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Homem pelado aparece em conferência virtual entre Bolsonaro e empresários

Fotos: Marcos Corrêa/PR

Um homem apareceu pelado durante videoconferência entre o Jair Bolsonaro com empresários nesta quinta-feira (14).

A cena em transmissão ao vivo, feita pelo aplicado Zoom e sem senha para acesso, causou constrangimento.

A certa altura, Bolsonaro interrompeu uma fala do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, para avisar que uma das pessoas assistindo a transmissão aparecia pelada em sua webcam.

"Paulo, dá uma parada aí. Paulo, tem um colega do último quadrinho ali... saiu fora, saiu fora, ok", disse o presidente.

Aos risos, o ministro Paulo Guedes (Economia) emendou: "Tem um cara tomando banho aí peladão, tem um peladão aí fazendo isolamento. Peladão em casa e tal, beleza".

Ainda no encontro com empresários, Bolsonaro atacou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Ele criticou o deputado federal por entregar a relatoria da MP (Medida Provisória) da redução de salários e jornadas para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Segundo presidente, congressista parece querer "ferrar o governo".

"Entregar a MP da flexibilização para o PCdoB é para não resolver. Tem gente que não é do governo, que tá dentro da outra Casa, que não quer resolver o assunto, parece que fizeram acordo com a esquerda", disse o presidente, durante uma videoconferência com empresários.

Sem citar Maia uma única vez, Bolsonaro disparou estocadas contra o presidente da Câmara.

Fonte: FOLHAPRESS

 

HGV, HUT e Natan Portela já ultrapassam 80% da ocupação de leitos de UTI para covid

Foto: Eduardo Anizelli/ Folhapress

Três grandes hospitais da rede pública em Teresina estão com mais de 80% das vagas para Covid-19 ocupadas com pacientes em estado grave. 

Pertencente à rede municipal, o Hospital de Urgência de Teresina estava, nesta quarta-feira (13) com 15 dos 18 leitos de unidades de terapia intensiva ocupados, o que equivale a cerca de 83% da ocupação. A Secretaria de Saúde informou que o hospital possui 26 leitos de terapia intensiva mas a direção confirma a existência de 18 leitos de UTI.

Dos 20 leitos de UTI do Hospital Getúlio Vargas (HGV), 16 já estavam ocupados nesta quarta-feira (13). No dia 11 de abril, há pouco mais de um mês, o hospital possuía apenas cinco pacientes internados, um crescimento de 320%, mais que o triplo de pacientes de um mês atrás.

No Hospital de Doenças Tropicais Natan Portela, das sete vagas de terapia intensiva, seis estão ocupadas (87,5%).

O prefeito Firmino Filho (PSDB) informou nesta quinta-feira (14) que mais de 64% dos leitos de UTI em Teresina já são utilizados.

“Todo o esforço está sendo feito para dotar a cidade de mais estrutura para o atendimento à população. Temos uma grave expansão do vírus em Teresina, os números continuam crescendo, os leitos continuarão sendo ocupados e precisamos ficar seguros. Portanto, o meu apelo continua para que possamos praticar mais o isolamento, ficar mais em casa”, ressaltou o prefeito.

Nos demais hospitais da capital, como o Hospital Universitário, mais da metade das vagas estão ocupadas, das 18 vagas, 15 já atendem pacientes precisando de mais equipamentos médicos para o tratamento.

Na iniciativa privada a demanda também aumenta. No São Marcos, 15 das 20 vagas de UTI (75%) estão ocupadas e no Prontomed 21 das 30 vagas (70%) são usadas por pacientes.

Foto: Roberta Aline

Hospital de campanha no Ginásio de Badminton da UFPI, batizado de Hospital Pedro Balzi.

Novas vagas com hospitais de campanha

Teresina possui atualmente cerca de 80 leitos de UTI incluindo a rede pública municipal e a iniciativa privada e deve ganhar o reforço de hospitais de campanha que estão sendo montados no Ginásio de Badminton da UFPI (86 leitos), no Lar da Esperança (35 leitos) e em um anexo do Hospital Universitário (12 leitos). O governo do Estado também monta uma estrutura no Ginásio Verdão com (103 leitos, 90 deles leitos clínicos). As estruturas estão em fase de finalização e devem entrar em funcionamento ainda esta semana. 

