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Procurador ajuíza ação para obrigar governo a disponibilizar cloroquina na rede pública

Foto: arquivo Cidadeverde.com

A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Piauí ajuizou ação civil pública, com pedido de liminar, para que a Justiça Federal obrigue,  imediatamente, a União, o estado e o município de Teresina a disponibilizar a hidroxicloroquina e a azitromicina na rede pública para tratamento em pacientes com covid-19. 

O Ministério Público Federal quer que o tratamento usando a hidroxicloroquina e outras medicações seja utilizado na fase inicial da doença como determina o protocolo da covid-19.

Veja pedido aqui

"As pessoas de classe alta estão tendo acesso ao tratamento e as de menor poder aquisitivo não estão tendo. Sólidas evidências comprovam que, se iniciado na fase inicial, esse tratamento tem elevado potencial para barrar o avanço da doença para os estágios mais avançados, quando o paciente, já em estado grave e debilitado,  precisa da estrutura de um leito de UTI", disse o procurador Kelston Lages, dos Direitos do Cidadão do MPF.

O procurador pede que a Justiça determine o oferecimento imediato de treinamento aos médicos da rede pública de saúde.

O MPF também solicitou que a Justiça obrigue a União, Estado do Piauí e Município de Teresina a dar ampla publicidade ao protocolo e sua disponibilização na rede SUS (Sistema Único de Saúde) do Estado do Piauí.

O procurador da República destaca que diante da difícil conjuntura que enfrenta o país em razão da Covid-19, urge que o Poder Público cumpra a Constituição Federal, assegurando a todos os cidadãos indistintamente o direito à vida. “É imperioso que o Poder Público  garanta o acesso a todos os tratamentos e medicações necessários  para a proteção da vida. Em todo o ordenamento jurídico, esse é o bem maior a ser tutelado pelo Estado e a sua razão de ser”.

“Esse protocolo embora não atenda a todas as exigências da comunidade científica, mostrou-se solidamente eficaz, diante do conjunto de relatos de médicos brasileiros e de outros países sobre experiências exitosas com esse tratamento. De outro lado, é necessário lembrar que o estudo com as vacinas ainda demandarão bastante tempo, de modo que se houver uma espera maior, a taxa de mortalidade será ainda enorme”, argumenta Kelston Lages.

Segundo o oncologista Sabas Vieira, integrante  do Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí e um dos principais defensores desse tratamento, o protocolo já possui evidências de êxito confirmadas em diversos países, a exemplo da Espanha e Itália, sobretudo na Espanha, capitaneadas pela médica piauiense Marina Bucar Barjud.

Apesar das muitas evidências que apontam o sucesso do protocolo nas fases iniciais, o oncologista lamenta a inércia do Poder Público. Sabas Vieira denuncia que os médicos piauienses que defendem o protocolo já estão há mais de sete semanas, sem êxito, tentando a disponibilização desse protocolo na rede pública do Estado do Piauí.

“A janela de oportunidade já foi perdida e o que podemos fazer agora é diminuir o número de mortos, pois há sete semanas insistimos perante os gestores para adoção do protocolo em caráter emergencial, porém, sem resposta,” lamenta Sabas Vieira.

Kelston Lages lembra que o descumprimento da Constituição Federal pelo Poder Público, através dos gestores, e a omissão na adoção dessas medidas, algo inaceitável, pode ensejar desdobramentos inclusive na esfera criminal.

 

Flash Yala Sena (Com informações do MPF)
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Após servidora testar positivo, 25 fazem teste para Covid e Seadprev é sanitizada

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Começou, nesta quinta-feira (14) ,a sanitização do Centro Administrativo. A desinfecção iniciou no prédio da Secretaria de Administração e Previdência, onde uma servidora, com idade entre 40 a 50 anos, testou positivo para o coronavírus na última segunda-feira (11). 

