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Governo avalia revisar benefícios infecientes para prorrogar auxílio emergencial

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Pressionada a prorrogar ou até mesmo tornar permanente o auxílio emergencial de R$ 600 desenhado para socorrer trabalhadores informais durante o pico da pandemia do novo coronavírus, a equipe econômica quer atrelar o debate a uma revisão de gastos sociais considerados ineficientes. Na mira dos técnicos, estão gastos como abono salarial, seguro-defeso (pago a pescadores artesanais no período de reprodução dos peixes, quando a pesca é proibida) e farmácia popular.

O argumento é que uma revisão nesses benefícios abriria espaço no Orçamento para acomodar uma renda básica à população ou alguma outra proposta de fortalecimento das políticas sociais no Brasil. No formato atual, o auxílio emergencial custa cerca de R$ 45 bilhões ao mês, uma despesa que não cabe no Orçamento nem no teto de gastos, mecanismo que limita o avanço das despesas à inflação.

O abono salarial está na mira da equipe desde o governo de transição. Só neste ano, serão R$ 19,85 bilhões pagos a trabalhadores com carteira assinada que ganham até dois salários mínimos. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que 39% dos benefícios são pagos a um terço mais rico da população, enquanto só 16% vão para o terço mais pobre.

A realidade é bem distinta do Bolsa Família, que custa cerca de R$ 30 bilhões por ano e paga 77% de seus benefícios para o terço mais pobre dos brasileiros. Além disso, quase metade do abono salarial é transferido hoje a trabalhadores da Região Sudeste, enquanto o Nordeste (onde a taxa de pobreza é o dobro da média nacional) fica com 22,4% do benefício. Na análise do Ipea, a contribuição do abono para a redução da pobreza no País é equivalente a zero.

O programa Farmácia Popular, que promove a distribuição de medicamentos de uso comum (para tratamento de hipertensão, diabetes e asma, por exemplo), também é considerado sem foco pelos técnicos, por beneficiar famílias independentemente de sua renda. Para retirar um remédio pelo programa, basta apresentar documento de identificação e receita médica. O programa custa cerca de R$ 2,5 bilhões.

Outro "alvo" dos técnicos, o seguro-defeso, pago a pescadores artesanais na época de reprodução dos peixes, tem sido usado em fraudes. Nos últimos 20 anos, o gasto com esse benefício teve um crescimento médio de 21% ao ano, já descontada a inflação, chegando a R$ 2,5 bilhões em 2018, segundo o Ministério da Economia. A Controladoria-Geral da União (CGU) também identificou saques do benefício feitos a mais de mil quilômetros do local de residência do beneficiário. Além disso, quase dois terços dos pescadores resgatam todas as parcelas de uma única vez, o que apontaria para a ineficácia da política como substituição da renda.

Em entrevista na semana passada ao Estadão/Broadcast, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, disse que o auxílio emergencial foi feito para durar "três meses e acabou" e que qualquer programa futuro só terá espaço no Orçamento com a revisão de outros gastos.

Negociação

A discussão da revisão dos benefícios, porém, leva tempo e muitas vezes requer até mesmo mudança na Constituição, como é o caso do abono salarial. A aprovação de emenda constitucional precisa do apoio de 308 deputados e de 49 senadores em dois turnos de votação. Na reforma da Previdência, a Câmara chegou a aprovar uma redução no alcance do abono salarial, mas a mudança foi derrubada no Senado Federal.

O governo também foi derrotado recentemente pelo Congresso numa votação sobre a ampliação do alcance do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Os parlamentares estenderam o pagamento do benefício, no valor de um salário mínimo (R$ 1.045), a todos os brasileiros com renda familiar por pessoa de até R$ 522,50 - o dobro do limite atual, de R$ 261,25. A alteração vai gerar custo adicional de R$ 20 bilhões ao ano a partir de 2021.

O BPC é um dos programas sob avaliação este ano do Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas. Os resultados são publicados no ano seguinte ao da análise.