Valmir Macêdo
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Vídeos: jornalistas da TV Cidade Verde relatam experiências na luta contra a pandemia


Jornalista Elivaldo Barbosa

Jornalistas da TV Cidade Verde relatam a experiência pessoal e profissional na cobertura da pandemia do novo coronavírus. Relatos emocionantes que carregam a "missão de informar e de proteger" a sociedade piauiense por meio de uma excelente cobertura jornalística. 

A diretora de Marketing do Grupo Cidade Verde, Jeane Melo, relata que a campanha busca destacar o importante trabalho dos jornalistas que estão na "linha de frente" contra o novo coronavírus, que já gerou milhares de mortes no mundo, incluindo o estado do Piauí.  

"A informação correta também é importante para proteger as pessoas desse vírus. Muitas pessoas têm buscado a TV Cidade Verde, o Portal Cidade Verde, para ter uma informação de qualidade sobre o que está acontecendo no nosso estado. A campanha fala da história profissional e passa pelos sentimentos desses profissionais que também estão isolados da família", comenta Jeane Melo. 


Jornalista Claúdia Brandão

A diretora ressalta que a campanha mostra não apenas o lado profissional dos jornalistas, de confirmar as informações e encontrar a melhor maneira de repassar aos telespectadores, mas também  o lado emocional daqueles que estão nas redações - trabalhando todos os dias -  e vivem  esse momento nunca antes imaginado. 

"Nessa campanha nós tentamos mostrar o lado mais sensível dos nossos jornalistas, que relataram as suas experiências na cobertura dessa pandemia, que trabalham com imparcialidade, reforçando a credibilidade e o respeito com a informação, que são marcas do grupo Cidade Verde. São profissionais que fazem o jornalismo com amor e com paixão ao Piauí", comentou Jeane Melo. 

Como disse o jornalista Elivaldo Barbosa em depoimento no vídeo: "vamos juntos vencer essa batalha". 


Jornalista Fenelon Rocha

 


Jornalista Nadja Rodrigues


Jornalista Joelson Giordani

 

 

 

Da Redação
[email protected] 

Joelma fará live no quarto: 'quero mostrar minha rotina e a cultura paraense'

Reprodução/Instagram

Joelma promete fazer uma live intimista na quarentena. Marcada para o dia 27 de maio, a transmissão será na casa da cantora, mais precisamente no quarto dela.

"Estou preparando umas surpresinhas, viu? Terá troca de roupas, mudança de cabelo, de bota, tudo para vocês", prometeu em entrevista ao colunista Léo Dias.

Joelma também acredita que as lives tem de ser mais íntimas para o público. "Quero mostrar coisas da minha rotina e da minha cultura paraense. Ah, e também irei interagir mais com meus fãs que estarão assistindo em casa. Estou ansiosa", disse.

A live de Joelma no dia 27 será a partir das 20h, no canal dela no YouTube.

Joelma já havia feito uma live para arrecadar fundos para o combate ao novo coronavírus. "Fiquei muito feliz e surpresa com toda a repercussão da primeira live. Fizemos da forma mais natural possível, igual a gente é em casa, brincando, se divertindo. E ainda tivemos uma força maior que foi de arrecadar doações, ajudar quem precisa. Agora, com a segunda live, espero muito poder ajudar mais pessoas ainda que estão precisando no nosso País, levar mais alegria e música pra galera", concluiu.

Por Camila Tuchlinski
Estadão Conteúdo

Infectologista critica ação do MPF e diz: “Não há remédio milagroso contra coronavírus”

O médico infectologista Carlos Henrique Nery Costa alertou para a “radicalização” na defesa por uso de medicamentos contra a Covid-19. Em entrevista nesta quinta-feira (14), o especialista garantiu que não existe nenhum “remédio milagroso” contra o novo coronavírus.

“Não existem remédios milagrosos. Se nós perdermos a cabeça vamos estragar tudo e vamos fazer mais mal do que bem”, disse Carlos Henrique Nery Costa.

Segundo o infectologista, ainda não há nenhuma comprovação científica de que a cloroquina tenha reais efeitos seguros para os pacientes com Covid-19. 