O secretário da SeadPrev, Merlong Solano, afirma que, desde o início da pandemia de Covid-19, todas medidas de prevenção ao contágio do vírus estão sendo adotadas na  secretaria. Atualmente apenas 30% dos servidores estão comparecendo o trabalho presencial e se fazem com o restante do quadro que está em regime de home office. 

“Desde o princípio a secretaria de Administração está adotando as providências no sentido de quebrar a cadeia de transmissão do coronavírus. Adotamos um rigoroso sistema de revezamento”, disse o secretário, que ressalta que todos os servidores  em trabalho presencial usam máscara e têm acesso fácil ao álcool gel e água e sabão para higienização das mãos. 

Além da sanitização, dez servidores que tiveram contato direto com a servidora infectada e mais 15 que estavam no prédio fizeram teste para o coronavírus ontem (13) e todos resultados foram negativos.  Eles só retornarão ao trabalho presencial na última semana de maio.

O Cidadeverde.com apurou que a servidora contaminada estava cumprindo home office na semana passada e voltou ao trabalho presencial na segunda-feira, quando testou positivo e começou a ser monitorada de Secretaria de Estado da Saúde. A mulher está isolada em casa e até a manhã desta quinta-feira (14) não apresentava sintomas da Covid-19.

Veja o cronograma de fechamento do Centro Administrativo para sanitização:


QUINTA (14/05) - Piauí Previdência e Blocos G, H e I (Seadprev, Seinfra, Egepi, Fundespi, Sejus, Setrans, Suparc, Agrespi e uma superintendência da Sasc);
SEXTA (15/05) - Blocos D, E e F (Seduc), ATI e CGE;
SÁBADO (16/05) - Blocos A, B e C (Sefaz e Sesapi), Escola Fazendária e DHPP;
DOMINGO (17/05) - Entorno do Centro Administrativo
SEGUNDA (18/05) - Arquivo Seadprev (Dirceu)


Izabella Pimentel
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Órgão dos EUA prevê 90 mil óbitos no Brasil

Foto: MARIVALDO OLIVEIRA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

 

Com mais 749 mortes em 24 horas, o Brasil chegou ontem a 13 149 vítimas pela covid-19, segundo o Ministério da Saúde. Mas o País pode ter cerca de 90 mil mortes em decorrência do coronavírus até agosto, conforme o principal modelo estatístico que tem embasado as políticas de saúde da Casa Branca, nos EUA.

Pela primeira vez, o Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), um centro de pesquisa dentro da faculdade de Medicina da Universidade de Washington, fez projeções sobre países da América Latina e chamou a atenção para a situação do Brasil. A previsão inicial do IHME é que o País tenha média de 88.305 mil mortes até 4 de agosto, dentro de intervalo que estima mínimo de 30,3 mil mortes e máximo de 193,7 mil.

As previsões são atualizadas conforme se divulgam novos dados, como número de infectados e internados, e também podem ser alteradas por mudanças nas políticas públicas adotadas em cada país. No mesmo período, México e Equador devem ter cerca de 6 mil mortos e o Peru, 5 mil, pelo modelo.

Os momentos mais sombrios ainda estão para chegar e o Brasil continua rumo a um pico das infecções. O modelo aponta que o País deve registrar mais de 1 mil mortes por dia entre 17 de junho e 9 de julho, com o pior momento no dia 24 de junho, com 1 024 óbitos.

A partir daí, se confirmadas as projeções, o Brasil ficaria com essa média de mortes diárias até o início de julho, quando a curva começaria a baixar. Ainda assim, o patamar de mortes por dia se manteria elevado, com mais de 750 fatalidades a cada 24 horas ainda em agosto.

Nos EUA, a Casa Branca usou o IHME quando o presidente Donald Trump estimou no fim de março que entre 100 mil e 240 mil americanos poderiam morrer em decorrência da covid-19 na primeira onda de contágio, mesmo com a adoção das medidas de distanciamento social. Sem elas, disse Trump na época, o vírus poderia matar até 2 milhões de americanos. O país registra 83,6 mil óbitos.