A manutenção do auxílio emergencial de R$ 600 além dos três meses definidos inicialmente pelo governo já virou bandeira de parlamentares e entrou na conta das projeções de mercado para o resultado fiscal do Brasil em 2020. Economistas, porém, alertam para o risco de o País repetir os erros da crise de 2008, quando políticas temporárias para resgatar empresas e famílias se tornaram permanentes e contribuíram para o processo de deterioração das contas públicas.

Em relatório a clientes, o BTG Pactual espera uma prorrogação do auxílio emergencial por ao menos três meses, o que levaria o déficit deste ano para R$ 940 bilhões. Nas contas do economista Gabriel Leal de Barros, do BTG, as medidas contra a crise já elevaram a despesa do governo em R$ 375 bilhões, e a extensão do benefício por mais 90 dias geraria custo adicional de R$ 150 bilhões.

O economista Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirma que é preciso cautela no debate sobre a transformação do auxílio emergencial em política permanente. "A base dessa discussão é arriscada. Da última vez que isso aconteceu, o remédio foi pior que a doença."

O economista da FGV é defensor de melhorias nas políticas sociais, mas vê risco de a discussão agora ir numa direção insustentável para as contas do País.

No Congresso, o argumento de parlamentares é evitar que as famílias fiquem sem nenhuma renda num momento em que a circulação do novo coronavírus no País ainda poderá inviabilizar a retomada plena das atividades e do emprego. "É importante que ele (benefício) cubra todo o período da pandemia", diz a deputada Tabata Amaral (PDT-SP), defensora da prorrogação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Idiana Tomazelli
Estadão Conteúdo

Comitê programa GP de Mônaco de Fórmula 1 para maio de 2021

Foto: Jerry Andre / Sutton Images / Pirelli

O comitê do Automobile Club de Monaco, que organiza as corridas de Fórmula 1 na cidade, confirmou nesta terça (19), em um comunicado, que o Grande Prêmio de Mônaco de F1 foi remarcado para acontecer entre os dias 20 e 23 de maio de 2021.

As corridas do campeonato de Fórmula 1 deste ano foram canceladas devido à pandemia do novo coronavírus.

Outras duas corridas sediadas na cidade ganharam novas datas: o Grande Prêmio Histórico de Mônaco, que vai acontecer entre 23 e 25 de abril de 2021, e a Mônaco ePrix, etapa da Fórmula E, que foi remarcada para o dia 8 de maio.

"Organizar três corridas no espaço de um mês será uma estreia para todos nós", afirmou Christian Tornatore, comissário geral do Automobile Club de Monaco.

Para ele, será uma experiência nova para todos os envolvidos e a "logística promete ser complexa". Os preparativos para as corridas começam no final de fevereiro, segundo os organizadores.

Fonte: UOL/FOLHAPRESS

 

COB estima corte de R$ 43 milhões em despesas devido à pandemia da covid-19

Passados dois meses desde o início do isolamento social por conta da pandemia do novo coronavírus no Brasil, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) divulgou nesta terça-feira, através de uma nota oficial, um balanço das principais medidas de proteção e suporte ao esporte tomadas pela entidade. Ela informou ter reduzido despesas de ordem administrativa e de projetos em 2020 em cerca de R$ 43 milhões.

O COB diz que acompanha de perto as orientações dos órgãos governamentais e da Organização Mundial de Saúde (OMS) e está atento aos cenários nacional e internacional, bem como aos posicionamentos do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio-2020.

O objetivo do COB é zelar pela integridade física e saúde de seus públicos diretos (atletas, treinadores e colaboradores), garantir a sustentabilidade do Movimento Olímpico nacional através das Confederações Brasileiras, bem como propiciar a melhor preparação e condições de classificação para os atletas.

"Estamos trabalhando árdua e incessantemente para buscar alternativas que permitam que o Movimento Olímpico Brasileiro supere a crise provocada pela pandemia da melhor forma possível. Nossa preocupação é garantir a sustentabilidade de todo o sistema olímpico e também uma preparação adequada aos nossos atletas para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Além disso, o COB se mobiliza ainda para inspirar e sensibilizar a sociedade no combate à covid-19", afirmou o presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira.