“Os primeiros resultados que estão saindo agora sugerem fortemente que a cloroquina não tem absolutamente nenhum efeito sobre o coronavírus. Eu torço que esteja errado, que tenha efeito mas por hora não tem. E como não tem efeitos favoráveis nós estamos impedidos de prescrever. Eu espero que não haja necessidade de que outras pessoas venham usar o meu CRM (registro profissional) ou me obriguem a usar um remédio que não está de acordo com a minha consciência. O Conselho Regional de Medicina proíbe terminantemente que qualquer médico prescreva qualquer coisa sob coerção, mesmo que seja sob a coerção da justiça”, disse. 

Nery Costa criticou o pedido de liminar da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Piauí para que a Justiça Federal obrigue, imediatamente, a União, o estado e o município de Teresina a disponibilizar a hidroxicloroquina e a azitromicina na rede pública para tratamento em pacientes com covid-19

“Então, se alguém tivesse encontrado os resultados espetaculares (da cloroquina) esse documento que o procurador demonstra eu asseguro que já teria se tornado público. Parece que essa recomendação do procurador se baseia em um relato simples não publicado, não discutido com os colegas médicos que circulou através de meios não convencionais, o Whatsapp não é um meio convencional de discussão de artigos científicos para se chegar a um consenso médico. A gente usa as revistas internacionais, os congressos para que haja um consenso entre nós”, afirmou o médico. 

Carlos Henrique chegou a citar que a utilização da cloroquina como alternativa à covid se popularizou após o discurso de políticos, como Jair Bolsonaro e Donald Trump.

“A cloroquina a gente sabe, entrou na Covid via fraude. A pesquisa que resultou na aplicação disso foi uma fraude. Depois houve uma repercussão de políticos importantes e a coisa tomou um sentido totalmente fora de controle com um partidarismo imenso como se fosse uma questão banal e passou-se então a utilizar extensivamente no país e no mundo”, declarou o médico.

Pesquisa no Piauí

Sobre a experiência na cidade de Floriano, que trata pacientes com sintomas leves da covid-19, com a oferta, na rede de Atenção Básica do município, de cloroquina e azitromicina, o médico infectologista pontuou que não há qualquer discriminação contra a medicina do Piauí. Mas afirmou que, até o momento, não há estudos científicos que comprovem sua eficácia.

“A humanidade inteira está fazendo um esforço fenomenal para encontrar tratamentos para isso. Não é nenhum problema com o estado do Piauí, é simplesmente porque nós não encontramos a medicação milagrosa que possa salvar vidas como tanto se preconiza”. 

Carlos Henrique garantiu que a pesquisa do Piauí terá espaço de divulgação, caso comprovados seus efeitos e a segurança para os pacientes.

“Se for demonstrada uma eficácia importante de qualquer remédio contra covid, ele seguirá um trâmite rápido será publicado, por exemplo, da revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, que eu sou um dos editores da revista, nós estamos recebendo diariamente submissões de publicação. Isso pode ser encaminhado e no máximo uma semana o artigo se torna público para a comunidade internacional inteira e se os resultados inequívocos, imediatamente é feito o procedimento para o uso da medicação”, explicou.

Receio histórico

Segundo o infectologista, a principal origem desse cuidado para o uso experimental de medicações vem da tragédia com a talidomida. “Muitos dos jovens não sabem disso, mas sua medicação utilizada como tranquilizante usados nos anos 50 e 60 e que gerou com milhões de crianças com danos físicos importantes como falta de membros e outros defeitos congênitos gravíssimos”, disse.

Uso pode gerar taquicardia fatal

O infectologista alerta que o uso indiscriminado das medicações contra a covid pode gerar complicações cardíacas.

“Quando uma pessoa está assintomática, ela não sabe se vai infectar ou não, tomar um remédio só traz os efeitos colaterais, os efeitos ruins e esses dois remédios, a cloroquina e a azitromicina eles têm um efeito importante sobre o coração. Eles aumentam o que a gente chama de intervalo TT que propicia o surgimento de arritmias graves, às vezes fatais. Os dois então, a situação é mais dramática ainda. É por isso que nenhuma, absolutamente nenhuma das organização e internacionais, seguindo os preceitos da ciência e do bom senso, recomendam esses tratamentos”, alertou Costa Nery. 

