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Técnica em enfermagem recebe alta após vencer a Covid: "voltando à vida"

Quem cuida de quem cuida? Hoje (19) o Afeto Coletivo destaca a gratidão da técnica em enfermagem Elaine Aragão , 38 anos, à equipe de profissionais da saúde que cuidou dela durante os 14 dias em que esteve internada no Hospital Getúlio Vargas (HGV). 

Elaine é técnica em enfermagem na rede estadual e municipal de saúde e está na linha de frente de combate à Covid- 19. Ela contraiu o coronavírus, sofreu com falta de ar e chegou a ser internada em Unidade de Terapia Intensiva. Na tarde dessa segunda-feira (18) Elaine recebeu alta do HGV com uma emocionante homenagem da equipe que cuidou dela.

Ao som da música Girassol,  os profissionais de saúde mostraram cartazes com fotos da Elaine e frases como "Deus é maior" e "Fé, esperança, amor".  No vídeo gravado durante a alta, Elaine se emociona e chora com a equipe. 

"Me senti muito emocionada, muito grata com a equipe, em  especial a equipe que me atendeu ontem. São pessoas muito queridas que sempre cuidaram de mim muito bem. Fiquei muito feliz, muito feliz mesmo. A fisioterapeuta e o médico que  estavam lá foram os mesmos que me atenderam desde o começo. Foi um fechamento de um ciclo. Eu iniciei com eles e terminei com eles e eles foram maravilhosos. Só tenho que  agradecer, principalmente os fisioterapeutas. Os fisioterapeutas foram maravilhosos. Eles sim são heróis de muitas coisas ali porque eles que nos ajudam a voltar a respirar. Eles estão lá todo dia,toda hora e não deixam a gente esmorecer. Os psicólogos também são muito bons", agradece Elaine. 

Em meio à angústia do isolamento e os dias de incerteza se venceria a doença, a técnica em enfermagem diz que  ser curada da Covid-19 representa um renascimento. 

"Fiquei muito emocionada. Pareci que estava renascendo, como a bíblia diz, para parecia que eu estava saindo da cova dos leões e voltando à vida", ressalta Elaine.   

Elaine Aragão é técnica em enfermagem há 8 anos  e tem muito amor à profissão. Ela conta que sua maior alegria é ver um paciente sendo curado. 

"Foi a melhor escolha que já fiz porque eu amo cuidar das pessoas, amor estar presente mesmo que seja no momento de dor porque quando estou fazendo a minha parte, aliviando aquela dor", disse Elaine. 

 

Izabella Pimentel
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Após 72 dias, Cristiano Ronaldo retorna aos treinamentos na Juventus

Reprodução/Instagram

Cristiano Ronaldo se apresentou no centro de treinamento da Juventus para exames médicos, nesta terça-feira, após uma ausência de 72 dias. Eleito cinco vezes o melhor jogador do mundo, o português respeitou um período de isolamento de duas semanas em sua casa em Turim depois de passar o período de confinamento em seu país natal.

O atacante não estava ao lado de seus companheiros de equipe desde que ajudou os líderes do Campeonato Italiano a vencerem a Inter de Milão por 2 a 0 em 8 de março, após o qual ele voou para a Ilha da Madeira, em Portugal.

O Italiano foi suspenso um dia depois, quando foi ordenado um bloqueio nacional. A liga espera retomar as atividades em 13 de junho, se puder conseguir um acordo com o governo, que proibiu eventos esportivos até 14 de junho.

Fora do centro de treinamento em Turim, jornalistas e fotógrafos, além de alguns torcedores estavam presentes quando Ronaldo chegou sozinho dirigindo um carro preto. Ele é o primeiro de

vários jogadores da Juventus que deixaram a Itália durante o bloqueio a retornar ao time.

Como todos os jogadores do Campeonato Italiano, Cristiano Ronaldo teve de ser submetido ao teste do coronavírus e passar por outros exames físicos.

Três jogadores da Juventus - Daniele Rugani, Blaise Matuidi e Paulo Dybala - testaram positivo para a covid-19 durante o bloqueio. Todos os três se recuperaram.

Ronaldo estava em sua melhor forma antes do bloqueio, marcando 21 gols em 22 partidas. Em seu penúltimo jogo antes da suspensão, o português alcançou a marca de mil jogos oficiais e marcou em 11 duelos consecutivos, igualando o recorde estabelecido por Gabriel Batistuta em 1994 e Fabio Quagliarella na última temporada.