Desde o dia 18 de março, os colaboradores do COB estão trabalhando no sistema de home office, no intuito de replanejar a missão Tóquio-2020, oferecer suporte a atletas e Confederações através de cursos, palestras e outras ações, e manter desta forma o sistema olímpico ativo e preparado para a retomada.

"Os acontecimentos são muito dinâmicos. Estamos tomando as decisões diariamente e trabalhando em parceria com a Secretaria Especial do Esporte e as Confederações para preservar o máximo possível o esporte brasileiro. O mais importante, porém, é que cada um de nós se cuide e cuide dos seus para vencermos a luta contra esse adversário comum que é o novo coronavírus", concluiu Paulo Wanderley.

Confira as principais ações do COB até o momento durante a pandemia:

- Redução de despesas do COB de ordem administrativa e de projetos em 2020 de cerca de R$ 43 milhões;

- Garantia do orçamento dos recursos descentralizados das Loterias no valor de R$ 120 milhões para as Confederações Olímpicas, conforme orçado e divulgado;

- Revisão dos critérios de distribuição dos recursos da Lei 13 756/18 para 2021;

- Estudo para uso de recursos da Lei 13.756/18 destinados à atividade fim em 2020 para 2021;

- Solicitação da revisão dos limites da portaria 341/18 à Secretaria Especial do Esporte;

- Repatriação de atletas em treinamento e competição no exterior nos meses de fevereiro e março;

- Em conjunto com as áreas médicas das Confederações Olímpicas, elaboração de protocolo de volta à normalidade para os treinamentos esportivos (em andamento);

- Cessão de material do Centro de Treinamento Time Brasil para uso de atletas das Confederações Olímpicas em suas casas no período de isolamento social;

- Elaboração de tutorial em vídeo com orientação de exercícios para atletas se manterem ativos em casa;

- Confecção de cartilha com cuidados de prevenção distribuída para toda a comunidade olímpica brasileira;

- Reunião com Chefes de Equipe das modalidades dos Jogos de Tóquio-2020 para atualização e ajuste do planejamento;

- Suporte de gestão às Confederações Olímpicas, com reuniões e seminários nas áreas: jurídico, comunicação e marketing, programa GET (Gestão, Ética e Transparência) e capacitação (cursos do Instituto Olímpico Brasileiro);

- Ampliação do prazo de envio de evidências pelas Confederações para atualização de sua situação no programa GET;

- Doação de cestas básicas a alunos das escolas municipais atendidas pelo projeto Transforma (em execução);

- Criação de material lúdico disponibilizado gratuitamente pelo site e redes sociais do COB para crianças (cadernos de colorir e passatempo);

- Campanhas digitais para conscientização dos protocolos de prevenção ao novo coronavírus (#UmÚnicoTime e #TimeBrasilemCasa) e apoio à linha de frente.

Fonte: Estadão Conteúdo

Site tem problema e motoristas de Timon não conseguem fazer cadastro

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Os timonenses que precisam se deslocar para Teresina denunciam que não estão conseguindo realizar o cadastro no site http://barreiracovid19.fms.pmt.pi.gov.br. De acordo com o decreto assinado pelo prefeito Firmino Filho nesta segunda-feira (18), o documento digital gerado após a conclusão do cadastro, é necessário para que os motoristas vindos da cidade maranhense recebam permissão para entrarem em Teresina.

A Prefeitura da capital instalou barreiras sanitárias nas pontes que ligam as duas cidades. A medida se deve ao controle da pandemia do coronavírus. A cidade de Timon registra 116 casos e cinco mortes. O objetivo é evitar que doentes de lá contaminem pessoas na capital. 

Também existe a preocupação com a possibilidade de colapso do sistema de saúde. Por isso, é feito um controle das pessoas doentes do Maranhão, que buscam tratamento no Piauí. 

A assessoria da Prefeitura de Teresina confirma o problema no site de cadastramento. Segundo nota, o site passa por uma instabilidade provocada pela grande procura nas primeiras horas de funcionamento. Com a instabilidade, os motoristas poderão passar nas barreiras sanitárias apenas com a documentação comprobatória da necessidade de ingressar na capital piauiense. 

