Cidadeverde.com

Shawn Mendes e Camila Cabello publicam foto nas redes sociais em quarentena

Foto: Reprodução/instagram/@camila_cabello

Shawn Mendes e Camila Cabello decidiram fazer, juntos, o isolamento social por causa do novo coronavírus. Eles estão na casa da cantora em Miami, nos Estados Unidos.

Neste sábado, 23, Camila decidiu publicar uma foto em que o casal aparece abraçado no sofá, em um momento de descontração, com os cachorros da cantora.

Minutos após a publicação, a fotografia já tinha mais de um milhão de curtidas no Instagram.

Camila Cabello e Shawn Mendes estão juntos desde julho de 2019. O casal já gravou videoclipe romântico e sempre aparece em eventos sociais.
 

Fonte: Estadão Conteúdo

Piauí tem 110 mortes e chega a 3.550 casos confirmados do novo coronavírus

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Com mais três mortes confirmadas, o Piauí chegou, neste domingo (24), aos 110 óbitos de pacientes infectados pelo novo coronavírus. O total de casos confirmados chegou a 3.550. Os dados constam em boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). 

Dos 110 óbitos, 50 foram de pacientes de Teresina - o último deles, um homem de 58 anos, que era hipertenso. 

As outras duas mortes são do interior do estado: um homem de 59 anos, de Lagoa do Piauí, hipertenso; e uma mulher de 89 anos, de Floriano, que tinha asma e neoplasia pulmonar. 

Com a primeira morte de Lagoa do Piauí, chegou a 44 o número de municípios com perdas provocadas pela covid-19. 

A Sesapi também retificou um dos óbitos registrados nos boletins anteriores. O paciente faleceu no hospital Justino Luz, em Picos, mas a investigação do caso concluiu que ele era do município de São Julião. 

 

Casos confirmados
Com 160 testes positivos a mais, o número de casos confirmados chegou a 3.550. 

Dos 224 municípios do Piauí, 139 tem ou já tiveram algum paciente infectado pelo novo coronavírus. Itainópolis, Madeiro e São Francisco de Assis do Piauí tiveram seus primeiros casos confirmados. 

O paciente mais jovem dos novos casos confirmados tem 2 anos de idade, e o mais velho, 92 anos. A maioria é do sexo masculino - 85 homens contra 75 mulheres. 

Situação hospitalar
Em relação ao sábado, 12 pacientes tiveram alta médica. Mesmo assim, o número de internações subiu de 479 para 484. 

A ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) teve redução de 62,45% para 59,3%. Isso se deve mais ao aumento de leitos para 246 do que pelo número de internados, reduzido em apenas dois pacientes em relação ao sábado - 146 no total, neste domingo. 

Somados UTIs e estabilização, são 151 leitos com respiradores ocupados - 51,9% da capacidade atual para pacientes em tratamento para covid-19. 

São 333 pacientes em leitos clínicos, 39% da ocupação atual. 

 

Fábio Lima
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Brasil regista 653 novas mortes por coronavírus nas últimas 24 horas

Foto: MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO

 

O Brasil registrou 653 novas mortes por coronavírus nas últimas 24 horas e 15.813 novos casos confirmados.

Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados neste domingo (24), o total de óbitos no Brasil alcançou 22.666. O recorde diário é da última quinta-feira (21), quando o país anotou 1.188 novas mortes em um só dia.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins (EUA), o Brasil continua sendo o segundo país com mais casos da doença, com um total de 363.211 casos. Fica atrás apenas dos Estados Unidos, que têm 1,6 milhão de casos e 97 mil mortes no total.

Na última sexta-feira (22) o diretor-executivo da OMS (Organização Mundial da Saúde), Michael Ryan, afirmou que a América Latina é o novo epicentro da pandemia de coronavírus e o Brasil é o país mais preocupante.

Ryan disse que, embora o maior número de casos tenha sido registrado em São Paulo, a situação mais séria é a do Amazonas, "com uma taxa bem alta", afirmou. O estado tem o maior número de casos em relação à população: 490 pessoas infectadas por 100 mil habitantes.

