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OMS diz que América do Sul é novo epicentro mundial da pandemia

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

O diretor do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde, Mike Ryan, afirmou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (22) que a América do Sul se tornou o novo epicentro mundial da pandemia do novo coronavírus. O continente já soma 554.321 casos de covid-19 e 28.168 mortes causadas pela doença, segundo dados atualizados diariamente pela plataforma Worldometer. Mais da metade dos infectados foram reportados pelo Brasil, cujo Ministério da Saúde registrou 310.087 casos nesta quinta-feira, 22. O País também contabiliza a maior parte das mortes na região, com 20.047 óbitos.

Logo atrás no número de contaminações estão Peru (108.769 infectados e 3.148 mortos) e Chile (61.857 casos e "apenas" 630 óbitos). A Argentina, país com a terceira maior população absoluta da América do Sul, está em sexto no ranking de casos e óbitos pela covid-19, com 9.931 infecções registradas e 419 mortes pela doença.

De acordo com informações compiladas pela Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos superaram a marca de 95 mil mortos pela covid-19 no país, consolidando-se como a região mais afetada pela pandemia de coronavírus no mundo. Os EUA registram cerca de 1,58 milhão de contaminações, ainda segundo a universidade norte-americana.

Na Europa, o Reino Unido anunciou hoje que irá impor uma quarentena compulsória de 14 dias a pessoas que chegarem de países estrangeiros em todas as regiões britânicas. A determinação, informada pela secretária para Assuntos Internos, Priti Patel, passa a valer a partir do dia 8 de junho. O governo britânico também divulgou os números de novos casos e óbitos da covid-19. Nas últimas 24 horas, foram registrados mais 3.287 infectados e 351 mortos no Reino Unido, que agora soma 254.195 casos e 36.393 óbitos causados pela doença.

O governo da Espanha acatou o pedido das cidades de Madri e Barcelona para as regiões passarem à fase 1 de retomada das atividades, segundo plano de flexibilização das medidas restritivas contra a pandemia de covid-19 no país. Os municípios constituem as duas maiores regiões metropolitanas da Espanha. Além da capital espanhola e de Barcelona, também passaram para a primeira fase as comunidades de Castela e Leão. Ao todo, o país registrou 234.824 contaminados e 28.628 mortos pela covid-19, com 446 novos casos e 59 óbitos nas últimas 24 horas.

Por Gabriel Caldeira
Estadão Conteúdo

Médico diz que taxa de ocupação é preocupante e alerta sobre colapso

A crescente taxa de ocupação dos leitos de UTIs no Piauí e a possibilidade de um colapso no sistema de saúde, deixa em alerta as autoridades médicas no estado. Em Teresina, onde a taxa de ocupação já é de 65%, a situação já é classificada como preocupante. O pronto-socorro do Hospital São Marcos, por exemplo, chegou a ser fechado temporariamente nesta quinta-feira (21). O médico cardiologista Marcelo Martins, que faz parte da administração da unidade de saúde, disse que só o isolamento social evita o colapso.

“O isolamento social faz com haja uma certa folga do sistema de saúde e por isso passa a ser questionado. O que aconteceu nas últimas semanas é que as taxas de isolamento em Teresina e no Piauí começaram a cair, consequentemente as taxas de ocupação começaram a subir. Ontem, quando a notícia circulou que o hospital São Marcos tinha fechado temporariamente o seu pronto-socorro, eu recebi mais de 50 ligações. As pessoas apavoradas. As pessoas têm que entender que a gente não precisa que o caos se instale para que uma verdade seja concretizada como verdade, vamos dizer assim. É muito cômodo transferir essa responsabilidade para gestores”, disse o médico, que continuou o desabafo.

“Nós enquanto sociedade temos que entender que respeitar o isolamento é a única maneira que o colapso na rede hospitalar não se instale. Não é com polícia na rua, com repressão, que a gente vai fazer isso acontecer. É um entendimento de cada um de nós. Não dá para achar que vamos manter a vida beirando a normalidade e, ao mesmo tempo, ficar assustado quando os hospitais fecharem suas portas por superlotação”, acrescenta.

