Cidadeverde.com

Desorientação no ministério dificulta combate à covid-19, dizem especialistas

Foto: Folhapress


A desorientação política que tomou conta do Palácio do Planalto e levou à troca de dois ministros da Saúde em menos de um mês pode ter um impacto avassalador na resposta governamental à epidemia de covid-19 - o maior desafio de saúde pública já enfrentado pelo Brasil. Especialistas dizem que a crise revela o despreparo do atual governo para lidar com a pandemia e pode provocar um total colapso sanitário no País. Eles temem que o novo titular da pasta ponha fim ao isolamento social, como quer Jair Bolsonaro, levando a um vertiginoso aumento do número de casos e mortes.

"Essa política está matando pessoas", diz o epidemiologista Roberto Medronho, coordenador da força-tarefa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) contra a covid-19. "A mudança (de ministro) é absolutamente inoportuna, inconsequente e inconcebível: jamais poderia acontecer neste momento, não leva em consideração as consequências letais, e não tem nenhuma razão lógica", diz o especialista.

Como não há vacina nem tratamento específico para a covid-19, as únicas medidas reconhecidamente eficazes contra o novo coronavírus são o isolamento social e a lavagem frequente das mãos. As iniciativas são recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e adotadas em todos os países do mundo no enfrentamento da doença - mesmo no Reino Unido e nos Estados Unidos, onde houve uma resistência inicial dos respectivos governantes.

Ainda não há evidências científicas sólidas da eficácia da cloroquina no tratamento da covid; o outro grande ponto de disputa de Bolsonaro. O presidente quer que o ministério recomende o uso da droga no início da infecção, uma medida que não tem o respaldo da OMS e não foi aceita por Henrique Mandetta e Nelson Teich.

Para os especialistas ouvidos pelo Estadão a ambiguidade do discurso governamental foi o maior empecilho para que houvesse uma adesão mais consistente da população brasileira às medidas de isolamento e muito menos apoio para um eventual lockdown nas cidades mais afetadas.

"A consequência direta é o abandono do isolamento social, a única estratégia eficaz no combate à pandemia", afirma Sidney Klajner, presidente do Hospital Albert Einstein.

"Com as trocas no ministério e a ambiguidade do discurso fica muito difícil engajar a população. Isso compromete não só o combate à pandemia, mas também às outras doenças, como cardiovasculares e oncológicas, por exemplo " A mesma questão foi levantada no Estadão anteontem por Jamal Suleiman, infectologista do Hospital Emílio Ribas. "Quando tem esse tipo de dicotomia, acontece de a pessoa ouvir aquilo que for mais confortável."

Para Mario Scheffer, vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, não houve uma coordenação nacional nem com o ministro anterior da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Ele afirma que essa falta de estratégia está na raiz das dificuldades no enfrentamento à pandemia.

"Muitos dos problemas dos Estados e municípios na falta de insumos, respiradores e equipamentos de proteção, baixa expansão dos leitos de UTI, dificuldade de contratação de médicos e profissionais têm a ver com a ausência de diretrizes, de ações nacionais e liberação insuficiente de recursos pelo Ministério da Saúde", diz o professor da Universidade de São Paulo (USP).

Sem coordenação

Enfermeira especializada em gestão de saúde e integrante da força-tarefa da UFRJ, Crystina Barros concorda com o colega. "Os municípios estão agindo como podem, mas sem suporte, sem uma rede coordenada como deveria ser", sustenta. "O ministério deveria ser o grande articulador, mas, na medida em que isso não é possível, perdemos uma oportunidade de gestão eficiente de recursos, leitos, profissionais e medicamentos que poderia salvar vidas."

Especialistas temem que a posição contrária à ciência adotada por Bolsonaro tenha um impacto negativo na escolha do novo ministro.

"Com suas qualidades e defeitos, os dois ministros (Mandetta e Teich) estavam ouvindo a ciência, estavam tentando adotar políticas que fazem sentido do ponto de vista científico", avalia o epidemiologista Pedro Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas. "Mas eles não conseguem se manter no cargo por pressão do governo, representado pelo presidente, para que não se ouça a ciência. O que estamos vivendo é um embate constante entre a ciência e a negação da ciência e acho pouco provável que o governo consiga um ministro da Saúde respeitado por seus pares que se submeta a negar a ciência."