Ao verificar a capacidade hospitalar, o IHME traça um cenário também desolador para o Brasil. Os especialistas avaliam que desde o dia 3 de maio o País opera com menos unidades de tratamento intensiva (UTIs) do que o necessário para atender todos que precisam e a situação tende a piorar. Em 28 de junho, o País terá 11.178 pacientes que necessitarão de leitos de UTI, mas apenas 4.060 à disposição, segundo o estudo. Só em agosto o número de leitos ofertados para tratamento intensivo ficará próximo à demanda.

Nos EUA, críticos ao modelo do IHME apontam que as projeções preveem um fim do pico de infecções mais rápido do que o que tem sido registrado, o que leva a número de mortes subestimado pelos pesquisadores de Washington. A previsão já foi atualizada algumas vezes, sendo a projeção atual de 147 mil mortes para a primeira onda de contágio dos americanos. (Colaborou Julia Lindner)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Bia Bulla, correspondente
Estadão Conteúdo

8 pescadores são flagrados sendo transportados em contêiner entre Ceará e Piauí

Fotos: Divulgação PMPI

Oito pessoas foram encontradas dentro de um contêiner sendo transportados em uma F250 na divisa do Piauí com o Ceará. Os passageiros eram pescadores residentes em Camocim-CE e que viriam trabalhar em Luís Correia-PI. 

O flagrante aconteceu na manhã desta quarta-feira(13), numa barreira sanitária de enfrentamento à COVID-19, realizada pela Companhia Independente de Policiamento Turístico-CIPTUR e a vigilância sanitária de Luís Correia. 

“Suspeita-se que o transporte tinha por objetivo burlar a fiscalização, o veículo com os passageiros foi escoltado pela Polícia Militar do Piauí e pelos servidores da vigilância sanitária até o posto do retiro que fica na divisa do Piauí com o Ceará e consequentemente o condutor foi notificado por transporte irregular de passageiros”, destacou relatório da PM.  

Segundo a polícia, desde março a fiscalização vem sendo intensificada no município, com operação para evitar a disseminação do novo coronavírus. “A CIPTUR informa que, permanecerá firme no combate ao enfrentamento do Covid-19, para o bem estar da população de Luís Correia”, finaliza o relatório.


Caroline Oliveira
Com informações da Polícia Militar
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Jogadores da Premier League querem adiar volta do campeonato

Jogadores e treinadores da Premier League (Campeonato Inglês) não consideram boa a ideia de retomar o torneio, paralisado por conta do coronavírus, no dia 12 de junho.

Segundo o jornal Mundo Deportivo, houve uma reunião virtual entre líderes de clubes para debater o cronograma sugerido pela Liga. Para os esportistas, o retorno teria que ser prorrogado por pelo menos uma semana.

A justificativa da mudança se deve pela preocupação em lesões, já que os atletas estão parados há dois meses e necessitam de um tempo maior para readquirir a forma física.

Apesar de os treinos em grupos de cinco estarem liberados a partir da próxima semana, o fato de haver uma regra que proíbe contatos físicos - ao menos até o dia 25-, segundo o jornal, é outro motivo da posição pelo adiamento, já que este cenário não será visto nos jogos.

Além disto, os treinamentos terão apenas um máximo de 75 minutos por sessão e uma série de outras restrições.

Nesta quarta (13), em entrevista ao Sky Sports, o presidente da Associação de Jogadores Profissionais da Inglaterra, Gordon Taylor, ressaltou a necessidade de se ter cautela na volta às atividades.

Segundo ele, os atletas temem por novos contágios, já que o país é um dos mais atingidos pela pandemia.

"Os jogadores não querem ser vistos como cobaias e isso se aplica a todos no esporte profissional. Trata-se de obter o equilíbrio de segurança e também tentar voltar à normalidade o máximo possível", falou ao veículo.

