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Governo do Maranhão anuncia retomada gradual da economia

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

 

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou nesta quarta-feira (20) o início de um processo gradual de abertura de atividades econômicas no estado nos próximos 45 dias.

A reabertura será feita por etapas e começará na próxima segunda-feira (25), seguindo protocolos sanitários e de segurança. Os comerciantes deverão usar máscaras e manter o distanciamento social.

O primeiro segmento a ter a abertura autorizada são as empresas exclusivamente familiares, na qual trabalham apenas o proprietário e pessoas de sua família. A exceção são as lojas que ficam em shopping centers.

A expectativa é que outros setores da economia tenham a sua abertura autorizada a partir de 1º de junho.

O Maranhão tem 15.144 casos do novo coronavírus e 634 mortes pela Covid-19. Ao todo, 85% dos 350 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para Covid-19 estão ocupados nesta quarta.


Fonte: Folhapress 

Caixa bloqueia transferência de auxílio emergencial

Foto: Roberta Aline / Cidadeverde.com

Contra o que determina a lei que criou o auxílio emergencial de R$ 600, a Caixa anunciou que vai, num primeiro momento, impedir cidadãos que recebem o benefício pela poupança digital de fazer a transferência dos recursos da segunda parcela para alguma outra conta por meio de DOC ou TED.

Na semana passada, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, justificou que a medida foi adotada porque as famílias estavam transferindo o dinheiro para conhecidos e, assim, driblando o calendário de saques formulado para evitar aglomerações nas agências.

A lei que criou o benefício, porém, garante a operação. O texto diz que é garantida "no mínimo uma transferência eletrônica de valores ao mês sem custos para conta bancária mantida em qualquer instituição financeira habilitada a operar pelo Banco Central".

Questionada sobre o respaldo legal para a proibição, a Caixa respondeu que "as regras definidas para o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial seguem o estabelecido pela portaria nº 386 do Ministério da Cidadania, publicada no Diário Oficial da União no dia 15 de maio de 2020".

No ordenamento jurídico brasileiro, porém, uma portaria serve apenas para regular uma lei já existente, sem poder criar, extinguir ou contrariar normas legais. Hierarquicamente, uma lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República tem maior força do que uma portaria ministerial.

"A Caixa informa ainda que a organização do pagamento das novas parcelas do auxílio emergencial visa evitar aglomerações nas agências bancárias e contribuir para a observância das medidas de proteção à saúde da população e de segurança no sentido de evitar a propagação da covid-19", afirmou o banco, em nota.

Na quarta-feira, 20, a Caixa começou a creditar a segunda parcela para os beneficiários do programa que não fazem parte do Bolsa Família, ou seja, aqueles que se inscreveram pelo aplicativo ou site ou que fazem parte do Cadastro Único. Os R$ 600 só serão creditados, porém, para os que receberam a primeira parcela até 30 de abril. Os primeiros a receber serão cerca de 5 milhões de beneficiários nessa situação nascidos em janeiro e fevereiro.

Para os beneficiários que vão receber a segunda parcela e não fazem parte do Bolsa Família, os pagamentos trazem mais restrições. Todos vão receber por meio de conta poupança digital da Caixa - mesmo quem recebeu a primeira parcela em outra conta

Além disso, a poupança digital não vai permitir transferências inicialmente - apenas pagamento de contas, de boletos e compras por meio do cartão de débito virtual. Transferências para outras contas e saques só serão liberados a partir de 30 de maio, de forma escalonada conforme o mês de aniversário. O calendário vai até o dia 13 de junho. A Caixa tem agora três calendários: um para recebimento em poupança social, um para saque em espécie para beneficiários do Bolsa Família e um para saque em espécie para poupança social e transferência de recursos.

Já a primeira parcela para o novo grupo de trabalhadores será creditada na conta escolhida pelo beneficiário, da forma como receberam os primeiros beneficiários: nas contas da Caixa, na poupança social digital ou em contas de outros bancos. Esses beneficiários também poderão fazer o saque em espécie do auxílio na data da liberação.