A escolha de um ministro da Saúde que não siga as orientações da OMS e da comunidade científica internacional pode ser desastrosa para o País. "A saída de Teich anuncia o pior", aponta Mario Scheffer. "Se o próximo ministro se agarrar ao fim da quarentena e ao uso generalizado de cloroquina, sabidamente ineficaz, teremos uma tragédia sanitária. Serão milhares de mortes que seriam evitáveis, em proporções muito maiores do que a pandemia já impõe." 


Fonte: Estadão Conteúdo 

Justiça não autoriza atendimento regular de clínicas e laboratórios em Teresina

Foto: CLAUDIO FURLAN/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO

O juiz da 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública, Aderson Antônio Brito Nogueira, indeferiu o Mandado de Segurança que solicitava a suspensão dos decretos municipais nº 19.735/20 e nº 19.741/20 e o retorno normal e sem restrições das atividades de clínicas e laboratórios de Teresina.

O Mandado de Segurança foi impetrado pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Estado do Piauí (Sindhospi). A decisão tem como objetivo de impedir aglomerações e evitar a propagação do novo coronavírus, 

Com a decisão, os estabelecimentos de saúde devem prestar serviços apenas para casos graves e urgentes, evitando-se os atendimentos eletivos.

“Em meu entendimento, o poder público ante as altas taxas de transmissão, contágio e morte ocasionadas pela pandemia de coronavírus deve mesmo adotar medidas para evitar a propagação da doença, de modo a resguardar o direito à vida, à saúde e a integridade física de sua população, ainda que tais providências restrinjam atividades empresariais”, diz o juiz Aderson Nogueira na decisão.

Dessa forma, com o indeferimento do Mandado de Segurança, os decretos municipais nº 19.735/20 e nº 19.741/20 continuam a vigorar, permitindo a atividade dos estabelecimentos de saúde com restrições:

  • os atendimentos eletivos podem funcionar de segunda-feira a quinta-feira, no horário das 14h às 18h; cada especialidade médica funcionará dois dias por semana de modo presencial, não havendo qualquer restrição para a prática da telemedicina;
  • é proibido qualquer tipo de prestação de serviço para não residentes do Estado do Piauí, excetuando-se os pacientes regulados pela Central de Regulação do Sistema Único de Saúde; observar o limite diário de, no máximo, 30 % do quadro de pessoal;
  • restringir a 50% de ocupação da capacidade física do estabelecimento, excetuando-se as clínicas de hemodiálise e ambulatórios de oncologia, considerando a observância da distância mínima de dois metros entre as pessoas.

"Penso que a adoção de medidas pelo Município de Teresina para conter o avanço da pandemia é bastante prudente e razoável. Parece-me muito adequada a limitação dos atendimentos privados de saúde a casos considerados de urgência e emergência, nos termos dos decretos municipais", ressalta o juiz Aderson Nogueira da decisão.

 


Com informações da Amapi 
[email protected] 

PM interrompe live de cantor com aglomeração e grávida em casa de show

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Nota de repudio !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Uma publicação compartilhada por Strondalifemusic (@kaiostronda) em

 

O cantor Kaio Stronda teve a live solidária interrompida na noite de sexta-feira (15) após ser surpreendido por uma equipe da Polícia Militar, que identificou aglomeração de pessoas na casa de show, onde ocorria a gravação. A banda buscava arrecadar dinheiro e cestas básicas para ajudar famílias durante a pandemia da Covid-19. 

Em nota, a Polícia Militar afirmou que na noite de sexta foram feitas diversas rondas ostensivas e preventivas em combate a aglomeração de pessoas e pertubação do sossego alheio em toda área metropolitana de Teresina. 

A Polícia Militar constatou que durante a gravação da live, no bairro Morada Nova, zona Sul de Teresina, foi confirmada uma infração de medida sanitária com mais de 15 pessoas, além dos músicos na plateia, incluindo a presença de mulheres grávidas no local. A recomendação é evitar aglomeração de pessoas para combater a transmissão no novo coronavírus. 