Segundo Carlos Henrique, a Organização Mundial da Saúde e institutos nacionais dos Estados Unidos e da Europa ainda não recomendam o uso.

Valmir Macêdo
[email protected]

 

Governo vai reduzir encargo trabalhista para estimular produção e emprego, diz Guedes

Foto: Isac Nóbrega/PR

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (14) que o governo vai apresentar proposta de redução de encargos trabalhistas como forma de estimular a produção do país e a geração de empregos.

Em reunião com representantes da indústria, o ministro disse que estão em avaliação "duas ondas" de ações voltadas à recuperação da economia após a pandemia do novo coronavírus. A primeira seria relacionada à simplificação tributária e ao barateamento das folhas de pagamento.

"Vamos soltar duas ondas de crescimento. Uma de produção e emprego. Vem redução de encargo trabalhista. Produzir emprego no país vai ser algo bom", disse.

O ministro não apresentou detalhes da proposta e afirmou que os pontos ainda estão em discussão com o presidente Jair Bolsonaro.

Durante os debates sobre reforma tributária no ano passado, Guedes e sua equipe chegaram a defender a volta de um imposto sobre transações financeiras, aos moldes da extinta CPMF, para compensar a perda de arrecadação que seria gerada pela redução de encargos trabalhistas.

Na reunião desta quinta, o ministro disse que a segunda onda de recuperação virá por meio de investimento privado após a aprovação de medidas que já eram defendidas pelo governo antes da crise do coronavírus.

Entre as propostas mencionadas estão o novo marco legal do saneamento, alterações nas regras de petróleo e gás e aprimoramento de normas de logística e infraestrutura.

"Temos uma onda de investimentos, produção e emprego. Vamos disparar daqui a um ou dois meses, vamos voltar para o trilho, o caminho da prosperidade turbinado", afirmou.

Ao dizer que os empresários têm "acesso e intimidade" com os presidentes da Câmara e do Senado, ele pediu apoio para que parlamentares sejam convencidos a aprovar os textos e viabilizar os investimentos no país.

Na reunião, Guedes deu mais sinais de que defende uma retomada das atividades nas cidades. Segundo ele, a preocupação de Bolsonaro sempre foi com a saúde e a economia.

O ministro afirmou que diversos setores têm salvado vidas ao funcionarem respeitando protocolos de segurança. Para ele, uma retomada com essa cautela tende a ser mais eficaz do que o isolamento social.

"Em várias indústrias, o que tem se observado é que os protocolos têm salvados muitas vidas, mantido pessoas ocupadas, os sinais da economia brasileira pulsando e salvando vidas. As pessoas estão melhor protegidas do que se estivessem em casa", disse.

Na avaliação de Guedes, a velocidade de retorno das empresas ao trabalho vai impactar o ritmo de retomada da economia.
Durante a conferência, empresários defenderam que Bolsonaro vete a liberação de reajustes a carreiras do serviço público. A medida foi aprovada no Congresso no pacote de socorro a estados.

Ao comentar o tema, Guedes disse que o dinheiro da saúde não pode virar aumento de salário e farra eleitoral. O ministro então traçou um paralelo com uma guerra e acabou comparando servidores a mercenários.

"Entra na guerra, vamos lutar. Quando o Brasil estiver forte daqui a um ano e meio, aí vamos distribuir quinquênio, milênio, oxigênio, vamos dar tudo para todo mundo depois da guerra. Você não dá medalha antes da guerra. Os nossos heróis não são mercenários, eles não precisam de dinheiro para ir à luta, eles vão à luta primeiro, depois recebem as medalhas", disse.

O ministro afirmou que Bolsonaro deve vetar os reajustes e ressaltou que seria "moralmente errado" uma eventual derrubada do veto pelo Congresso.

BERNARDO CARAM E RICARDO DELLA COLETTA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) 

 

Pacientes que morreram em Floriano não passaram pelo novo protocolo, diz diretor


Os três pacientes com Covid-19 que morreram no hospital regional de Floriano não chegaram a passar pelo protocolo experimental de tratamento  - uso de hidroxicloroquina e azitromicima na fase inicial e de corticoide injetável em casos avançados, de acordo com o diretor do Hospital Regional Tibério Nunes,  médico Justino Moreira. 

