Cidadeverde.com

Bolsa fecha em baixa de 0,56%, aos 80.742,35 pontos, com cautela no exterior

Na hora final da sessão desta terça, 19, o Ibovespa perdeu força e passou a terreno negativo, com a acentuação de perdas nas ações de bancos e das aéreas, enquanto as da Petrobras passavam a operar sem direção única, contribuindo para conter o índice que se encaminhava para a segunda sessão de recuperação, em dia ao fim também negativo em Nova York. No início da tarde, o principal índice da B3 renovava máxima do pregão logo após o Banco Central ter anunciado que o feriado de Corpus Christi, para bancos e mercados financeiros, permanecerá em 11 de junho, apesar da antecipação de dois feriados municipais em São Paulo para esta semana, em iniciativa da Prefeitura para manter a população em casa e conter a propagação do novo coronavírus na maior cidade brasileira.

Ao final, o Ibovespa encerrou o dia em baixa de 0,56%, aos 80 742,35 pontos, não muito distante da mínima de 80.647,02 pontos na sessão, tendo atingido máxima a 82.174,55 pontos (+1,17%), com giro financeiro de R$ 24,7 bilhões no encerramento. Após ter fechado o dia anterior no maior nível desde 29 de abril e com o maior ganho em porcentual desde 6 de abril, o Ibovespa voltou a mostrar no encerramento de hoje dificuldade de se distanciar da linha de 80 mil pontos, que o tem segurado desde o mês passado nos momentos de recuperação um pouco mais consistente. Agora, o Ibovespa ganha 4,11% na semana e, no mês, 0,29%, ainda cedendo 30,18% no ano.

A Prefeitura de São Paulo havia indicado mais cedo que a decisão sobre a antecipação ou não de feriado bancário e para o mercado financeiro caberia ao BC. Depois do anúncio do BC, a B3 informou que o mercado terá funcionamento normal nos próximos dias 20, 21, 22 e 25. Além de Corpus Christi amanhã, a Prefeitura de São Paulo sancionou hoje a transferência do feriado pelo Dia da Consciência Negra, de 20 de novembro para esta quinta-feira, e declarou ponto facultativo para a sexta-feira. Na quinta, a Assembleia Legislativa de São Paulo deve votar a antecipação do feriado de 9 de julho, em memória da Revolução Constitucionalista, para a próxima segunda, dia 25, estabelecendo assim um feriado prolongado de seis dias na capital paulista.

Na B3, o ganho moderado no Ibovespa era sustentado mais cedo por alta nas ações de commodities, do varejo e das siderúrgicas, especialmente CSN, em alta de 5,56% no fechamento, o segundo maior ganho entre os componentes da carteira teórica do índice. No lado oposto do Ibovespa, Gol cedeu 6,28% e Azul, 5,14%. Travando os ganhos do dia anterior, as ações de bancos também tiveram desempenho negativo na sessão, em especial Itaú Unibanco PN (-4,32%). Entre as utilities, destaque hoje para queda de 2,87% em Eletrobras ON. Ao fim, as ações de commodities fecharam sem direção única, com Petrobras ON em baixa de 0,62% e a PN em alta de 0,76%, enquanto Vale ON avançou 2,30%.

"O destaque de alta foram as ações de varejistas online, com B2W (+9,56%), Magazine Luiza (+5,08%) e Via Varejo (+4,74%) impulsionadas por vitória de algumas empresas em ações judiciais ligadas ao ICMS. Por outro lado, as ações de aviação entregaram ganhos apurados ontem", aponta Cristiane Fensterseifer, analista de ações da Spiti.

No exterior, em audiência no Senado dos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou hoje que para ocorrer a retomada total do nível de atividade serão necessárias vacina contra a covid-19, remédios antivirais e a recuperação da confiança de consumidores e de empresários, o que contribuiu para a cautela observada nesta sessão em Wall Street, após o entusiasmo do dia anterior em torno dos testes clínicos iniciais, positivos, anunciados pela Moderna, empresa americana de biotecnologia envolvida no desenvolvimento de uma vacina. "A reabertura da economia está em andamento e vamos ver como ela ocorre", disse Powell aos parlamentares.