Foto: Reprodução/TV Cidade Verde

Para o médico, as taxas de ocupação dos leitos são consideradas preocupantes. “É uma taxa muito preocupante. As vezes as pessoas pensam assim: 75% significa que 1/4 dos leitos ainda está desocupado. Só que a gente tem que transformar essa conta em números absolutos. Teresina tem um déficit de leitos de terapia intensiva muito grande. É um problema histórico de várias cidades do Brasil. Então 24% de leitos livres, vamos dizer assim, é um número absoluto de leitos muito pequeno. Preocupa sim. Somos uma cidade com mais de 850 mil habitantes e, mais importante do que isso, somos um estado de 3 milhões de habitantes. Nós sabemos quem em situações mais graves os pacientes acabam vindo para Teresina ou transferidos pela falta de estrutura adequada”, explica.

De acordo com Martins, a média de um paciente internado na UTI é de 19 dias, o que dificulta a rotatividade de leitos.

“É uma média 19 dias na UTI e o leito hospitalar mais 8 dias. Uma internação que vai tranquilamente chegar a um mês. O giro de leitos é muito lento. Isso dificulta muito a assistência a um número maior de pessoas. A principal indicação de UTI para paciente com covid- 19 é a insuficiência respiratória. Como os recursos são muito limitados, os pacientes que vão para as UTIs objetivamente hoje em dia são os que estão com uma dificuldade respiratória muito grande. São pacientes que preenchem determinados requisitos, que incluem a oxigenação do sangue, exames específicos”, afirma.

O médico diz que diariamente as taxas de ocupação são monitoradas, além delas, também a procura por atendimento de pacientes com síndrome gripal. “A gente faz acompanhamento em tempo real não apenas das taxas de ocupação de UTI, mas também da procura por atendimento por síndrome gripal. Vem tendo uma procura aumentada por síndrome gripal. A gente espera que em alguns dias a gente tenha uma ocupação maior. A gente vem numa curva ascendente de procura síndromes gripais e de ocupação dos leitos hospitalares”, declarou.

Sobre o pronto-socorro do Hospital São Marcos, o médico informou que o atendimento já foi normalizado. “Ontem às 16h30 a diretoria, para preservar a segurança dos pacientes que estavam sendo atendidos, e entendendo a sobrecarga de trabalho, decidiu fechar a unidade de atendimento por incapacidade de atender mais pessoas. Fizemos uma força-tarefa no hospital e por volta das 23h30 conseguimos reabrir o pronto-socorro. A gente não quer de jeito nenhum deixar as pessoas sem serem atendidas. Todos os hospitais estão fazendo isso”, finalizou.

Hérlon Moraes
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Auxílio Emergencial: veja quais agências da Caixa vão abrir no Piauí neste sábado

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

A Caixa divulgou nesta sexta-feira (22) quais agências no Piauí vão abrir neste sábado para atendimento sobre o auxilio emergencial.

Vão funcionar de 08 às 12h as agências de Campo Maior, Floriano, Parnaíba e Picos. Em Teresina, 5 agências vão abrir. São elas: Areolino de Abreu, Rio Branco, Joquei, Parque Piauí e Dirceu.

O auxílio emergencial é um benefício destinado aos trabalhadores informais, MEIs (microempreendedores individuais), autônomos e desempregados durante o período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

A ajuda do governo federal é feita por meio de três parcelas de R$ 600. As parcelas sobem para R$ 1.200 se as beneficiárias forem mães que, sozinhas, são responsáveis pelo sustento dos filhos.

Pode solicitar o benefício o cidadão maior de 18 anos que esteja desempregado ou exerça atividade na condição de MEI, ou é contribuinte individual (obrigatório) da Previdência Social ou, ainda, realiza trabalho informal.

