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Terceira etapa da amostragem sobre a Covid-19 no Piauí inicia na quarta (20)

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

O Governo do Piauí, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), e o Instituto Piauiense de Opinião Pública (Amostragem) darão início à 3ª etapa da pesquisa com testes rápidos para descobrir a taxa de infecção real da Covid-19 no Piauí. Os trabalhos começam na próxima quarta-feira (20) e vão até sábado (23), em 15 municípios. A meta é alcançar 4,8 mil entrevistados, que também devem se submeter ao exame que permite atestar a infecção pelo novo coronavírus.

A segunda rodada da pesquisa entrevistou e testou 4.772 pessoas, residentes em 14 municípios do Piauí, entre 6 e 9 de maio. Vinte e cinco domicílios tiveram resultado positivo para a doença, revelando uma taxa de infecção de 0,5239%, bem maior do que a apresentada na primeira pesquisa.

Os dados auxiliam na redução da subnotificação da doença, orientam os gestores na elaboração de estratégias de combate e direcionamento das ações.

As cidades escolhidas para a pesquisa são Parnaíba, Piripiri, Campo Maior, Teresina, Oeiras, Floriano, Picos, Valença, São Raimundo Nonato, Corrente, Uruçuí, Coivaras, Pimenteiras, Fronteiras e São Gonçalo do Gurguéia. Serão montadas 64 equipes, cada uma formada por um pesquisador e um enfermeiro. Eles visitarão residências escolhidas por meio de sorteio, para aplicar um questionário e realizar o teste rápido para Covid-19.

“O profissional de Saúde vai com todos os equipamentos de proteção, como máscara, face shield (protetor facial), luva e roupa especial, conforme orienta a Organização Mundial de Saúde (OMS). Com uma perfuração no dedo, o exame dá o resultado em 15 minutos. Caso o morador teste positivo, oferecemos o teste aos outros moradores”, explica Batista Teles, diretor do Instituto Amostragem.

O instituto ressalta que as equipes de pesquisa estarão devidamente identificadas com crachá e carro caracterizado. As visitas ocorrem entre 7h30 e 18h30. Os pesquisadores pedem aos entrevistados informações sobre doenças pré-existentes, sintomas eventualmente apresentados, contatos com pessoas ou familiares que viajaram e comportamento quanto ao isolamento social. A orientação é para que o pesquisador evite adentrar a residência e mantenha a distância mínima de um metro do entrevistado. “Pedimos à população que receba nossas equipes. A recusa atrapalha o processo, implica em novo sorteio e nos impede de ter um retrato real e medidas eficientes de combate à Covid no Piauí”, reforça Teles.

No dia 30 de abril, o instituto apresentou os primeiros resultados colhidos na primeira pesquisa, realizada com mais de quatro mil pessoas, em 14 municípios do Piauí. Das pessoas entrevistadas, cinco testaram positivo para Covid-19, isso significa uma taxa de infeção de 0,1156%. De acordo a pesquisa, a estimativa era de que 3.783 estivessem infectados com a Covid-19.

Da redação
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Maternidade registra sexta alta de mulher grávida com Covid-19

Foto: MDER

A Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) registrou, no início da tarde do sábado (16), a sexta alta de paciente com Covid-19. O primeiro caso foi registrado há menos de um mês: a paciente de 23 anos, proveniente do Bairro São Joaquim, zona Norte de Teresina, deu entrada na unidade, no último dia 7. Com 36 semanas de gestação, deu a luz a um bebê do sexo masculino e ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva para pacientes com Covid-19, recebendo alta no dia 12, quando seguiu para a Ala E, também isolada para pacientes com a doença. O bebê testou negativo, mas continua internado para tratamento clínico. Até o momento, nenhum bebê contraiu o vírus da mãe.

Todos os setores da unidade foram orientados e treinados para trabalhar no combate à pandemia. Foi instalado, na parte externa da Casa, um estande com consultório e recepção para receber gestantes e orientá-las, testá-las e classificá-las quanto ao risco, além encaminhá-las para o local indicado. Uma ambulância é disponibilizada para transferência pacientes em casos necessários.