As três mortes foram divulgada na noite de quarta-feira (13) pela Secretaria Estadual de Saúde, após a divulgação do tratamento experimental de combate ao novo coronavírus, que tem como base estudos feito na Espanha, até agora sem resultados oficiais publicados. 

O diretor explicou que os três pacientes tinham comorbidades graves e a equipe aguardava o resultado de identificação da doença do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí). 

"Esses pacientes tinham comorbidades graves, pacientes em estado terminal,  com sequelas de AVC, pacientes que tinham hemorragias digestivas.  Eram pacientes que a gente não chegou a fazer o tratamento laboratorial, quer dizer, estávamos aguardando vir o PCR, que vem do Lacen. Quando esses pacientes foram a óbito ainda não tinha chegado a confirmação. Nesses pacientes não adotamos o protocolo, não iríamos submeter esses pacientes a um tratamento experimental diante de comorbidades tão graves".

Questionado sobre reações adversas nos paciente que passaram pelo tratamento experimental, o diretor explicou que todos os 15 pacientes "evoluíram bem".

"As complicações são pequenas. Os efeitos colaterais são pequenos. O que a gente tem usado na fase hospitalar é o corticoide injetável e isso em alguns pacientes provocou uma hiperglicemia facilmente controlada pelo uso de insulina, de forma que não obtivemos outros efeitos colaterais importantes, sendo ela uma medicação conhecida e segura no meio médico já que a dose não é tão alta, como em algumas patologias neurológicas e rematológicas, que acabam usando esse corticoide numa dose muito mais superior do que a dose que preconizada aqui para o tratamento do Covid".

Sobre o perfil dos pacientes tratados com sucesso, o médico relata que aconteceu entre os jovens e alguns profissionais de saúde do município. 

"Nós tivemos alguns profissionais de saúde da nossa equipe contaminados, uns cinco a seis. Esses pacientes nós tivemos a oportunidade de tratá-los e, graças a Deus, com muito sucesso. A gente começou iniciamente a tratar pacientes que já vinham evoluindo no hospital em uma fase tardia, onde já tinha perdido a oportunidade ideal  de usar o medicamento, muitos pacientes melhoraram e tiveram alta. Agora, nós estamos sendo um pouco mais agressivos no sentindo de tratar mais precocemente numa fase que a gente considera ideal para esse paciente ter o mínimo de dano e sequela possível".

O médico comentou que devido a falta de resultados publicados o tratamento ainda não é facilmente aceito pela comunicade científica. A ministra Damares Alves chegou a visitar o município nesta quinta (14) para conhecer o tratamento. 

"Nós temos um infectologista na nossa equipe, temos também um intensivista, pórem esses conhecimentos têm sido passado em sua maioria juntamente com a doutora Marina Bucar, na Espanha, que a gente tem seguido as orientações. A gente teve reuniões com infectologistas  que quiseram o protocolo do Piauí, expondo essas opções, porém a gente ainda não conseguiu convencê-los já que é um conhecimento recente que a Espanha ainda não tem publicações desses resultados. Então, o meio científico tem dificuldade de aceitar. O que nós estamos fazendo é uma provocação desse conhecimento junto a classe médica, que cada um possa exercer o seu direito e autonomia de fazer as suas próprias experiências".

Ele disse ainda que o tratamento acontece com o consentimento dos pacientes e diante da autonomia do médico em receitar a medicação. 

"As opções que têm nos dado até o momento não são boas, a gente estava perdendo esse embate e essa oportunidade de experimentar uma medicação nova tem nos trazido bons resultados".

Em entrevista, o diretor disse ainda que "a partir disso, com consentimento do paciente e a autonomia do médico, o Governo do Estado se dispôs a oferecer essa medicação na rede. A gente vai tentar convencer os médicos, treinar esses médicos, para que possam estar fazendo esse tratamento e ter as suas próprias experiências".       