Além disso, a renda familiar por pessoa de quem vai pedir o benefício não pode ultrapassar meio salário mínimo (R$ 522,50), ou cuja renda familiar total seja de até três salários mínimos (R$ 3.135).

Quem ainda não fez o pedido do auxílio, mas cumpre as exigências para receber o benefício, pode realizar a solicitação até 2 de julho pelo site auxilio.caixa.gov.br ou pelo aplicativo Caixa Auxílio Emergencial.

A Caixa pagará os valores atrasados para todos que possuem direito e realizarem a solicitação até 2 de julho.

Com informações da Folhapress
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Bares e restaurantes apresentam alternativas de atendimento a deputado

Foto: Roberta Aline/Cidadevede.com

Durante reunião virtual ontem, 21, com o deputado estadual Francisco Costa, líder do governo na Assembleia Legislativa, representantes das Associação Brasileira de Bares e Restaurantes(ABRASEL) e Sindicato Intermunicipal de Bares, Hotéis, Restaurantes e Similares(Sinhores) apresentaram proposta para ampliar o funcionamento das atividades do setor, com foco além do delivery, no drive thru e take away(entrega no balcão). 

Com as propostas, as entidades buscam alternativas para revitalização do setor e que sejam incorporadas em decretos do Governo. “Oficializar maneiras para se vender que seja tão segura ou mais que o delivery”, afirma Eduardo Rufino, da Abrasel. Pelas alternativas, “tudo seria agendado, sem fila”.

O drive thru tem como modelo o recomendado pela Organização Mundial de Saúde(OMS), quando da realização de vacina, como ocorreu em Teresina, na campanha de imunização da Influenza, utilizando meios de prevenção exigidos. 

“O sistema seria feito com uso de máscara, com máquinas sendo esterilizadas antes e depois do uso”, explica o presidente do Sinhores, Paulo Sá. 

Na entrega no balcão, “o cliente vai buscar só quando recebe um aviso que o pedido dele está pronto. É uma alternativa para alguns restaurantes, que pela estrutura, não teria condições de fazer driver”, explica Sá.

O deputado Francisco Costa ouviu as propostas e vai dialogar com “o Governo do Estado, através do Comitê de Crise Emergencial e Vigilância Sanitária, assim como incluí-los nas discussões técnicas para que estes possam apresentar suas propostas, dada as peculiaridades do setor e as recomendações dadas pela entidade em nível nacional”.

A expectativa, reforça ele, é que se tenha um protocolo que contemple as atividades e a retomada gradual das atividades econômicas, obedecendo as recomendações dos profissionais de saúde, “no controle da doença(covid-19) e contágio”.

A reunião foi uma iniciativa das entidades, com a participação de empresários do setor e o suplente de vereador, João de Deus Pereira(PT).

Da Redação
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Militares já ocupam 21 cargos na Saúde, em postos de direção e até em áreas especializadas

Foto: Divulgação / Ministério da Saúde

Em meio à crise pelo novo coronavírus e sob comando interino de um general, o Ministério da Saúde tem ampliado o número de militares em postos-chave.

O processo já atinge até mesmo cargos estratégicos em áreas especializadas de assistência em saúde. Ao longo do último mês, ao menos 21 militares foram nomeados, de acordo com levantamento feito pela reportagem em publicações do Diário Oficial da União.

A maioria é ligada ao Exército e veio de unidades ligadas a setores de pagamento e pessoal, finanças e logística. Sem experiência prévia na área da saúde, parte expressiva foi colocada em cargos de direção e coordenação na Secretaria-Executiva.

Outra parte está em pastas mais técnicas, que costumavam ser ocupadas por pessoas altamente especializadas.

