justiça informa que, na noite dessa sexta-feira (12), o detento Lucas Victor de Melo Silva foi encontrado morto em sua cela, na Unidade de Apoio Prisional, em Altos, com sinais de perfuramento. A Sejus abrirá procedimento para investigar as causas do ocorrido.

Hérlon Moraes
[email protected]

Governo decreta situação de emergência na Cadeia de Altos após morte de presos

O governador Wellington Dias (PT) decretou situação de emergência na Cadeia Pública de Altos, após seis presos morrerem por suposta intoxicação pela água disponível na unidade.  O Ministério Público do Piauí investiga as causas dessa possível intoxicação que, segundo já apurado, atingiu cerca de 200 detentos. O diretor da Cadeia Pública de Altos foi afastado após o caso.  

O decreto  dispõe que "declara a existência da circunstância anormal, caracterizada como situação de emergência, na Cadeia Pública de Altos vinculada ao sistema penitenciário do Estado do Piauí”. O decreto tem prazo de 90 dias a partir da data de publicação, que é do dia 03 de junho. 

O documento considera "a infecção de detentos possivelmente por meio da água oriunda de poço tubular, diagnosticado no relatório de atividades emitido pela Secretaria de Saúde do Estado do Piauí em 20 de maio de 2020" e "a necessidade urgente de acompanhamento das medidas a serem aplicadas diante do cenário das atuais ocorrências referentes à saúde dos internos da CPA, bem como outras ações pertinenetes e urgentes que devam ser adotadas".

O secretário estadual de Justiça, Carlos Edilson, explica que "diante desse decreto nós vamos fortalecer algumas ações dentro da unidade, visando sanar esse problema e também de retornar as atividades normais daquele presídio".

"Nós estamos há mais de duas semanas com uma enfermaria presente dentro da unidade, fortalecendo essas ações de atendimento dentro da unidade. Nós tínhamos 37 internos hospitalizados, agora só temos três".

O decreto permitirá a tomada de ações de modo mais ágil "para que a rotina da unidade volte ao normal e que possa tranquilizar os familiares (dos presos)", diz o secretário.

Diante da situação, a Defensoria Pública do Piauí chegou a pedir habeas corpus coletivo para os dententos da unidade prisional, mas o pedido foi negado pelo desembargador Edvaldo Moura, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI).  

O Instituto de Medicina Legal e o Instituto de Crimininalista realizam exames e estudam os protocolos clínicos dos cadáveres para identificar a causa da morte. O IML também deve analisar o material coletado dos pacientes hospitalizados e que estão em processo de recuperação.  O resultado deverá ser encaminhado ao Ministério Público e a Polícia Civil do Piauí. 

Foto: Sejus

 

Carlienne Carpaso
[email protected] 

IML vai investigar as causas da morte dos presos na Cadeia de Altos

O médico legista Antônio Nunes deve analisar nesta quinta-feira (04) os protocolos clínicos dos detentos que recentemente morreram sob suspeita de intoxicação na Cadeia Pública de Altos. 

A Secretaria de Justiça confirmou a morte de seis detentos. Até a última segunda-feira (01), a informação é de que 25 presos continuam internados. 

As hipóteses sobre a causa da morte estão voltadas para leptospirose ou a presença de substância tóxica na água disponível aos presos na unidade prisional.  Os protocolos também indicará se será necessário ou não fazer a exumação dos corpos. 

"Vamos analisar e ver quais dessas teses tem rumo. Orientar quem está investigando na área judiciária e ao Ministério Público. A Perícia faz a prova material: foi tal substância? foi ela ou não? é capaz de provocar um óbito? é capaz de provocar os sintomas? Avaliamos também o local, é uma coisa que pode ser feito. Após tudo isso, a gente diz: morreu por isso ou teve isso e no local tinha isso ou não. Uma vez que você diz o que ocorreu vai caber delegado e ao Ministério Público dizerem as responsabilidades", disse

Exame toxicológico

Sobre a realização de exames toxicológicos, o coordenador do IML, Antonio Nunes, ressalta que é preciso pedir com detalhe, pois não existe um "exame toxicológico geral".  Alguns exames, segundo conhecimento do médico legista, já foram realizados pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí)

Os exames cadavéricos já foram realizados. Ele explica que quanto mais o tempo passa mais fica difícil analisar a presença de doses de droga no sangue e outros órgãos do corpo. Apesar dessa situação, o material coletado em detentos que conseguiram se recuperar - ou ainda estão em tratamento - deve ajudar no diagnóstico. 

