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Governo já liberou quase 60 milhões de auxílios emergenciais, triplo da projeção inicial

Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com

 

O auxílio emergencial pago a trabalhadores informais já foi liberado para quase 60 milhões de brasileiros, informou a Caixa Econômica Federal nesta segunda-feira (18). O número de beneficiados é o triplo da projeção inicial apresentada pelo governo -e ainda deve aumentar.

Em março, ao apresentar o programa, o Ministério da Economia informou que a medida beneficiaria entre 15 e 20 milhões de pessoas a um custo de R$ 15 bilhões aos cofres públicos.

As estimativas do governo foram aos poucos revisadas. Após a aprovação do auxílio pelo Congresso, a projeção foi ampliada para 54 milhões de pessoas e o custo foi a R$ 98 bilhões.

Em seguida, o governo viu que o valor não seria suficiente e liberou novo crédito para o programa, que passou para um montante de aproximadamente R$ 124 bilhões.

De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, já foram autorizados benefícios para 58,7 milhões de pessoas.
Desse total, 50,4 milhões receberam a primeira parcela de R$ 600 e poderão acessar a segunda parcela nos próximos dias.

Há ainda um lote de 8,3 milhões de pessoas que estavam com pedidos represados nos sistemas do governo e agora receberam aval para os pagamentos.

Os cadastros para acessar o programa permanecerão abertos até julho. A tendência é que o número de beneficiados continue subindo.

Cálculos do Ministério da Cidadania apontam que o auxílio deve alcançar 70 milhões de pessoas.

Reportagem da Folha de S.Paulo mostrou, entretanto, que esse número deve crescer para pelo menos 80 milhões e pode chegar a 112 milhões, mais da metade da população brasileira, caso a crise gerada pelo coronavírus gere mais perda de renda.

As projeções foram feitas pela IFI (Instituição Fiscal Independente), órgão do Senado, trançando cenários de aumento de informalidade e desemprego, com base em dados do governo.

O auxílio emergencial pode ser acessado por trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e intermitentes sem emprego fixo. É necessário ter mais de 18 anos e não estar recebendo benefícios previdenciários ou seguro-desemprego.

Para ter direito à assistência, há ainda uma limitação de renda. Só pode receber o auxílio quem tem renda mensal per capita de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.135). A pessoa também não pode ter recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.

A liberação do auxílio é automática para beneficiários do bolsa família e pessoas do cadastro único de programas sociais do governo que estejam aptas ao programa.

Para os outros informais que se enquadram nas regras, é necessário se cadastrar no site ou no aplicativo da Caixa. Nesses casos, o Ministério da Cidadania afirma que as informações prestadas passam por avaliação e cruzamento de dados nos sistemas do governo. Somente após aval do Dataprev e da pasta, a Caixa libera o benefício.

BERNARDO CARAM
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) 

 

Congresso não terá recesso em julho devido à crise do coronavírus, diz Alcolumbre

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

 

Os trabalhos do Congresso Nacional serão mantidos sem recesso em julho. O motivo, segundo o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), é a pandemia do coronavírus.

"Após reunião de líderes realizada nesta segunda (18), ficou decidido que não haverá recesso parlamentar em julho. A decisão foi tomada por nós parlamentares por entendermos que o Legislativo precisa continuar trabalhando para amenizar os efeitos negativos da pandemia da covid-19", escreveu Alcolumbre no Twitter.

O recesso estava previsto para entre 17 e 31 de julho.

No entanto, mesmo com a crise, pela Constituição, os parlamentares não poderiam sair de férias de todo jeito, se não votassem a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) antes desse período.

Por Camila Turtelli
Estadão Conteúdo

Dólar tem maior queda desde 29 de abril com otimismo externo e fecha em R$ 5,72

Influenciado pelo mercado internacional, o dólar fechou a segunda-feira, 18, com a maior queda porcentual desde 29 de abril, recuando 2,03%, a R$ 5,7206. Notícias positivas sobre o desenvolvimento de uma vacina para combater o coronavírus e a reabertura de economias contribuíram para renovar o apetite por risco. As bolsas subiram forte em Nova York e na Europa, o petróleo disparou e o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de divisas fortes, caiu abaixo do nível de 100 pontos. O real, que sempre vem tendo o pior desempenho ante o dólar no mercado internacional, hoje teve a melhor performance, considerando uma lista de 34 moedas.