"Mesmo antes da saída do Moro (em 24 de abril), a Bolsa aqui já vinha em consolidação, sem conseguir ir muito além dos 80 mil pontos. Estamos na mesma situação agora, com dificuldade para sustentar um avanço maior. Desde o dia 8 de abril, há uns 40 dias, a Bolsa tem se mantido de lado", aponta Rodrigo Barreto, analista gráfico da Necton. "Após uma alta de 4,69% ontem, é natural então esta lateralização de hoje, uma pausa para respirar", acrescenta o analista.

Por Luís Eduardo Leal
Estadão Conteúdo

Dólar tem dia volátil, mas firma alta no final com exterior e vai a R$ 5,75

Em dia de baixo volume de negócios, o dólar teve uma sessão volátil nesta terça-feira, 19, com as mesas de câmbio monitorando o cenário político, o exterior, onde a moeda americana operou em baixa, e se haveria ou não funcionamento do mercado nos próximos dias por conta da decisão do governo paulistano de antecipar feriados. Com a comunicação do Banco Central e da B3 de que os mercados funcionarão normalmente, o dólar chegou até a ensaiar uma queda, mas voltou a subir em seguida e acelerou a valorização perto do fechamento, com piora no exterior por conta de dúvidas sobre a eficácia de uma vacina contra o coronavírus.

No final do dia, no mercado à vista, terminou em alta de 0,63%, a R$ 5,7564. Na máxima do dia, o dólar à vista foi a R$ 5,76, pouco antes do Banco Central se pronunciar sobre o funcionamento do mercado nos próximos dias. A alta levou o próprio BC a agir e anunciou um leilão extraordinário de swap cambial, de US$ 500 milhões.

O diretor da Mirae Asset, Pablo Spyer, ressalta que desde a manhã de hoje havia cautela nas mesas sobre se o mercado funcionaria ou não nos próximos dias, pois lá fora continuaria aberto. Com isso, investidores anteciparam mais cedo compras de dólares e adiantaram fluxos de saída de recursos do País. Após o anúncio de funcionamento normal, a pressão cedeu, ressalta ele.

Já no exterior, o dólar teve queda generalizada, reduzida no final da tarde. Segundo os estrategistas de moeda do banco americano Brown Brothers Harriman (BBH), prosseguiu hoje a melhora da confiança dos investidores, que ganhou força ontem após a farmacêutica Moderna anunciar resultados favoráveis de uma vacina contra o coronavírus. Na tarde de hoje, o site Stat, voltado para notícias de saúde, publicou reportagem com a avaliação de especialistas de que a companhia não produziu dados críticos para avaliar a vacina, o que ajudou a piorar um pouco o clima.

Pesquisa feita este mês pelo Bank of America com investidores de América Latina mostra que aumentou o pessimismo com o Brasil nas últimas semanas. Para 56% dos entrevistados, o maior risco para o País é uma piora fiscal descontrolada. No câmbio, a maioria dos gestores espera que a moeda americana termine o ano acima de R$ 5,00. Mas apenas 28% dos ouvidos na pesquisa veem o dólar acima do nível de R$ 5,90 em dezembro.

Na tarde de hoje, o Goldman Sachs voltou a cortar sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020 e espera contração de 7,4% este ano. Os crescentes riscos políticos e fiscais contribuem para agravar a recessão no País causada pela pandemia do coronavírus, alerta relatório do banco americano nesta terça-feira. Para 2021, a estimativa é de crescimento de 4% do PIB.

Por Altamiro Silva Junior
Estadão Conteúdo

2 milhões de aprovados ainda não sacaram a primeira parcela do auxílio emergencial

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

 

Cerca de 2 milhões de cidadãos com direito ao auxílio emergencial do governo federal ainda não sacaram os valores, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (19) pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

Do total de 50 milhões de brasileiros que atendem às regras para ter o auxílio de R$ 600, 96% já receberam seus recursos, segundo Guimarães, e 4% deles ainda não movimentaram o dinheiro, o que representa 2 milhões de trabalhadores.