Em seu segundo ano na Juventus, Ronaldo está a caminho de ganhar o segundo título nacional. Após 26 rodadas, a Juventus lidera com 63 pontos, contra 62 da Lazio.

Na Liga dos Campeões, o time de Turim precisa se recuperar da derrota, por 1 a 0, sofrida para o Lyon no primeiro duelo das oitavas de final. Nas semifinais da Copa da Itália, a Juventus empatou com o Milan por 1 a 1 no jogo de ida, com um gol de pênalti de Cristiano Ronaldo.

Fonte: Estadão Conteúdo

Trump ameaça cortar financiamento dos EUA à OMS permanentemente

Foto: Isac Nóbrega/PR

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou cortar permanentemente a verba enviada à Organização Mundial da Saúde (OMS) e disse que os EUA podem "reconsiderar" sua condição de membro da entidade. Ele publicou em sua conta no Twitter uma carta ao diretor-geral da organização, Tedros Adhanom, na qual afirma que investigação do governo americano confirmou a "alarmante falta de independência entre OMS e China".

Na mensagem, Trump afirma que se a OMS "não se comprometer com melhoras substanciais nos próximos 30 dias, eu tornarei o congelamento do financiamento dos Estados Unidos à OMC permanente e reconsiderarei nossa filiação à organização".

Trump anunciou no dia 14 de abril que estava orientando o governo americano a interromper o financiamento do país para a OMS. "Interromperemos o financiamento enquanto uma revisão é conduzida", disse ele na ocasião, acusando a entidade de ser "sinocentrista".

Fonte: Estadão Conteúdo

Antônio Denarium, governador de Roraima, informa que contraiu coronavírus

Foto: SECOM/RR

 

O governador de Roraima, Antônio Denarium (PSL), informou nesta segunda-feira, 19, que testou positivo para o novo coronavírus. A informação foi divulgada em uma transmissão ao vivo na página oficial do governo de Roraima no Facebook.

"Hoje amanheci sintomático, com um pouquinho de febre e tosse, com sintomas leves, e testei positivo para o coronavírus. Estou passando bem e vou continuar trabalhando de casa, atendendo a todas as demandas do governo do Estado de Roraima", afirmou Denarium. "Eu e a minha família vamos cumprir agora a quarentena, conforme prevê as orientações do Ministério da Saúde".

De acordo com o boletim divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde, Roraima tem 1.876 casos confirmados e 60 mortes causadas pelo coronavírus. Denarium é o terceiro governador do País a revelar que contraiu o novo coronavírus. Os outros são Wilson Witzel (PSC), do Rio de Janeiro, e Helder Barbalho (MDB), do Pará.

O roraimense é um apoiador devotado do presidente Jair Bolsonaro No início de abril, Denarium defendeu o afrouxamento do isolamento social para a retomada da economia, com a restrição para cidadãos maiores de 60 anos e com doenças preexistentes. "Parar tudo e gerar o caos, ou retomada do trabalho? Eu defendo a retomada do trabalho, com saúde da população", disse na ocasião.

Fonte: Estadão Conteúdo

Preocupa o esporte ter ido para o fim da fila, afirma Bernardinho

Foto: Marlon Falcão/Inovafoto/CBV

Conhecido pelo temperamento agitado à beira da quadra de vôlei, o técnico Bernardinho, 60, tem se ocupado de outras formas durante o período de distanciamento social.

Uma delas é pensando no futuro do esporte. Tanto sobre a sua prática em si quanto a respeito do lugar que a indústria esportiva ocupará na vida de uma sociedade pós-pandemia.

"Preocupa o fato de ele [esporte] ter ido um pouco para o final da fila de novo. Não ser visto como uma atividade relevante", afirma o treinador à reportagem. "É óbvio que neste momento a saúde e a sobrevivência das pessoas são o fundamental, mas, quando você pensa no futuro, o esporte tem uma função importante sob esse ponto de vista também."

Neste ano, o técnico do time feminino do Sesc-RJ viu a Superliga de vôlei ser encerrada sem campeão há dois meses, por causa da Covid-19.

Na entrevista, ele fala também sobre a prática de meditação e seus planos para o futuro. "Quero continuar a ser técnico para sempre."