As restrições impostas pela Caixa para a segunda parcela também atende preocupação do Banco Central com a falta de dinheiro em espécie para o pagamento do auxílio. Em abril, a instituição fez uma consulta à Casa da Moeda sobre a possibilidade de antecipar a entrega de cédulas para construir "estoques de segurança".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Diretor da CNI crê no retorno em junho e diz que desafio é manter empresas vivas

Diante do grande prejuízo financeiro causado pela pandemia, o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi, diz que o grande desafio no setor industrial é manter as empresas vivas. Apesar das perdas, ele considera que a saúde do ser humano é o mais importante e diz que o momento é de espera para uma retomada gradual. 

"A produção industrial tem reduzido bastante. Isso não permite que as empresas mantenham sua liquidez financeira. Estas quando não tem faturamento, não tem produção e, logicamente, têm as próprias responsabilidades a cumprirem. O grande problema que a gente vê hoje é a concessão do crédito para que as empresas possam sobreviver. São muitas as responsabilidades. Se nós não nos preocuparmos agora com a saúde, não teremos empregados e consumidores. Mas vamos retomar pouco a pouco, utilizando todas as condições de precaução na parte sanitária. Acreditamos que no mês de junho esteja vendo um momento de liberação", pontua Abijaodi. 

Por videochamada, o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI conta que apresentou 68 propostas ao Governo Federal para fomentar o setor nas áreas de financiamento, crédito, comércio exterior e outras. 

"Dessas, 70% praticamente foram atendidas, 20% ainda não formam adotadas e 10% parcialmente atingidas", reitera. 

Foto: José Paulo Lacerda / Portaldaindustria

Ele avaliou também a situação da indústria brasileira antes da pandemia e diz que problemas estruturais afetam a competitividade das empresas. 

"O problema da indústria brasileira é a competitividade que está ligada a fatores estruturantes do Brasil como a reforma tributária e tantas outras que podem retirar toda a burocracia, custos a mais, a carga tributária na indústria que é desigual em relação a outros setores. A industria paga 47% dos tributos, enquanto muitos dos outros setores têm taxas de 15% a 20%. O que a reforma daria é exatamente uma homogeneidade, igualdade no pagamento desses tributos. O que a gente tem que fazer é, na recuperação da indústria, tentar dar continuidade às reformas que acho que é o mais importante, pois dá credibilidade ao Brasil, inclusive, a imagem do Brasil tem que ser reconstruída de forma a mostrar que nós vamos seguir o nosso dever de casa. Isso é muito importante para que a gente receba investimentos", concluiu Carlos Eduardo Abijaodi. 


Graciane Sousa
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Edital para hospital de campanha do Verdão abre inscrições para 230 vagas

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A Fundação Cultural e de Fomento à Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação (Fadex) abriu inscrições para a seleção de profissionais que irão atuar no Hospital de Campanha Estadual, localizado no Ginásio Verdão. Estão sendo ofertadas 230 vagas para contratação imediata e formação de cadastro reserva. Do total, 3% das oportunidades são destinadas a pessoas com deficiência (PCD).

Os interessados devem preencher o formulário virtual (bit.ly/seletivofadex) e fazer o upload dos documentos pessoais e do currículo. Para entrar ao formulário o candidato terá que fazer login, ou está logado com a sua conta google em seu navegador. Em alguns casos, também é necessário enviar a inscrição no Conselho de Classe. 

As inscrições abrem no dia 20 de maio e, devido ao caráter de urgência, ficarão abertas apenas até às 23h59 do dia 21 de maio. Confira o edital na íntegra

A inscrição deste processo seletivo é gratuita e a escolha dos profissionais será feita por uma comissão formada por membros da direção do Hospital de Campanha e por pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

O resultado final será divulgado no site da FADEX, no dia 24 de maio. A contratação será imediata e os profissionais passarão por treinamento de três dias.

Clique aqui e faça sua inscrição

O edital sai depois que o governo do estado, através da Secretaria da Saúde, pagou a primeira parcela à Fadex, relativa à gestão administrativa financeira do hospital de Campanha. 

“Hoje a Secretaria de Estado da Saúde fez o pagamento da primeira parcela relativa a gestão do hospital de campanha, que será administrado pela Fadex e a Universidade Federal do Piauí. Com esses recursos em caixa a fundação está lançando um edital para contratação de pessoal que vão trabalhar no hospital, no enfrentamento a Covid-19”, afirmou o secretário. 