O dólar chegou a cair abaixo de R$ 5,70 no começo da tarde, mas não se sustentou neste nível. Como ressalta um diretor de tesouraria, no atual cenário, a moeda americana abaixo desse porcentual atrai compradores, na medida em que a cautela com o cenário político doméstico prossegue e bancos continuam elevando suas projeções para o dólar.

Hoje foi a vez do Santander, que aumentou sua estimativa para a moeda americana no final do ano de R$ 4,90 para R$ 5,80, e também revisou a do fim de 2021, de R$ 4,05 para R$ 5,50. A economista-chefe do banco espanhol, ex-secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, ressalta em relatório que não há indícios de que fatores responsáveis pelo desempenho ruim do real - turbulências políticas, dúvidas acerca das diretrizes da política econômica do governo e incertezas quanto à trajetória fiscal - serão resolvidos no curto prazo.

Hoje, porém, predominou o otimismo externo. O analista-sênior de mercados do Western Union, banco especializado em transferências internacionais, Joe Manimbo, ressalta que o dólar operou em queda com as notícias da farmacêutica americana Moderna, de testes bem sucedidos de uma vacina contra o coronavírus em oito pessoas, que acabaram estimulando a busca por ativos de risco.

Os estrategistas do Citi observam que a melhora do mercado internacional pode seguir sendo positiva para moedas emergentes, incluindo o real, mas o conturbado ambiente político doméstico, responsável por boa parte da piora da moeda brasileira, pode seguir limitando uma maior valorização da divisa, na medida em que levanta dúvidas sobre o ajuste fiscal e a agenda de reformas Por isso, projetam a moeda brasileira na casa dos R$ 5,70 nos próximos três meses e, em um prazo maior (6 a 12 meses), o Citi vê o real na casa dos R$ 5,50.

Por Altamiro Silva Junior
Estadão Conteúdo

Com exterior, Bolsa fecha em alta de 4,69%, maior ganho desde 6 de abril

Acompanhando sólido desempenho do exterior, empolgado por novo sinal positivo sobre a chance de desenvolvimento de vacina para covid-19, o Ibovespa mais do que recuperou na sessão desta segunda-feira, 18, as perdas da semana passada e alcançou o maior nível de fechamento desde 29 de abril, pela segunda vez em maio acima da marca psicológica dos 80 mil pontos no encerramento - e desta vez com folga. O principal índice da B3 fechou nesta segunda-feira em alta de 4,69%, aos 81.194,29 pontos, o maior ganho em porcentual desde 6 de abril (naquela ocasião em alta de 6,52%), tendo oscilado hoje entre mínima de 77.571,39 e máxima de 81.420,37 pontos, renovada na parte final da sessão.

Mais cedo, os principais mercados da Europa haviam encerrado o dia com ganhos expressivos, de 4,29% para Londres, de 5,16% para Paris e de 5,67% para Frankfurt. Em Nova York, os três índices de referência registraram alta entre 2,44% (Nasdaq) e 3,85% (Dow Jones), assim como na B3 acentuados no fim do dia, mas cedendo um pouco ante as máximas, nos minutos finais. O otimismo decorreu em grande medida da indicação de que o laboratório Moderna, dos EUA, obteve resultados positivos para uma vacina contra o novo coronavírus.

Agora, o Ibovespa passa a acumular leve ganho de 0,86% em maio, com perda de 29,79% no ano, tendo na primeira quinzena de maio, até a última sexta, acumulado perda de 3,66% no mês e de 3,37% na semana passada. O giro financeiro desta sessão, reforçado pelo vencimento de opções sobre ações, totalizou R$ 34,2 bilhões

Além da novidade sobre possível vacina, outros fatores que prevaleceram hoje ajudam a entender o avanço do Ibovespa nesta primeira sessão da semana: a relativa acomodação do dólar, em baixa de 2,03% no fechamento de hoje, a R$ 5,7206; fortes ganhos no petróleo, de 7,10% para o Brent de julho, a US$ 34,81 por barril no encerramento na ICE, o que ajudou as ações da Petrobras (+9,72% na ON e +8,10% na PN); recuperação de preços do minério de ferro em curso na China, em meio à reabertura da economia, estimulando a ação da Vale (+6,68%) e as do setor siderúrgico (+8,24% para Gerdau PN) na sessão; e o plano de 500 bilhões de euros anunciado por Alemanha e França para o combate aos efeitos da pandemia.