*

Pergunta - É possível manter a busca pelo aperfeiçoamento do trabalho na quarentena?
Bernardinho - As horas em que eu estaria na quadra tenho dedicado a outras coisas. Muita leitura, conversa, reflexão, busca por conteúdo. Não apenas a respeito de voleibol, especificamente, mas sobre liderança, trabalho em equipe. Respeitando totalmente a quarentena, praticamente não saí de casa, e tenho cuidado de três níveis: físico, da forma possível; espiritual, comecei a meditar e estou tentando me manter em equilíbrio; e mental, que é produzindo e pensando no futuro. Também dou aulas online de empreendedorismo na PUC e tenho participado de muitos eventos relacionados a empresas e jovens que estão entrando no mercado de trabalho.

Como tem sido esse processo da meditação?
B - Fiz um trabalho com um profissional chamado André Elkind, que é um amigo hoje e trabalha com isso. Praticamos juntos e agora tenho praticado sozinho. Pelo menos uma vez por dia, quando eu consigo duas, e me sinto bem. Sei de experiências de pessoas incríveis no mundo, como o [bilionário investidor americano] Ray Dalio, que atribui seu sucesso à meditação. Traz lucidez, clareza e acredito muito nisso.

Lidar com a incerteza de não saber quando será possível a volta do esporte no país o angustia de alguma forma?
B - Tenho me ocupado mais do que me preocupado neste momento. Claro que não ter certeza sobre quando volta ou não volta e de que maneira volta é uma dúvida pertinente. Até porque esporte é aglomeração de pessoas, encontro de gente. Você pode ter uma disputa controlada e sem público, mas não é a mesma coisa. Que tipo de soluções vamos ter para a prática do esporte no futuro?

Confesso que me questiono muito, tenho buscado paralelos em outras atividades para ver qual seria o melhor caminho para o esporte, mas me preocupa o fato de ele ter ido um pouco para o final da fila de novo. Não ser visto como uma atividade relevante. Primeiro na formação dos nossos jovens, como transmissão de valores, e depois como indústria importante do entretenimento. A gente precisa de alguma forma fazer com que as pessoas entendam essa importância. É óbvio que neste momento a saúde e a sobrevivência das pessoas são o fundamental, mas quando você pensa no futuro, o esporte tem uma função importante sob esse ponto de vista também, que a gente não pode de forma alguma subavaliar.

Na sua avaliação, por que o esporte está ficando para o fim da fila mesmo após uma Olimpíada em casa e os investimentos que foram feitos?
B - A festa olímpica foi muito bonita, o evento em si, mas não tivemos o legado, o progresso na prática esportiva e a melhora das condições do ambiente esportivo. Consequência de uma série de motivos, provavelmente falta de panejamento, entes políticos que usaram da forma errada e programaram da forma errada o que deveria ser uma Olimpíada, o que ela deveria trazer não apenas para o momento em si, mas para o pós. E neste momento, especificamente, tenho receio pelo pouco apoio que já existia para uma gama grande de esportes. As leis de incentivo que dependem do resultado de empresas vão esvaziar, os orçamentos vão diminuir, e portanto vai para o fim da fila.

Quais devem ser as prioridades para fortalecer a estrutura do esporte olímpico brasileiro?
B - O esporte olímpico tem um custo maior porque temos em tese poucos praticantes, ou praticantes sem a estrutura necessária. Isso faz com que o gasto para dar as condições para que esse atleta chegue ao topo seja muito elevado. Mas para desembocar no alto rendimento um número maior de praticantes, isso passa pela iniciação, que no nosso caso se não é inexistente é quase. A prática é pouco disseminada, a motivação e o envolvimento dos profissionais da área estão muito aquém do que seria necessário.

O impacto negativo é mais visível agora, mas é possível pensar em maneiras de melhorar a estrutura do voleibol brasileiro neste momento de pausa?
B - Existe o voleibol do Brasil, das seleções, onde a estrutura é muito boa, há um apoio grande de patrocinadores e que continua excepcional em resultados. A questão toda é interna. O voleibol no Brasil sofre com a inconstância no apoio de patrocinadores, [precisa] de uma organização melhor, de uma profissionalização da nossa Superliga. Temos que estar permanentemente questionando e tentando mudar. Isso passa pela capacitação de dirigentes, pela renovação do quadro, das pessoas que pensam e que tenham uma visão mais moderna do voleibol e das mídias envolvidas nele hoje. Pensar numa repactuação em relação aos próprios parceiros do voleibol. Precisamos disso, e esse momento de pausa é importante para reflexão.