O processo de militarização na saúde começou com a entrada do general Eduardo Pazuello como número 2 da pasta, ainda na gestão do ex-ministro Nelson Teich. Coordenador da Operação Acolhida, voltada a apoio a imigrantes venezuelanos, Pazuello teve apoio de outros ministros generais para ocupar o cargo.
Com a saída de Teich, Pazuello ficou como interino à frente da pasta. Desde então, as nomeações foram intensificadas. Só nesta semana, 13 foram publicadas.

A maioria é concentrada em cargos de direção e coordenação na Secretaria-Executiva, área que responde pela aprovação de editais, processos de logística, auditorias e administração de recursos do SUS.

Recentemente, porém, houve nomeações também para cargos de direção em duas pastas estratégicas, caso das Secretarias de Atenção Primária e de Atenção Especializada, que respondem por ações voltadas a unidades básicas de saúde e hospitais.

É o caso da médica e primeira-tenente Laura Tiriba Appi, que foi nomeada inicialmente como assessora do ministro e, em seguida, como diretora de programa na Secretaria de Atenção Primária. Na prática, ela tem atuado junto ao ministro e é uma das poucas que veio da área da saúde. Procurada pela reportagem, ela não quis comentar.

Marcelo Sampaio Pereira, que também é ligado ao Exército, entrou como diretor de programa na Secretaria de Atenção Especializada.

Servidores de carreira do ministério, no entanto, apontam que já há mais militares em atuação. Dentro da pasta, o grupo costuma dizer que veio para uma missão e está em força-tarefa. A lista de nomeações deve aumentar nos próximos dias.

No dia 4 de maio, o Comando do Exército publicou uma portaria no Diário Oficial da União na qual "passou à disposição" 17 militares para o Ministério da Saúde. Desse total, 11 já foram nomeados, o que indica que o número ainda deve crescer.

Além do ministro interino, militares também já respondem por duas das sete secretarias da pasta. Ex-secretário de Saúde de Roraima, cargo que ocupou entre abril e junho de 2019, o coronel Antônio Élcio Franco é hoje substituto de Pazuello na Secretaria-Executiva.

Já o coronel Robson Santos da Silva, que entrou ainda na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, permanece à frente Secretaria de Saúde Indígena. Antes de assumir a pasta, ele atuou como assessor no Ministério da Educação e na equipe de transição. Ex-membros da equipe de Mandetta afirmam que ele era um dos poucos nomes do Exército na última gestão.

A entrada de militares tem preocupado servidores, que dizem que o cenário lembra uma intervenção e chamam a atenção para a falta de conhecimento técnico em saúde. Eles dizem ainda que, nos últimos anos, nunca houve tantos militares em cargos na pasta. Alguns substituem pessoas que estavam há anos no ministério, mas em cargos comissionados.

Mesma avaliação foi dada por Mandetta em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. "Vi a entrada de um número grande de militares. Eles têm conhecimento de logística, de operações. Mas não trabalham com o SUS", afirmou.

O grupo recém-nomeado atuava em diferentes partes do país, como Rio de Janeiro, Fortaleza, Boa Vista, Taubaté (SP) e Manaus, além de uma parte que servia em Brasília.

Dos 21 nomeados, apenas 2 estavam atuando diretamente antes em uma área próxima da saúde, caso de Appi e do capitão Mario Luiz Ricette Costa, da Diretoria de Saúde do Exército, em Brasília, e que assumiu como assessor técnico na Subsecretaria de Planejamento e Orçamento. Em comum, alguns atuaram com Pazuello na intervenção federal em Roraima ocorrida no último ano.

Questionado pela reportagem, o Exército não informou se os nomes presentes na portaria foram solicitados nominalmente pelo Ministério da Saúde ou se foram indicações próprias. Procurado, o Ministério da Saúde também não respondeu.

Em reunião com secretários estaduais e municipais de Saúde nesta quinta-feira (21), Pazuello, porém, agradeceu o Ministério da Defesa por ter cedido profissionais e disse que a atuação é temporária.