Esses cidadãos têm um prazo de até 90 dias para sacar os valores, conforme regulamentação da lei 13.982, que instituiu o benefício. Caso não saquem o montante, a verba volta para o Tesouro Nacional. Segundo o Ministério da Cidadania, a medida cumpre o que diz o artigo 10 do decreto 10.316/2020.

O auxílio de R$ 600 é pago a trabalhadores informais, contribuintes individuais do INSS, MEIs (microempreendedores individuais), beneficiários do Bolsa Família e inscritos no CadÚnico que atendem a regras como ser maior de 18 anos, não ter renda formal, ter renda por pessoa da família de até R$ 522,50 ou renda familiar total de até R$ 3.135.

Nesta terça (19), a Caixa deu início ao pagamento da primeira parcela do auxílio emergencial para beneficiários que se inscreveram no final de abril e para cidadãos que tiveram a primeira inscrição negada e se registraram de novo no aplicativo Caixa | Auxílio Emergencial ou no site aplicativo.caixa.gov.br.

"Como nós já abrimos nos sábados, aqui o nosso objetivo é equilibrar o auxílio financeiro, que é fundamental, e saúde, abriremos normalmente", disse ele.

A verba foi liberada para nascidos em janeiro. O pagamento segue normalmente nesta quarta-feira (20), desta vez para nascidos em fevereiro, mesmo para os cidadãos da cidade de São Paulo, que terão um feriado adiantado conforme lei municipal para tentar conter a pandemia de coronavírus.

Em entrevista, Guimarães afirmou que as agências vão funcionar das 8h às 14h e que não haverá nenhuma alteração no calendário da Caixa, pois a meta é evitar as longas filas, como ocorreu anteriormente.

Nesta terça, balanço do banco mostra que 100 mil nascidos em janeiro foram atendidos até as 14h, para saque da primeira parcela, além disso, 700 mil beneficiários do Bolsa Família com NIS (Número de Identificação Social) com final 2 puderam retirar os valores, mas esses trabalhadores já estão recebendo a segunda parcela.

Para quem tiver a primeira parcela apenas neste lote, o pagamento da segunda cota será feita somente no mês de junho, segundo a Caixa.

NOVO PRAZO
O prazo-limite para fazer o pedido do auxílio de R$ 600 é o dia 3 de julho. Antes, o governo havia indicado o dia 2 de julho como a data final para fazer a solicitação, mas houve alteração neste entendimento.

A lei que determinou o pagamento do auxílio emergencial data de 2 de abril e seria possível fazer o pedido até 2 de julho, em até 90 dias exatos após a lei. No entanto, entendimento do governo é de que, como a legislação foi publicada no dia 2 à noite, seria necessário dar mais um dia de prazo para beneficiários fazerem os pedidos.

CRISTIANE GERCINA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) 

 

Pressionado por contrato bilionário, UFC corre para marcar novos eventos

O UFC encerrou a maratona de três eventos em uma semana já pensando nos próximos. Tão logo a última luta em Jacksonville, na Flórida, nos Estados Unidos, terminou, o presidente da franquia, Dana White, anunciou que o próximo card da organização acontecerá em Las Vegas. Se o estado de Nevada não reabrir suas atividades, o evento, então, irá para o Arizona.

Mais que um pioneirismo em tempos de crise, a atitude de Dana White é uma resposta à pressão para que o UFC voltasse às atividades. A organização tem um contrato de US$ 750 milhões (R$ 4,1 bilhões) com a ESPN dos EUA para a realização de 42 eventos em 2020, segundo a revista Sports Illustrated. Menos eventos significam menos dinheiro na conta das empresas donas do Ultimate.

A pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19) fez com que as chances que esse acordo fosse cumprido diminuíssem. O UFC chegou a ficar quase dois meses sem realizar lutas por causa da crise sanitária. Ao todo, cinco eventos foram cancelados antes da maratona de três cards em oito dias em Jacksonville.

A pressa para voltar às atividades incomodou até a própria ESPN, quando Dana White fechou um acordo para mandar o UFC 249 em uma reserva indígena na Califórnia. Pela legislação norte-americana, terras indígenas não precisam seguir regulamentações estaduais.