Estimativas também divulgadas nesta sexta pelo Imperial College indicam que a transmissão da doença continua acelerando no Brasil. A taxa de contágio (Rt), que indica para quantas pessoas em média cada infectado transmite o coronavírus, foi calculada em 1,3 –quando está acima de 1, a transmissão está fora de controle.

 

Fonte: FOLHAPRESS

 

EUA decidem barrar estrangeiros com passagem recente pelo Brasil

Foto: Isac Nóbrega/PR

 

O governo americano anunciou neste domingo, 24, a proibição da entrada de viajantes estrangeiros provenientes do Brasil. A ameaça de limitar voos vindos do País vinha sendo mencionada publicamente pelo presidente americano, Donald Trump, desde o final de abril. Na sexta-feira, no mesmo dia em que a Organização Mundial da Saúde classificou a América Latina como novo epicentro do vírus, dando destaque ao Brasil, a Casa Branca e o Departamento de Estado americano concordaram em oficializar a restrição, como antecipou o Estadão.

A medida anunciada barra estrangeiros que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias. A restrição passa a valer a partir das 23h59, no horário de Nova York, do dia 28 de maio. Ainda podem entrar no país aqueles que possuem residência permanente nos EUA, além de cônjuges, filhos e irmãos de americanos e de residentes permanentes. Estrangeiros que possuem visto específicos, como os que representam outros governos, também estarão excluídos da restrição.

Trump é considerado o principal aliado internacional do presidente Jair Bolsonaro e tem evitado críticas abertas ao brasileiro, mas deixou claro nas últimas semanas que não pouparia o País. "Eu não quero pessoas entrando e infectando nosso povo", afirmou na terça-feira, quando o Brasil ultrapassou a marca de mil mortes diárias por covid-19.

A pressão para que o governo americano adotasse restrições à chegada de brasileiros cresceu na última semana, quando a situação no Brasil se agravou e passou a ser destaque na imprensa internacional. O prefeito de Miami, Francis Suárez, foi um dos que defenderam abertamente o bloqueio dos voos. O Brasil é considerado um epicentro da pandemia, com trajetória de rápido crescimento dos casos, enquanto os EUA caminham para um processo de reabertura econômica e de controle interno da primeira onda da epidemia, que deixou mais de 1,6 milhão de infectados e quase 100 mil mortos no país.

Fontes do governo brasileiro veem na iniciativa americana mais uma mensagem eleitoral de Trump. A Flórida, onde chegam quase metade dos voos hoje em operação entre Brasil e EUA, é um Estado-chave para a eleição presidencial americana, que ocorrerá em novembro.

A avaliação para impor a medida, entretanto, levou em consideração fatores além do eleitoral. Em 23 de março, um funcionário do alto escalão do Departamento de Segurança Interna disse a jornalistas que a rápida aceleração de casos na América Latina, com destaque para o Brasil, era acompanhada com preocupação nos EUA. Na época, o Ministério da Saúde informou que o Brasil tinha 1.891 casos de covid-19 confirmados e 34 mortes. Dois meses depois, o Brasil tem quase 350 mil casos confirmados e mais de 22 mil mortos.

Atualmente, há 13 voos semanais em operação entre os dois países, sendo que seis têm a Flórida como destino e outros sete, o Texas. Só a Latam tinha 49 viagens semanais entre os dois países. Com a restrição de entrada, as empresas podem continuar a operar as rotas, se desejarem, mas os passageiros que se encaixem na medida não poderão ingressar nos EUA. A tendência, portanto, é que o número de voos seja ainda mais reduzido.

O governo brasileiro adotou uma restrição geral à entrada de estrangeiros. Em 27 de março, editou uma portaria para proibir temporariamente a entrada de estrangeiros que chegassem ao País. Em 22 de maio, uma nova portaria renovou esta limitação, que vale para todas as nacionalidades e tem exceções semelhantes às previstas pelo governo americano.