"Em princípio serão só 90 dias. São pessoas preparadas para lidar com esse tipo de crise, e precisamos desse tipo de preparo", disse. "É temporário e vou ter de substituí-los ao longo dos 90 dias. Vamos substituindo e colocando no momento de maior normalidade."

 


Fonte: Folhapress

Prefeito de Picos prorroga isolamento social e anuncia retorno gradual dia 8 de junho

Fotos: Edvar Junior

Decreto assinado pelo prefeito de Picos, padre Walmir Lima, autoriza, a partir do dia 8 de junho, a retomada gradual da economia na cidade. Por enquanto, as restrições continuam valendo até o dia 7 de junho, em concordância com o decreto de isolamento publicado pelo governo do Piauí. 

A partir de 8 de junho nos dias de segunda, quarta e sexta-feira das 8h às 14h poderão funcionar óticas e lojas de embalagens. Nos dias de terça, quinta e sábado das 8h às 14h poderão abrirão lojas de autopeças, motopeças, oficinas, borracharias e lojas de material de construção civil.

Os salões de beleza e  clínicas de estética  poderão abrir dias de terça, quinta, sexta e sábado das 14h às 20h. Fica determinado que os atendimentos nestes estabelecimentos deverão ser realizados obrigatoriamente por hora marcada e de forma individualizada, através de agendamento prévio por telefone, e-mail ou outro meio à distância.

15 de junho

A partir do dia 15 de junho  poderão retomar as atividades relojoarias, lojas de confecção, calçados, e de venda móveis no seguintes dias e horários:

Segunda, quarta e sexta das 8h às 14h

  • Relojoarias, joelheiras e perfumes; lojas de confecção, calçados, de tecidos e aviamento; papelarias e lojas de informáticas; lojas de móveis e eletrodomésticos; 

Terça, quinta e sábado das 8h às 14h

  •  Atividades comerciais em mercados e feiras livres; floricultura, paisagismos e jardinagem; demais setores não especificados no Decreto. 

22 de junho

A partir de 22 de junho, nos dias de quarta, quinta, sexta e sábado, das 12h às 20h  poderão reabrir academia, shopping centers (exceto praça de alimentação). 

29 de junho
No dia 29 de junho  está autorizada a reabertura das atividades em bares, clubes, restaurantes e praças de alimentação em shopping centers nos dias de quarta, quinta, sexta,  e sábado das 12 às 20h. 

Aulas
A prefeitura de Picos decretou a  prorrogação da suspensão das aulas presenciais da rede pública municipal de ensino, inclusive das aulas de cursinho de pré-vestibular e também da rede privada de ensino, até o dia 30 de junho. 

Contrato suspenso

O decreto do prefeito Walmir Lima também suspende por mais 60 dias a concessão de progressões,  promoções, mudanças de classes e de nível de servidores públicos do Município de Picos.

Ficam rescindidos também os contratos temporários e excepcionais dos cargos de motoristas, secretários de escola, auxiliar de serviços gerais, professores, diretores e merendeiras lotados na Secretária Municipal de Educação.

Os efeitos das rescisões contratuais retroagem a data de 01 de maio de 2020. 

Aglomeração
O decreto da prefeitura de Picos determina, ainda, a prorrogação da suspensão da realização das atividades coletivas ou eventos (culturais, esportivos, artísticos, religiosos, shows) e demais realizações que ocasionem aglomeração de pessoas, até o dia 30 de junho de 2020. 

A prefeitura ressalta que as medidas previstas no decreto poderão ser revistas a qualquer momento, considerando a evolução dos casos de Covid na cidade. 

Protocolo 
As atividades econômicas autorizadas no decreto deverão respeitar os protocolos de convivência e de distanciamento social voltados ao combate da pandemia da Covid-19. Os estabelecimentos deverão disponibilizar álcool em gel 70% e/ou produtos similares de esterilização, para utilização pelos clientes e consumidores.