"Em geral, nesse tipo de coisa, em uma penitenciária fechada, a gente investiga algumas coisas, uma delas é a fonte de água (saber se tem minérios, algas, vegetais, gases); em termo de contatos, os inseticidas em geral; pode pensar em outra situação qualquer infecciosa, doenças transmitidas por animais, enfim, é uma série de coisas, precisa ser delimitado para fazer um toxicológico com finalidade forense".

Nunes destaca que a requisição do exame toxicológico - que deverá ser feito fora do Piauí devido ausência de laboratório específico - ficará a cargo da Polícia Civil e do Ministério Público.

"A análise dos material será repassado para o Ministério Público do Piauí e para a equipe de investigação da Polícia Civil do Piauí. Eles vão decidir o que requisita. A requisição, na verdade, é deles, mas a gente orienta enquanto perito. Nos parece que o caminho natural é pedir para outro estado, e também não é todo estado que faz". 


Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com 

 

 

Carlienne Carpaso
[email protected] 

Desembargador nega habeas corpus coletivo para detentos da Cadeia de Altos

Foto: Roberta Aline

O desembargador Edvaldo Moura, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), negou o habeas corpus coletivo impetrado pela Defensoria Pública do Piauí pedindo regime domiciliar a todos os detentos da Cadeia Pública de Altos. O local é alvo de uma investigação do Ministério Público do Estado após a intoxicação de 200 presos. Seis deles morreram e 25 continuam internados. A suspeita inicial era de contaminação da água distribuída na cadeia.

No habeas corpus, a Defensoria alega que “os estabelecimentos prisionais do Piauí são superlotados, insalubres, verdadeiros antros de proliferação de doenças infectocontagiosas e que, no caso da Cadeia Pública de Altos, paralelamente a intoxicação por água contaminada, que estaria disseminando a leptospirose entre os presos, já teriam também sido diagnosticados dois casos de covid-19, o que agravaria os riscos a que estão já submetidas as pessoas lá recolhidas”.

Ainda de acordo com a DPE, “ se pessoas contraírem o vírus dentro do sistema penitenciário, local extremamente propício para a sua proliferação, a suscetibilidade aos seus sintomas mais graves exigirá das autoridades penitenciárias que os levem para os hospitais, colapsando o já combalido Sistema Único de Saúde, comprometendo vagas e leitos de UTI e que o provável contato com agentes do sistema prisional, servidores e profissionais de saúde potencializará o efeito multiplicador do vírus, transportando-o para fora dos presídios”.

Além da prisão domiciliar com monitoramento, a Defensoria pediu ainda a imediata transferência dos referidos presos para outros estabelecimentos prisionais, bem como a imediata interdição da Cadeia Pública de Altos, a fim de que não receba novos presos, enquanto não resolvido o problema da intoxicação.

Segundo o desembargador, não há como se avaliar isoladamente os argumentos da Defensoria Pública sem a necessária análise individualizada pelo juiz competente da situação de cada preso.

“Assim, no caso, em que pese a impetrante noticiar que os pacientes estariam sujeitos a um concreto risco de intoxicação generalizada, decorrente da contaminação da água utilizada na casa prisional, entendo ser incabível, ao menos neste momento de cognição sumária, a concessão do benefício pretendido, sobretudo considerando que não constam dos autos documentos suficientes de que eles se encontram numa mesma situação fática, a autorizar a mitigação, de forma indistinta e unitária, de suas prisões preventivas, com base no art. 648, I, do CPP”, diz o desembargador em sua decisão.

Ainda de acordo com Edvaldo Moura, consta do Relatório de Inspeção carcerária realizado pelo Conselho Penitenciário que, desde o dia 9 de maio, a Secretaria de Justiça teria determinado a suspensão do recebimento de novos presos na Casa Prisional de Altos, atendendo, portanto, a uma das demandas da Defensoria. 

“Acrescento apenas que é notória a situação de superlotação que atinge o sistema prisional como um todo, não se limitando tal questão à Cadeia Pública de Altos e muito menos às casas prisionais do Estado do Piauí, mas sim de todo o Brasil, como notoriamente veiculado por todos os meios de comunicação”, afirma o desembargador.