Pelo novo decreto, todas as pessoas que pretendam ingressar no município de Teresina deverão apresentar documentos de identificação pessoal, documento de habilitação do condutor e comprovante de endereço residencial, assim como documentos referentes ao veículo, como Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo. Além disso, é necessária a comprovação da necessidade de trafegar entre os dois municípios, seja por motivos de saúde, trabalho, ou qualquer outro.

A prefeitura informa que ainda não existe previsão para normalização do site. Porém, os técnicos estão trabalhando para resolver o problema.  

Lìdia Brito
[email protected]

Após 11 dias em UTI, técnica em enfermagem morre com Covid-19

Foto: Arquivo Pessoal

Morreu,  na madrugada desta terça-feira (19), vítima de Covid-19, a técnica em enfermagem Solange Nazaré Chaves. Ela tinha 60 anos e não resistiu às complicações da doença. É a primeira profissional de saúde que morre por coronavírus em Teresina.

Solange estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Getúlio Vargas. A técnica em enfermagem trabalhava no Hospital de Urgência de Teresina, no entanto, o HUT informou ao Cidadeverde.com que ela estava afastada da unidade de saúde desde 23 de março por fazer parte do chamado "grupo de risco" por causa da idade.  Há informações de que ela teria contraído o coronavírus no ambiente familiar. 

Solange estava internada anteriormente no Hospital do bairro Buenos Aires, o quadro agravou e ela foi transferida para o HGV no dia 9 de maio. A técnica já chegou ao hospital em estado grave e teve que ser intubada. 

O Hospital de Urgência de Teresina lamenta a morte da técnica em enfermagem, que pertencia aos quadros do hospital há 9 anos. "Por pertencer a grupo de risco , Solange estava afastada do HUT desde 23 de março, mesmo sem a funcionária ter sido diagnosticada com a doença à época", ressalta. 

Veja nota de pesar do HUT

O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) comunica o falecimento da técnica de Enfermagem Solange Nazaré Chaves Moutinho, de 60 anos, que prestava brilhante serviço para nossa unidade de saúde. Funcionária querida e exemplar, Solange estava afastada de suas atividades desde 23 de março deste ano. Ela faleceu nesta madrugada, no Hospital Getúlio Vargas (HGV). A Família HUT lamenta profundamente a perda de Solange Moutinho e se solidariza com familiares e amigos enlutados neste momento difícil.


Izabella Pimentel
[email protected]

Dois meses de isolamento: retrospectiva mostra avanços e gargalos no Piauí

Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com

Nesta terça-feira (19), faz dois meses que o governador Wellington Dias (PT) reuniu autoridades e a imprensa para anunciar decreto  de calamidade pública, provocado pela pandemia do coronavírus. Ao longo deste período, medidas como fechamento das atividades econômicas, educacionais, de lazer e a determinação do isolamento social, obrigaram o piauiense a se adaptar a uma nova realidade de incertezas e mudanças.

O Cidadeverde.com realizou um levantamento das ações que foram realizadas neste período, como os avanços no combate à doença e os gargalos, pontos em que ainda é preciso avançar. Nestes dois meses, o combate ao coronavírus exigiu medidas não apenas na área da saúde, mas também, na economia e, principalmente, no comportamento da população.

Quando o governador assinou o decreto do dia 19 de março, o Piauí anunciava a confirmação de três casos da doença. A primeira morte seria confirmada nove dias depois, em 28 de março. O caso teve grande repercussão e comoção. A primeira vítima era o prefeito da cidade de São José do Divino,  Antônio Felícia (PT). 

Do dia 19 de março até hoje, a realidade mudou bastante e se agravou. De acordo com o último boletim da Secretaria de Saúde, divulgado na segunda-feira (18),  até ontem o estado apresentava 2.440 casos confirmados e  85 mortes. Os casos que antes se concentravam praticamente na capital Teresina, hoje  já atingem 50% municípios piauienses.

 

 

O isolamento social é apontado pelos gestores como a principal forma de conter o avanço da doença. A medida é polêmica e causa resistência de parte da população, mesmo com os apelos das autoridades de saúde e do governador Wellington Dias (PT). 