"Este fundo da Alemanha e França é muito importante para manutenção da zona do euro, especialmente depois de a Justiça alemã ter proibido compra de ativos", observa Alvaro Bandeira, economista-chefe do Modalmais. Ele chama atenção, contudo, para o distanciamento do investidor estrangeiro mesmo com os descontos nominais e em dólar nas ações brasileiras.

"O sumiço do estrangeiro é o que está pegando um pouco, neste mês ainda não houve um dia de ingresso líquido dos gringos na Bolsa. As ações aqui ficaram muito mais baratas, e não dá muito para entender por que não estão voltando", observa Bandeira. Ele reconhece que o "lado político, complicado" e preocupações com o "problema fiscal" podem estar mantendo os estrangeiros à distância dos ativos brasileiros, neste momento em que a aversão a risco permanece como pano de fundo especialmente com relação aos emergentes.

Por Luís Eduardo Leal
Estadão Conteúdo

Mais de 25% das internações por Covid-19 em Teresina são de pacientes de outras localidades

Foto: Eduardo Anizelli/ Folhapress


Uma porcentagem de 25,12% das internações por suspeita de COVID-19 em Teresina são de pacientes vindos de outras cidades. Os dados, que abrangem o total de leitos públicos, privados e filantrópicos existentes na capital, correspondem ao período de março – quando iniciaram os registros da doença na cidade – até 13 de maio de 2020.

Segundo informações da Diretoria de Regulação Avaliação e Auditoria da Fundação Municipal de Saúde (FMS), até 13 de maio foram registradas 625 internações de casos suspeitos de infecção pelo novo Coronavírus nos hospitais de Teresina. Destas, 468 são de pessoas residentes na capital e 157 de outras cidades.

“A maior parte das internações (142) são de pessoas do interior do Piauí, mas há também registros de 12 casos oriundos do Maranhão, dois casos de Rondônia e um do estado do Amazonas”, informa Manoel de Moura Neto, presidente da FMS.

Somente nos primeiros dias do mês de maio, Teresina registrou 42 internações de pessoas residentes em outros municípios, o equivalente a 27,1% dos 155 casos. Destes, 3% vieram de cidades do Maranhão, o que corresponde a quatro casos.

Com base nos dados do Censo hospitalar da FMS, Teresina tem atualmente 584 leitos exclusivos para atendimentos de casos suspeitos de infecção pelo novo Coronavírus, sendo 419 leitos de enfermaria e 165 de UTI. Na data de hoje (18), a capital apresenta uma taxa de ocupação de 66,67% dos leitos de UTI destinadas a tratamento de pacientes diagnosticados com Covid-19. O levantamento revela ainda que 49,16% das enfermarias Covid-19 e 45,63% dos leitos de observação destas unidades de saúde estão ocupados.

 


Da Redação
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PM fechou 234 estabelecimentos e barrou 18 veículos nas divisas do PI em lockdown parcial

Foto: PM

A Polícia Militar fechou 234 estabelecimentos em todo o Piauí por descumprimento das medidas restritivas adotadas pelo governo do estado no último final de semana. O decreto assinado pelo governador Wellington Dias estabeleceu que, entre os dias 16 e 17 de maio, só atividades essenciais deveriam funcionar. Foram realizados 26 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) por desobediência às medidas sanitárias e 18 por perturbação.

Segundo o balanço divulgado pela PM, entre os dias 15 e 17 de maio foram realizados 2.287 atendimentos e abordadas ou orientadas mais de 5 mil pessoas. A polícia abordou ainda 3.234 veículos durante o final de semana e emitiu 277 autos de infração de trânsito e apreendeu dez armas de fogo, além de drogas.