"Hoje, recebemos uma ligação dos mais altos escalões da Disney e da ESPN. E os poderosos que estão lá me pediram para desistir e não fazer esse evento no sábado", disse Dana White, na época do cancelamento.

O retorno foi aceito apenas quando a Flórida mudou suas recomendações. Desde 9 de abril, os eventos esportivos passaram a ser "serviços essenciais" no estado. Assim, o caminho do UFC ficou livre para o retorno, mesmo que sem público.

Mesmo com a lei dessa vez ao seu lado, Dana White recebeu críticas por insistir em realizar eventos enquanto os casos de contágios nos EUA aumentam. Em resposta, o chefão anunciou um protocolo de segurança sanitária que teria que ser cumprido nos três eventos.

"As pessoas pensam que eu falo 'não me importo com o coronavírus e vamos fazer isso de qualquer jeito'. Nós sabemos o quão sério é o coronavírus. Saúde e segurança foram as prioridades nas últimas semanas e sempre foram uma prioridade para nós nesses últimos 20 anos", disse na época.

A pressão sobre o UFC aumentou um dia antes do primeiro evento em Jacksonville. Escalado para o card preliminar contra Uriah Hall, Ronaldo Jacaré e mais dois membros de sua equipe foram diagnosticados com o coronavírus, mas nem assim o UFC 249 foi cancelado.

"Realizamos 1.200 testes essa semana em 300 pessoas. Não é algo inesperado uma pessoa ter seu teste como positivo. O sistema funciona. E o bom disso é que agora que sabemos que Jacaré foi diagnosticado, ele está fazendo o que é preciso e estamos aqui para ajudá-lo no que for preciso", disse Dana White à ESPN no dia em que o brasileiro foi diagnosticado com a doença.

Desde então, não houve mais nenhum caso confirmado entre os lutadores que participaram dos três eventos em Jacksonville.

"Estou feliz que acabou. Queria que essa semana terminasse. Isso tudo foi um sucesso em todos os sentidos. Ninguém ficou doente. Não há garantias na vida, mas aqui estamos e vamos agora para casa. Foram grandes eventos. Uma grande semana", comemorou Dana White.

Fonte: UOL/FOLHAPRESS

 

Decreto de Bolsonaro congela reajuste tarifário de energia até 2021

 Foto: Valmir Macêdo/Cidadeverde.com

 

Por causa da pandemia do coronavírus, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) vai adiar os reajustes tarifários da energia até o início do próximo ano tanto para grandes consumidores quanto para clientes residenciais.

Cálculos da agência previam um aumento médio de 11,51% neste ano caso o setor não recebesse ajuda do governo.

O socorro chegou na segunda-feira (18) por meio de um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro que prevê ainda a possibilidade das empresas do setor buscarem empréstimos junto a bancos públicos e privados para compensarem perdas de receita e alta da inadimplência.

Os custos desses empréstimos serão compartilhados entre as companhias e seus grandes consumidores, como as indústrias. Os clientes residenciais não vão pagar essa conta.

A Aneel decidiu, nesta terça-feira (19), que fará uma regulamentação com as diretrizes dessas operações e proibiu que, futuramente, as empresas, particularmente as distribuidoras, peçam reequilíbrio contratual se sofrerem qualquer tipo de perda decorrente desses empréstimos. No reequilíbrio, os benefícios concedidos passam a ser compartilhados por todos os consumidores, independente da categoria.

Segundo o presidente da agência, André Pepitone, o objetivo é cumprir o decreto, que impede o subsídio cruzado. Entre 2014 e 2015, a ex-presidente Dilma Rousseff socorreu as elétricas e houve rateio generalizado desses custos por meio de aumento de tarifas.

Desta vez, o decreto e a Aneel deixaram claro que o consumidor residencial não terá aumento na conta de luz decorrente da ajuda do governo ao setor.

O ponto central da ação emergencial do governo é garantir a solvência das distribuidoras, que concentram 80% da arrecadação do setor. No final, depois de repasses para os demais elos da cadeia, o segmento fica com 18% das receitas.

Nas duas últimas semanas, associações vinham pressionando por um reequilíbrio contratual junto à Aneel para cobrir as perdas sofridas com a crise. Isso poderia gerar aumento nas tarifas.