Kaio Stronda usou as redes sociais para criticar as autoridades piauienses e afirmou que esses precisam concluir as obras de hospitais para ajudar as pessoas com Covid-19. A live parou com uma hora de show. Nesse tempo, Kaio disse que conseguiu arrecadar quase 30 cestas básicas e mais de R$ 600. 

"Vieram parar a nossa live solidária, onde estávamos ajudando várias pessoas, milhares de pessoas, tivemos que parar porque estava com 'zuada' (...) Estávamos fazendo uma live, não tinha nada de som alto, não era som de festa, era som ambiente em uma casa de show onde tem sistema de acústica. Fomos barrados de fazer a nossa live enquanto eles estão lá na casa deles pouco se 'lixando' [sic] para gente, onde os governantes não tão nem aí para quem tá morrendo pela Covid-19 e nós aqui tentando ajudar quem tá passando necessidade [sic]; eles lá na casa deles 'de boa' mandando a polícia parar quem tá fazendo live [sic], aglomeração, tudo bem aglomeração parar, mas uma live solidária? que isso governador, autoridades do Piauí?". 

O tenente-coronel Carlos Teixeira, que acompanhou a operação, relatou que a equipe recebeu denúncias sobre a live. Foi feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência. 

"O som estava muito alto e os vizinhos já incomodados com a situação, o local era aberto e não tinha acústica apropriada. Chegando ao local observamos que tinha muitas pessoas que não eram da banda. Eram esposas, namoradas e familiares, o que configurou em uma plateia ao vivo, uma aglomeração. Observamos o consumo de bebida alcoolica por pessoas que assistiam a live ao vivo. Não tem problemas fazer uma live, mas precisa obedecer as recomendações de evitar aglomeração e de não atrapalhar o sossego alheio. Tinha inclusive grávida com a barriga já acentuada".

 

Carlienne Carpaso
[email protected] 

Secretaria de Saúde esclarece sobre ações no período da pandemia em União

Foto: Prefeitura de União/Instagram

Durante reunião dos membros do Conselho Municipal de Saúde de União, na última quinta-feira (14), o secretário municipal de saúde, Narcizo Chagas, apresentou uma Carta de Esclarecimentos para relatar as inúmeras dificuldades vivenciadas no decorrer da pandemia do Coronavírus, tais como: a falta de recursos humanos em decorrência do afastamento de servidores, aumento dos preços dos equipamentos de proteção individual (EPI’s), falta de fornecimento de insumos, e ainda o processo burocrático ampliado, porém necessário. 

“Em reunião anterior, os membros de Conselho de Saúde aprovaram o Plano Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus e o Plano de Aplicação de recursos recebido pelo Ministério da Saúde, que também foi encaminhado à Câmara Municipal de Vereadores em forma de Projeto de Lei. Pois o nosso intuito é reforçar o compromisso de assegurar ampla divulgação e transparência no processo de aquisição dos itens necessários ao combate da pandemia, bem como qualquer outra ação que venha a ser realizada pela equipe da saúde no município”, afirma Narcizo Chagas.  

Sobre a suspensão provisória do funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos dias 13 e 14 de maio, a carta menciona que foi em decorrência da falta de EPI’s suficientes para a proteção das equipes e dos pacientes, tendo em vista que a gestão municipal teve novamente que se adequar às mudanças ao novo dispositivo legal que regula a compra de materiais em situação de calamidade pública, o que atrasou a compra de novos materiais em tempo hábil. 

Porém, outros serviços continuaram funcionando normalmente, como a realização de testes e acompanhamento de casos detectáveis de Coronavírus, os atendimentos no Hospital Municipal de União (HMU), Centro de Parto Humanizado, Centro de Especialidades Odontológicas, Transporte de Pacientes, CAPS (Urgências psiquiátricas e medicação), entre outros serviços, que possibilitaram o suporte necessário em saúde aos moradores de União. 