A MDER tem disponíveis dez leitos de UTI e 16 leitos de internação clínica. Além da Ala E, que está disponibilizada para receber gestantes e puérperas com casos confirmados da doença. A MDER vem tomando medidas importantes para proteger pacientes e colaboradores. Não está sendo permitida a presença de acompanhantes nos Centros Cirúrgicos (CC), Obstétrico (COS) e Sala de Recuperação pós-anestésica. As visitas à pacientes estão suspensas.

A diretoria da Casa também orientou a ficar em casa em isolamento social os servidores que têm mais de 65 anos e aqueles acima de 60 que possuem comorbidades ou sintomas da Covid-19. Os setores administrativos estão trabalhando em escalas alternadas para evitar aglomerações. O uso de aparelho celular também está proibido em alas de tratamento da Covid-19.

Da redação
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PM afasta 15 policiais militares após infecções por Covid-19

Fotos: Roberta Aline/Cidadeverde.com

A Polícia Militar do Estado do Piauí já afastou 15 policiais após testagem positiva para o novo coronavírus. O dado é da assessoria da corporação que informou que um dos PMs infectados já está curado e voltou às atividas. Com a pandemia de Covid-19, os agentes de segurança também são considerados trabalhadores da linha de frente por a segurança ser um serviço essencial.

“Todos os casos estão sendo acompanhados pela Diretoria de Saúde da PMPI, através do Hospital (HPM)”, informou a coronel Elza Rodrigues, diretora de comunicação da Polícia Militar.

No Piauí, a PM conta com cerca de 6 mil policiais. A corporação chegou a publicar edital de concurso destinado a preencher 100 vagas temporárias para o Serviço Auxiliar Voluntário na área administrativa mas suspendeu o processo após a pandemia de Covid-19.

Nota a Imprensa

A Polícia Militar do Estado do Piauí trabalha seguindo todos os protocolos da Organização Mundial de Saúde desde o   início da Pandemia do Covid-19 e presta as seguintes informações:

1 - Que foram afastados  15 (quinze) policiais militares,  por testarem positivo para covid 19, na Capital  e Interior do Estado;

2 - Que 01(um) Policial Militar está recuperado e  exercendo suas atividades;

3. Que todos os casos estão sendo acompanhados pela Diretoria de Saúde da PMPI, através do Hospital (HPM). 

Teresina, 15 de maio de 2020.

ELZA Rodrigues Ferreira Ten Cel PM Diretora de Comunicação Social

Valmir Macêdo
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Preço que governo paga pela matéria-prima da cloroquina explode

Foto: Roberta Aline

O governo pagou pelo quilo da cloroquina em pó, insumo do medicamento pivô da queda do ministro da Saúde, Nelson Teich, quase seis vezes o preço pago menos de um ano antes.

Uma mesma empresa sediada em Campanha, no interior de Minas Gerais, vendeu o produto para o Comando do Exército e para o Ministério da Saúde, no intervalo de um ano. A cloroquina foi importada, nos dois casos, de um mesmo fabricante da Índia, o Laboratório IPCA.

O Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército comprou em maio 500 quilos do sal difosfato, a matéria-prima da cloroquina. A encomenda saiu por R$ 652 mil.

O preço do quilo (R$ 1.304) é quase seis vezes aquele pago pelo Ministério da Saúde em contrato assinado em maio de 2019, quando o governo federal desembolsou R$ 219,98 por quilo. O Exército comprou sem licitação, e a compra faz parte das ações de enfrentamento à pandemia.

A diferença de preço se deve sobretudo ao aumento de custo decorrente da pandemia.

Segundo a empresa Sulminas Suplementos e Nutrição Ltda, além do aumento da demanda mundial por um produto até então pouco procurado, o aumento do preço dos fretes internacionais e a variação da cotação do dólar também pesaram no custo –a moeda norte-americana se valorizou mais de 40% no ano.

A empresa, principal fornecedora do insumo no Brasil, já entregou ao Exército 100 quilos dos 500 quilos encomendados neste mês.

Na sexta-feira (15), o Exército respondeu que seu Laboratório Químico e Farmacêutico já havia fabricado 1,25 milhão de comprimidos de difosfato de cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada no combate da Covid-19 e com efeitos colaterais que o ex-ministro Nelson Teich havia destacado na antevéspera do pedido de demissão.

