Cidadeverde.com

Bolsonaro diz que militares que receberam auxílio emergencial serão punidos

Foto: Marcos Corrêa/PR

 

O presidente Jair Bolsonaro chamou de "garotada" o grupo de militares que recebeu de forma irregular o auxílio emergencial do governo. O presidente disse que os casos estão sendo identificados e que, além de devolver o dinheiro, serão punidos.

Na segunda-feira, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que mais de 70 mil militares ativos, inativos, de carreira, temporários, pensionistas, dependentes e anistiados receberam o auxílio de R$ 600 destinado a trabalhadores informais e desempregados durante a pandemia do novo coronavírus. Em nota, os Ministérios da Defesa e da Cidadania reforçaram que os Comandos das Forças Armadas apuram "possíveis irregularidades" no processo.

Perguntado se pediria para a Caixa, o Dataprev e o Ministério da Cidadania investigarem a concessão do auxílio para os militares, o presidente pediu que não rotulasse esse grupo como "militares"

"Não fala militares não, tá? É o praça prestador do serviço militar inicial. Mais ou menos 2%, 3% da garotada presta o serviço militar obrigatório e são pessoas oriundas das classes mais humildes da população, são os mais pobres", disse na saída do Palácio da Alvorada.

O presidente justificou que os jovens teriam recebido o auxílio por não terem renda no ano passado e serem de família pobres, mas não descartou a punição.

"No nosso meio, quando ocorre algo errado no meio militar, o bicho pega. Estão sendo identificados. Vão pagar. Vão devolver o dinheiro e vão pegar uma punição disciplinar", declarou.

Por Emilly Behnke
Estadão Conteúdo

Bolsonaro diz que Enem pode atrasar, mas tem que ser feito em 2020

Foto: Marcos Corrêa/PR

 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira (13) que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) pode ser postergado por causa da pandemia do novo coronavírus, mas terá que ser realizado ainda em 2020.

Na semana passada, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que o exame não seria adiado e que não foi feito para corrigir injustiças.

"O Enem, se for o caso, atrasa um pouco, mas tem que ser aplicado este ano", disse Bolsonaro aos jornalistas na porta do Palácio da Alvorada.

Como a Folha de S.Paulo mostrou nesta quarta-feira, não há plano de contingência para realização do Enem caso a pandemia do novo coronavírus se prolongue até novembro, segundo Camilo Mussi, presidente substituto do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas), órgão ligado ao Ministério da Educação e responsável pela prova. As inscrições para o exame começaram nesta segunda (11).

De acordo com Mussi, o MEC (Ministério da Educação) e o Inep têm dialogado com o Ministério da Saúde para que decisões sejam tomadas. O presidente do instituto afirmou que não há qualquer possibilidade de o Enem 2020 ser cancelado e que o adiamento seria prejudicial para o acesso de estudantes à universidade, mas confirmou que em até um mês haverá nova reunião com o ministério para reavaliar a situação.

Um funcionário da área técnica do Inep disse à Folha de S.Paulo, em condição de anonimato, que é praxe do instituto criar planos de contingência para eventuais crises, mas que não houve um planejamento específico relacionado à pandemia do novo coronavírus.

Segundo este funcionário, já há atrasos na preparação do órgão para o exame. O edital para contratação da gráfica foi suspenso em abril após uma série de questionamentos realizados por uma gráfica interessada em concorrer. Para ele, se até junho o contrato com a gráfica não estiver sido assinado o risco do Enem atrasar aumenta. Isso porque um dos serviços prestados pela gráfica é a diagramação da prova em um local seguro e isolado -serviço que precisa ser realizado presencialmente.

O funcionário afirma que as equipes responsáveis pela prova estão enfrentando diversos problemas operacionais e que se não conseguirem superá-los pode não haver Enem em 2020.

DANIEL CARVALHO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) 

 

Wi-Fi é liberado em frente a quatro agências da Caixa em Teresina

Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com

As quatro principais agências da Caixa Econômica Federal de Teresina, onde estão instaladas as tendas de proteção e organização de filas, passaram a contar com pontos de internet gratuita para que os clientes possam consultar dados e acessar os sistemas de pagamento do banco. Além disso, funcionários com tablets auxiliam quem está com dificuldades na busca por atendimento.

Foram contempladas as agências nas Avenidas Barão de Gurgueia e Presidente Kennedy, além dos bancos localizados nos bairros Parque Piauí e Dirceu. A liberação do Wi-Fi teve início nesta quarta-feira (13). Com acesso à internet, os clientes  poderão consultar informações, além de baixar e utilizar os aplicativos como o Caixa Tem, auxílio emergencial e poupança digital, além do próprio aplicativo do banco e de serviços específicos como FGTS e Habitação.

