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Nobel de Medicina e Fisiologia em favor da vacina

Desde o final de 2019, quando a COVID-19 começou a se proliferar pelo mundo, até transformar-se em uma emergência mundial fechando tudo aqui no Brasil, em meados de março de 2020, até o começo de 2021 quando as primeiras pessoas começaram a receber doses das primeiras vacinas produzidas e distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), boa parte dos brasileiros sonhava com uma solução para o problema em curso do espalhamento e contaminação pelo SARS-CoV2. A vacina, que grande parte dos brasileiros costumava a considerar como uma salvaguarda era de fato um sonho. Mas o que se sabia era que qualquer coisa com alguma eficiência e segurança só apareceria com 5 ou mais anos de estudos, considerando o melhor dos prognósticos.

Contra todos os prognósticos, contra uma imensa campanha difamatória das vacinas, contra outra campanha gigante de Fake News que, ainda hoje, aposta no uso da Cloroquina e da Ivermectina como medicações offlabel para o tratamento da Covid-19, em 17 de janeiro de 2021 a Enfermeira Mônica Calazans recebeu uma dose da vacina Coronavac, produzida a partir de uma parceria entre o Instituto Butantan e a companhia farmacêutica chinesa Sinovac. Esta vacina foi concebida, utilizando o capsídeo viral como estimulador imunológico, modo tradicional de se conceber vacinas, mas de eficácia menor, dado ao poder mutante do vírus.

O Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia foi anunciado esta semana, premiando a cientista húngara Katalin Karikó e o cientista norteamericano Drew Weissman, pelo desenvolvimento da vacina utilizando o RNAmensageiro do vírus, uma tecnologia que já vinha em desenvolvimento, mas que teve na vacina produzida pelos laboratórios Pfizer e BioNTech o seu principal produto e argumento no convencimento do comitê que distribui o prêmio. Diferente das vacinas Coronavac, e das vacinas produzidas pela Astrazeneca e pela Jansen que usam métodos tradicionais, a vacina da Pfizer mostrou-se com uma eficácia próxima dos 100% (95%).

Sem qualquer dúvida a dupla mereceu este reconhecimento pelo mérito de ter desenvolvido uma técnica que vai muito além deste primeiro momento, no qual forneceu para o mundo o direito de sair mais rápido de uma pandemia sem precedentes na história mundial, até então.

A ciência mostrou para o mundo o seu valor e o comitê de escolha dos laureados para o cheque de 11 milhões de coroas suecas da Fundação Alfred Nobel (cerca de 4,8 milhões de reais) também souberam reconhecer o valor destes pesquisadores. Isso é motivo para nos encher de orgulho!

Boa semana para todos e todas.

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