  • Matéria sobre compra de testes rápidos

Em notícia publicada por portal em União, a carta esclarece que a empresa Qualiprot enviou à Secretaria Municipal de Saúde uma nota de esclarecimento relatando que não houve má-fé e nem tentativa de dolo em relação ao erário público, esclarecendo o caso. 

  • Novos serviços atualizados

Na oportunidade, também foi relatado o aumento da quantidade de serviços de saúde disponíveis à população, os quais começaram a funcionar ainda este ano, sendo eles: Centro de Parto Humanizado, Programa Melhor em Casa, Projeto Posso Ajudar - acolhimento dos agentes comunitários de saúde nas UBS, dentre outras ações. 

  • Correção em relação a informações

Em relação à matéria anteriormente divulgada sobre a reunião, a equipe da saúde e da Assessoria de Comunicação vem a publico corrigir as informações divulgadas, além de aproveitar a oportunidade para emitir pedido de desculpas ao Conselho Municipal de Saúde, fazendo a devida correção em relação aos assuntos tratados.

Em nota, o Conselho Municipal de Saúde de União contesta as informações da Secretaria. 

Veja a nota: 

Prezada comunidade Unionense, membros do Conselho Municipal de Saúde, servidores da saúde e demais componentes da sociedade.

O Conselho Municipal de Saúde de União - Piauí, vem manifestar o seu repúdio em decorrência das declarações da Secretaria Municipal de Saúde, na pessoa do secretário municipal de saúde, Narcizo de Sousa Chagas, sobre a nota postada no portal cidadeverde.com no dia 15/05/2020, relatando que no dia 14/05/2020, aconteceu uma reunião para a prestação de contas da utilização dos recursos do combate ao corona vírus (COVID-19) no município de União.

Ocorre que tais declarações não condizem com a verdade, mostrando uma profunda falta de respeito para com este conselho e seus membros. A pauta da referida reunião foi a seguinte:

1ª - Explicação por parte da SMS sobre aquisição de peças e serviços para a manutenção dos veículos da SMS, nos meses de janeiro e fevereiro de 2020, no valor total de R$ 81.342,91;

2ª - Explicação do setor de licitação sobre a licitação e a aquisição de 18 aparelhos de ar condicionados de 9.000 e 12.000 btus, no mês de fevereiro de 2020, sendo 16 unidades de 9.000 e 2 unidades de 12.000 btus, ambos no valor unitário de R$ 2.483,00, cada.

3ª - A presença do proprietário de um veículo que presta serviços à comunidade Bandeira, zona rural de União, para devidos esclarecimentos sobre o serviço prestado e valores recebidos pelo mesmo;

4ª – Carta de esclarecimentos da SMS sobre fechamento das UBS em plena pandemia COVID-19, nos dias 13 e 14 de maio de 2020, por falta de EPI´s para funcionários e pacientes, entre outros.

OBS: Não ficando esclarecido o motivo pelo qual a SMS, adquiriu 16 aparelhos de ar condicionados de 9.000 btus, pelo preço de R$ 2.483,00, bem acima dos valores praticados no mercado, sendo que a mesma poderia ter adquirido todos os 18 aparelhos com a potência de 12.000 btus, já que os preços dos aparelhos eram os mesmos na licitação. Sendo assim, foram feitas ressalvas nas prestações de contas do mês de fevereiro de 2020 e encaminhadas para o TCE.

Estamos atentos a atitudes desta natureza e não aceitaremos, em nenhuma hipótese, tais práticas.

Dessa forma, fica nosso repúdio para tais atitudes.

União - Piauí, 16/05/2020

Cláudio Costa Santos

Presidente do Conselho Municipal de Saúde de União - Piauí

 

Da Redação
[email protected] 

Alô Saúde passa a funcionar aos sábados e contabiliza mais de 12 mil atendimentos

Foto: Ascom/FMS

A Prefeitura ampliou o Alô Saúde Teresina. O serviço já realizou 12.700 atendimentos desde a sua criação em 20 de abril, e disponibiliza, a partir de agora, uma rede de 50 médicos para atender, por telefone, pessoas com problemas básicos de saúde. O objetivo de expandir esse modelo de assistência é diminuir a circulação de pessoas em hospitais durante a pandemia do Coronavírus.