O comando do Exército informou ainda a previsão de produzir mais 1,75 milhão de comprimidos com o recebimento de mais matéria-prima, previsto para os próximos dias.

Os medicamentos fabricados pelo laboratório foram distribuídos aos hospitais das Forças Armadas e seriam suficientes para o tratamento de cerca de 5.000 pacientes, informou. O laboratório do Exército repassou parte da produção a centrais de abastecimento de medicamentos do Sistema Único de Saúde em todos os Estados.

Os laboratórios do Exército e da Marinha receberam parte das verbas do crédito extraordinário de R$ 231 milhões destinado ao Ministério da Defesa na ação de enfrentamento à pandemia. A Marinha informou que participa apenas no processo de embalagem da cloroquina.

A fabricação do medicamento pelas Forças Armadas, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ainda não tem uma previsão total de gastos definida, segundo o Exército: "depende da evolução da pandemia no Brasil e das demandas decorrentes", declarou a assessoria.

 

Fonte: Folhapress

Quase 65% das UTIs Covid em Teresina estão ocupadas

Foto: Arquivo CV

De acordo com o Censo Hospitalar da Fundação Municipal de Saúde (FMS), divulgado neste sábado (16), a taxa de ocupação de leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em Teresina, destinadas a tratamento de pacientes diagnosticados com Covid-19, atingiu 64,46%.

Ao todo, de 166 UTIs disponíveis para casos positivados da doença, 107 delas já estão ocupadas com pacientes infectados. Esse número é referente a leitos de unidades de saúde estaduais, municipais, filantrópicos e privados sediados na capital.

O índice preocupa autoridades em saúde e reforça a importância do isolamento. “No Hospital de Urgência de Teresina, por exemplo, os 18 leitos disponíveis para receber pessoas com Covid-19 estão ocupados. É um momento delicado desta pandemia, tendo em vista que o número de casos e mortes só aumentam na cidade”, alerta o diretor geral do HUT, Rodrigo Martins.

O levantamento da FMS revela ainda que 44,82% das enfermarias Covid e 50,49% dos leitos de observação destas unidades de saúde estão ocupados.

No sábado (16), Teresina registrou mais quatro mortes pelo novo Coronavírus. “Não é hora de a população relaxar, mas sim de redobrar os cuidados de higiene e de ficar em casa para evitarmos o avanço do contágio pelo vírus”, destaca Rodrigo Martins.

 

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Covas suspende rodízio radical e pede antecipação de feriados para "parar" cidade

Reprodução Instagram @brunocovas

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou o fim do megarrodízio de veículos na capital paulista a partir desta segunda-feira (18) e um projeto para antecipar os feriados de Corpus Christi e do Dia da Consciência Negra.

"A cidade está chegando ao seu limite de opções", afirmou o prefeito.

Ele afirmou ainda que a cidade está perto de um colapso no atendimento. "Precisamos decidir se queremos testar nossos limites ou sermos prudentes e nos mantermos firmes em isolamento social pelo tempo necessário, para o sistema de saúde não entrar no colapso", disse o prefeito. "Estamos mais próximos disso do que gostaríamos."

Covas afirmou ainda que a capital não pode decretar lockdown isoladamente.

 

Fonte: Folhapress

Teresina bate novo recorde de casos e de mortes por Covid-19

Foto: Estadão Conteúdo

Teresina bateu novo recorde no número de novos casos confirmados e de mortes por Covid-19. Nas últimas 24 horas, a capital registrou 99 novos casos e quatro vítimas fatais da doença. Foram quatro nas últimas 24 horas, elevando a quantidade de vítimas fatais para 33. A informação foi divulgada pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) e pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) em boletim epidemiológico na noite deste sábado (16). Agora, são 1.245 casos registrados da doença na capital e 33 óbitos.

Entre as vítimas, duas estavam internadas num hospital particular: um homem de 65 anos, com histórico de hipertensão arterial sistêmica; e uma mulher, de 95 anos, com hipertensão arterial sistêmica.