O uso de máscaras também é obrigatório pelos funcionários que atendem ao público em geral, bem como pelos usuários do estabelecimento comercial.
O funcionamento dos locais com atendimento ao público será permitido com lotação máxima de 50% de sua capacidade normal, observando o distanciamento mínimo de 1,5m entre uma pessoa e outra.

Em caso de utilização de máquinas eletrônicas de pagamento via cartão de débito ou crédito, a superfície da mesma deverá ser higienizada após cada uso, de forma a se evitar a transmissão indireta.

Veja decreto

Izabella Pimentel
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Decisões judiciais mandam Caixa antecipar saldo do FGTS

Foto: Roberta Aline / Cidadeverde.com

Trabalhadores estão conseguindo antecipar a liberação do saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) com ações na Justiça do Trabalho.
A situação de calamidade pública pela pandemia do coronavírus tem levado juízes e desembargadores a considerar haver emergência no pagamentos desses valores.

No TRT-15 (Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região), que atende a região de Campinas, pelo menos duas decisões foram favoráveis ao pagamento imediato dos valores. As sentenças também aumentaram o valor máximo permitido na retirada do dinheiro.

No início de abril, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) autorizou uma nova rodada de saques de valores do Fundo de Garantia, como medida de mitigação dos efeitos econômicos do novo coronavírus.

A medida provisória que criou a liberação temporária definiu que os saques estão limitados ao salário mínimo deste ano, de R$ 1.045. O calendário de saques, ainda não definido pela Caixa Econômica Federal, deverá começar no dia 15 de junho.

Para o juiz convocado da 6ª Câmara do TRT-15 Guilherme Guimarães Feliciano, não há porque aplicar essa limitação de valor. Em decis]ao do início deste mês, ele negou pedido da Caixa Econômica Federal e manteve a ordem para liberar o saldo do FGTS de um trabalhador.

Em primeira instância, o juiz havia somente antecipado o pagamento dos R$ 1.045.

No tribunal, o juiz convocado afirmou, em seu relatório, que a situação de calamidade pública associada à necessidade pessoal do trabalhador configuravam requisito para o levantamento do saldo do fundo.

A lei 8.036, que dispõe regras do FGTS, define alguns critérios para a movimentação do dinheiro. Os mais conhecidos são a demissão sem justa causa, a aposentadoria e o uso na compra de imóvel próprio. Há também a situação de "necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorra de desastre natural".
Em outro caso, essa da 9ª Câmara do TRT-15, o desembargador Gerson Lacerda Pistori considerou "real e indiscutível estado de calamidade pública vivido não apenas no Brasil, mas praticamente em todo o mundo, decorrência da pandemia" causada pela Covid-19.

O trabalhador que esteja considerando buscar a Justiça do Trabalho para antecipar o saque do Fundo de Garantia deve tomar alguns cuidados, diz o advogado Jorge Matsumoto, sócio trabalhista do Bichara. Segundo ele, não há um consenso sobre o âmbito em que a ação deve ser iniciada, se na Justiça Federal ou em uma vara do trabalho. "A Justiça do Trabalho tende a ter uma posição mais favorável ao empregado e deve entender que o decreto da calamidade é suficiente para permitir a liberação", diz.

Para Matsumoto, têm mais chances de conseguir a antecipação os trabalhadores que estiveram com algum tipo de redução salarial, como os que tiveram a jornada e o salário reduzidos ou o contrato de trabalho suspenso. As duas possibilidades foram criada pela Medida Provisória 936, que criou também um benefício emergencial calculado com base no seguro-desemprego.

"O decreto 5.113 [que regulamenta o saque do FGTS] não prevê a liberação em caso de pandemia, mas para a Justiça o que tem importado é que o trabalhador precise do dinheiro", diz o advogado. Esse decreto estabelece o limite de R$ 6.220 por conta em caso de liberação a trabalhadores atingidos por desastres naturais.