Foto: Sesapi

 

 

Carlienne Carpaso
[email protected]    

Ocupação de UTIs em Teresina para covid chega a 64% e prefeito faz alerta

Gráfico: PMT

A taxa de ocupação dos leitos de UTI em Teresina exclusivamente para o tratamento da covid-19 chegou a 64,46%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (14) pelo prefeito Firmino Filho, durante videoconferência com jornalistas. Dos 166 leitos disponíveis na capital, entre públicos e privados, 107 já estão ocupados. A situação fez o gestor pedir que a população reforce o isolamento social. Veja os dados completos aqui.

"É hora de ter medidas mais duras para que a necessidade de UTI não bata no teto rapidamente", alertou o prefeito.

O sistema com a ocupação dos leitos é alimentado diariamente, conforme a legislação municipal vigente (Decreto Municipal nº 19.694/2020).  Segundo os dados do sistema, Teresina possui hoje, cadastrados para atendimento de pacientes com Covid-19, 102 leitos de observação, 406 leitos de enfermaria e 166 leitos de UTI.

Firmino demonstrou ainda preocupação com a taxa de ocupação dos leitos de UTIs destinados as demais enfermidades em Teresina. O índice já chega a 70,77%, ou seja, das 284 vagas, 201 estão ocupadas neste momento.

"A nossa preocupação também com leitos não covid. A ocupação cresceu e parte desse crescimento se deve a acidentes de trânsito. É importante evitar bares e restaurantes não só pela aglomeração, mas para evitar acidentes e a ocupação de leitos de UTI. Se a gente reduzir a ocupação, mais leitos podem ser convertidos para tratamento da covid", disse Firmino, que comentou a medida do governo de probir a venda de bebidas alcóolicas.

"A preocupação do governo sobre a lei seca se deve pela ocupação de leitos de UTI. Não é só por causa das aglomerações, mas por causa dos leitos. No fim de semana tivemos muitos acidentes de trânsito em plena quarentena. A Guarda Municipal está em diálogo com o governo do estado para trabalhar em conjunto", declarou.

Durante a viodeoconferência, Firmino disse que o município tem tentado adquirir ventiladores mecânicos, mas a primeira compra feita na China não deu certo e os recursos foram devolvidos. 

"Nós havíamos comprados 70 respiradores da China com pagamento antecipado. A entrega era para ter sido feita dia 13 de maio e cancelaram e devolveram o dinheiro. Tivemos uma perda muito grande. Fiquei bastante abalado. Agora estamos adquirindo 70 respiradores da Turquia junto com São Paulo e Recife. Vamos sair de 166 para 246 leitos de UTI. No HUT estamos fazendo um anexo com 60 leitos de UTI", afirmou.

Hérlon Moraes
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Bolsonaro pediu para comparar as mortes de Brasil e Argentina. Veja o resultado

Foto: Marcos Corrêa/PR

 

Questionado nesta quinta-feira (14) sobre a diferença entre o número de mortes causadas pelo coronavírus no Brasil e na Argentina, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu que a comparação entre os dois países deve ser feita de maneira proporcional às suas populações, e não por números absolutos.

Até a manhã desta quinta, o Brasil registra 13.240 óbitos por Covid-19 enquanto o país vizinho confirmou 329 mortes, de acordo com dados compilados pela universidade americana Johns Hopkins.

"É só você fazer a conta por milhão de habitantes", respondeu o presidente. A comparação sugerida por ele, entretanto, expressa de maneira ainda mais evidente a gravidade dos efeitos da pandemia sobre o país.

A taxa de mortes por milhão de habitantes na Argentina é de 7,4. No Brasil, o número é quase nove vezes maior: são 63,2 mortes a cada um milhão de habitantes. O cálculo a partir desse índice permite comparar locais com diferentes tamanhos de população.

Enquanto o presidente argentino, Alberto Fernández, decretou quarentena total no país em março, quando havia 128 casos confirmados, e prorrogou nesta semana as medidas de isolamento até, pelo menos, 24 de maio, por aqui, Bolsonaro voltou a criticar as medidas restritivas adotadas pelos governadores dos estados.

"Tem que reabrir, nós vamos morrer de fome. A fome mata, a fome mata! Então, [é] o apelo que eu faço aos governadores: revejam essa política, eu estou pronto para conversar", disse o presidente nesta quinta.