Seu contrato de comentarista do Grupo Globo na Olimpíada de Tóquio está mantido após o adiamento do evento para 2021?
B - Eu não iria para comentar voleibol, mas para debater o esporte como um todo em alguns programas e mesas. Isso me instigou muito e é algo que eu ainda quero fazer. Em tese devemos estar em 2021, não está certo ainda. Se não acontecer, irei como espectador, torcedor do meu filho [o levantador Bruninho] e dos atletas da seleção brasileira. Estar lá e poder pela primeira vez como espectador ver a Olimpíada. Tinha até a ideia de quem sabe voltar ao cenário internacional, tive algumas sondagens, mas esses planos estão adiados por um ano também.

Ainda quer ser técnico por muitos anos?
B - Quero continuar a ser técnico para sempre. Enquanto minha condição física e mental me permitir, não é algo que eu queira deixar. Encontre aquilo que você ame fazer e morra fazendo aquilo, foi a conclusão a que cheguei nos últimos anos. Mais que apenas o esporte, eu amo estar cercado de pessoas que queiram aprender. É muito mais que apenas vencer e perder, mas ajudar a desenvolver gente.

Pensa que pode contribuir para isso em outros papéis, além do de técnico de vôlei?
B - Estou sempre aberto a contribuir com projetos de diversas áreas, mas não tenho pretensão nenhuma maior de querer ser presidente daquilo, ministro daquilo. Temos que ter humildade de entender quais são nossas capacidades e principalmente fraquezas e incapacidades. Sou treinador, formado em economia, com alguma capacidade de contribuição, mas não tenho pretensão de imaginar que eu seria o mais indicado para algum um cargo de direção onde quer que seja.

RAIO-X
Bernardo Rezende, 60
Bernardinho deixou a seleção brasileira em 2017, após conquistar sete medalhas olímpicas: uma como jogador (1984) e seis no comando das equipes feminina (1996 e 2000) e masculina (2004, 2008, 2012 e 2016). Técnico do time feminino do Sesc-RJ, também atua em projetos ligados a educação e empreendedorismo. É formado em economia pela PUC-Rio, onde leciona.

DANIEL E. DE CASTRO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) 

Covid: começa a valer multa de R$ 195 em barreiras sanitárias entre Teresina e Timon

Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com

Começam a valer as medidas mais rigorosas nas barreiras sanitárias montadas nas pontes que ligam Teresina-PI a Timon-MA. No início da manhã desta terça-feira (19), a fiscalização era intensa. Pelo decreto, o veículo que for flagrado tentando entrar no Piauí, sem a devida comprovação de um serviço essencial, será  multado em R$ 195,23 por passageiro e o veículo ou qualquer meio de transporte apreendido, inclusive, os barcos. Essa é mais uma das medidas para tentar diminuir a disseminação do novo coronavírus na Capital.

"Desde ontem (18) foi publicado o decreto que modifica o comportamento que será adotado nas barreiras  que terá mais rigor para que as pessoas que venham da vizinha cidade possam ter acesso a Teresina. Nós orientamos que busquem o site onde está sendo feito o cadastro, receber o QR Code para poder passar na barreira, os profissionais que têm que se deslocar diariamente para Teresina têm que ter a comprovação do exercício dessa atividade", alerta o tenente-coronel John Feitosa, comandante da Guarda Civil Municipal de Teresina (GCM)

O site citado pelo comandante é o http://barreiracovid19.fms.pmt.pi.gov.br deve ser acessado por pessoas que se enquadrem no decreto e que necessitem de acesso frequente ao município de Teresina. 

Pelo novo decreto, todas as pessoas que pretendam ingressar no município de Teresina, a partir de agora, deverão apresentar, perante as autoridades de fiscalização presentes nas barreiras sanitárias, documentos de identificação pessoal, documento de habilitação do condutor e comprovante de endereço residencial, assim como documentos referentes ao veículo, como Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo.

O tenente-coronel alerta que pacientes que necessitem de atendimento de saúde em Teresina devem vir devidamente regulados e casos de emergência serão analisados e adotadas as medidas de saúde necessárias. 