As duas outras vítimas eram do sexo masculino. Uma estava internada no HUT, tinha 63 anos, não possuía comorbidade e morava na zona Sul; e a outra estava internada no Hospital da Polícia Militar, tinha 74 anos possuía cardiopatia, hipertensão, fazia tratamento para leucemia e também residia na zona Sul.

O aumento no número de casos se reflete também no aumento da taxa de ocupação de leitos em Teresina. De acordo com dados do censo hospitalar da FMS, das 166 UTIs reservadas para o tratamento de pacientes com Covid-19 na capital, 107 estavam ocupadas neste sábado (16), um percentual de 64,46%. A taxa de ocupação de leitos clínicos era de 44,82% e dos leitos de observação era de 50,49%.

 

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Secretários de Fazenda pedem a Bolsonaro sanção imediata do socorro aos Estados

Foto: Ascom Comsefaz/arquivo

Os secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal enviaram uma carta ao presidente Jair Bolsonaro em que pedem a imediata sanção do projeto de socorro emergencial aos Estados e municípios para o enfrentamento dos efeitos decorrentes da pandemia do novo coronavírus. Os secretários alegam que o projeto está à disposição do presidente para sanção há uma semana e expressam preocupação com a demora.

A carta foi divulgada pelo Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz). "Já nos encontramos há mais de dois meses da decretação da pandemia em curso no mundo pela Organização Mundial de Saúde, e ainda continuamos a conviver com as expectativas para que os Estados possam diretamente atender as aflições da população frente ao avanço exponencial das curvas de contaminação e mortes do País", diz o documento, assinado pelos 27 secretários de todas as Unidades da Federação.

"É urgente a liberação dos valores do auxílio aprovado nos termos encaminhados pelo Poder Legislativo, ainda que sejam recursos insuficientes para o tamanho das intervenções públicas necessárias nessa crise, considerando, especialmente, o impacto econômico e a consequente queda de arrecadação que compromete a manutenção das atividades essenciais dos Estados e Municípios".

Veja carta na íntegra

Os secretários pedem ainda pela manutenção do dispositivo do projeto que impede a União de executar as garantias e contragarantias das dívidas dos contratos de operações de crédito interno e externo, celebradas com o sistema financeiro e instituições multilaterais de crédito. "Trata-se de um dos aspectos mais substanciais da confecção do programa", enfatizam.

O Projeto de Lei Complementar nº 39, de 2020, que cria o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19) foi aprovado no Senado no dia 6 de maio e liberado para sanção no dia seguinte. O programa de socorro previsto no PL destina R$ 60 bilhões aos Estados e municípios para compensação de perdas de receita e ações de prevenção e combate ao novo coronavírus.

O presidente Jair Bolsonaro disse algumas vezes que irá vetar o trecho que livra algumas categorias de servidores de congelamento salarial previsto no projeto. A proibição de reajustes para os servidores nos próximos 18 meses é a contrapartida exigida pelo governo federal para a transferência dos R$ 60 bilhões aos entes.

No entanto, como mostrou o Broadcast/Estadão, a blindagem a essas categorias, dentre elas as de segurança, foi posta no texto por deputados e senadores com o aval de Bolsonaro. Com a mudança, a previsão de economia com o PL caiu de R$ 130 bilhões para R$ 43 bilhões. Só depois do descontentamento do ministro da Economia, Paulo Guedes, com a mudança, Bolsonaro passou a dizer que vetaria o dispositivo que poupou as carreiras do congelamento.

Na segunda-feira, dia 11, Bolsonaro disse que decidiria até a quarta-feira a respeito do veto e atenderia 100% o ministro Guedes. Porém, na quarta mudou o discurso. Conforme o Broadcast/Estadão apurou, Bolsonaro estava segurando a sanção da ajuda as Estados para permitir reajuste a policiais do Distrito Federal antes.