As empresas reclamam de uma queda média de 30% no consumo e dados do Ministério de Minas e Energia mostram uma inadimplência de 11,84%, em abril, contra a média mensal do primeiro semestre de 2019 de 3,26%. Desde meados de março, as perdas geradas pela Covid foram de R$ 5,4 bilhões, sendo R$ 3,2 bilhões devido ao aumento da inadimplência.

Diante disso, elas pediam que a agência determinasse a renegociação como regra para o setor. No entanto, os integrantes do conselho entenderam que isso seria uma "intervenção". Por isso, decidiram fazer a recomendação de acordos entre as partes definindo os termos da negociação.

Apesar disso, a agência decidiu que tomará conhecimento das perdas de faturamento, mês a mês, que estarão atreladas à chamada "conta-Covid" definida pelo decreto.

Nesta conta, haverá um mecanismo de compensação das taxas de captação dos bancos (spread). Quando for mais vantajosa para os bancos, será paga com encargos na tarifa (do tomador do crédito).

Se houver redução, deverá ser abatida da tarifa. Os empréstimos estarão embutidos na conta de luz desses grandes consumidores a partir de 2021, prazo que as empresas preveem para começar a ter fôlego pós crise. Esses clientes só deixarão de pagar essa conta quando o empréstimo for quitado.

Os empréstimos serão liberados por um sindicato de bancos liderado pelo BNDES. As companhias pediram ao governo linhas entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões, mas os valores devem girar em torno de R$ 12 bilhões a R$ 15 bilhões.

Ao assinar o contrato, as empresas serão obrigadas a concordar em jamais recorrer à Justiça contestando a operação e terão ainda contrapartidas a serem cumpridas. No caso das distribuidoras, que amargam as maiores perdas no momento, elas não poderão renegociar seus contratos de compra e venda de energia reduzindo volume (devido à queda do consumo).

Também ficarão proibidas de distribuir lucros acima de 25% (patamar mínimo definido pela lei) se ficarem inadimplentes. A Aneel também tomou medidas para garantir o caixa das empresas que não podem contar o fornecimento de energia em casos de inadimplência devido à pandemia.

Em contrapartida, a agência decidiu liberar até R$ 2,2 bilhões de saldo de um fundo de reserva de encargos para cobrir perdas de geradoras, transmissoras e distribuidoras. A maior parte (R$ 1,47 bilhão) irá para as distribuidoras.

O decreto também trouxe detalhes de outro mecanismo de compensação para evitar que todos os consumidores arquem com a ajuda dada aos consumidores de baixa que terão, por três meses, descontos de até R$ 200 na tarifa para as famílias que consomem até 220 kWh por mês. Até este valor, essas famílias estarão isentas do pagamento das contas.

O auxílio, válido por três meses, consumirá, no mínimo, R$ 900 milhões no trimestre. Esse dinheiro sairá de sobras de fundos setoriais, como a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético). Desta forma, os demais consumidores não pagarão a mais em suas contas para que os mais pobres sejam beneficiados.

JULIO WIZIACK
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) 

Juíza ouve médicos para decidir sobre oferta de cloroquina na rede pública

Foto: Roberta Aline


A juíza Marina Rocha Cavalcanti Barros Mendes, da 5ª Vara Federal, ouviu nesta terça-feira (19), por cerca de 5 horas, médicos e autoridades sobre os avanços e efeitos colaterais do uso da hidroxicloroquina e azitromicina em pacientes com covid-19. 

A audiência se deve a ação civil pública impetrada pelo Ministério Público Federal que pede que o governo disponibilize na rede pública os medicamentos para tratamento tanto domiciliar como em hospitais. 

Cerca de 100 pessoas acompanharam a audiência que contou com a presença do procurador Kelston Lages, autor do pedido, os médicos Sabas Vieira, Marina Bucar, que ajuda nas pesquisas em Floriano, Miguel Nicolelis, coordenador do Comitê Científico do Consórcio Nordeste, Paolo Marinho de Andrade Zanotto, doutor em Virologia pela Universidade de Oxford, Francisco Cardoso, médico Infectologista do Instituto Emílio Ribas, o secretário Estadual de Saúde, Florentino Neto, Secretário Estadual de Saúde, além de representantes do CRM (Conselho Regional de Medicina), MPE e Ministério da Saúde. 