Fonte: UOL-FOLHAPRESS

 

Bolsonaro ataca 'lockdown', mas diz estar pronto para conversar com governadores

Foto: Alan Santos/PR

 

O presidente Jair Bolsonaro fez um novo e forte apelo a governadores e prefeitos nesta quinta-feira (14) para que reavaliem as medidas de restrição adotadas nos Estados por causa da pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro criticou os governos locais, mas também disse estar pronto para conversar. O presidente condenou o "lockdown" e disse que "o Brasil está se tornando um País de pobres"; falou, ainda, que, com as medidas de isolamento social, o País vai chegar ao caos.

"Vai chegar um ponto que o caos vai se fazer presente aqui. Essa história de lockdown, vão fechar tudo, não é esse o caminho. Esse é o caminho do fracasso, quebrar o Brasil", declarou. O presidente sugeriu aos governadores e prefeitos que adotaram a "onda" de fechamento que "se desculpem e façam a coisa certa".

Desde o início da pandemia, Bolsonaro se posicionou contra medidas de restrição total e tem defendido um isolamento restrito apenas a grupos de risco da doença. Nos últimos dias, o mandatário assinou decretos para ampliar as atividades essenciais que podem funcionar durante a quarentena, entre elas a reabertura de salões de beleza, barbearias e academias de ginástica.

"Os informais são 38 milhões, já perderam quase tudo. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), os informais da América Latina já perderam 80% do poder aquisitivo", argumentou. "Vai faltar dinheiro para pagar servidor público. E ainda tem servidor, alguns, achando que há possibilidade de ter aumento esse ano ou ano que vem. Não tem cabimento, não tem dinheiro", disse.

O presidente afirmou ainda que o País está "quebrando" e que a economia "não (se) recupera". Bolsonaro também cobrou "coragem" para enfrentar o vírus. "Está morrendo? Tá. Lamento, lamento, lamento, mas vai morrer muito, mas muito mais, se a economia continuar sendo destroçada por essas medidas".

"Tem que reabrir. Nós vamos morrer de fome. A fome mata". O presidente se disse ainda disposto a conversar com os governadores. "Então, pessoal, é um apelo que eu faço aos governadores, revejam essa política. Eu estou pronto para conversar".

O chefe do Executivo pontuou que buscará preservar vidas, mas que as "medidas absurdas de fechar tudo" vão provocar a perda de mais de "centenas" de outras vidas.

Por Emilly Behnke
Estadão Conteúdo

Estados acumulam prejuízos com atraso na sanção de Bolsonaro a socorro financeiro

Foto: Beto Barata/PR

 

No Rio Grande do Sul, parte dos 340 mil servidores públicos ativos e inativos aguarda que caia nos cofres do estado a ajuda prometida pelo governo federal para que possam ter seus salários do mês de abril quitados.

À reportagem o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou nesta quarta-feira (13) que, enquanto o recurso não foi liberado, a folha de pagamento não poderá ser quitada.

"Esse dinheiro não é para governador nem para prefeito. É para a população. É para os servidores que precisam de seus recursos", disse Leite.

"São os hospitais que ficam sem insumos nesta situação crítica que vivemos. É a população quem paga o preço dessa demora na chegada dos recursos", afirmou.

A expectativa de Leite era que R$ 500 milhões fossem depositados pela União na conta do estado até a próxima sexta-feira (15). Esse também era o desejo do Senado.

Ao aprovarem, no dia 6, a ajuda financeira de aproximadamente R$ 125 bilhões para estados e municípios durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, os senadores diziam acreditar que a primeira das quatro parcelas do recurso já pudesse estar na conta de estados e municípios neste mês.

Até esta quarta-feira, contudo, o projeto ainda aguardava sanção do presidente Jair Bolsonaro.