Sobre os casos de covid-19, o desembargador afirma “que até o presente momento não existe nenhum registro oficial de casos da covid-19 no sistema prisional do Piauí e também não existe nenhum documento nos autos que indique que a casa prisional onde os pacientes se encontram custodiados esteja com lotação tão exagerada que possa agravar concretamente o risco de contágio por covid-19, sobretudo levando em consideração as medidas preventivas que estão sendo tomadas pela Secretaria de Justiça, retromencionadas”.

Na decisão, Edvaldo Moura apenas determinou que a Sejus  “tome todas as medidas necessárias e adequadas para assegurar o devido atendimento médico e hospitalar, inclusive com internação, acompanhada da devida escolta, para todos os detentos, sintomáticos ou não, que assim necessitarem, a critério da equipe médica responsável pela referida casa prisional”.

Hérlon Moraes
[email protected]

Preso da Cadeia de Altos foge do HGV e Sejus faz buscas

Foto: Sejus

Um detento identificado como Ronald Lucas Vogado dos Santos conseguiu fugir do Hospital Getúlio Vargas (HGV) onde estava internado para tratar uma insuficiência renal. Ele é um dos 25 presos da Cadeia Pública de Altos que estão em tratamento após o aparecimento dos mesmos sintomas. Outros seis detentos morreram. A suspeita até o momento é de leptospirose, doença causada por contato com urina de ratos.

Segundo a Secretaria de Justiça, a fuga aconteceu na noite deste sábado (30). “Equipes da Sejus seguem em diligência para a recaptura do indivíduo”, informou a secretaria em nota.

Ainda segundo a Sejus, dos 25 detentos internados, sete já tiveram alta hospitalar.

A contaminação dos presos começou no início do mês de maio. O último preso a morrer foi Adriano Paes da Silva, na quinta-feira (28). Além dele, não resistiram Robert Ozeas da Silva Pereira, Francisco Wellington Moraes Santos, Martoniel Costa Oliveira, Isaac Gomes de Oliveira e Jeferson Linhares Silva. Todos estavam com sintomas semelhantes e as mortes aconteceram em menos de duas semanas. 

O Ministério Público do Piauí instaurou um inquérito civil público para apurar a intoxicação pela água de 48 detentos da Cadeia Pública de Altos.  O promotor de Justiça Elói Pereira  recomendou que o governo do estado declare situação de emergência. 

Veja nota da Sejus sobre a fuga no HGV

A Secretaria de Estado da Justiça informa que o detento Ronald Lucas Vogado dos Santos conseguiu fugir do Hospital Getúlio Vargas, na noite do último sábado (30). O detento, oriundo da Cadeia Pública de Altos, estava internado no local após apresentar sintomas de insuficiência renal. Equipes da Sejus seguem em diligência para a recaptura do indivíduo. Atualmente, 25 detentos seguem internados, sendo que sete já tiveram alta hospitalar.

Hérlon Moraes
[email protected]

Situação é grave e esvaziamento da Cadeia de Altos é necessária, diz defensor público


A Defensoria Pública reforçou o pedido para que a Cadeia Pública de Altos seja esvaziada ou pelo menos parcialmente interditada devido a possível contaminação da água disponível para consumo dos presos no local. O defensor público Dárcio Rufino afirma que, neste momento, a unidade não apresenta condições adequadas para evitar mais mortes. Até o momento, cinco detentos já morreram por leptospirose, segundo o Hospital Getúlio Vargas. A Secretaria Estadual de Justiça está fazendo a limpeza da água, dentre outras medidas. 

O defensor público destacou que a Secretaria Estadual de Justiça já vem adotado importantes medidas de tratamento, prevenção e estudos sobre o que levou a contaminação dos presos. No entanto, Rufino defende que, neste momento, os presos precisam ser retirados do local.  A cadeia, inaugurada em setembro de 2019, está com pouco mais de 700 presos, sendo que a capacidade é para 603. 

A Defensoria já impetrou um habeas corpus coletivo para atender alguns dos presos provisórios e apenados sem crime graves e de violência contra à pessoa. 