Nos bastidores, o governo brasileiro diz ver com naturalidade a medida americana. Na prática, no entanto, a diplomacia do País atuou para evitar essa barreira. Em abril, o encarregado de negócios pela Embaixada do Brasil em Washington, Nestor Forster, chegou a enviar uma carta ao governador da Flórida, Ron de Santis, na qual argumentou que a maioria dos voos era usada para repatriar brasileiros que estão nos EUA e para o transporte de cargas. Forster também se colocou à disposição de De Santis, da Casa Branca e do Conselho de Segurança Nacional para compartilhar informações sobre as respostas do governo brasileiro para controlar a pandemia.

Esta é a quarta vez que Trump decide restringir o ingresso ao país para conter o avanço do vírus. O primeiro bloqueio foi imposto em 31 de janeiro sobre a China. Na sequência, os EUA limitaram a entrada de passageiros vindos do Irã, em fevereiro, e da União Europeia, Irlanda e Reino Unido, em duas decisões tomadas em março.

Na manhã deste domingo, 24, o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Robert O’Brien, afirmou durante entrevista à rede de TV CBS News que a ideia é "proteger o povo americano" e a expectativa é de que a decisão seja temporária. "Esperamos que seja temporário, mas em razão da situação no Brasil iremos tomar todos os passos necessários para proteger o povo americano", afirmou O’Brien.

As restrições impostas anteriormente pelo presidente continuam em vigor, mesmo depois de China e Europa mostrarem sinais de que a epidemia está sendo controlada.

Por Beatriz Bulla, correspondente
Estadão Conteúdo

Onyx sobre estender auxílio emergencial: está em estudo

Foto: Roberta Aline / Cidadeverde.com

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou neste domingo, 24, que uma possível ampliação do auxílio emergencial de R$ 600 "está em estudo". Onyx não respondeu, contudo, o valor do auxílio que seria estendido à população. O ministro participou hoje ao lado do presidente Jair Bolsonaro de manifestação pró-governo em frente ao Palácio do Planalto e na saída do local respondeu rapidamente jornalistas.

Na sexta-feira, 22, Bolsonaro disse em entrevista à rádio Jovem Pan que seria possível ter uma quarta e quinta parcela do auxílio extra "para ver se a economia pega". Pelo cronograma atual, são previstas três parcelas do auxílio.

"Conversei com o Paulo Guedes (ministro da Economia) que vamos ter que dar uma amortecida nisso daí. Vai ter a quarta parcela, mas não de R$ 600. Não sei quanto vai ser, R$ 300, R$ 400, e talvez tenha a quinta (parcela). Talvez seja R$ 200 ou R$ 300. Até para ver se a economia pega", afirmou o presidente na entrevista.

Como mostrado pelo Estadão nesta semana, o governo estuda pagar mais uma parcela dividida em três meses. O custo adicional da extensão do auxílio emergência ficaria em torno de R$ 35 bilhões a R$ 40 bilhões, diluído em três meses. Sem a ampliação, o benefício já terá impacto de R$ 124 bilhões aos cofres públicos.

O pagamento do auxílio é uma forma de garantir renda para a população durante a pandemia do novo coronavírus. Ele é direcionado para pessoas de baixa renda entre trabalhadores informais, autônomos, desempregados e microempreendedores individuais. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, informou em coletiva que já foram pagos R$ 60 bilhões a beneficiários do programa, referentes a primeira e segunda parcela do benefício.


Fonte: Estadão Conteúdo

Isolamento social em Teresina fica entre 47,2% e 55%

O índice de isolamento social de Teresina ficou entre 47,2% e 55% no sábado (23), segundo dados levantados pela startup recifense InLoco e pelas operadoras de telefonia celular que operam na cidade. Os percentuais, que vêm caindo nas últimas semanas, estão bem abaixo dos 73%, mínimo necessário para evitar uma maior disseminação do coronavírus, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O monitoramento realizado pela InLoco também mostra dados por regiões da cidade, segundo o qual a zona leste de Teresina foi a que apresentou o maior índice de isolamento social, 48,01%; seguida da zona centro-norte, que apresentou um percentual de 46,83%. Logo depois vem a zona sudeste da cidade, com 46,50%; seguida da zona sul, com 46,02%.