Na ação, o MPF solicitou também o imediato treinamento dos médicos da rede pública de saúde  para uso do protocolo Covid-19 e realização de campanha de publicidade dirigida à população, no sentido de procurar os postos de saúde em 48 horas, após os primeiros sintomas. 

Nova audiência na quinta-feira (21)

A audiência de hoje foi suspensa e será retomada na quinta-feira, 21, às 14h. Segundo a assessoria da Justiça Federal, havia muitos profissionais importantes para serem ouvidos e não foi possível a audição de todos, chegou-se ao consenso de suspender para concluir na quinta. 

 

Flash Yala Sena
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Primeira-dama de Bom Jesus testa positivo para Covid-19

Foto: instagram/marcos.elvas

A primeira-dama do município de Bom Jesus, Claudia Elvas, testou positivo para o novo coronavírus. Ela é secretaria municipal de Assistência Social e esposa do prefeito Marcos Elvas. O prefeito divulgou nas redes sociais que Claudia não apresentou sintomas graves e passa bem. Ele também fez o teste, mas deu negativo. 

Marcos Elvas relatou que mesmo adotando todas as medidas de prevenção recomendadas pelas autoridades sanitárias a esposa foi diagnosticada com a Covid-19.

"Sem sintomas, Claudia passa bem, ja? esta? em isolamento e cumprindo o protocolo adotado pela Secretaria Municipal de Sau?de. Ale?m disso, as pessoas com quem teve contato recentemente esta?o sendo monitoradas. Informo, tambe?m, que me submeti a? testagem, tendo reagido negativamente ao novo coronavi?rus", disse. 

O prefeito aproveitou o momento e pediu que as pessoas reforcem os cuidados com a higiene pessoal, além de evitar aglomerações.

"Estar ta?o pro?ximo da doenc?a me obriga a reforc?ar o apelo que venho fazendo repetidamente: fiquem em casa, evitem aglomerac?o?es, lavem as ma?os, desinfetem frequentemente objetos de uso pessoal e intensifiquem cuidados de higiene em geral".

De acordo com o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde, do dia 18 de maio de 2020, o município de Bom Jesus já registra 22 casos confirmados a Covid-19. Nenhuma morte pela doença até o momento está confirmada na cidade. 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Bonjesuenses, por dever do cargo que ocupo e pela relac?a?o de transpare?ncia que sempre mantive com o povo de minha cidade, informo que Claudia Elvas, minha esposa e secreta?ria municipal de Assiste?ncia Social de Bom Jesus, mesmo adotando todas as medidas de prevenc?a?o recomendadas pelas autoridades sanita?rias, testou positivo para o novo coronavi?rus. . .Sem sintomas, Claudia passa bem, ja? esta? em isolamento e cumprindo o protocolo adotado pela Secretaria Municipal de Sau?de. Ale?m disso, as pessoas com quem teve contato recentemente esta?o sendo monitoradas. Informo, tambe?m, que me submeti a? testagem, tendo reagido negativamente ao novo coronavi?rus. . .Estar ta?o pro?ximo da doenc?a me obriga a reforc?ar o apelo que venho fazendo repetidamente: fiquem em casa, evitem aglomerac?o?es, lavem as ma?os, desinfetem frequentemente objetos de uso pessoal e intensifiquem cuidados de higiene em geral. . .Com fe? inabala?vel na intercessa?o de Nossa Senhora das Merce?s e confianc?a no trabalho de nossos me?dicos e demais profissionais de sau?de, vamos superar essa doenc?a. . .Marcos Elvas Prefeito de Bom Jesus

Uma publicação compartilhada por Marcos Elvas (@marcos.elvas) em

 

 

 

Carlienne Carpaso
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Leitos de UTI em Teresina para covid-19 já estão 68% ocupados, diz prefeitura

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

A Prefeitura de Teresina divulgou na tarde desta terça-feira (19), que 68,86% dos leitos de UTI exclusivos para tratamento de pacientes com Covid-19 já estão ocupados. O sistema considera os leitos das redes municipal, estadual, filantrópica e privada da capital. Os dados são do Censo Hospitalar da Fundação Municipal de Saúde (FMS).