Durante este período, o governo adotou medidas com o objetivo de controlar a propagação da doença.  Algumas, porém, têm gerado polemica e reações.  Na linha abaixo é possível relembrar algumas dessas ações:

Apesar das ações implantadas, o isolamento não vem sendo cumprido por parte da população contrária ao afastamento social. O governo afirma que essa resistência e o crescimento dos casos pode levar a um colapso do sistema de saúde do Piauí.

Ameaça de Colapso

De acordo com informações da Secretaria de Saúde, a pandemia já levou à ocupação de mais de 50% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).Isso significa que mais  da metade das vagas em UTIs estão ocupadas no atendimento a pacientes com coronavírus.

A situação preocupa porque os números da doença aumentam a cada dia e a ameaça de um colapso do sistema de saúde é real. Com grande parte da população desrespeitando o isolamento social, a propagação do vírus continua.

Neste momento, 127 leitos de UTI estão ocupados no Piauí. Ainda existem 114 livres para atender a demanda  de todo o estado. O número de internações em leitos clínicos é de 239. Ainda existem disponíveis 589 leitos clínicos disponíveis. Dois pacientes ocupam dois leitos de estabilização. E 130 pessoas ocupam leitos com respirador (UTI + estabilização).

 

 

O governo afirma que algumas medidas para a ampliação dos leitos de UTIs no interior estão sendo tomadas. Em Parnaíba encontra-se em fase final a construção de um anexo do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), para atendimento aos pacientes com a Covid-19. O hospital passará a contar com 83 leitos, sendo 15 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Somente o Hospital Getúlio Vargas (HGV) já está com 85% dos seus leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), destinados exclusivamente aos para pacientes com Covid-19, ocupados. A situação exige a abertura de novos leitos e a compra de mais equipamentos, como os respiradores. 

Demora

O aumento na ocupação do número de leitos leva à espera pela conclusão da construção do hospital de campanha do Ginásio Verdão, que é de responsabilidade do Governo do Estado. A obra que tinha como previsão de entrega o dia 17 de abril, não foi concluída até agora. 

O hospital de campanha receberá 103 leitos, para atender pacientes de baixa complexidade, infectados pelo novo Coronavírus (COVID-19). São 94 leitos clínicos e 09 leitos de estabilização. 

O Ministério Público chegou a pedir a suspensão das parcelas de pagamento da obra.  A suspeita era de  favorecimento da empresa contratada e de  irregularidade na definição do valor do contrato e ilegalidade no pagamento antecipado de parcela. Porém, a juíza Carmelita Brito de Oliveira, da 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública da Comarca de Teresina, indeferiu o pedido do Ministério Público.

Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com

Respiradores
Outra dificuldade enfrentadas pelo estado é o acesso aos equipamentos como respiradores, fundamentais para salvar as vidas dos pacientes com covid-19, que possuem dificuldade de respirar. 

O Piauí comprou 80 respiradores mecânicos em janeiro de 2020. Porém, o estado teve que recorrer à Justiça para receber parte da compra. 

O ministério da Saúde teria confiscado 41 dos respiradores, que foram liberados após decisão do juiz Márcio Braga Magalhães, da 2ª Vara da Justiça Federal no Piauí. Os contratos somam R$ 4 milhões.

Outro impasse diz respeito ao funcionamento da UTI do Hospital da Polícia Militar. A Secretaria informa que espera a entrega de respiradores que foram encomendados da China e da Turquia. O Ministério Público cobra o funcionamento da UTI em meio ao crescimento dos casos. 

Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com 

Profissionais

Outro gargalo enfrentado no combate ao coronavírus é o número ainda insuficiente de profissionais de saúde. A crise levou a Secretaria Estadual de Saúde a anunciar a convocação de 300 profissionais entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, maqueiros e serviços gerais aprovados em concurso público. 

Lockdown parcial

Diante do crescimento dos números de casos de coronavírus, o Governo do Estado decretou lockdown parcial. A medida é uma forma de obrigar a parcela da população, que não faz parte dos serviços considerados essenciais a ficar em casa. 
No domingo (17), as medidas foram as mais restritivas dos dois últimos meses. Com o lockdown, o Piauí ficou em 4º lugar no ranking nacional com mais de 50% da população em isolamento social. 