"As medidas preventivas e atuações foram intensificadas a partir de sexta-feira (15), dia em que foi feriado, devido antecipação do Dia do Piauí", informou a PM em nota.

Em Teresina, segundo a PM, vários estabelecimentos comerciais foram fiscalizados e fechados, dentre eles depósitos de bebidas, bares, comércios não essenciais, papelarias, petshops, salão de beleza, entre outros.

No litoral, a Companhia Independente de Policiamento Turístico (CIPTUR) e a Vigilância Sanitária flagraram um veículo transportando ilegalmente oito pessoas em um contêiner. Os passageiros relataram que eram pescadores, residentes em Camocim, no Ceará.

Ainda de acordo com o balanço da PM, dos transportes abordados, 19 veículos foram impedidos de prosseguirem viagem durante as barreiras sanitárias, 16 deles no Posto Jacarandá, localizado entre Cocal da Estação e Viçosa, Ceará, e outros três na divisa de Assunção do Piauí com Quiterianópolis (CE).

Em Colônia do Gurgueia, a 2ª Companhia do 19º Batalhão da PM apreendeu um ônibus que saiu da cidade de Lagoa do Barro com destino a Gilbués, em virtude da proibição de circulação transporte intermunicipal. 

Hérlon Moraes (Com informações da PM)
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Governo se nega a entregar exames de Bolsonaro à Câmara

Foto: Marcos Corrêa/PR

 

Após 30 dias de prazo, o governo não entregou os resultados dos exames de covid-19 do presidente Jair Bolsonaro à Câmara. Em resposta ao requerimento de informações do deputado Rogério Correia (PT-MG), o ministro Jorge Oliveira, da Secretária-Geral da Presidência da República, afirmou que os documentos tratam de direito individual, da esfera íntima e que não caberia a uma terceira a divulgação.

Além disso, Oliveira cita ainda que os resultados já estão disponíveis no Supremo Tribunal Federal. Os exames foram divulgados no último dia 13 por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) após o Estadão pedir na Justiça para ter acesso aos laudos.

Dois exames do laboratório Sabin com codinome (Airton Guedes e Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz), mas o CPF e o RG informados nos papéis são do próprio Bolsonaro. No entanto, o terceiro exame, feito pela Fiocruz, não traz qualquer informação sobre o paciente - CPF, RG, endereço -, apenas identificando o usuário genericamente como "paciente 05". As três coletas foram feitas no mês de março.

Correia vai devolver ao Palácio do Planalto um ofício rejeitando a resposta do Ministério e reiterando o pedido para que o governo envie os testes de Bolsonaro. Além disso, o deputado fez também uma denúncia à Procuradoria-Geral da República pedindo investigação sobre a origem e a veracidade dos testes apresentados por Bolsonaro ao Estadão.

Caso o governo não respondesse ou omitisse informações à Câmara, tanto o ministro como o presidente poderiam incorrer em crime de responsabilidade. Isso porque a lei obriga autoridades do Executivo a prestarem informações solicitadas pela Câmara ou Senado.

Ao menos 23 pessoas que acompanharam Bolsonaro na viagem aos Estados Unidos foram diagnosticadas posteriormente com a doença. Entre eles, auxiliares próximos, como o secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.

Por Camila Turtelli
Estadão Conteúdo

17ª edição do Festival de Inverno de Pedro II é cancelada devido pandemia

Foto: arquivo/assessoria de comunicação/prefeitura de Pedro II

Em virtude da pandemia de covid-19, visando à preservação da saúde pública e obedecendo a todas as normas e orientações vigentes no atual momento de calamidade, a Prefeitura de Pedro II, o Governo do Estado do Piauí e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), realizadores do Festival de Inverno de Pedro II, decidiram cancelar a realização da 17ª edição do evento, que seria realizado de 11 a 14 de junho deste ano.

O evento acontece, tradicionalmente, no feriado de Corpus Christi e atrai milhares de turistas e visitantes de todo o país. Considerado um dos maiores eventos culturais do Piauí e do Nordeste, o Festival envolve música, artesanato, além de valorizar a culinária e turismo locais durante quatro dias de festividades. Ao longo das 16 edições, trouxe ao estado diversos artistas e bandas renomadas nacionalmente, como Paulo Ricardo, Adriana Calcanhoto, Erasmo Carlos, Skank, entre outras, bem como atrações regionais e locais. 