O prefeito de Teresina, Firmino Filho, classificou a situação como preocupante. "Em primeiro de maio eram 57 leitos de UTIs ocupados na cidade com pacientes de Covid-19. Em 14 de maio já eram 109 leitos ocupados e hoje já são 115. O crescimento tem sido constante e se continuar nessa tendência iremos ter problemas no sistema de saúde já neste fim de semana. Nosso desafio é aumentar a quantidade de leitos na capital, pois os médicos revelam que a cada 10 casos de pessoas infectadas com a Covid-19, 3 agravam e precisam de UTI. Estamos buscando a expansão desses leitos e da nossa rede própria de UTIs”, disse o gestor. 

Segundo os dados do sistema, Teresina possui hoje, cadastrados para atendimento de pacientes com Covid-19, 167 leitos de UTI, sendo que 115 deles estão ocupados. A capital possui também 418 leitos de enfermaria para pacientes infectados com o novo coronavírus; destes, 206 estão ocupados, um percentual de 49,28%. Existem ainda 102 leitos de observação exclusivos para Covid-19, com 42 ocupados, uma taxa de ocupação de 41,18%.

“O Censo Hospitalar é um sistema alimentado diariamente, conforme a legislação municipal vigente (Decreto Municipal nº 19.694/2020), com dados informados pelos próprios hospitais. A Fundação Municipal de Saúde consolida os dados, como gestora do SUS, às 16h. Assim, essa taxa de ocupação é referente aos dados que foram enviados e consolidados ontem (18)”, explicou Sammia Barros, assessora técnica da Presidência da Fundação Municipal de Saúde.

Além do aumento na taxa da ocupação de leitos hospitalares, que revela o agravamento da doença, Teresina registra também o crescimento no número de casos confirmados de Covid-19. De acordo com os dados do boletim epidemiológico divulgado ontem (18) pela Fundação Municipal de saúde e pela Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), a capital já registra 1.327 casos e 40 óbitos causados pelo novo coronavírus.

Com informações da FMS
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Consenso de entidades médicas não recomenda hidroxicloroquina contra Covid-19

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Um consenso de três entidades científicas brasileiras recomenda a não utilização de hidroxicloroquina, cloroquina e de suas associações com azitromicina na rotina de tratamento da Covid-19.

A recomendação está em documento com diretrizes da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, da Sociedade Brasileira de Infectologia e da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

O processo que levou às recomendações é liderado pela Associação Hospitalar Moinhos de Vento (Porto Alegre), pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz e pelo Hospital Sírio-Libanês (São Paulo), que estão entre os principais hospitais do país.

O nível de evidências para uso da cloroquina e sua derivada é fraca, segundo o grupo de 27 especialistas, entre eles infectologistas, especialistas em medicina intensiva, pneumologistas, farmacêuticos, epidemiologistas e especialistas em saúde pública, que fez revisões em estudos disponíveis até o momento sobre as terapias possíveis contra a Covid-19.

Os pesquisadores levaram em conta dois ensaios clínicos randomizados (tipo de estudo com as evidências mais robustas sobre a eficácia ou não de um medicamento) e abertos em pacientes com doença leve a moderada e um estudo de coorte, considerando os dados disponíveis até o momento.

Segundo as entidades científicas, "as evidências disponíveis não sugerem benefício clinicamente significativo do tratamento com hidroxicloroquina ou com cloroquina". O mesmo vale para o uso da combinação de hidroxicloroquina (ou cloroquina) com a azitromicina.

O documento também alerta para a associação dessas drogas, principalmente quando combinadas com azitromicina, com eventos adversos cardiovasculares, principalmente arritmias.

Considerando que as avaliações até o momento foram feitas em pacientes hospitalizados, os especialistas afirmam que não há base para uso ou não da droga em pacientes ambulatoriais. Portanto, a utilização só deve ser considerada para pacientes graves ou críticos, hospitalizados e com monitoramento constante de possíveis arritmias e com o cuidado para evitar outras medicações associadas que aumentem o risco de arritmias.