Ficou  proibido o funcionamento de supermercados, padarias, mercadinhos, postos de combustíveis, exceto postos e pontos de alimentação às margens de rodovias. No caso do serviço de delivery, apenas o exclusivamente para alimentação foi liberado. 

.O Governo do Estado apoia a decisão do prefeito de Teresina, Firmino Filho, de instalar barreiras sanitárias nas pontes que ligam a capital ao Maranhão. A medida que restringe a circulação de pessoas, visa evitar a vinda de doentes do estado vizinho para o Piauí.

Foto:RobertaAline/Cidadeverde.com

Economia

A pandemia não fica restrita a saúde. Os efeitos na área da economia preocupam. Além do fortalecimento do sistema de saúde, as autoridades buscam adotar medidas para evitar o caos na economia. 

Algumas dessas medidas foram tomadas como a aprovação de projeto de lei para reduzir ICMS de álcool em gel e máscaras. No campo do corte de despesas, o governo anunciou cortes de gastos e redução de 25% nos contratos e a redução do próprio salário e dos dirigentes dos órgãos do estado.

Visando a recuperação da economia, a Assembleia Legislativa aprovou pedidos de empréstimos para enfrentamento da crise com medidas a serem tomadas durante e pós-pandemia. O total dos empréstimos ultrapassa o valor de R$ 2 bilhões. 
Os recursos devem ser usado para fomentar a economia com obras e investimentos. 

Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com


 
Cloroquina
O protocolo do uso da cloroquina aplicado no Hospital Tibério Nunes, no município de Floriano, ganhou repercussão nacional.  A ministra Damares Alves visitou o hospital, se reúniu com o prefeito Joel Rodrigues e com médicos responsáveis pelo protocolo, que divide opiniões entre os profissionais de saúde. 

O uso do remédio no tratamento dos pacientes com coronavírus é uma discussão mundial. No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro é o principal defensor do medicamento. Porém, alguns governadores e parte da comunidade científica pedem cautela.  

Diante da repercussão, o Governo do Estado esclarece que não interferirá em uma decisão que cabe aos médicos. O governo diz que corticoides e hidroxicloroquina são  utilizados na rede estadual de saúde desde que foram tratados os primeiros casos de Covid-19 no Piauí. Cabe aos médicos a decisão. 

 

Lídia Brito
[email protected] 

Picos: mais dois leitos de UTIs serão entregues para pacientes com Covid

Oito dos dez leitos de UTIs voltados para pacientes com Covid-19 estão em funcionamento no Hospital Regional Justino Luz, em Picos. Segundo o neurologista e diretor da unidade de saúde, Tércio Luz, mais dois devem ser entregues ainda esta semana

"Estamos com oito leitos em funcionamento com ventiladores e todos os aparelhos necessários. A previsão é que esta semana, a gente conclua os dez leitos oficiais que haviam sido prometidos. Dos oito leitos atuais, dois estão com pacientes", explica Tércio Luz. 

Além desses leitos existem outros dez leitos funcionam no hospital para pacientes com doenças não respiratórias. 

O hospital é referência para o enfrentamento ao coronavírus no interior do estado. A unidade atende mais de 600 mil habitantes das regiões do Vale do Guaribas, Sambito e Canindé.

Da Redação
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Entidades do tênis definem apoio financeiro e brasileiros devem receber ajuda

Foto: Washington Alves/COB

 

As principais entidades do tênis mundial definiram os critérios de ajuda financeira que deve ter impacto direto na rotina dos brasileiros. Até 19 atletas do País poderão receber o benefício, que vai variar de US$ 1 mil (cerca de R$ 5,7 mil) a US$ 8.650 (R$ 49,8 mil). Os contemplados devem ser notificados nos próximos dias, segundo apurou o Estadão.

Em documento obtido pela reportagem, a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) apresentou os critérios para definir quem se enquadra na ajuda que serve para compensar as perdas financeiras dos últimos meses. A maior parte dos tenistas depende das premiações das competições para manter a si mesmos e suas equipes.