Podem transitar de Timon a Teresina com a devida comprovação, além de veículos de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de fiscalização e operação de trânsito que, quando em serviço, terão acesso livre (acesse o decreto completo com a documentação necessária para cada caso).

I- deslocamentos entre os domicílios e os locais de trabalho de servidores/empregados públicos;

II - deslocamento entre os domicílios e os locais de trabalho de trabalhadores da iniciativa privada em setores essenciais em funcionamento;

III - deslocamento entre os domicílios e os locais de trabalho de prestadores de serviço em setores essenciais em funcionamento;

IV - deslocamento para assistência de pessoas com deficiência, crianças e idosos;

V - deslocamentos para participação em atos judiciais, quando convocados pelas autoridades competentes;

VI - deslocamentos necessários ao exercício da atividade de imprensa;

VII - transporte de cargas e mercadorias;

VIII - deslocamentos devidamente regulados pela Central de Regulação do Sistema Único de Saúde;

IX - deslocamentos para pessoas já residentes em Teresina;

X - deslocamentos por motivo de força maior ou necessidade impreterível, desde que devidamente justificados;

XI - deslocamentos nos casos de urgência/emergência, de ambulâncias – por motivos de saúde, próprios e de terceiros para assistência em hospitais, clínicas, postos de saúde e outros estabelecimentos do mesmo gênero.

 

Graciane Sousa
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Governo Bolsonaro entregou 6% dos respiradores prometidos durante pandemia de Covid-19

Foto: Roberto Casimiro /Fotoarena/Folhapress

O Ministério da Saúde conseguiu entregar até esta segunda-feira (18) somente 823 respiradores para apoiar redes de saúde no tratamento de casos graves de coronavírus.

O total representa menos de um terço dos 2.600 equipamentos prometidos para este mês e 6% dos 14.100 respiradores anunciados em abril pelo governo Jair Bolsonaro.

Segundo o secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde, Élcio Franco, o cronograma de entrega de equipamentos tem sido impactado por causa de problemas logísticos.

"Estamos fazendo na medida em que os fornecedores nos entregam o que encomendamos, e às vezes estamos nos deparando com óbices", disse ele, em entrevista no Palácio do Planalto.

O que foi repassado anteriormente, disse ele, é um planejamento. "Ocorrem atrasos, problemas no desembaraço." A pasta tem atuado, segundo ele, para agilizar as entregas.

Em abril, o Ministério da Saúde anunciou a compra de 14.100 respiradores, com entregas a partir de maio para se estender por 90 dias.

Dos 823 respiradores entregues, 266 chegaram aos estados e municípios entre sábado (16) e esta segunda. De acordo com o ministério, 16 estados foram contemplados com equipamentos.

O Rio de Janeiro é o estado que mais recebeu respiradores, 150 no total, seguido de Amazonas (90) e Pará (80). São Paulo, que concentra o maior número de casos do país, recebeu 20 respiradores.

Na semana passada, o Ministério da Saúde informou que o governo ampliou o número de empresas nacionais com as quais negocia para aumentar o fornecimento de respiradores.

A busca por fornecedores brasileiros ocorreu após o governo ter tido dificuldades em trazer o equipamento do exterior. De acordo com a pasta, o governo tem aportado recursos para que empresas que fabricam respiradores possam ampliar sua capacidade de entrega e atender a demanda pelo item.

PAULO SALDAÑA E RICARDO DELLA COLETTA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) 

 

Piauí chega a 85 mortes por Covid, e casos atingem 50% dos municípios do estado

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

O Piauí continua a registrar aumento de casos e óbitos pelo novo coronavírus, que alcançou metade dos municípios do estado, nesta segunda-feira (18). São 2.440 testes positivos e 85 mortes, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). 

Nas últimas 24 horas, foram confirmados 5 óbitos - um deles na capital e os demais no interior - além de 153 novos casos espalhados em todo o estado.

A vítima de Teresina era um homem de 67 anos com problemas cardíacos. Faleceram ainda outros três pacientes do sexo masculino de: Matias Olímpio (74 anos, cardiopata), Uruçuí (53 anos, diabético) e Pavussu (75 anos, septicemia). 

Água Branca igualou Parnaíba em número de óbitos com a quinta morte por Covid-19 - uma mulher de 65 anos que era diabética. O município tem 35 casos de infecção pelo novo coronavírus - 20,1 casos para cada grupo de 10 mil habitantes, segunda a maior incidência do estado (perde para Cocal de Telha, com 42,94). 
 