O impasse se deu em um ponto específico: por flexibilizar as regras para o congelamento salarial -o que, na prática, abriu brechas para que sejam concedidos reajustes para algumas categorias como policiais e professores-, o projeto ainda não foi sancionado.

O ministro Paulo Guedes (Economia) defendeu o veto do presidente ao reajuste salarial. O presidente já afirmou que irá vetar o reajuste, mas ainda não o fez.

De acordo com o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), diante do impasse, o governo atrelou o projeto de ajuda aos estados com outro, que autoriza reajuste para policiais e bombeiros do Distrito Federal custeado com recursos do Tesouro por meio do Fundo Constitucional do Distrito Federal.

A proposta foi aprovada nesta quarta no Senado.

Enquanto o reajuste dos policiais do DF não estivesse garantido, a ajuda aos estados não chegaria. A tendência é que apenas os policiais e as Forças Armadas tenham o reajuste garantido por Bolsonaro.

As demais categorias devem ter a reposição salarial vetada.

"Existe uma recomendação para o veto do reajuste e, se o presidente vetasse antes, impossibilitaria policiais do DF de receber o reajuste", disse Bezerra.

Bolsonaro tem até o próximo dia 21 para fazer a sanção. Se a sanção for feita no limite do prazo, o recurso chegará aos cofres dos entes federados só no fim do mês de maio.

A demora do governo em sancionar o projeto causa um desencaixe ainda maior nas contas públicas. Já perdemos 30% das nossas receitas em abril, e maio já está praticamente no fim. São já dois meses de perdas com a pandemia", disse o governador do Rio Grande do Sul.

Em Roraima, a situação também é de angústia.

Embora o governador Antonio Denarium (PSL) seja apoiador de Bolsonaro -com quem tem uma foto em seu celular-, o governador lamentou a morosidade no repasse.

"Esse recurso é extremamente necessário para podermos ter como viver com a queda da arrecadação neste período. Cada dia que passa sem esse recurso fica mais difícil", disse o governador à reportagem.

Assim que o projeto for sancionado por Bolsonaro, Roraima espera receber R$ 147 milhões do governo federal.

Segundo Denarium, o recurso será utilizado para a compra de equipamentos para o combate ao novo coronavírus, já que a folha de pagamento dos servidores já está quitada.

Segundo o governador, a pandemia já resultou em uma queda de 36% na arrecadação do estado nos primeiros dias de maio em relação ao mesmo período do ano passado.

"Até hoje estamos conseguindo, mas não sabemos qual será o custo do coronavírus. É para isso que precisamos do recurso."

A morosidade na sessão do projeto tem sido fortemente cobrada pelos senadores, especialmente ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Relator da proposta, Alcolumbre construiu o projeto com a equipe econômica do governo e do próprio presidente Bolsonaro, de quem garantiu que tinha apoio para a sanção.

"Quem tem de nos dar uma explicação para essa demora na liberação dos recursos é o presidente Davi. Ele que relatou o projeto, que construiu a proposta com o governo e garantiu o nosso voto. Ele não explicada nada", disse o senador Esperidião Amin (PP-SC).

Integrante da Mesa Diretora e responsável por presidir a sessão no dia da votação do projeto, o senador Weverton Rocha (PDT-MA) defendeu que, caso o reajuste dos servidores aprovado pelo Congresso na medida seja vetado por Bolsonaro, os congressistas derrubem o veto.

"Ele [Bolsonaro] só terá problema se comprar essa briga com o Congresso. Há um forte sentimento no Senado de que qualquer tipo de veto seja derrubado", disse.

Nesta quarta, sem fazer referência direta ao presidente, Alcolumbre afirmou que é a hora de os entes federados e congressistas unirem forças para que os recursos cheguem aos estados e municípios.

"Acho que é chegada a hora de conclamarmos todos os líderes, estados e municípios para que cheguemos a uma ajuda rápida."