Para ter acesso ao serviço, basta ligar para o telefone 0800 291 0084. Pessoas com sintomas leves da Covid-19 ou com outros problemas básicos de saúde podem ligar de segunda a sábado, das 8h às 20h. As pessoas que necessitam de atendimento psicológico podem entrar em contato de segunda a sexta-feira, também das 8h às 20h.

“O Alô Saúde Teresina é uma experiência exitosa da FMS, na qual utilizamos a tecnologia para beneficiar a população. As pessoas não precisam sair de casa e podem ter contato com médicos que estão isolados por fazerem parte do grupo de risco para a Covid-19. Os psicólogos também estão atuando nessa linha”, explica o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Manoel de Moura Neto.

Quem aprovou o atendimento do 0800 foi a dona de casa Maria Divina Pereira. Ela conta que o seu companheiro Valdir Alves sentiu dor em decorrência de complicações da cirrose. “Fiquei agoniada, mas o médico foi muito bom. Ele explicou tudo direito e indicou que fôssemos ao posto de saúde do Memorare, onde recebemos medicações”, relata.

Ao ligar para o 0800, a população é atendida por uma Unidade de Resposta Automática. Em seguida, um operador repassa orientações sobre a Covid-19 e coleta dados do paciente, preenchendo um prontuário de atendimento. Se houver necessidade, a ligação é transferida para médico ou psicólogo.

 

Da Redação
[email protected] 

Osmar Júnior diz que decreto mais rígido é para evitar o lockdown no Piauí

Foto: Roberta Aline

O secretário estadual de Governo, Osmar Júnior (PCdoB), afirmou que as medidas mais rígidas impostas em decreto pelo governo estadual querem evitar a possibilidade de um lockdown no Piauí. A medida proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas e fecha supermercados e outros serviços no domingo (17). Osmar Júnior disse ainda que acredita na adesão voluntária da população ao novo decreto e ressaltou que ainda há medidas mais graves a serem tomadas caso o isolamento social não seja controlado.

“Hoje o comércio está fechado, grande parte da atividade econômica está suspensa, no domingo vai ser mais rígido, mas você pode sair da sua casa sem ter que prestar contas. No lockdown não pode. Na Itália, na França, na Inglaterra, na Alemanha, ao sair de casa, você tinha que ter uma justificativa, uma autorização. Nós não queremos chegar a esse ponto”, disse Osmar.

A fiscalização, segundo o secretário, está ativa irá fazer valer o cumprimento do decreto. “O estabelecimento que descumprir a norma, se abrir, ele será fechado. A polícia vai abordá-lo, vai determinar o fechamento”, afirmou.

A partir desta sexta-feira, 15 de maio até às 24 h do dia 16 de maio, poderão funcionar somente as seguintes atividades e estabelecimentos essenciais: 

  • farmácias e drogarias; 
  • serviços de saúde; 
  • supermercados; 
  • panificadoras e padarias; 
  • postos de combustíveis; 
  • borracharias;  
  • serviços de delivery; 
  • serviços de segurança e vigilância; 
  • serviços de telecomunicação, radiodifusão e imprensa; 
  • serviços bancários exclusivamente para pagamento de auxilio emergencial e benefícios sociais e para autoatendimento.

A partir das 24 horas do dia 16 de maio até as 24 horas do dia 17 de maio, somente as seguintes atividades e estabelecimentos essenciais poderão funcionar: 

  • farmácias, drogarias, serviços de saúde, imprensa, serviços de segurança e vigilância, serviços de delivery exclusivamente para alimentação e serviços de autoatendimento bancário; 
  • borracharias, postos de combustíveis e pontos de alimentação localizados às margens de rodovias.

Aglomerações em calçadas e praças está proibida

Osmar Júnior chamou a atenção para aglomerações em locais públicos como calçadas e praças.

“Isso também é proibido e no decreto atual fica bem claro. É proibido o consumo de bebidas alcoólica em espaço público e será autuado o estabelecimento. Além da multa já prevista, ele (infrator) também vai responder por eventuais danos”, disse o gestor. 