"Além da dificuldade em acessar o próprio sistema da Caixa, muitas pessoas chegam às agências com celular sem acesso à internet e isso acaba contribuindo para o aumento das filas porque, sem resposta, elas acabam procurando as agências", esclarece a superintendente da Suparc, Viviane Moura. 

Ela complementa que a disponibilização do Wi-Fi vai reduzir os atendimentos dentro da agência, fazendo com que alguns casos sejam solucionados ainda na fila, evitando a exposição das pessoas ao risco de contágio da Covid-19.

O diretor-presidente da Piauí Conectado, Emerson Silva, pontua que os funcionários que auxiliam no atendimento foram treinados. 

“Com pagamento da segunda parcela do auxílio, sabemos que vai ser um movimento muito grande de pessoas. São ações simples, que vão fazer a diferença no tempo de espera na fila”, pontou.

 

Da Redação
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Teresina confirma 90 casos de Covid-19 em 24 horas

Foto: Cadu Rolim /Fotoarena/Folhapress

O número de casos confirmados de Covid-19 bateu novo recorde em Teresina nesta terça-feira: foram 90 nas últimas 24 horas. A capital registrou também mais três óbitos pela doença, somando agora 937 casos confirmados e 26 mortes pelo novo Coronavírus.

Dois óbitos aconteceram nesta terça-feira: um homem de 41 anos, residente na zona Norte, que estava internado no Hospital Getúlio Vargas; e um homem de 23 anos, imunossuprimido, residente na zona Sul e que estava internado no Hospital do Promorar. A terceira vítima faleceu dia 10 de maio, mas só houve a confirmação por Covid-19 hoje. Era uma mulher, de 97 anos, residente na zona Sudeste, diabética e com doença cardiovascular crônica, que estava internada no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela.

O prefeito Firmino Filho lamentou o crescimento nos números. “Hoje, três famílias tiveram perdas irreparáveis, inclusive um jovem, de apenas 23 anos, que tinha um futuro pela frente. Confirmamos mais 90 casos, em 24 horas. Os números nos assustam, porque é um crescimento que está sendo observado em todo o Piauí e em todo o país. No Brasil, foram 881 pessoas que não vão voltar para a convivência de suas famílias. Vidas que não retornam mais. Por isso, a gente pede, reforça: fica em casa. Essa é a única arma que temos para evitar que mais pessoas entrem para essas estatísticas”, disse.

A enfermeira Wesllany Sousa Santana, do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE), da Fundação Municipal de Saúde de Teresina, reforçou que é imprescindível que as pessoas evitem sair às ruas e se mantenham em casa o máximo possível. “Os números estão em crescimento e refletem o afrouxamento do distanciamento social que temos observado nas últimas semanas. Nós precisamos novamente aumentar o percentual de distanciamento social na cidade inteira, só assim teremos como reduzir o número de pessoas contaminadas”, alerta.

A Covid-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio de: toque do aperto de mão; gotículas de saliva; espirro; tosse; objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos, teclados de computador etc.


Da redação
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'Estou fazendo valer a lei', diz Bolsonaro sobre mostrar exames

Foto: Marcos Corrêa/PR

 

O presidente Jair Bolsonaro citou o respaldo da lei mais uma vez para falar sobre a proteção da sua intimidade para justificar o sigilo de seus exames para o novo coronavírus. O jornal O Estado de S. Paulo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obter o resultado dos exames de covid-19, que o mandatário se recusa a divulgar.

Bolsonaro destacou que mandou entregar os papéis e que agora está "na mão" do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que decidirá sobre o assunto. "Eu estou fazendo valer a lei. Eu e você nós somos escravos da lei e a lei disse que a intimidade, isso aí você não precisa divulgar. Por isso, desde o começo eu me neguei a mostrar", declarou.

Na noite de terça, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que entregou ao ministro os exames que o presidente fez para detectar o novo coronavírus. O gabinete de Lewandowski comunicou que os exames foram recebidos às 22h de terça-feira e que seriam encaminhados para análise do ministro nesta quarta.

"O meu advogado chama doutor José Levi, da AGU. O ministro vai decidir hoje. O Lewandolvisk deve decidir hoje à tarde se dá a liminar, decide se eu entrego ou não, mas já mandamos entregar para ele, e ele decide o que fazer. Está na mão dele", disse.