O pacote prevê que R$ 10 bilhões serão repassados diretamente para o enfrentamento ao coronavírus -R$ 7 bilhões aos cofres de estados e do Distrito Federal e R$ 3 bilhões aos dos municípios.

O restante do valor a ser transferido (R$ 50 bilhões) será distribuído de duas formas, sendo R$ 30 bilhões distribuídos diretamente aos estados e ao DF e os outros R$ 20 bilhões municípios.

O rateio será feito segundo a regra de proporção, levando em consideração critérios mistos, como as perdas de ICMS (imposto estadual) e de ISS (municipal) causadas pela pandemia e o número de habitantes.

Apesar de o governo ter aceitado elevar o valor das transferências diretas para R$ 60 bilhões, o montante ainda ficou abaixo da versão do plano de auxílio aprovado pela Câmara em abril, que, segundo o Tesouro Nacional, poderia ter custo acima de R$ 200 bilhões.

IARA LEMOS
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) 

 

Experiência em Floriano distribui cloroquina e trata 21 pacientes em casa com covid-19

Foto: Ascom/prefeitura de Floriano


Uma experiência na cidade de Floriano, que trata pacientes com sintomas leves da covid-19, chama atenção da classe médica e do Ministério da Saúde. 

Floriano foi uma das primeiras cidades no Brasil a ofertar na rede de Atenção Básica do município a cloroquina e azitromicina, medicação utilizada no tratamento da covid-19.

A Secretaria Municipal de Floriano, cidade localizada a 244 km de Teresina, está distribuindo kit de hidroxicloroquina e azitromicima para pacientes fazerem o tratamento em casa. Um total de 21 pacientes estão sendo monitorados pela Secretaria Municipal de Saúde de Floriano e tem conseguido bons resultados.

Nesta quinta-feira (14), a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, está em Floriano para conhecer o novo protocolo adotado de forma domiciliar e entre pacientes internados no Hospital Tibério Nunes. 

O tratamento conta com orientação da médica Marina Bucar Barjud, que trabalha na linha de frente no combate à doença no Hospital HM Puerta del Sur, em Madrid, na Espanha. 

A Secretaria de Saúde de Floriano adquiriu 300 kits da medicação utilizada em fase inicial do tratamento da Covid-19 (cloroquina e azitromicina).

O secretário Municipal de Saúde de Floriano, James Rodrigues, explica o método. 

O paciente com sintomas leves da covid-19 - tosse, febre - procura a UBS da Funasa e lá a pessoa passará por uma série de avaliações médicas e exames como tomografia, eletrocardiograma e exames de sangue. A UBS é a referência no município para tratar e distribuir os medicamentos. 

Após avaliação, o paciente leva um kit de medicamentos - hidroxicloroquina e azitromicina - para fazer o tratamento por sete dias em casa. 

Segundo o secretário James Rodrigues, a diferença do tratamento de Floriano para outros estados é a prescrição precoce para reduzir a fase de inflamação.

"Estamos fazendo um tratamento precoce com atenção básica para evitar que a doença evolua e o paciente se interne. Tudo com acompanhamento da equipe de saúde e realização de novos exames. Os resultados são bastantes positivos", afirmou o secretário.

O Hospital Tibério Nunes - que atente todo o sul do estado - tem 10 leitos de UTIs e 50 leitos clínicos.

Segundo o secretário de Floriano, o protocolo no tratamento domiciliar foca na fase 1 - que é o início da doença. "A cloroquina reduz o processo de inflamação. Não é a cloroquina que está ajudando, é também uma série de medidas".

Dos 21 pacientes que fazem tratamento domiciliar, o secretário disse que todos não evoluíram para a fase 2, que é internação.

"O paciente é acompanhado, volta a fazer exames como eletrocardiograma, pois sabemos que há alguns efeitos colaterais em pacientes com cardiopatia. 