O trabalhador com urgência para acessar o dinheiro e que não se enquadre em nenhuma outra condição para o saque pode considerar também a adesão ao saque-aniversário. Criado no ano passado, esse tipo de retirada permite a movimentação de uma parte do saldo no mês do aniversário do trabalhador. Quem faz essa opção não tem o dinheiro liberado em caso de demissão, mas mantém o direito à multa de 40% sobre os valores depositados pelas empresa.

Em nota, a Caixa informou que "enquanto agente operador do FGTS, o banco cumpre as determinações legais e adota as providências necessárias para operacionalização do Fundo". Disse também que os parâmetros para movimentação das contas por motivo de calamidade pública foram reconhecidos pelo Decreto Legislativo 06/2020 e estão descritos na MP 946/2020.

O calendário para a liberação de até um salário mínimo será divulgado oportunamente, disse a Caixa. O banco também afirmou não comentar atuação processual.

Fonte: Folhapress

Campo Maior registra o primeiro óbito por coronavírus, diz secretaria

O município de Campo Maior, a 80km ao Norte de Teresina, registrou o primeiro óbito por covid-19. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente é um homem de 57 anos que tinha comorbidades e residia no bairro de Fátima. Ele estava internado na UTI dos hospital de Piripiri.

Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o óbito aconteceu nas primeiras horas desta sexta-feira (22).

"É com extremo pesar que a Secretaria Municipal de Saúde lamenta a primeira morte ocasionada pelo coronavírus", diz a nota da SMS.

Segundo o boletim da prefeitura de Campo Maior divulgado na manhã de hoje, o município possui 84 casos confirmados de coronavírus.

Veja nota:

Hérlon Moraes
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Prefeituras de Timon e Teresina interditam a Ponte Metálica

A Ponte Metálica João Luís Ferreira, que liga Teresina a Timon (MA),  foi  interditada, nos dois sentidos, desde a madrugada desta sexta-feira (22). O objetivo da medida, tomada em conjunto pela prefeitura de Teresina e a cidade maranhense, é minimizar a disseminação do coronavírus. 

A interdição segue até a madrugada da próxima segunda-feira (25). Com o fechamento da Ponte Metálica, a população terá acesso pelas às cidades pelas pontes Nova e da Amizade.

As barreiras sanitárias continuam 24 horas  nas pontes Nova e da Amizade. Todas as pessoas que pretendam ingressar no município de Teresina deverão apresentar documentos de identificação pessoal, documento de habilitação do condutor e comprovante de endereço residencial, assim como documentos referentes ao veículo, como Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo. Os profissionais que trabalham em Teresina deverão ter a comprovação da necessidade de trafegar entre os dois municípios, seja por motivos de saúde, trabalho, ou qualquer outro.  

A Prefeitura de Teresina já registrou cadastro de mais de 8.650 pessoas que solicitaram autorização para transitarem pelas barreiras sanitárias montadas entre as cidades de Teresina (PI) e Timon (MA) durante a quarentena. 

As pessoas que se enquadrem nos critérios do decreto e que necessitem de acesso frequente ao município de Teresina, poderão se cadastrar em site público (http://barreiracovid19.fms.pmt.pi.gov.br) para obter documento digital comprobatório a ser apresentado sempre que passar no controle das barreiras.

Foto: Roberta Aline

 

 

Izabella Pimentel
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Retidos na Colômbia, estudantes do Piauí pedem repatriação à embaixada

Fotos: Acervo pessoal

Em intercâmbio na Colômbia, quatro estudantes da Universidade Federal do Piauí estão impossibilitadas de voltarem para suas casas por conta do fechamento da fronteira com o Brasil. O país faz fronteira com o Amazonas, um dos estados  em situação mais grave na pandemia de Covid-19. As piauienses se juntaram a quase 50 estudantes brasileiros que pedem repatriação pelo governo brasileiro

Hospedadas em casas de famílias, as quatro estudantes piauienses estão cursando um período da universidade em intercâmbio internacional. O período era de seis meses e a bolsa de estudos vence a menos de um mês, no dia 13 de junho. 