"Vamos preservar vidas, vamos. Mas dessa forma o preço lá na frente serão centenas a mais de vidas que vamos perder, por causa dessas medidas absurdas de fechar tudo."

Ao responder ao questionamento de um jornalista sobre as cifras de mortes no Brasil e na Argentina, Bolsonaro disse que o profissional estava "defendendo [o governo do país vizinho]", por que "entrou para a ideologia".

"Você pegou um país que está caminhando para o socialismo."

Fernández disse, em março, que "as declarações e ações de Bolsonaro levam a pensar que o Brasil pode entrar numa mesma espiral que a Itália" e acrescentou que se preocupa muito com o fato de que países "não entendam a gravidade do problema", em referência ao governante brasileiro.

Ainda nesta quinta, Bolsonaro mencionou rapidamente a estratégia da Suécia no combate ao novo coronavírus.

"Vamos falar da Suécia? Pronto! A Suécia não fechou!"

Sem um contexto mais detalhado, a referência do presidente ao país escandinavo que contraria a tendência global de isolamento dá a entender que o governo sueco está sendo bem-sucedido no enfrentamento à pandemia.

Um diretor executivo da OMS (Organização Mundial da Saúde) chegou a afirmar que a Suécia é um modelo a ser seguido por outros países.

Os números, entretanto, principalmente na comparação com Brasil e Argentina, não corroboram a insinuação de Bolsonaro.

Com menos de um quarto da população da Argentina, a Suécia tem um número de mortes por Covid-19 quase 11 vezes maior.

A taxa de mortes por milhão de habitantes é de 346,5, cinco vezes maior que a brasileira e quase 47 vezes maior que a argentina.

A Suécia adotou um método menos restritivo contra o novo coronavírus e manteve bares, restaurantes e lojas abertas, além de não proibir as pessoas de irem às ruas. O primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, disse que conta com o voluntarismo da população.

Os países escandinavos que adotaram medidas mais restritivas que as suecas tiveram menos mortes. Até esta quinta, são 43,6 mortes por milhão de habitantes na Noruega, 52 na Finlândia e 92,6 na Dinamarca.

LUCAS ALONSO
BAURU, SP (FOLHAPRESS) 

 

Banco do Nordeste prorroga pagamento de prestações do Crediamigo em mais 30 dias

Foto: Roberta Aline

O Banco do Nordeste prorrogou, automaticamente, as prestações das operações contratadas no âmbito do seu  Programa de Microfinanças Urbanas - Crediamigo, com vencimento entre 19 de maio a 18 de junho deste ano para 30 dias após o vencimento da última parcela. Sobre os valores prorrogados, haverá cobrança dos encargos contratuais. 

Trata-se da terceira prorrogação por conta da continuidade do isolamento social e dos efeitos da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus (Covid-19). O ajuste insere-se no conjunto de medidas que o Banco do Nordeste vem adotando em razão das consequências da epidemia na economia da região. 

O Banco manteve, como alternativa à prorrogação automática, a possibilidade de revitalização do crédito, com 60 dias para pagamento da primeira parcela, por meio de uma operação que regularize a situação do cliente e de outro financiamento que injete novo capital nos negócios, sujeito à análise e aprovação pelo BNB. 

No caso de novas operações, sejam contratações ou renovações de crédito, está mantida a concessão de carência de até 30 dias da primeira parcela, durante o período de 19 de abril a 30 de junho de 2020, resultando em 60 dias para o início do pagamento. 

Somente em 2020, o Programa já contratou mais de R$ 3,3 bilhões em novas operações. Dada a alta capilaridade do Crediamigo na área de atuação do Banco - os nove estados da Região e o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo -, o BNB disponibiliza aos clientes atendimento remoto (app Crediamigo, disponível para celulares Android) e canais alternativos (Banco 24 Horas, Saque Pague, dentre outros), com objetivo de evitar deslocamentos a agências ou a casas lotéricas. 

O Crediamigo, maior programa de microfinanças da América do Sul, foi criado pelo Banco do Nordeste, em 1997. Oferece capital de giro e investimento para micros e pequenos empreendedores, com prazos de 2 a 24 meses e taxas que variam de 0,99% a 2,40% a.m. Tem 2,2 milhões de clientes ativos.

Da Redação
[email protected]

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