Se observarmos por bairros, os locais da cidade em que a população mais respeitou as determinações para ficar em casa foram Matinha (52,40%), Joquei (54,25%), Centro (54,90%), Ininga (54,25%) e Parque Jacinta Andrade (52,40%). Os bairros onde a população menos respeitou o isolamento social foram Angelim (45,40%), Santa Cruz (45,40%), Santa Maria (45,47%), Água Mineral (45,75%) e Alegre (45,75%).

A Prefeitura de Teresina tem trabalhado com duas bases de dados, gerados por georeferenciamento, uma delas é disponibilizada pela sturtup recifense InLoco e a outra por meio de dados colhidos pelas operadoras de telefonia celular. Elas geram informações do tráfego da população que vive em Teresina, a partir dos smartphones destas pessoas. A identidade de cada usuário é preservada, sendo gerados apenas os dados de deslocamento dos aparelhos.


Da redação
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Pandemia faz governo reduzir em 5% repasse a poderes Judiciário e Legislativo

Fotos: Roberta Aline/Cidadeverde.com 

O governador Wellington Dias e presidentes dos Poderes Legislativos e Judiciário do Piauí, além de representantes do Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado e Defensoria Pública do Estado, assinaram um Termo de Acordo de Contingenciamento, que prevê a redução de até 5% nos repasses financeiros previstos na Lei Orçamentária Anual de 2020.

Segundo o secretário de Fazenda, Rafael Fonteles, essa redução de 5% do valor repassado do duodécimo representa uma economia de mais de R$ 15 milhões, que ajudará nos investimentos no combate à pandemia.

Em razão da Pandemia declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Covid-19 tem provocado a redução da arrecadação e nos termos do acordo, os órgãos adotarão medidas de contingenciamento de despesas que se fizerem necessárias para o equilíbrio fiscal e das contas públicas de cada poder e órgão.

“Estamos vivendo um momento delicado sob diversos aspectos por conta da pandemia do novo coronavírus. Diante da grande queda da arrecadação do Executivo, tanto referente ao ICMS e quanto aos repasses do FPE, chegamos a esse acordo, que demonstra a solidariedade e o compromisso de todos os Poderes à sociedade piauiense, neste momento de grave crise que o Brasil e o Piauí atravessam. Esse contigenciamento de 5% será apenas por três meses e, além disso, esses valores serão devolvidos aos Poderes até 30 de novembro, uma vez que estão previstos no Orçamento Geral do Estado. Isso demonstra, na prática, a harmonia entre os Poderes, tal como preconizado na Constituição Federal”, disse o Desembargador Sebastião Ribeiro Martins, presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí.

O defensor público geral do Piauí, Erisvaldo Marques, disse ser muito importante a Defensoria Pública nesse momento em que há uma necessidade maior de recursos financeiros direcionados à saúde dos piauienses em razão da pandemia da Covid-19. “A vida é sempre a prioridade para todos os gestores responsáveis. De outra parte, a Instituição vem adotando uma série de medidas de eficiência na gestão dos gastos e realizando monitoramento e avaliação constante dos contratos e despesas. Aliada isso, com o trabalho remoto houve redução no custeio o que nos permite contribuir sem prejuízo dos pagamentos das despesas essenciais”, afirma Erisvaldo Marques.

A Procuradora-Geral de Justiça, Carmelina Moura, afirma que foi um acordo construído nesse momento de pandemia. “Um ato de solidariedade conjunto de todos os Poderes, MPPI, TCE e Defensoria Pública que busca priorizar o enfrentamento à doença com a estruturação do sistema de saúde em prol da sociedade piauiense. Por isso, o Ministério Público do Piauí foi sensível a proposta apresentada”, afirma a Procuradora-Geral de Justiça, Carmelina Moura.