Lewandowski teria a palavra final sobre uma ação aberta pelo jornal para ter acesso aos testes. A Justiça Federal de São Paulo e o Tribunal Regional Federal da 3ª Região garantiram o acesso aos exames, mas o Superior Tribunal de Justiça acolheu o recurso da AGU na semana passada e manteve o sigilo sobre os documentos. O Estado então fez novo pedido ao STF.

Bolsonaro informou em março que fez dois exames e que ambos deram negativo para covid-19, mas se recusava a apresentar os laudos até esta terça-feira.

"Alguns acham que estou mentindo sobre exame ter dado negativo, já adianto que caíram do cavalo, como vão cair do cavalo sobre o vídeo", disse em referência ao vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. A gravação é objeto de inquérito no STF que apura possíveis interferências de Bolsonaro na Polícia Federal.

Por Emilly Behnke
Estadão Conteúdo

Estados abrem 1.400 leitos de UTI para Covid-19, mas ocupação segue alta

Foto: MARCELO CHELLO/CJPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

 

Oito estados brasileiros estão com ocupação cima de 70% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para o tratamento da Covid-19, sendo Ceará e Pernambuco acima de 90% e Maranhão e Rio de Janeiro acima de 80%.

O cenário preocupante se mantém mesmo com a forte expansão do número de leitos de terapia intensiva registrada na última semana. Ao todo, os estados abriram mais de 1.400 novos leitos de UTI, um avanço de 12% em relação à semana anterior.

O avanço foi possível com a inauguração de novos hospitais de campanha, a chegada de novos ventiladores pulmonares, a aquisição de leitos da rede privada e o remanejamento interno de leitos dentro da própria rede pública.

Os estados de Pernambuco e Ceará seguem entre os que registraram maior ocupação dos leitos de terapia intensiva, em um patamar acima de 90%. O Amazonas não informou os dados, mas a reportagem apurou que os leitos estão praticamente em sua capacidade máxima.

Outros seis estados têm ocupação acima de 70%: Rio de Janeiro, Pará, Maranhão, Rio Grande do Sul, Alagoas e Acre. Espírito Santo e São Paulo aparecem na sequência com 68% de ocupação.

Dentre os estados brasileiros, São Paulo foi o que mais conseguiu expandir a rede para atendimento de pacientes graves da Covid-19, com a inclusão de 658 novos leitos de UTI na última semana.

Nesta segunda-feira (11), o estado tinha 5.675 leitos de terapia intensiva, sendo 3.871 ocupados com casos confirmados ou suspeita de Covid-19. Na Grande São Paulo, a taxa de ocupação tem ficado acima de 85%.

O Rio de Janeiro, que estava próximo de um cenário de colapso, teve um alívio nesta semana com a inauguração de mais dois hospitais de campanha e a abertura de 148 leitos de UTI. Em uma semana, a taxa de ocupação das UTIs estaduais caiu de 97% para 83%.

A expectativa, contudo, é que a ocupação volte para um patamar acima de 90% com a transferência de pacientes que estavam em leitos clínicos. Nesta segunda, o estado registrava fila de 447 pessoas aguardando por leitos de UTI, quase cem pessoas a mais do que uma semana antes.

O governador Wilson Witzel (PSC) só abriu três dos dez hospitais de campanha ou modulares que havia prometido até abril, disponibilizando 190 das 990 vagas previstas. Todos ficam na capital.

Em Pernambuco, o sistema de saúde permanece em estágio de colapso. Dados da central de regulação de leitos referentes a esta segunda-feira (11) indicavam que 284 pacientes com síndrome respiratória aguda grave aguardavam na fila por uma vaga de UTI.

Mesmo reconhecendo o tamanho da fila, a Secretaria de Saúde de Pernambuco informa que há uma ocupação de 96% dos 532 leitos criados exclusivamente para doentes com suspeita de Covid-19.

Em situação semelhante, o Ceará possui 90% dos leitos de terapia intensiva para Covid-19 ocupados. Ao todo, o estado tem 481 UTIs na rede pública destinadas ao tratamento da doença.

Na última semana, o governo do Ceará abriu novos leitos de terapia intensiva no Hospital Leonardo da Vinci e Hospital de Campanha de Messejana. O governo aguarda ainda a chegada de 200 respiradores adquiridos no exterior para ampliar a oferta de UTIs na rede pública.

Um dos primeiros estados a ter o sistema público de saúde em colapso, o Amazonas informou que tem 170 pacientes em leitos de terapia intensiva, sendo 103 na rede pública e 67 na rede privada.