Venda de álcool proibida mas delivery é autorizado

A venda de bebidas alcoólicas está proibida nos supermercados, desta sexta até as 24h de domingo (17), para evitar aumento de aglomerações em filas. O decreto permite a venda delivery de todos os produtos até as 24 horas de sábado. No domingo, os supermercados não abrem e apenas as atividades delivery de alimentação são permitidas.

“Nós estamso isso porque estamos nos preparando para um enfrentamento mais duro”, explicou Osmar Júnior.

Transporte de passageiros

O decreto estadual também proíbe o transporte de passageiros no domingo (17). O transporte de mercadorias, no entanto, continua liberado. 

O serviço de transporte de cargas continuam liberados assim como postos de combustível, pontos de alimentação e borracharia às margens de rodovias.

Valmir Macêdo
[email protected]

Teresina registra três mortes e mais 57 novos casos de Covid

Foto: MAURO SCROBOGNA/LA PRESSE/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) divulgaram ontem (15) que Teresina confirmou mais 57 casos novos de infecção e três óbitos pelo novo Coronavírus. De acordo com o boletim epidemiológico, a capital possui 1.147 casos confirmados de Covid-19 e 29 mortes causadas pela doença.

Uma das vítimas do novo Coronavírus na cidade era homem, de 62 anos, sem comorbidades, residente na zona Leste e que estava internado em hospital particular. A outra também era um homem, 73 anos, com hipertensão sistêmica arterial e diabetes, residente na zona Sul, internado no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela. O terceiro óbito foi de paciente do sexo masculino, 80 anos, com diabetes e hipertensão, residente na zona Sul de Teresina, que estava internado em hospital da rede privada.

O aumento dos casos já começa a se refletir em estatísticas preocupantes para a saúde pública. Dos 165 leitos de UTI destinados a pacientes com Covid-19, 109 estão ocupados, o que equivale a 66, 06% de taxa de ocupação.

“Esses números nos preocupam muito. A cada dia, a gente percebe um grande crescimento no número de casos e de pessoas que precisam de UTIs, isso significa aumento da gravidade da doença. Precisamos redobrar os cuidados, lavar bem as mãos com água e sabão, usar álcool em gel, ficar o máximo de tempo possível em casa e só sair quando for estritamente necessário”, alerta Wesllany Sousa Santana, do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE), da Fundação Municipal de Saúde de Teresina.

Na quinta-feira (14), apenas 44,7% dos teresinenses ficaram em casa, segundo levantamento da startup recifense InLoco. Este percentual foi o menor registrado pelo monitoramento nesta semana. A maior taxa aconteceu na terça-feira (12), quando o índice ficou em 47,4%. Com os percentuais permanecendo abaixo dos 50%, Teresina está cada vez mais distante do índice de 73%, considerado eficaz, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para conter a disseminação do novo Coronavírus.


Da redação
[email protected] 

Mumuzinho celebra estar curado do coronavírus e promete live

O cantor Mumuzinho, 36, está curado da Covid-19. Ele havia contraído coronavírus em abril e teve alguns sintomas que o fizeram procurar um hospital. Ele ficou internado.

"Notícia muito boa. Acabei de receber o exame e deu negativo. Estou curado. Eu estava esperando os resultados para anunciar minha live, logo logo.", disse o cantor sem divulgar a data do show que promoverá pelas redes sociais.

Em 24 de abril, após alguns dias com quadro febril e com uma amigdalite diagnosticada anteriormente, o artista apresentou piora no seu estado clínico e se direcionou ao Hospital Vitoria, no Rio de Janeiro, onde foi diagnosticado com a Covid-19.

Diretamente do Hospital Vitória, ele chegou a fazer uma live para falar mais detalhes sobre o seu estado de saúde. O objetivo do vídeo foi tranquilizar os fãs em relação a seu quadro.

"Estou me recuperando. A febre vai e volta, mas a equipe do hospital está controlando", disse o cantor, contando que ainda sentia dores no tórax. Ele aproveitou para agradecer o carinho que vinha recebendo do público e também para pedir às pessoas se cuidassem. A live durou pouco tempo, por conta do estado de saúde do cantor.