"Seu uso preferencial deve ser realizado mediante protocolos de pesquisa clínica", dizem os pesquisadores sobre a droga.
As recomendações vão na mesma linha da indicação do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês), dos EUA.

O painel também analisou outras drogas que têm sido usadas contra a Covid-19 e fez recomendação pelo uso profilático do anticoagulante heparina em pacientes hospitalizados para evitar tromboembolismo (formação de coágulos).

Pacientes com Covid-19, como mostram estudos observacionais e post mortem, parecem ter hipercoagulabidade e alta taxa de eventos tromboembólicos, afirma o documento. Portanto, o uso de anticoagulantes é uma intervenção de baixo custo, bem tolerada e "com potencial de evitar eventos de elevada importância clínica".

O remdesivir, uma das drogas que apresentou resultados moderadamente positivos até o momento, não chegou a ser incluído no documento por ainda não estar disponível no Brasil.

Os cientistas concluem que, até o momento, nenhum tratamento específico da Covid-19 se mostrou efetivo.

As entidades científicas afirmam também que, em um contexto como o atual, os recursos para enfrentamento da pandemia devem ser direcionados para intervenções médicas com maior certeza de benefício.

"Assim, pode ser visto até como questionáveis investimentos médico-assistenciais em terapias farmacológicas à luz do conhecimento atualmente disponível da Covid-19", diz o documento, salientando, porém, a importância do estímulo a protocolos de pesquisa em busca de respostas.

O governo brasileiro tem pago caro pela matéria prima da hidroxicloroquina. O valor do quilo pago atualmente é quase seis vezes superior ao praticado em 2019, de R$ 219,98 para R$ 1.304.

Mesmo sem evidências científicas de suporte, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) tem pressionado para uma utilização ampla da droga, inclusive para casos leves. A pressão levou à queda do ex-ministro Nelson Teich, que, após um ultimato do presidente por um protocolo de uso da droga para casos leves, afirmou que a mudança não era correta e não tinha amparo cientifico e pediu demissão.

Antes da saída de Teich, Bolsonaro havia dito que o protocolo atual do ministério -que avaliza o uso da hidroxicloroquina para casos graves e críticos- "pode e vai mudar".

Com a saída o ex-ministro, a pasta da saúde já sinaliza a mudança do protocolo, mesmo sem evidências científicas.

 

PHILLIPPE WATANABE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) 

Bolsonaro se reúne com cartolas de Flamengo e Vasco em apelo por volta do futebol

Foto: Isac Nóbrega/PR

 

Em novo passo pelo retorno do futebol no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu nesta terça-feira (19) os mandatários Rodolfo Landim, do Flamengo, e Alexandre Campello, do Vasco.

A comitiva rubro-negra contou ainda com o médico Márcio Tannure e com Aleksander Santos, diretor do clube que faz a ponte com o governo.

Na pauta do encontro, Bolsonaro discutiu com a dupla, principais entusiastas do retorno do futebol no Rio de Janeiro, as medidas para assegurar que a bola volte a rolar o mais brevemente possível, ainda que a pandemia do novo coronavírus siga assombrando o país.

Antes do encontro com o presidente, a dupla se reuniu com o senador Flávio Bolsonaro em um almoço. Bolsonaro já declarou que deseja que as partidas voltem, mas esbarra na contrariedade do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), e do governador fluminense, Wilson Witzel (PSC).

Ainda nesta terça, durante o período da manhã, o Flamengo, sem aviso prévio, retomou os treinos no Ninho do Urubu. O clube fez uma nova rodada de testagens para a Covid-19 com os jogadores e entende estar pronto.

Consultados sobre a viagem de seus presidentes até Brasília, os dois clubes disseram desconhecer a agenda. Rivais de ambos, Fluminense e Botafogo são contrários a retomada do futebol no estado neste momento.

LEO BURLÁ E PEDRO IVO ALMEIDA
RIO DE JANEIRO, RJ, E SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) 

 

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