 

Da redação
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Toffoli fica internado com sintomas de coronavírus após cirurgia

Foto: Nelson Jr./STF

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, 52, passou por cirurgia neste sábado (23), em Brasília, para drenagem de um abscesso. Após o procedimento, ele ficou internado com sintomas que sugerem infecção pelo novo coronavírus.

Toffoli fez um exame para Covid-19 na quarta-feira (20), cujo resultado foi negativo.

Segundo nota da Secretaria de Saúde do Supremo divulgada neste domingo (24) e assinada por Marco Polo Dias Freitas, o ministro está bem e respira sem a ajuda de aparelhos.  A assessoria de imprensa da corte afirmou que, como não há confirmação de o ministro ter contraído o novo coronavírus, ele ficará em licença médica por sete dias.

O prazo poderá ser prorrogado, a depender do resultado de novos exames. Na ausência de Toffoli, o ministro Luiz Fux assumirá a presidência do tribunal.
 

Leia abaixo a íntegra da nota:


O Senhor Ministro Dias Toffoli foi hospitalizado no sábado, 23, para drenagem de um pequeno abscesso. A cirurgia transcorreu bem e na noite do mesmo dia, o Ministro apresentou sinais respiratórios que sugeriram infecção pelo novo coronavírus, devendo permanecer internado para monitorização. No momento, o Ministro está bem e respira normalmente, sem ajuda de aparelhos.
Na última quarta-feira, 20, o Ministro foi submetido a teste diagnóstico para o novo coronavírus, que foi negativo.
Marco Polo Dias Freitas
Secretário de Saúde do Supremo Tribunal Federal

 

Fonte:Folhapress 

Embate para tentar barrar uso da cloroquina ganha força no Senado

Foto:Folhapress

Senadores deram início a articulações para tentar barrar mudanças feitas pelo Ministério da Saúde no protocolo do uso da cloroquina. A pasta liberou o remédio para casos leves de Covid-19.

O instrumento em estudo para impedir a indicação do medicamento é um projeto de decreto legislativo. Divergências com o presidente Jair Bolsonaro sobre o remédio derrubaram dois ministros: Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta.

As mobilizações são conduzidas pelos senadores e ex-ministros da Saúde José Serra (PSDB-SP) e Humberto Costa (PT-PE). As iniciativas têm apoio de líderes de diferentes partidos. Serra é autor de um projeto que pede para sustar o protocolo de orientações por completo.

A proposta de um decreto é a alternativa porque o documento do Ministério da Saúde foi feito após uma determinação de Bolsonaro. O decreto legislativo, para se sobressair à ordem presidencial, precisa ser aprovado tanto pelo Senado quanto pela Câmara.

Serra afirmou que Bolsonaro não poderia fazer o que ele chama de "uso político" do combate ao coronavírus.

"Entidades médicas já se posicionaram contra a medida, e a OMS [Organização Mundial da Saúde], quando questionada sobre a decisão do governo brasileiro, reafirmou que, além de não ter eficácia comprovada, a cloroquina pode causar efeitos colaterais graves", afirmou. A decisão do Ministério da Saúde foi publicada na quarta-feira (20). No dia seguinte, o projeto de decreto legislativo foi protocolado no Senado. Até então, o protocolo adotado pela pasta previa o uso do medicamento apenas por pacientes em estado grave e crítico, e com monitoramento em hospitais.

A recomendação ocorre após diversos estudos mostrarem que a cloroquina ou a hidroxicloroquina não só não têm efeito contra a Covid-19 como podem aumentar o risco cardíaco. Mesmo assim, Bolsonaro já afirmou que não abre mão da medida. "Quem quer tomar que não tome, mas não enche o saco de quem quer tomar, porra", disse o presidente, na sexta-feira (22). Costa criticou o posicionamento de Bolsonaro. "O presidente da República não é cientista, não é médico, e não deveria caber a ele tomar essa decisão", disse o senador.

O documento divulgado pelo ministério na semana passada não obriga profissionais do SUS a segui-lo. Contudo, médicos temem que a mudança aumente a pressão para indicação do remédio.