"É preciso tirar essas pessoas de lá. Ontem (26), na inspeção, nós constatamos que há um esforço da Secretaria de Justiça de debelar a crise, mas o ambiente carcerário com todos os problemas que oferecem, inclusive da superlotação, dificulta bastante. Sinceramente, a Defensoria não teve a impressão de que o Estado pode assegurar que não haverá mais mortes".

Dárcio Rufino em entrevista acalmou os familiares, que por ficarem sem informações, acreditam que a situação está caótica. O defensor ressalta que a situação é grave, mas que não há detentos espalhados pelos corredores aguardando atendimento médico. 

"As famílias precisam ter calma. Há um esforço muito grande da Sejus, não há esse quadro de pessoas pelos corredores, mas não significa dizer que não é grave. É muito grave. Na ótica da Defensoria Pública aquela estrutura não é capaz de debelar a situação até porque não se sabe a gravidade dela, os relatórios ainda não foram concluídos para dizer o que efetivamente aconteceu, qual a gente biológico, quais as consequências".  


Foto: Defensoria Pública do Piauí

Dárcio Rufino acrescenta que "são muitos os doentes ainda dentro" da Cadeia Pública de Altos. "Muitas pessoas apresentando os mesmos sintomas, muita gente esperando para ser atendida na enfermaria. Então, a Defensoria entende que uma medida muito mais ousada e drástica é necessária para essa situação e apresentou à Justiça, ao Tribunal de Justiça, um requerimento para que essa medidas sejam adotadas". 

O defensor público ressalta os pedidos feitos à Justiça. "Pedindo basicamente o seguinte: que os presos sejam colocados em prisão domiciliar. É preciso que a população entenda que nós estamos falando de uma cadeia pública, a maioria esmagadora das pessoas que estão recolhidas lá são presos provisórios, portanto respondem ainda ao processo, não tem culpa certificada pelo Estado. Para os provisórios, nós estamos pedindo a prisão domiciliar; para os acusados de cometeram crimes sem grave ameaça e sem violência à pessoa às medidas cautelares de substituição da prisão. Na verdade, não era nem para ter preso apenado porque é uma cadeia pública, mas como o sistema é caótico lá tem entorno de 15% de presos condenados".

Carlienne Carpaso
[email protected] 

Sejus realiza limpeza da água na Cadeia Pública de Altos

Foto: Thanandro Fabrício/Sejus

A Secretaria de Justiça está reforçando as medidas de saúde e saneamento na Cadeia Pública de Altos. Uma delas foi a limpeza de todo o sistema hidráulico da unidade, com limpeza da caixa d’água e tubulação, aplicação de dosador de placas de cloro no poço, sanitização e monitoramentos semanais, além de análises e coleta da água daquele presídio.

Segundo o engenheiro químico e coordenador da Vigilância Ambiental da Sesapi, Antonio de Sá, que coordena a ação, a água se encontra fora de qualquer perigo de contaminação. “Seguimos fazendo a coleta da água e já observamos uma resultado muito positivo. Notamos, nessa primeira amostra, uma quantidade excelente e adequada de cloro, com PH ideal. Com a presença do cloro, não há presença de microrganismos na água e, assim, eliminamos qualquer possiblidade desta causar doenças às pessoas que a consomem”, diz o engenheiro.

Enquanto a limpeza e tratamento da água seguem ocorrendo, está sendo utilizada água mineral para o consumo dos detentos, servidores e confecção da alimentação.

O Secretário de Justiça, Carlos Edilson ressalta que todas as medidas estão sendo tomadas para que a unidade retome a normalidade de suas rotinas carcerárias. "Estamos, com apoio do Governo do Estado e da Sesapi, tomando todas as providências cabíveis para sanarmos a situação da Cadeia Pública de Altos, realizando a limpeza da água, sanitizando a unidade e levando médicos especialistas para a avaliação diária de todos os detentos", diz o secretário de Justiça.

Além de intensificar as medidas de limpeza na Cadeia Pública de Altos, a Sejus estruturou uma enfermaria e reforçou o atendimento médico na unidade. Em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, equipes de médicos plantonistas, infectologistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem avaliam, diariamente, todos os internos do presídio, além de uma equipe externa que faz o acompanhamento diário com boletins médicos do estado se saúde dos que se encontram hospitalizados.

Da Redação
[email protected]

 

Posts anteriores