Profissionais de saúde do estado relatam à reportagem que as UTIs da rede estadual em Manaus, a única cidade do estado com esse serviço, estão trabalhando praticamente na capacidade máxima.

O Pará, que decretou bloqueio total em nove cidades do estado nesta semana para reduzir o avanço do novo coronavírus, informou que tem 77,3% dos leitos ocupados. O estado conseguiu expandir sua rede de atendimento para pacientes graves, mas também enfrenta problemas com respiradores.

Outro estado que enfrenta problemas é o Acre, que viu a sua rede de leitos de terapia intensiva cair de 38 para 27 leitos em uma semana.

Segundo o governo do estado, a redução ocorreu porque a rede particular voltou atrás no fornecimento de leitos intensivos para a rede pública. Com a redução da oferta, 70% dos leitos de UTI para Covid-19 estão ocupados.

O estado de Roraima, que na semana passada tinha 100% das UTIs ocupadas, nesta semana não encaminhou informações sobre a ocupação de leitos à reportagem. O governo do estado, contudo, informou que ampliou o número de leitos de terapia intensiva para 38 na rede pública.

Fonte: FOLHAPRESS

 

Timon registra primeira morte por coronavírus; município tem 69 confirmados

O município de Timon registrou sua primeira morte por Covid-19 nesta terça-feira(12). A cidade maranhense vizinha a Teresina confirmou o óbito no boletim epidemiológico, que possui ainda 69 casos confirmados da doença. 

Uma idosa de 79 anos, que deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com parada cardíaca. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ela foi levada para sala Vermelha para tentar reanimação, no entanto, ela não resistiu. A vítima foi submetida ao teste rápido para diagnóstico da COVID-19 e o resultado foi positivo. A paciente era diabética, hipertensa e estava com pneumonia. O óbito ocorreu na UPA por volta das 22h50 desta terça (12).

“Segundo informações repassadas aos profissionais de saúde, a idosa que morava no bairro Parque União, começou a apresentar sintomas da síndrome gripal no último dia 02 de maio e não estava cumprindo o isolamento domiciliar, o que aumenta a preocupação das equipes de vigilância sanitária no município com o risco de disseminação do vírus”, destaca a nota no site da Prefeitura de Timon.

Ainda de acordo com o boletim da gestão municipal, as pessoas infectadas com o novo coronavírus em Timon estão presentes em 29 bairros. Os de maior número de casos são: Parque Piauí (11), Povoado Bom Viver (6), Parque União, Santo Antônio e São Benedito (5), cada um.

Casos confirmados por faixa etária:
0 a 9 anos (0)
10 a 19 anos (4)
20 a 29 anos (16)
30 a 39 anos (24)
40 a 49 anos (11)
50 a 59 anos (6)
60 a 70 anos (5)
Acima 70 anos (2)
Não informado (1)
 
Na gestão de atendimento dos 69 casos confirmados, a equipe epidemiológica de Timon tem acompanhado:
(41) casos de isolamento domiciliar
(25) casos recuperados
(1) caso de óbito
(3) casos de internação em enfermaria
(0) caso de internação em UTI
 
Os dados do boletim de epidemiológico também mostram o número de casos de acordo com o sexo:
* Masculino - 34 casos, o equivalente a 49.28%.
* Feminino - 35 casos, ou seja 50.72% do total dos casos.
 
Casos suspeitos presentes em 56 bairros de Timon. Veja os três bairros com maior número de casos suspeitos:
Parque Piauí (22)
São Benedito (12)
Formosa (10)

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com


Caroline Oliveira
Com informações da Prefeitura de Timon
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STF mantém fechamento do comércio em Parnaíba e ministra cita falta de UTI

Foto: Nelson Jr./STF

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento ao pedido de reclamação constitucional ajuizada pela prefeitura de Parnaíba,  que  questionava a suspensão, pela Justiça, de decreto que permitia o funcionamento do comércio local durante a pandemia do novo coronavírus. A decisão foi publicada nessa quarta-feira (13).

Em março, após Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Piauí, por meio do Promotor de Justiça Antenor Filgueiras, a juíza  Anna Victória Cavalcanti determinou suspensão de decreto municipal que autorizava retomada do comércio no município. O prefeito Mão Santa (DEM) também teve que se abster de autorizar nova abertura do comércio por 15 dias, a contar da intimação da decisão, sob pena de multa diária no valor de R$ 25 mil em caso de descumprimento. 

A ministra Rosa Weber entendeu que as normas municipais contrariam regras estabelecidas no decreto do governador Wellington Dias, que suspendeu todas as atividades comerciais e de prestação de serviços públicos no Piauí e estendeu prazo das medidas de distanciamento social. 