O projeto que abre caminho para o aumento foi aprovado esta semana pelo Congresso. O adiamento da sanção também se deve a outra mudança de planos do presidente. Bolsonaro agora pretende discutir com governadores e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o veto ao trecho do congelamento dos reajustes. Bolsonaro disse que "talvez" o encontro virtual com os governadores ocorra na semana que vem.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Mourão testa negativo para covid-19, mas adotará isolamento até a contraprova

Foto: Folhapress

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e sua esposa, Paula Mourão, testaram negativo para o novo coronavírus, mas vão permanecer em isolamento na residência oficial do Palácio do Jaburu até o resultado dos exames de contraprova. A informação é da assessoria de Comunicação Social da Vice-Presidência.

"O vice-presidente da República e sua esposa permanecem em isolamento na residência oficial do Jaburu, só devendo o vice-presidente Hamilton Mourão retornar ao expediente normal na quarta-feira, caso os exames de contraprova assim o autorizem", diz a nota.

Mourão e sua esposa foram submetidos aos exames neste sábado, 16, logo depois de tomarem conhecimento de que um servidor que esteve próximo ao vice-presidente na quarta-feira, dia 13, teve confirmado teste positivo para a covid-19.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Sindhospi recorrerá da decisão que nega pedido de suspensão de testes em trabalhadores

Foto: Ascom Sindhospi

O Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Análises Clínicas e Pesquisas do Estado do Piauí (Sindhospi) vai recorrer da decisão do juiz da 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública, Aderson Antônio Brito Nogueira, que indeferiu o Mandado de Segurança que solicitava a suspensão de decretos municipais e pedia o retorno das atividades de clínicas e laboratórios de Teresina.

De acordo com o Sindhospi, o pedido era que fossem retiradas as “restrições desproporcionais” dos decretos no retorno das atividades, já autorizadas pela Prefeitura que são as de urgência, emergência e atendimentos eletivos inadiáveis, dentro dos protocolos de segurança já estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Conselho Regional de Medicina no Piauí (CRM-PI) e Ministério da Saúde. 

Para o sindicato, o Decreto que condiciona o retorno das atividades à realização de testes de diagnóstico para Covid-19, em trabalhadores da empresa transfere um “um dever do poder público à já combalida classe empresarial”. 

“Tendo em vista que a Municipalidade criou uma obrigação ao setor de saúde, que é de difícil ou impossível cumprimento, tanto o é que o Município já destacou reiteradas vezes nos meios de comunicação que não conseguiu testar da forma necessária a população. Então, se o próprio ente federativo não vem tendo condições de proceder com esta testagem, por certo o empresário que já está há quase dois meses de suas atividades suspensas não o terá”, destaca a nota.

A entidade afirma que buscará a reforma da decisão, solicitando que seja retirada a obrigação dos testes nos trabalhadores, mas com o compromisso de aprimorar os protocolos de segurança. Mas, caso persista, o sindicato afirma que se “afastarão as chances de sobrevivência do setor de saúde privado no estado, que por consequência irá conduzir à perda de vidas e ao colapso do sistema de saúde. 

Confira nota na íntegra:

O Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Análises Clínicas e Pesquisas do Estado do Piauí – SINDHOSPI, vem perante à sociedade, em atenção as matérias jornalísticas veiculadas nos diversos portais da capital, destacando que a justiça não autorizou o retorno do atendimento regular de clínicas e laboratórios, esclarecer o que segue:

Inicialmente cumpre destacar que a ação do Sindicato não tem por objeto o retorno do atendimento regular de clínicas e laboratórios, mas, sim, que o retorno das atividades autorizadas pela Prefeitura de Teresina, quais sejam, urgência, emergência e atendimentos eletivos inadiáveis, sejam realizados observando todos os protocolos de segurança destacados pela OMS, CRM-PI, Ministério da Saúde e demais autoridades sanitárias, porém, sem as restrições desproporcionais editadas pela Municipalidade.

Haja vista que o Decreto 19.735 condiciona o retorno das atividades dos estabelecimentos de saúde eletivos, desde que precedido da realização de testes de diagnóstico para SARSCoV-2 (Covid-19) em todos os trabalhadores da empresa. Em suma, o Poder Público Municipal transfere um dever que é seu (art. 196 da CF – acesso à saúde), para a já combalida classe empresarial.