A estrutura foi montada pela própria Sesapi através da empresa Progen. O Hospital de Campanha do Verdão terá 103 leitos, sendo 90 de observação e 13 de estabilização. O hospital não terá leitos de Terapia Intensiva (UTI) e não funcionará de portas abertas – será um hospital de retaguarda que receberá os pacientes com coronavírus encaminhados de outras unidades de saúde, por meio do sistema de regulação. A previsão de entrega é o final do mês de maio. 

“Estamos com quase tudo pronto para funcionar. Estão faltando apenas os serviços de gases canalizados, a entrega de cadeiras da parte administrativa e relatório da vigilância sanitária, que depende dos contratos que estão sendo fechados na Fadex. E com o lançamento do teste seletivo poderemos contratar e treinar o pessoal”, lembra  Samuel Nascimento, superintendente da Fadex.


Da Redação
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Senado aprova PL que inclui morte por covid-19 na cobertura de seguros de vida

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

 

Por unanimidade, o Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira, 20, projeto que inclui casos de morte por covid-19 na cobertura de seguros de vida. O texto também impede que as operadoras suspendam ou cancelem os contratos por falta de pagamento durante a pandemia do novo coronavírus. A matéria segue para apreciação da Câmara dos Deputados.

Segundo o projeto, os seguros de assistência médica, de vida ou de invalidez permanente ficam proibidos de restringir a cobertura a qualquer doença ou lesão decorrente da pandemia. Além disso, os seguros não poderão impor aumento do preço do valor pago pelo segurado no período de calamidade pública.

O único ponto de discordância na discussão da proposta entre os senadores foi o artigo que impede que os seguros de vida cancelem ou suspendam os contratos por falta de pagamento. Para Izalci Lucas (PSDB-DF), o trecho poderá ser corrigido pelos deputados posteriormente. "Se todo mundo ficar sem pagar até dezembro, fica impossível garantir as indenizações", avaliou o parlamentar.

De acordo com o texto, após o fim do período de calamidade pública, com vigência prevista até 31 de dezembro, a operadora do plano de saúde ou seguradora do seguro de vida deverá possibilitar o parcelamento do débito pelo consumidor, antes de prosseguir com processo de suspensão ou cancelamento.

A proposta estabelece também que o prazo máximo para pagamento da indenização é de dez dias corridos, contados a partir da data de protocolo de entrega da documentação necessária.

Por Julia Lindner
Estadão Conteúdo

Piauí tem 215 novos casos do coronavírus em 24 horas; total de mortos chega a 91

Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

O Piauí voltou a bater o recorde diário de casos confirmados do novo coronavírus. Foram 215 testes positivos nas últimas 24 horas, elevando para 2.852 o total acumulado no estado desde o início da pandemia. Nesta quarta-feira (20), mais quatro mortes por Covid-19 foram confirmadas. 

Entre os óbitos registrados, três são de Teresina e do sexo masculino: com 46, 67 e 82 anos de idade. A quarta vítima é de São Julião e tinha 67 anos. Todos possuiam alguma doença que os colocava em grupo de risco para o novo coronavírus. 

O total de mortes é de 91, sendo 45 de pacientes da capital e os demais distribuídos em 32 municípios do estado. 

Recorde de casos confirmados
Foram 215 novos testes positivos nesta quarta-feira (20). No dia anterior, o boletim da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) apontava 197 novos casos, maior marca para um único dia até então. 

A maioria das infectadas é do sexo feminino - 117 casos contra 98 do sexo masculino. O mais jovem a testar positivo tem 10 anos de idade, e o mais velho, 94. 

O número de municípios com casos confirmados subiu para 127. Registraram seus primeiros testes positivos: Buriti dos Montes, Joaquim Pires, Padre Marcos, Parnaguá, Pedro Laurentino, Santa Cruz do Piauí e Santo Antônio de Lisboa. 

Foram retiradas da lista Capitão de Campos e Nova Santa Rita. A Sesapi alegou inconsistência dos dados de notificação dos pacientes. 

 

Metade dos leitos com respiradores ocupados
Foram mais nove altas médicas - 322 no acumulado. O número não foi suficiente para reduzir a ocupação de leitos, que chegou a 389 - nove a mais que no dia anterior. 