Agora, ele conta que fará uma live aos mesmos moldes que outros grandes cantores têm feito. Até aqui, Mumuzinho só havia cantado na varanda ainda no início da quarentena, mas não tinha feito nenhum show.

Fonte: Folhapress 

Codinome usado por Bolsonaro em exame de coronavírus é de filho de militar que atua em hospital

Foto: Marcos Corrêa/PR

Um dos codinomes usados pelo presidente Jair Bolsonaro ao fazer exames para o novo coronavírus pertence ao filho da oficial médica das Forças Armadas que coletou as amostras do presidente, no dia 17 de março. A informação foi revelada pelo jornal Correio Braziliense.


De acordo com o Ministério da Defesa, a tenente-coronel da Aeronáutica Maria Amélia Alves da Costa Ferraz é servidora do Hospital da Força Aérea Brasileira, mas está cedida para o HFA (Hospital das Forças Armadas), onde o presidente Jair Bolsonaro realizou um dos exames.


A pasta acrescenta que a tenente-coronel coordenava naquele dia a coleta de amostras do presidente e de seus auxiliares, além do envio ao laboratório credenciado.


Ao colher a amostra do presidente, a militar registrou números de RG e CPF que pertencem realmente a Bolsonaro, mas usou um codinome para não identificá-lo. A militar então usou o nome de seu próprio filho, o adolescente Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz, de 16 anos. Foi o nome que "lhe ocorreu naquele momento", segundo o ministério.


A pasta afirmou que a decisão de atribuir um codinome foi tomada em consonância com a equipe médica da Presidência, para garantir a confidencialidade dos exames de Jair Bolsonaro.


A Defesa diz ainda que não houve ilegalidade na prática de atribuir um codinome, especialmente o nome verdadeiro de uma terceira pessoa.


"Cabe destacar, ainda, que, de acordo com a própria Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial, o uso de pseudônimos em exames de saúde de pessoas públicas, visando proteger a privacidade, é comum e não representa irregularidade", informou a pasta, por meio de nota.


A reportagem tentou contato por telefone com a tenente-coronel Maria Amélia e também com o pai do adolescente. Nenhum dos dois atendeu a reportagem.


Bolsonaro apresentou nesta semana três exames para o novo coronavírus ao Supremo Tribunal Federal, com resultados negativos para a Covid-19.


O presidente usou os codinomes Airton Guedes, Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz e Paciente 05. Em um dos exames, não aparecem os números de documentos de Bolsonaro.

 

Fonte: Folhapress 

Após saída de Teich, Ministério da Saúde deve lançar novo protocolo para uso de cloroquina

Foto: Júlio Nascimento/PR


Após a saída do ministro da Saúde, Nelson Teich, o Ministério da Saúde já prepara um novo protocolo para uso da cloroquina também em pacientes com quadro leve pelo novo coronavírus, mesmo sem evidências científicas que apontem eficácia e na contramão de estudos recentes.


Atualmente, o protocolo adotado pela pasta prevê o uso do medicamento apenas por pacientes graves e críticos. Já o novo documento deve estender o uso também para pacientes com quadros leves da Covid-19.


Com a saída de Teich, a previsão é que o secretário-executivo da pasta, general Eduardo Pazuello, que assume interinamente a pasta, dê aval para a medida até o início da semana que vem.


Os ajustes no protocolo são analisados por uma equipe de médicos vinculados ao ministério e passaram a ser feitos ainda nesta sexta, segundo membros da pasta. Embora seja descrita informalmente como um protocolo, a autorização deve ser divulgada por meio de nota técnica informativa.


Estudos recentes internacionais, publicados em revistas científicas de prestígio, no entanto, não mostraram benefícios da droga em reduzir internações e mortes e apontaram riscos cardíacos.

A divergência em torno do uso da cloroquina é apontada como o principal motivo da saída de Teich. O ministro pediu demissão nesta sexta-feira (15) após receber um ultimato do presidente Jair Bolsonaro para que mudasse o protocolo de oferta do medicamento para pacientes com Covid-19.