Para o líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), a recomendação é uma tentativa de intimidação. Segundo ele, isso não pode ser aceito pela comunidade médica. "Eu sou médico e jamais me submeteria a esse tipo de protocolo. Nenhum médico em sã consciência vai fazer isso. É absurdo", afirmou. Na quinta-feira (21), o STF (Supremo Tribunal Federal) impôs mais uma derrota a Bolsonaro. Os ministros decidiram que a MP (medida provisória) do presidente para blindar agentes públicos de responsabilização durante a pandemia do coronavírus não pode servir para blindar atos administrativos contrários a recomendações médicas e científicas.

A corte manteve a previsão de que gestores públicos só devem responder nas esferas civil e administrativa da Justiça quando "agirem ou se omitirem com dolo ou erro grosseiro", como prevê a MP.

Presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse acreditar que os sinais dados pelo STF podem tornar mais cauteloso o uso do medicamento, dando com isso mais tempo para que a medida seja analisada no Congresso.  Para ela, colocar o tema de imediato em votação pode acelerar uma discussão política, além das questões de saúde. "Se levarmos esse tema, agora, para plenário, podemos criar mais polêmica neste momento. É cair no discurso radical. Precisamos discutir esse decreto", afirmou.
Para o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), há inclinação dos congressistas para apreciar a proposta. Porém, também disse ele, as discussões ainda precisam ser ampliadas.
"Eu com certeza votaria a favor desse decreto legislativo. Tem muita dúvida sobre esse protocolo da cloroquina", afirmou Braga.

"É um absurdo fazer um protocolo da forma como foi feita, quando até mesmo as entidades médicas se manifestam de forma contrária", disse. O MDB, com 13 senadores, é a maior bancada da Casa. Para o líder do bloco de oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o decreto legislativo é a alternativa para que se possa reverter de forma legislativa a medida publicada pelo Ministério da Saúde. Na mesma linha de Tebet, o senador também disse acreditar que a decisão do Supremo poderá servir para reduzir o uso do medicamento.

O senador, contudo, defende que já nesta segunda-feira (25), em reunião de líderes, possa ser discutida a possibilidade de votação da proposta no plenário virtual da Casa. "O decreto legislativo é um caminho. Vamos discutir isso na segunda-feira e avançar por isso", disse Rodrigues. Em outra linha, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que é médico, encaminhou um ofício ao Ministério da Saúde pedindo a indicação dos responsáveis técnicos pelas orientações do uso de cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com a Covid-19. Vieira assinou o pedido de informações com os deputados federais Tábata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES).

 

Fonte: Folhapress 

194 agências bancárias fecham após pandemia de Covid-19

Foto: Roberta Aline / Cidadeverde.com

A crise gerada pela Covid-19 acelerou o fechamento de agências bancárias no Brasil. Após a chegada do novo coronavírus ao país, 194 delas deixaram de atender clientes permanentemente.

Nos primeiros quatro meses deste ano, 283 agências encerraram as atividades. Com isso, menos municípios têm postos de atendimento das instituições em funcionamento.
Quase metade das cidades não tem uma agência (2.340), o equivalente a 42% do total de 5.570 municípios. Neste ano, segundo o Banco Central, sete cidades ficaram sem um banco -duas delas durante a pandemia (entre março e abril).

Para o professor de finanças da FGV Rafael Schiozer, os bancos não fecharam as agências por causa da crise, mas anteciparam um processo que já ocorreria ao longo do ano.
"Esse é um movimento que não tem volta e é feito em razão da digitalização dos processos", diz. "Cada vez mais pessoas fazem transações bancárias por canais remotos, e as agências representam mais custos."

"Estamos em período de isolamento, com equipes reduzidas, o que pode ter levado ao encerramento antes do previsto", afirma Schiozer.