Casos confirmados
Agora são 113 municípios com casos confirmados do novo coronavírus, 50,4% do total do estado. Entraram na lista: Avelino Lopes, Dirceu Arcoverde, Dom Inocêncio, Nazaré do Piauí, Nova Santa Rita, Olho D'água do Piauí, Pavussu e Passagem Franca.

O primeiro caso de Juazeiro do Piauí foi confirmado pela Prefeitura, mas ainda não entrou no boletim da Sesapi. Trata-se de um homem de aproximadamente 50 anos, que se encontra em isolamento domiciliar na localidade Ipueira do Brasão, zona Rural do município. 

Em todo o Piauí, o acumulado é de 2.440 testes positivos desde março, quando começou o registro de casos no estado. Dos novos testes, o mais novo tem 2 meses de vida, e o mais velho, 88 anos. 

Teresina chegou a 1.327 casos confirmados. Depois da capital, os municípios com mais registros de infecção pelo novo coronavírus são Parnaíba (123) e Picos (112), os únicos que ultrapassaram a marca de 100 casos. 

 

Situação hospitalar
Em 24 horas, apenas um paciente recebeu alta hospitalar - 297 no total acumulado. 

A ocupação dos leitos teve crescimento, em especial nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), que passaram de 121 para 127 pacientes internados (52,70% do total). 

O total de internações chegou a 369 - dez a mais que no dia anterior. 

 

Fábio Lima
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Brasil registra 674 mortes por covid-19 em 24 horas; é 3º no mundo em número de casos

 

O Brasil registrou 674 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas e já contabiliza, ao todo, 16 792 vítimas fatais da covid-19, segundo atualização feita pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira, 18.

O número de casos confirmados da doença no País saltou de 241 080 para 254.220 entre ontem e hoje, foram 13.140 novos registros em 24 horas.

Com os novos registros, o Brasil ultrapassou o Reino Unido em número total de casos confirmados da covid-19 e se tornou o 3º país no mundo com mais casos acumulados da doença, segundo levantamento da universidade Johns Hopkins. Até 19h30 desta segunda, o Reino Unido somava 247.706 casos confirmados de covid-19. No final de semana, o Brasil já tinha ultrapassado a Itália e Espanha nesse ranking.

De acordo com o levantamento, o Brasil também é o 6º na lista de países com mais mortes acumuladas por covid-19, e fica atrás apenas de Estados Unidos (89.874), Reino Unido (34.876), Itália (32.007), Espanha (28.111) e França (27.709).

Arte: Ministério da Saúde

Ministro interino se pronuncia na OMS

Ainda nesta segunda-feira, 18, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou em pronunciamento online na Assembleia Mundial da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS), que o governo federal tem realizado ajuste de protocolos do Ministério da Saúde "baseado em evidências", sem citar a intenção da pasta de ampliar o uso da cloroquina, que ajuda as regiões Norte e Nordeste do país e defendeu o diálogo entre os três níveis do governo. O ministro interino manifestou a disposição do Brasil em apoiar e participar das iniciativas e cooperações internacionais para diagnóstico, medicamentos, vacina e tratamento da pandemia.

Em inglês, Pazuello afirmou que "o governo federal acessa diariamente a situação dos riscos e apoia cidades e Estados com os recursos necessários para reduzir os efeitos da pandemia". No relatório sobre como o Brasil vem combatendo a pandemia, ele citou "duas estruturas: o comitê de crise, coordenado pela Presidência, e o comitê de emergência operacional, coordenado pelo Ministério da Saúde". Segundo ele, as "missões" de cada estrutura são, respectivamente, "monitorar e coordenar medidas interministeriais" e "definir estratégias e ações relacionadas com essa emergência de saúde pública".

Segundo o ministro interino, o governo federal conduz avaliações diárias das situações de risco em cada localidade, "reforçando estados e municípios com os recursos necessários, financeiros, materiais e pessoal". Além disso, explicou, "o Ministério da Saúde vem ajustando seus protocolos com base em evidências e nas experiências exitosas nacionais e internacionais dos lugares mais afetados", disse.

Foto:Marcelo Fonseca/Estadão Conteúdo

 

Após a saída de Nelson Teich, o Ministério da Saúde passou a elaborar um novo protocolo para uso da cloroquina também em pacientes com quadro leve de coronavírus, mesmo sem evidências científicas que apontem eficácia. Atualmente, o protocolo adotado pela pasta prevê o uso do medicamento apenas em pacientes graves.