São 139 pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e três em leitos de estabilização. Somados, são 142 leitos com respiradores ocupados - 49,65% da capacidade atual.

Houve acréscimo no número de leitos disponibilizados, o mais expressivo deles nos leitos clínicos, para pacientes menos graves.  

 

Fábio Lima
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Brasil registra 888 novas mortes por coronavírus; total de óbitos passa de 18 mil

Foto: Genival Fernandez/Agência Pixel Press/Estadão Conteúdo

Um dia depois de bater o recorde e passar a marca de mil mortes diárias, o Brasil registrou nesta quarta-feira (20) 888 novas mortes por coronavírus e 19.951 novos casos nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde. É o segundo maior registro diário de mortes depois do recorde de 1.179.

Com 18.859 mortes no total e 291.579 casos confirmados, o país continua sendo o terceiro com mais casos no mundo. Na segunda (18), o Brasil superou o Reino Unido, que tinha 244 mil casos e hoje tem 249 mil casos. Outros 3.483 óbitos estão em investigação.

Os dois países à frente do Brasil em número de casos são EUA (cerca de 1,5 milhão) e Rússia (308 mil), segundo a Universidade Johns Hopkins (EUA), que monitora dados da pandemia de Covid-19. No fim de semana, o Brasil ultrapassou Espanha (232 mil casos) e Itália (227 mil).

Na semana anterior, cruzou a barreira simbólica dos 10 mil mortos –um salto de mais de 50% nas mortes em sete dias.

Os cinco primeiros países com mais mortes são EUA (93 mil), Reino Unido (cerca de 35 mil), Itália (32 mil), França (28 mil) e Espanha (27 mil). O Brasil vem em seguida. No entanto, a Rússia, o segundo país com mais casos, lista menos de 3.000 mortes, um alvo de desconfiança interna e externa.

Os números reais devem ser ainda maiores devido à falta de testagem em massa e à subnotificação.

 

Fonte: Folhapress

Dólar cai com otimismo no exterior e fecha no menor nível desde o dia 5

Influenciado pelo mercado externo, o dólar voltou a cair e fechou a quarta-feira, 20, no menor nível desde 5 de maio, quando terminou em R$ 5,59. O petróleo subiu forte nos Estados Unidos e Londres e ajudou a estimular a alta das bolsas ao redor do mundo, beneficiando também as moedas de emergentes. No mercado doméstico, profissionais de câmbio dizem que a queda hoje poderia ser ainda maior, não fosse o ambiente político no pano de fundo, com cautela sobre a possível divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril e depoimento na tarde de hoje do empresário Paulo Marinho na Polícia Federal do Rio.

Com o petróleo subindo ao redor de 5% - por conta de um compromisso da China com a Opep em trabalharem juntos para ajudar a estabilizar o mercado mundial da commodity - o dólar chegou a cair mais em países produtores do óleo. No México, recuou quase 3% e na Rússia cedeu 2%. No Brasil, o dólar à vista fechou em queda de 1,17%, a R$ 5,6890. A moeda americana não fechava abaixo de R$ 5,70 desde 5 de maio. No mercado futuro, o dólar para junho era negociado na casa dos R$ 5,69 no final da tarde de hoje.

A diretora em Nova York de estratégias de moedas da BK Asset Management, Kathy Lien, avalia que há uma sensação no mercado de que o pior da crise do coronavírus pode já ter ficado para trás, o que estimula a busca por ativos de risco, ajudando a enfraquecer o dólar globalmente. O petróleo em alta, países e mais estados americanos reabrindo atividades e bons resultados trimestrais das varejistas americanas Target e Lowe's contribuem para aumentar o otimismo dos agentes. Por isso, o dólar teve queda generalizada hoje, ante divisas fortes e emergentes.

Havia expectativa pela divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nesta tarde. Mas o documento não trouxe maiores novidades em relação às declarações recentes do BC americano, mostrando preocupação com uma segunda onda de coronavírus e o mercado de trabalho americano, e teve impacto limitado nos mercados.

No Brasil, apesar da melhora do real esta semana, com o dólar acumulando queda de 2,70% em movimento guiado pelo setor externo, o economista-chefe da consultoria Capital Economics para mercados emergentes, William Jackson, avalia que a tendência é da moeda brasileira seguir enfraquecida no curto prazo. Eventual aumento do ruído político, por exemplo, causado pelo início da abertura de processo de impeachment contra Jair Bolsonaro, pode levar o dólar a rapidamente testar níveis acima de R$ 6,00.