De 2016 a 2019, 2.853 agências fecharam as portas. No período, o número de municípios sem uma agência, um ponto de atendimento ou um caixa eletrônico aumentou 7,12%. Hoje, 376 cidades não têm nenhum dos três tipos de serviço. Em 2012, esse número era 60% menor -naquele ano, 147 municípios não tinham nenhum ponto de atendimento bancário.

Durante o distanciamento social, a digitalização tem sido a solução para que a população consiga ficar em casa. Isso acelerou a implementação de iniciativas de tecnologia. Porém, o alcance dos canais bancários remotos (por celular, computador e tablet), embora tenha crescido nos últimos anos, não alcança a todos. Ficam de fora pessoas de baixa renda, moradores de áreas rurais e idosos.

De 2014 a 2018, a quantidade de transações em ambiente virtual cresceu 12,48%, também segundo dados do BC. Em contrapartida, de acordo com a mais recente pesquisa feita pelo IBGE, 20,9% das residências brasileiras não tinham internet em 2018. "Há ainda um conflito geracional. Os bancos precisam conviver com quatro gerações", diz Schiozer. "Uma delas [a mais antiga] não faz nenhuma operação por canais remotos. Outra faz algumas, mas ainda usa pontos presenciais. As outras duas são mais digitais. As instituições precisam lidar com diferentes níveis de público."

Em municípios sem banco, aqueles que não têm acesso à internet precisam ir a outra cidade para receber o auxílio emergencial do governo porque não contam com assistência presencial. "A realidade brasileira é essa. No interior do país, muitos precisam ser atendidos por pessoas, e terminais eletrônicos e canais digitais não suprem totalmente a necessidade", afirma José Luis Oreiro, economista da UnB (Universidade de Brasília).

"Neste momento as pessoas não podem ficar sem esse tipo de atendimento, principalmente as que não têm acesso à internet. Se elas tiverem de se deslocar para outra cidade, aumenta o risco de contágio."

Em muitas cidades, os correspondentes bancários, empresas vinculadas à instituição financeira (como agência dos Correios e lotérica), fazem as vezes de agência e oferecem os serviços básicos.

Entre 2018 e 2019, o número de correspondentes bancários diminuiu 5,6% -passou de 191 mil para 180 mil. De acordo com o mais recente Relatório de Cidadania Financeira do BC, a quantidade desse tipo de instalação caiu cerca de 10% desde 2014.

Segundo o estudo, o Banco Postal, uma rede de correspondentes do Banco do Brasil em agências dos Correios, por exemplo, decidiu reduzir a quantidade de pontos de atendimento por questões de segurança em 2017, quando 403 unidades foram desativadas.

"Com a falta de agência, o município não necessariamente fica sem oferta de serviços financeiros", diz o coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV, Lauro Gonzalez. "O Banco Postal, por exemplo, tem uma atuação muito forte. Para ter uma ideia, 80% do Bolsa Família é distribuído por correspondentes."

Levantamento feito pela reportagem com a base de dados do BC mostra que 5.309 municípios têm ao menos um correspondente bancário. Considerando o total de 5.570 de cidades, 261 cidades não têm esse tipo de atendimento.

Embora a lista de correspondentes, atualizada até maio no site, indique que não há instalações em todos os municípios, o BC afirmou que há correspondentes bancários em todas as cidades do país. O correspondente oferece serviços como pagamento de boletos e saque. Algumas operações só podem ser realizadas em agências ou em ambiente virtual.
"Além do atendimento presencial, os clientes contam com várias opções para atendimento remoto e autoatendimento. Especialmente durante a pandemia, o BC recomenda ao cidadão que privilegie os canais de atendimento remoto", diz a autoridade monetária em nota.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirma que a "readequação no número de agências no Brasil vem ocorrendo de forma gradual". De acordo com a entidade, o movimento é resultado da forte expansão do uso dos canais digitais e "do ajuste para eliminar sobreposições de agências em decorrência de aquisições dos últimos anos". Segundo a Febraban, a decisão de abrir ou fechar postos de atendimentos é tomada por cada banco com base em análises que levam em conta diversos fatores, como demanda e estratégia comercial.


Fonte: Folhapress 

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