Pazuello defendeu o diálogo entre os três níveis de governo, porém a declaração é contrária ao posicionamento do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que faz fortes críticas a governadores e prefeitos, sobretudo àqueles que mantêm o isolamento social rígido nas cidades e comércios fechados.

Na reunião, os países tiveram cerca de dois minutos cada para expor suas estratégias de combate ao coronavírus. O Brasil tornou-se a quarta nação com mais casos no fim de semana ao ultrapassar Itália e Espanha, duas nações duramente atingidas pela pandemia.

Fonte: Estadão Conteúdo

Empresa de Robótica iniciará fabricação de 300 respiradores no Piauí

Fotos: Gelson Catatau

A partir de segunda-feira (25), a empresa Robótica Tron, startup piauiense com sede em Parnaíba, iniciará a fabricação de 300 respiradores mecânicos para ajudar no tratamento de pacientes com Covid-19 no estado.

A informação foi confirmada nesta segunda-feira (18) pelo professor e pesquisador Gildário Lima, proprietário da Robótica Tron e coordenador do projeto.   

A empresa já apresentou os primeiros protocolos a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e continua os testes em parceria com Universidade Federal do Delta do Parnaíba, a Fapepi (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí) e Universidade Federal do Piauí (Ufpi). 

O protótipo - batizado de AIR-TRON - segundo a empresa está sendo construído de acordo com as normas da Associação Médica Brasileira (AMB).

O ventilador mecânico pulmonar é de baixo custo e a venda no mercado será em torno de R$ 6 mil a R$ 7 mil. Hoje, o mercado estrangeiro vende de R$ 50 mil a 160 mil um respirador.

A empresa de robótica informou que serão produzidos, inicialmente,  300 respiradores que vão ajudar hospitais públicos do estado.

Gildário Lima garantiu que faz tratativas com a Anvisa para que o equipamento seja liberado o mais rápido possível. 

"O respirador não precisa de testagem em humanos, vamos atender todos os protocolos da Anvisa, e enviaremos os documentos e laudos dos equipamentos o mais rápido possível". disse Gildário.

A Ufpi durante toda essa semana estará fazendo testes de robustez e da parte elétrica do respirador. "Estamos aferindo todas as peças para definir uma carta de manutenção para saber o tempo de duração do equipamento e o período de troca das peças", disse o professor Fábio Rocha, do Curso de Engenharia Elétrica da Ufpi. Os testes deverão ser concluídos até sexta-feira.

Gildário informou que Associação dos Fisioterapeutas e uma junta de médicos de larga experiência avaliaram o protótipo e deram laudo positivo. 

Segundo Gildário, 40 pesquisadores estão trabalhando no protótipo que conta com apoio também da Fiepi, dos Sesc do Piauí e de Minas Gerais e do governo do estado do Piauí.

De acordo com o pesquisador, o diferencial do respirador fabricado no Piauí é que todos os componentes são encontrados no País. No final de semana chegaram novos componentes para a fabricação do equipamentos. O governo do estado enviou um avião para buscar os componentes e insumos dos ventiladores mecânicos. 

"Como nossa pesquisa está sendo bem feita, paralelo as avaliações da Anvisa, já vamos começar a produzir na segunda-feira, pois quando a Anvisa autorizar já teremos equipamentos prontos", disse. 

Máscaras aprovadas pela Anvisa

A Tron, recentemente conquistou mais uma vitória. É uma das primeiras empresas a ter o aval da Anvisa para a produção de uma máscara com estética criada pelos piauienses. 

"A nossa preocupação não é vender respiradores, mas ter parceiros para ajudar e avançar no desenvolvimento dos equipamentos".

O equipamento oferece possibilidades também de atendimento por telemedicina (um profissional pode operar a máquina de outros lugar), faz todos os modos de operação (pressão controlada/ volume assistido e controlada/ pressão assistida e controlada e pressão de suporte).

O respirador piauiense, segundo o governador Wellington Dias (PT) pode ser uma alternativa não só para o Piauí como para todos os estados brasileiros. 

"Não podemos ser uma ilha, o Piauí precisa buscar soluções também para o País. Estamos muito otimista com os resultados", disse o governador. 

 

Flash Yala Sena
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