Três óbitos em Floriano

O secretário garante que a experiência não é o "salvador da pátria" e que o segredo é a prescrição precoce. Os três pacientes que morrem ontem em Floriano são pessoas de outros municípios. Um óbito foi paciente de Socorro do Piauí, de 66 anos, outro de 57 anos de Manoel Emídio e a terceira morte foi um paciente de 76 anos de Júlio Borges.

"Não temos a cura do coronavírus. O que estamos mostrando é que o caminho é combater na forma precoce", disse.

O médico Justino Moreira, diretor Técnico do Hospital Regional Tibério Nunes, afirmou que o tratamento na fase inicial da doença tem sido de fundamental importância para a melhora clinica dos pacientes submetidos à medicação. 

“Nos primeiros dias, o vírus circula no organismo e depende da resposta imunológica da pessoa. Na maioria dos casos, os anticorpos conseguem combater a doença. Mas em outras acontece um hiperinflamação, comprometendo os pulmões”, afirmou. 


Flash Yala Sena
[email protected] 

Médico na linha de frente da Covid conta sobre apoio entre colegas no hospital

O endocrinologista André Gonçalves, um dos profissionais na linha de frente contra a Covid-19 no Piauí, contou um pouco sobre a rotina no Hospital Universitário e também sobre os cuidados em casa. Para proteger a família, o médico tem ficado isolado e o contato tem sido apenas visual. 

"Temos uma área suja e outra limpa. Tomo banho no hospital mesmo e trago roupas limpas de casa para não ter mais contato com o ambiente hospitalar, com os pacientes. Em casa, optei por ficar isolado da minha família, em quarto separado, e ter só contato visual com minhas filhas e minha esposa", disse o endocrinologista que trabalha na enfermaria do HU para pacientes com Covid-19.

No hospital, ele conta que os colegas de profissão têm ajudado uns aos outros. 

"Tem uma preocupação de todo mundo com o contágio. A gente tem visto várias evidências de profissionais de saúde com alto grau de contaminação. É um vírus de transmissão muito fácil. A gente fica ansioso por essa preocupação. Fica o tempo todo, um policiando o outro para que a gente evite esquecer algum detalhe ou cometa algum descuido", disse o médico que ressalta oos protocolos de segurança diários para evitar a contaminação.

 

Graciane Sousa
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Secretário de Picos que fiscalizava ônibus clandestino e isolava ruas contrai Covid-19

O secretário de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana de Picos, Edilberto Cirilo de Sousa, 56 anos, testou positivo para a Covid-19.  O gestor não tem sintomas da doença e está isolado em um quarto da sua casa.  

O secretário estava atuando na linha de frente de fiscalização dos ônibus clandestinos, isolamentos das ruas, fiscalização do comércio e ajudava a controlar as filas dos bancos na cidade.

Em vídeo, o secretário faz um alerta sobre o poder de contágio do novo coronavírus. Edilberto Cirilo afirma que, mesmo na linha de frente, sempre tomou medidas para evitar ser contaminado e, ainda assim, foi acometido com a Covid-19.

Ele alerta que o vírus está mais próximo do que a gente imagina. “Sempre tive maior cuidado, sempre andei de luva, máscara, sempre usei álcool em gel e, mesmo assim, estou acometido com esse vírus”, disse o secretário.

O secretário de Transporte faz um apelo para que a população de Picos respeite as medidas de isolamento social e evite sair de casa.

“Quero fazer um apelo fazer um apelo para população, pessoas, amigos. Quem puder ficar em casa, fique. Evite sair nas ruas porque eu não tive contato diretamente com nenhuma pessoa que eu soubesse que estava contaminado e não pegava em nada. Sempre tive muito cuidados, às vezes tinha cuidado até exagerado”, alerta o secretário. 

Em Picos, segundo informações da prefeitura da cidade, há 85 casos confirmados de Covid-19 na cidade. 

 

Izabella Pimentel
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