Os estudantes brasileiros retidos na Colômbia enviaram uma carta para a embaixada no país pedindo a “organização de um voo de repatriação humanitário e/ou apoio diante das necessidades que se desenham nesse cenário, como por exemplo a de estudantes com bolsas prestes a expirar”.

O isolamento dos aeroportos estava previsto até maio, mas o prazo foi estendido até agosto. Com quase 50 milhões de habitantes, a Colômbia já registrou mais de 17 mil casos com mais de 600 mortes.

Fotos: Acervo pessoal

A estudante de Engenharia Florestal do campus da UFPI de Bom Jesus, Cássia Ribeiro, relata que a sensação é de impotência diante da proibição de voos entre os países pela barreira sanitária.

“De junho até o dia 1° de agosto eu não sei o que eu faço. Pior que a situação do Brasil também não está fácil. É bastante desesperador. A gente quer ir para casa. A gente veio aqui cumprir um semestre de intercâmbio. De repente tudo virou de cabeça para baixo. A gente não consegue ter uma posição concreta da Embaixada para voos de repatriação”, disse a estudante que diz não ter condição de se manter sem o auxílio da universidade.

Voos cancelados e empresas falidas

Natural de Canto do Buriti, a estudante de jornalismo Lara Matos, faz intercâmbio na Universidad Pontificia Bolivariana na cidade de Montería. De passagem comprada para o dia 10 de junho, a estudante foi surpreendida com o cancelamento do voo e o anúncio de falência da empresa aérea.

“É estranho o que sentimos, porque teoricamente era pra ser uma experiência boa estar aqui, mas se tornou  uma preocupação pra minha família, pra mim por não saber o que pode acontecer. Estou há mais de 2 meses sem sair de casa, e sozinha fica mais difícil de se estimular a fazer algo além das aulas que eu estou tendo virtualmente”, contou Lara.

Fotos: Acervo pessoal

Lara com intercambistas mexicanos.

A Colômbia iniciou a quarentena em março, e desde então a embaixada brasileira já disponibilizou dois voos. Segundo as estudantes, as repatriações não foram suficientes para contemplar todos os brasileiros que estavam no país. “Além de que muitos, como eu, não tinham como ir a Bogotá, de onde os voos estão saindo”, contou Lara.

Isolamento mais rígido

O isolamento social em algumas regiões da Colômbia é mais rígido do que o aplicado no Brasil. 

Morando com um casal de idosos na região de Tunja, nordeste da Colômbia, a piauiense Maria Vitória Torres diz que o governo controla a saída da população. Com aeroportos e rodoviárias fechadas, carros de passeio só podem cruzar cidades com autorização do governo. 

“Aqui tem a regra de pico e célula, de acordo com o documento da pessoa ela pode sair para ir em banco ou supermercado. Só saio de casa para ir ao banco ou comprar comida”, disse a estudante que cursa Engenharia Elétrica.  

UFPI garante apoio a estudantes

“Nós já conversamos com as universidades para manterem as condições de hospedagem enquanto eles não puderem retornar. É o mesmo que estamos fazendo com os estudantes estrangeiros que estão na UFPI. Asseguramos bolsas e alimentação enquanto não puderem retornar”, contou assessora internacional da UFPI, Beatriz Gama.

Ajuda do governo federal

Os estudantes buscam o auxílio do governo federal em um voo de repatriação do grupo de cerca de 50 intercambistas brasileiros que estão no país.

“Criamos um grupo de brasileiros que ainda estão retidos aqui e estamos tentando encontrar todos pra poder pressionar por um novo vôo de repatriação gratuito ou um apoio financeiro, já que somos estudantes, com as bolsas por terminar, seguro saúde e vários outros problemas., contou Lara.

Valmir Macêdo
[email protected]

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