O prefeito de Pedro II, Alvimar Martins, lamenta o cancelamento do evento, mas considera uma medida necessária em virtude do atual momento.

“Infelizmente, sabemos que todas as áreas estão sendo afetadas pela pandemia, como a saúde, economia, cultura e as demais. Sabemos o quanto o Festival é querido pelos seus admiradores e o quanto é grande a expectativa por sua realização. Porém, na situação atual, quando não há previsão para o fim da crise, não temos garantias de segurança e nem condições de organizar um evento dessa magnitude. Me entristece profundamente a nossa decisão, que tomamos em comum acordo com nossos parceiros realizadores, Governo do Estado do Piauí e Sebrae, entretanto, não nos resta outra alternativa. Nós, pedrossegundenses, sabemos o quanto iremos perder, principalmente na geração de emprego e renda, além de propagar todas as riquezas de nossa cidade, como artesanato, culinária, turismo, nossa cultura e hospitalidade única. Será uma perda irreparável para o município”, destaca Alvimar Martins.

O secretário estadual de Cultura, Fábio Novo, ressalta a importância do isolamento e das medidas preventivas contra a propagação da covid-19, mesmo afetando diretamente o setor cultural.

"O Festival de Inverno é um dos eventos de maior destaque no nosso Estado, movimentando todos os setores, inclusive a cultura. Temos orgulho do que temos feito em relação a esse evento nos últimos anos, por isso que, infelizmente, teremos que cancelar, mas entendemos que é uma medida efetiva de combate ao nosso maior inimigo, que é o coronavírus. Com isso, temos o cancelamento de eventos, o que impacta diretamente o setor cultural. Vamos nos unir, seguir as recomendações necessárias e curtir a arte por meio de plataformas a que temos acesso nesse momento, como a internet. Tenho fé que ano que vem, poderemos estar juntos fazendo o maior Festival de Inverno dos últimos tempos", pontua o secretário.

Além do Festival de Inverno, todos os eventos do Estado estão suspensos desde março. Para evitar um impacto maior para os artistas, a Secult lançou um edital de apresentações nas redes socias em diversas linguagens como música, dança, teatro e contação de histórias. O Festival "Sossega o Facho em Casa" selecionou 160 projetos de artistas piauienses e irá remunerar todos que se apresentarão pela internet.

 

Da Redação
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Covid-19: tabela de pontos e medicação precoce recupera pacientes em Parnaíba

Um sistema de pontuação para acompanhar a evolução de sintomas gripais e o tratamento precoce com medicamentação para tratar a Covid-19 tem dado bons resultados no município de Parnaíba. O sistema de "busca ativa" de casos por meio de ligações telefônicas também tem ajudado a identificar precocemente pessoas infectadas pelo novo coronavírus. 

Segundo a médica infectologista Renata Beltrão, o município vive assim como muitos outros a curva ascendente de casos da Covid-19. Neste cenário, "a população é chamada por telefone para comunicar quaisquer tipo de sintoma gripal. O paciente é classificado como uma síndrome gripal e - ainda como síndrome gripal simples - ele é incluído no sistema de pontuação". Se o paciente está com febre, tem 5 pontos, por exemplo. 

"Quando esse sistema de pontuação sai do leve para o moderado, baseado nos sintomas que o paciente apresenta, ele é convidado a entrar num fluxo de tratamento precoce (para a Covid-19)", diz a médica. Nesse momento, o protocolo adotado é receitar como primeira opção ao paciente a "hidroxicloroquina junto com a azitromicina, fazendo um delivery, deixando na casa do paciente".

A médica relata que o paciente tem acompanhamento remoto durante o período de tratamento e de isolamento, que é de 14 dias. "Além disso, tentamos fazer os exames e fazer o acompanhamento da família do paciente para conseguir detectar o mais rápido possível os novos casos". 