A Capital Economics elevou a estimativa do dólar ao final de 2020 de R$ 4,70 para R$ 5,25. A consultoria hoje revisou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e agora espera queda de 8% este ano, refletindo o efeito da disseminação mais rápida do coronavírus, que tem obrigado os governos estaduais a manterem a quarentena por mais tempo.

Por Altamiro Silva Junior
Estadão Conteúdo

Fotógrafos piauienses ganham concurso ao retratar pandemia em Teresina

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Os fotógrafos piauienses Thiago Amaral e Maurício Pokemon são dois dos vencedores do concurso nacional Arte com Respiro: múltiplos editais de emergência, do Itaú Cultural. Eles estão entre os 40 selecionados dentre os mais de 8 mil inscritos no concurso. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (20).

Amaral trabalha com fotografia profissional há 15 anos. Ele relata que o concurso tinha como foco retratar as novas rotinas criadas a partir da pandemia do novo coronavírus no Brasil. 

A série fotográfica apresentada pelo Amaral demonstra o sentimento de fé e esperança dos moradores do bairro Santa Fé, na zona Sul de Teresina. Vizinhos rezam - cada um em suas portas - pedindo a cura da doença e o fim da pandemia. 

"Tivemos essa mudança: antes o comum era as pessoas irem até as igrejas, mas, devido a necessidade de evitar aglomeração, que é uma das recomendações para reduzir a transmissão do novo coronavírus, as pessoas que tinham esse costume passaram a fazer as orações na frente das suas casas já que também o recomendado é não receber visitas ". 

Amaral também relata que devido a pandemia muitos trabalhos precisaram ter a data adiada. "Participar desse concurso também foi uma oportunidade de fazer aquilo que eu amo, além de documentar essa nova realidade. O tema do trabalho era falar dessa suspensão social provocada pela pandemia e o impacto desse atual momento na vida em sociedade".

Para fazer as fotografias, o fotógrafo ressaltou que obedeceu os critérios de prevenção recomendados pela Organização Mundial de Saúde, como o uso de luvas, máscara e álcool em gel. 

A série ganhou o prêmio no valor de R$ 3 mil. Desse valor, Amaral irá doar R$ 1 mil para a compra e distribuição de cestas básicas a serem doadas às famílias carentes.  
 


Série "dá vontade de ver o mar onde ele não está" (Maurício Pokemon)

Revisitar o passado

Já o fotógrafo Maurício Pokemon venceu o edital emergencial com uma série fotográfica que revisita o seu passado. A proposta está mais voltada pelo momento de isolamento social vivido pelo fotógrafo. O título do trablho é "dá vontade de ver o mar onde ele não está". 

"Esse período de quarentena, de isolamento, chegou para todos nós e ninguém esperava. A minha primeira ação com relação a isso foi revisitar os meus arquivos de trabalho, meu material analógico e digital. Não produzi nada novo, esse está sendo um período para me reorganizar e repensar a vida e os hábitos". 

A série é um presente para os avós, diz Maurício. Eles têm mais de 80 anos, moram em Angical e nunca viram o mar. "Em um dos meus arquivos, comecei a trabalhar com um filme queimado em que uma linha entrou mais lembrando a sensação de olhar para o mar".

"Essa série é uma revista a esses  arquivos. Dei um superzoom nas imagens analógicas e vou enviar aos meus avós. É uma série ludicamente falando de como seria a imagem sobre o mar. É bem pessoal sobre revisitar o meu passado, sbbre esse isolamento, a saudade de ver os meus avós, de estar juntos, o maior contato com a natureza". 


Série "dá vontade de ver o mar onde ele não está" (Maurício Pokemon)

Carlienne Carpaso
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Guedes admite prorrogar auxílio emergencial por um ou dois meses, mas com valor de R$ 200

Foto: Anderson Riedel/PR

 

O ministro Paulo Guedes (Economia) admite a possibilidade de estender a concessão do auxílio emergencial, voltado principalmente a trabalhadores informais, por um ou dois meses. Guedes, no entanto, defende que o valor de R$ 600 seja cortado para R$ 200.