O tema foi alvo de reunião no Palácio do Planalto na tarde de quinta-feira (14). Bolsonaro, porém, já havia deixado claro que faria a mudança, mesmo sem concordância do ministro.

"Agora votaram em mim para eu decidir e essa questão da cloroquina passa por mim. Está tudo bem com o ministro da Saúde [Nelson Teich], sem problema nenhum, acredito no trabalho dele. Mas essa questão da cloroquina vamos resolver", afirmou em teleconferência com empresários. "Não pode mudar o protocolo agora? Pode mudar e vai mudar", declarou Bolsonaro.

Questionado nesta quinta por jornalistas sobre o motivo da saída, Teich não respondeu. Nos últimos dias, a pasta preparava um grande estudo para analisar uma possível eficácia do uso do medicamento.

Em audiência com senadores em 29 de abril, o então ministro já havia alertado para a falta de evidências científicas no uso do tratamento.

"Cloroquina hoje ainda é uma incerteza. Houve estudos iniciais que sugeriram benefícios, mas existem estudos hoje que falam o contrário. Os dados preliminares da China é que teve mortalidade alta e que o remédio não vai ser divisor de águas em relação à doença", afirmou.

Na terça, o ministro voltou a comentar o tema em postagens no Twitter: "A cloroquina é um medicamento com efeitos colaterais. Então, qualquer prescrição deve ser feita com base em avaliação médica. O paciente deve entender os riscos e assinar o 'Termo de Consentimento' antes de iniciar o uso da cloroquina".

A elaboração do novo protocolo foi confirmada pelo ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto. "Está sendo estudado agora para o Ministério da Saúde a utilização da cloroquina no início da doença, nos primeiros dias da manifestação. Estamos aguardando o protocolo", disse.


Alçada por Bolsonaro a fazer viagens sobre a cloroquina, a ministra Damares Alves afirmou que Teich deixou o protocolo pronto. "É sinal de que ele não é contra."


O Ministério da Saúde, no entanto, informou que o documento ainda não foi finalizado. "Vamos entender que a ciência tem correntes. A ciência diz que café faz mal e a outra corrente diz que não faz mal", afirmou a ministra.


A nova versão do protocolo deve seguir um parecer do Conselho Federal de Medicina. Ainda em abril, o conselho emitiu uma autorização para que médicos pudessem prescrever o medicamento também para casos leves e uso domiciliar, ainda que sem evidências científicas. A autarquia justificou a medida com base em relatos observacionais e ausência de outros tratamentos disponíveis.


Após o parecer do CFM, Teich já havia indicado que a pasta não seria favorável ao uso do remédio em todos os casos, o que irritou Bolsonaro.


"Alguém acha que eu estou a fim de aumentar o número de mortos no Brasil? Como estão exigindo na questão da cloroquina agora também. Se o Conselho Federal de Medicina decidiu que pode usar cloroquina desde os primeiros sintomas, por que o governo federal, via ministro da Saúde, vai dizer que é só em caso caso grave?", queixou-se o presidente, na videoconferência com empresários ocorrida na quinta.


Juntamente com o impasse sobre o isolamento social, divergências sobre a aplicação da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes da Covid-19 foram um dos principais pontos que levaram à demissão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em 16 de abril.


No fim de abril, o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês), dos EUA, contraindicou o uso da associação de hidroxicloroquina e azitromicina para tratamento da Covid-19 fora de ensaios clínicos.


Um dos maiores estudos feitos até agora também não encontrou redução de mortalidade por Covid-19 entre pessoas que foram medicadas com hidroxicloroquina. A pesquisa com 1.438 pacientes foi publicada na segunda (11) na revista Jama (Journal of the American Medical Association), um dos principais periódicos médicos do mundo.


Na última semana, outra grande pesquisa, com 1.376 pacientes de Nova York, publicada no The New England Journal of Medicine, outro respeitado periódico científico, também apontou que não foram encontradas evidências de que o uso da hidroxicloroquina influencia na redução de mortes ou nas intubações.

 

Fonte: Folhapress

Posts anteriores