O quadrinho básico de sintomas (tosse, febre, falta de ar etc) tem as pontuações, que são multiplicadas pela quantidade de dias que o paciente apresentou o sintoma. "Isso a gente faz porque muitas outras doenças ou muitas outras apresentações clínicas vêm com sintomas similares da Covid-19. Então, a gente tenta tirar aquele paciente que tem uma sintomatologia passageira, e permitir que todos aqueles que configurem uma síndrome gripal seja tratados".

Antes de iniciar com a medicação precoce, a infectologista alerta que o paciente passa por uma triagem para relatar cormobidades, sendo, quando necessário, pedido a realização de exames laboratoriais. Ela conta que algumas das reações aos medicamentos na fase inicial da doença foram leves, como diarréia e dor abdominal.  

Durante o tratamento, o paciente atendido em Parnaíba fica com pessoa responsável por ele, uma espécie de cuidador virtual, que ele entra em comunicação direta para qualquer tipo de intercorrência. "Se ele sente palpitação, se aumentou a febre, se ele tem mal estar, qualquer coisa relacionada a doença, ele é estimulado a ligar para a pessoa padrão dele, o cuidador dele". Dependendo do relato do paciente, ele será orientado pela equipe médica a ir ao pronto-socorro, ambulatório padrão ou se permanece em atendimento domiciliar. 

Dados de Parnaíba 

Com base nos dados municipais, Rebata Beltrão informou em entrevista ao Jornal do Piauí que Parnaíba já registrou 126 pacientes, sendo que quatro desses morreram. "Desses óbitos não conseguimos detectar precocemente (os sintomas)", acrescenta.

"Dos  122 pacientes, nós conseguimos manter contato com estrito com 120, e dois não conseguimos manter vínculo. Dos 120 pacientes, já tivemos 50 altas. Dessas 50 altas, 43 foram tratadas medicamentosamente. Hoje nós temos 60 pacientes em acompanhamento e 51 desses em medicação". 

Em pacientes mais graves, que estão em uma fase mais avançada da doença, o tratamento é hospitalar, com necessidade de pulsoterapia e anticoagulação. 

Carlienne Carpaso
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Federação italiana acata decreto e futebol no país não volta antes de 14 de junho

O futebol na Itália não vai voltar, por enquanto, antes do dia 14 de junho. Esta é a data programada em decreto assinado no último domingo pelo governo comandado pelo primeiro ministro Giuseppe Conte para a volta de eventos esportivos no país. Nesta segunda-feira, a Federação Italiana de Futebol (FIGC, na sigla em italiano) informou que acatará a decisão, mas tentará junto às autoridades que os jogos retornem um dia antes, no sábado dia 13.

Ainda não há, na Itália, uma definição sobre um protocolo que permita que os clubes de fato retornem aos treinamentos com contato. Com isso, os treinos seguem sendo individualizados e há dúvidas sobre quando haverá uma possibilidade real para que o futebol volte a ser jogado, o que não acontece desde 9 de março. Ainda faltam 12 rodadas, além de quatro jogos da 25.ª jornada, para serem disputadas no Campeonato Italiano. Já a Copa da Itália está na rodada de volta da fase semifinal.

O principal ponto de discordância é a insistência do governo de que, se um jogador testa positivo, todo o elenco precisa entrar em quarentena por 14 dias. Os clubes argumentam que isolar o jogador envolvido seria suficiente.

"É óbvio que isso não nos permitiria terminar o campeonato em agosto porque, se houvesse 2 ou 3 infectados em uma ou duas equipes, tudo seria sistematicamente bloqueado por algumas semanas", disse o presidente do Cagliari, Tommaso Giulini, à rádio italiana Super Sound.

Os clubes também se opõem à determinação de que cada associação, incluindo treinadores e equipes de apoio, fique em um campo de treinamento em completo isolamento antes de a liga recomeçar. Eles dizem que isso criaria enormes problemas logísticos.

A Itália foi um dos países mais afetados pelo novo coronavírus em todo o mundo e, por isso, ainda não reabriu totalmente. Apesar disso, parece estar com a situação bem mais tranquila: o país registrou apenas 99 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas.

Fonte: Estadão Conteúdo

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