E mais, em patente desalinho com o recomendado pelo Conselho Regional de Medicina, órgão responsável pela fiscalização da atividade médica em nosso Estado, o qual sabidamente recomendou que os atendimentos eletivos em situações que seja imperativo o atendimento presencial (Ofício 797/2020), após teletriagem, fossem devidamente liberados, sob pena de sério agravo à saúde da população, que hoje padece sem atendimento médico especializado, ante as restrições criadas pelos Decretos Municipais ora questionados, os quais em nosso sentir, deveriam ser amplamente discutidos antes de suas publicações.

Deste modo, o que o Sindicato busca nessa ação é tão somente o direito de seus filiados retornarem suas atividades com todos os critérios e protocolos de segurança constantes no Decreto Municipal 19.741, se afastando apenas as obrigações e restrições em patente desproporcionalidade.

Nesta quadra, impetramos um mandado de segurança junto à Vara da Fazenda Pública do Estado do Piauí, a qual ao receber o Mandado optou por indeferir nosso pleito liminar, o que entendemos ser equivocado, com a devida vênia, vez que como dito acima, o objeto da ação visa assegurar o efetivo retorno das atividades eletivas já autorizadas nos termos do Decreto, mas desde que em observância ao princípio da legalidade, da razoabilidade, proporcionalidade, e finalidade dos atos administrativos.

Tendo em vista que a Municipalidade criou uma obrigação ao setor de saúde, que é de difícil ou impossível cumprimento, tanto o é que o Município já destacou reiteradas vezes nos meios de comunicação que não conseguiu testar da forma necessária a população.

Então, se o próprio ente federativo não vem tendo condições de proceder com esta testagem, por certo o empresário que já está há quase dois meses de suas atividades suspensas não o terá.

Em outra quadra, os Decretos Municipais nº 19.735 e 19.741, estão em desconformidade ao disposto no art. 6º, caput, da Portaria 356 do Ministério da Saúde, corroborado pelo  disposto no § 2º do art. 4 da PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 5, DE 17 DE MARÇO DE 2020, que disciplina a compulsoriedade das medidas dispostas na alínea a) e b) do Inc. III do art. 3º da Lei 13.979, acrescido da usurpação de competência da União em legislar sobre direito do trabalho (art. 22, Inc. I da CF), e da falta de embasamento técnico, fundamentação, motivação científica idônea (§1º do art. 3 da Lei 13.979), proporcionalidade e razoabilidade.

De sorte que buscaremos a reforma da decisão da vara da fazenda pública de Teresina. Haja vista que que o Piauí sempre foi reconhecido como referência no meio médico, o qual é tido como serviço de excelência, exatamente pelo compromisso dos empresários do setor em se aprimorar, em criar protocolos de segurança, em investir em tecnologia, e, na formação de suas equipes, circunstância que foi acentuada neste período de pandemia, tudo com o arrimo de se possibilitar a segurança de nossos colaboradores, como também de nossos pacientes, como ficou provado nos autos do processo, face os inúmeros protocolos de segurança juntados pelas empresas, dando conta do cuidado destas na realização dos atendimentos.

Porém, em persistindo as determinações da municipalidade, estas afastarão as chances de sobrevivência do setor de saúde privado no estado (Polo de Saúde de Teresina, que é de interesse e abrangência Regional/Nacional), o que inequivocamente irá conduzir à perda de inúmeras vidas, vez que sem o atendimento eletivo, o qual impede o agravamento das chagas da população, esta irá buscar atendimento nas urgências e emergências, as quais estão voltadas para tratamento da covid-19, causando por conseguinte o colapso do serviço de saúde, desabastecendo toda a sociedade piauiense, posto que sem a saúde privada, o Estado do Piauí não terá condições de enfrentamento desta crise, sem olvidar nos inúmeros postos de trabalho que se perderão neste processo.

Nestes termos, sabedores do compromisso do Judiciário Piauiense com o resguardo da legalidade, proporcionalidade e finalidade dos atos administrativos, aguardamos com esperança uma rápida solução ao litígio.

Na oportunidade, apresentamos votos de elevada estima e distinta consideração. 

Teresina, 16 de maio de 2020. 

À DIRETORIA.

 

Caroline Oliveira
Com informações do Sindhospi
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