Os circuitos masculino e feminino foram paralisados na metade de março, poucos dias antes do início do Masters 1000 de Indian Wells, nos Estados Unidos. Na semana passada, a ATP e a WTA anunciaram que a suspensão das competições será estendida até 31 de julho devido à pandemia do novo coronavírus. Sem contar com as premiações, os tenistas brasileiros já passam dificuldades, como mostrou o Estadão no domingo.

Diante da situação difícil dos atletas pelo mundo, a ATP, a Associação do Tênis Feminino (WTA), a Federação Internacional do Tênis (ITF) e os quatro torneios do Grand Slam anunciaram uma ajuda de US$ 6 milhões (R$ 35 milhões) aos tenistas. A cifra será dividida igualmente entre homens e mulheres, para 800 jogadores de simples e de duplas.

Pelos critérios definidos, serão beneficiados tenistas que têm ranking de simples entre a 101ª e a 500ª posição. E, entre 51º e 175º, nas duplas. Além disso, o atleta precisa se enquadrar em duas exigências quanto às premiações já recebidas. Para receber o benefício, eles só podem ter recebido até US$ 250 mil nos últimos 12 meses, contando de 16 de março para trás. E também não podem ter embolsado mais de US$ 1 milhão nos últimos quatro anos, contando da mesma data de forma retroativa.

Se o tenista se enquadrar nestes critérios, receberá nos próximos dias uma primeira parcela de US$ 4.325 (R$ 25 mil) se for jogador de simples. E US$ 2.165 se atuar como duplista. Os detalhes sobre a segunda parcela, confirmada pelo documento, ainda serão divulgados futuramente, mas devem seguir os mesmos valores e critérios.

Estes pagamentos fazem parte do programado criada pelas entidades, chamado "Player Relief Programme". Além dele, há ainda o ATP Travel Grant, que já existia antes da pandemia e serve para auxiliar nas viagens de jogadores de menor ranking. Este programa, que atende apenas os homens, tem critérios semelhantes, mas valores menores, de US$ 1.000 (R$ 5,7 mil) a US$ 2 mil (R$ 11,5 mil).

Os pagamentos serão depositados diretamente na conta bancária dos tenistas nos próximos dias. Pelos critérios apontados no documento, o Brasil poderia ter 13 tenistas do masculino contemplados pelo programa maior, como o jovem Thiago Wild (114º do mundo) e os veteranos Thomaz Bellucci (289º) e Rogério Dutra Silva (424º). E mais seis no feminino.

Atual número dois do Brasil, Beatriz Haddad Maia (286ª) tem chances remotas de ser contemplada porque está suspensa. A punição se encerra ainda nesta semana, o que poderia abrir oportunidade de ser incluída, a depender da interpretação dos dirigentes do programa.

Por Felipe Rosa Mendes
Estadão Conteúdo

Hospital da Ufpi é entregue e começa a receber pacientes vindos do Samu

Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com

O primeiro hospital de campanha em Teresina, instalado no Centro de Treinamento de Badminton, no setor de Esportes da Universidade Federal do Piauí (UFPI), foi entregue nesta terça-feira (19) e começou a receber os primeiros pacientes com suspeita de Covid-19 trazidos pelo Samu. 

Segundo Hormone Oliveira, diretor do hospital de campanha, os pacientes admitidos serão encaminhados através de Unidades de Prontoatendimento (Upas), Unidades Básicas de Saúde (UBS) e hospitais de periferia, além do Samu. 

"Essse hospitais irão entrar em contato com a central Covid dizendo que tem um paciente com suspeita de Covid e que precisa de internação e mandará o paciente. Na frente do hospital, temos uma triagem onde será feito o teste rápido, o teste tipo swab para confirmar a Covid. Caso o paciente tenha indicação de internação e seja Covid, a gente ingressa ele na nossa arena de atendimento de condução, começa o tratamento clínico e a partir da evolução do quadro clínico, a gente vai encaminhá-lo para outro hospital de acordo com a complexidade", explica o diretor do hospital de campanha que recebeu o nome de Padre Pedro Balzi. 

Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com

No total, 413 profissionais trabalharão no Hospital de Campanha Padre Pedro Balzi, entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas, farmacêuticos, nutricionistas, técnicos de enfermagem, técnicos em radiologia, pessoal administrativo, de serviços gerais e de apoio.

O hospital de campanha possui 86 leitos, sendo quatro de estabilização e os demais de internação. 

Graciane Sousa
[email protected]

Servidores dos Correios paralisam entregas após colega testar positivo para Covid

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Atualização às 11h43

Cerca de 40 funcionários do centro de distribuição domiciliar dos Correios, no bairro Pio XII, na Sul de Teresina, estão resistindo a retornar ao trabalho nesta terça-feira(19), após um dos colaboradores testar positivo para a Covid-19. Ele recebeu o resultado ontem, enquanto trabalhava normalmente. 

Os servidores reclamam que trabalharam ontem a tarde, mesmo depois de afastar o funcionário e a empresa não fez sanitização no local. Além de não cumprir as regras de distanciamento social, disponibilizar álcool em gel e luvas para os colaboradores. 

Eles afirmam ainda que as máscaras só chegaram semana passada. “Nosso medo é ter pego a doença e ainda passar para as pessoas nas ruas, porque nós trabalhamos em todo Centro e Zona Sul entregando as correspondências. Por isso, nós decidimos resistir hoje e não entrar para trabalhar”, afirmou um dos colaboradores, que não quis se identificar. 

No local, são 63 funcionários, mas cerca de 20 já estão afastados por serem do grupo de risco, ou estarem de férias.

A preocupação dos servidores é que no local, o banheiro, o bebedouro, são coletivos e os postos de trabalho são próximos um do outro. “Aqui não tem distanciamento de um metro ou dois, são colados e ontem ele trabalhou normalmente. O ambiente precisava ter passado por uma sanitização ou ter pelo menos nos afastado para fazer o teste, só que nos obrigaram a trabalhar a tarde e vir hoje normalmente”, destacou.

O presidente do Sindicato dos Correios, Edilson Net Rodrigues Santos, fez um protocolo virtual pedindo a realização imediata de testes para os funcionários, processo imediato de quarentena dos trabalhadores e higienização imediata do setor e fechar até realizar todos os procedimentos.  

“O próprio manual da empresa afirmou que quando existir qualquer relato e procedimento que tenha testado positivo, era para adotar esses procedimentos, no entanto, o gestor local não liberou o pessoal ontem a tarde e nem hoje pela manhã e somente hoje a tarde disse que ia ser feita a higienização, mas deveria ter afastado o pessoal, feito revezamento de funcionários porque lá está havendo aglomeração e não foi feito. No CDD do Itararé, foi feito isso para manterem o distanciamento, mas lá não”, afirma Edilson Santos, que nesta manhã foi até a sede da empresa para fazer um protocolo presencial de reclamação. 

Nota dos Correios:

Desde o mês de março, os Correios vêm adotando sucessivas medidas de proteção à saúde de seus empregados, clientes e fornecedores, em função da pandemia da COVID-19. Além de intensificar as orientações ao efetivo quanto aos cuidados básicos de higiene e procedimentos de higienização e limpeza dos ambientes e equipamentos, todos os empregados têm acesso a álcool em gel e máscaras laváveis. Foram instalados, ainda, painéis de acrílico em mais de 5 mil guichês de atendimento e também será providenciada a vacinação contra gripe para todos os empregados. Dessa forma, a estatal tem garantido a prestação dos serviços postais, considerados essenciais pelo Decreto nº 10.282/2020 da Presidência da República.

Os Correios estão acompanhando a situação de saúde dos seus empregados, prestando o apoio necessário e, também, atuando para garantir o bom funcionamento das atividades operacionais. As orientações da empresa relacionadas ao afastamento de empregados em casos suspeitos de COVID-19 permanecem válidas. Ocorrendo a suspeita de contaminação entre os empregados, a empresa providencia ações de sanitização em todo o ambiente da unidade, e o afastamento imediato da pessoa que possa estar infectada.

 

Caroline Oliveira
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