O auxílio foi criado para durar apenas três meses, com valores concedidos em abril, maio e junho. Com a prorrogação por dois meses, permaneceria até agosto.

O discurso pela prorrogação representa uma mudança de posição da equipe econômica, antes contrária à extensão da medida. Mesmo assim, a redução do montante concedido é defendida como fundamental.

Guedes defende a redução do valor por causa das limitações das contas públicas. O ministro propôs uma ajuda de R$ 200 no começo da pandemia, mas o governo aceitou elevar o montante para R$ 600 após pressões do Congresso.

"Se voltar para R$ 200 quem sabe não dá para estender um mês ou dois? R$ 600 não dá", disse Guedes em reunião com empresários na terça-feira (19).

"O que a sociedade prefere, um mês de R$ 600 ou três de R$ 200? É esse tipo de conta que estamos fazendo. É possível que aconteça uma extensão. Mas será que temos dinheiro para uma extensão a R$ 600? Acho que não", afirmou o ministro.

Para Guedes, o benefício não poderia ser maior que R$ 200 porque esse é o valor pago aos beneficiários do Bolsa Família, que de forma geral são mais vulneráveis que trabalhadores informais. "Se o Bolsa Família é R$ 200, não posso pagar mais que isso a um chofer de táxi no Sudeste", disse.

O titular da equipe econômica ainda defende um equilíbrio na medida também por, segundo ele, haver risco de as pessoas não trabalharem mais e faltarem produtos nas prateleiras.

"Se falarmos que vai ter mais três meses, mais três meses, mais três meses, aí ninguém trabalha. Ninguém sai de casa e o isolamento vai ser de oito anos porque a vida está boa, está tudo tranquilo. E aí vamos morrer de fome do outro lado. É o meu pavor, a prateleira vazia", disse.

"Eu estou jogando dinheiro, não tem problema. Agora, a prateleira vai estar vazia porque vão parar de produzir. Então tem um equilíbrio delicado que a gente tem que seguir", afirmou.?

Criado para mitigar os efeitos da paralisação da atividade por causa do coronavírus, o auxílio emergencial pode ser acessado por trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e intermitentes sem emprego fixo. É necessário ter mais de 18 anos, não estar recebendo benefícios previdenciários ou seguro-desemprego e cumprir outros critérios de renda.

Essa é a medida anticrise que mais demanda recursos do Tesouro Nacional. Inicialmente, o governo estimou que o programa alcançaria 54 milhões de pessoas ao preço de R$ 98 bilhões aos cofres públicos. Agora, o auxílio deve chegar a 70 milhões de beneficiários a um custo de R$ 124 bilhões.

Apesar de não estar limitado por regras fiscais neste ano (por causa de uma série de decisões do governo, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal frente o estado de calamidade pública), o custo das medidas vem preocupando a equipe econômica porque o endividamento público está crescendo.

Com um cenário de receitas em queda em decorrência da paralisação da atividade e despesas públicas crescentes para mitigar a crise, o déficit de 2020 está previsto até agora em aproximadamente R$ 700 bilhões. O endividamento deve sair de 75% para 90% do PIB no fim do ano.

Diante de pressões (principalmente do Congresso) para que o benefício seja estendido, diferentes membros da equipe econômica se manifestaram contra a prorrogação até esta semana.

O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, disse que a medida deveria ser eliminada ao fim de três meses. "[O programa] não foi desenhado para ser estrutural. Acabaram esses três meses, tem que ser abandonado", afirmou na segunda-feira (18).

O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, disse que tornar o programa permanente seria "fiscalmente impossível" e mencionou a necessidade de aumentar impostos para bancá-lo. Ele rejeitou a ideia de transformar a medida em um programa amplo de transferência de renda para informais e defendeu que, em vez disso, haja prioridade ao Bolsa Família.
Guedes, por outro lado, se mostra favorável à extensão de outro programa anticrise, o benefício emergencial (criado para trabalhadores que tiverem redução de jornada e salário ou suspensão de contrato).

"Está funcionando tão bem esse da complementação salarial que eu mesmo tenho vontade de estender. Agora, quanto fôlego financeiro a gente tem? Talvez seja melhor estender o programa de crédito", disse.

FÁBIO PUPO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) 

 

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