O município de Parnaíba sustentava afronta ao entendimento firmado pelo STF no julgamento da ADI 6341, quando foi reconhecida a competência concorrente dos entes federativos para a adoção de medidas normativas e administrativas de enfrentamento à Covid-19 e para a definição dos serviços essenciais. 

Segundo a ministra, o município somente poderia fazer ajustes à determinação da norma estadual, a fim de atender necessidade local, se fosse capaz de justificar a opção como a mais adequada para a saúde pública, em razão do pacto federativo na repartição de competências legislativas comum administrativa e concorrente. No caso, de acordo com as decisões questionadas, não houve justificativa ou comprovação para a adoção, pela prefeitura de Parnaíba, de afrouxamento nas medidas  de isolamento social.

"Observa-se que o retorno as atividades comerciais, ao menos neste momento é prematura, e se permitida causará grave e imenso prejuízo a saúde da coletividade", cita a ministra.

Rosa Weber também ressaltou em sua decisão o insuficiente número de leitos de UTI no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, em Parnaíba.

"Na cidade de Parnaíba, o Hospital Dirceu Arcoverde conta com 11 leitos de UTI 8 adulto, sento que destes, 1 leito é destinado a pacientes que necessitam de isolamento. Existe 10 leitos de UTI neonatal e 8 leitos de Semi-intensiva (Sala Vermelha). Atualmente, todos os leitos estão ocupados, sendo utilizados com pacientes que apresentam diversas comorbidades e/ou em recuperação cirúrgica. Destarte, se no presente momento, alguma pessoa acometida de covid-19, ou mesmo de algum acidente grave, necessitar de UTI do Hospital Dirceu Arcoverde-HEDA, a mesma não poderá se utilizar de tais recursos, face a indisponibilidade do sistema de saúde. Fazendo por necessário, em face do grave quadro de saúde pública, aplicar-se dois importantes princípios, tão já debatidos no Direito ambiental, a saber, os princípios da precaução e da prevenção, tudo com o fito maior de evitar o colapso de um sistema que já encontra-se exaurido e proteger o maior número de vidas humanas, neste momento de crise global", diz a decisão.

Veja aqui a decisão 


Izabella Pimentel
Com informações da STF
[email protected] 

Justiça determina busca e apreensão de respiradores do Piauí que foram confiscados

Foto: Pablo Cavalcante

A Justiça Federal determinou busca e apreensão de respiradores do Piauí que foram confiscados pelo Ministério da Saúde.

A decisão é do juiz federal da 2ª Vara da Justiça Federal no Piauí, Márcio Braga Magalhães. 

Veja decisão judicial

O magistrado determina as apreensões na cidade de Osasco, sede das empresas, e a Seção Judiciária de São Paulo realizem todos os atos necessários para apreensão de 41 ventiladores mecânicos (respiradores pulmonares) nas empresas Intermed Equipamentos Médico Hospitalar e Magnamed Tecnologia Médica S/A, referentes à primeira parcela da compra realizada pelo Estado do Piauí que não foram entregues.

Na mesma decisão, o juiz indeferiu o pedido de reconsideração feito pelas empresas e permitiu que o Estado acompanhe as diligências nas empresas. O Governo do Piauí, ainda no mês de março, havia comprado 80 respiradores, mas o Ministério da Saúde requisitou os aparelhos para distribuir a outros estados, gerando, assim, o inadimplemento na entrega dos bens e o caso teve que ser judicializado.

Apesar da decisão da apreensão ser de apenas 51% do total comprado pelo Estado, o governador Wellington Dias disse que já é uma vitória tendo em vista a necessidade e urgência de ter esses aparelhos para equipar os leitos clínicos que servirão para o tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus.

“Será realizada a apreensão de 21 ventiladores na empresa Magnamed e 20 ventiladores na Intermed. Esperamos que a segunda parcela também seja entregue o quanto antes, pois são vidas que estão dependendo destes aparelhos”, destacou o gestor.

"A União confiscou os respiradores do Piauí e ao ser questionada, o governo federal informou que não sabia do contrato entre as empresas e o governo do Piauí e assim que soube recomendou que  elas cumprissem o acordo e entregassem os equipamentos", disse o procurador geral do Estado, Plínio Clerton.

A Procuradoria Geral do Estado informou ainda que as empresas justificaram que não cumpriram o contrato por falta de insumos para a fabricação dos respiradores.


Flash Yala Sena (Com informações do governo)
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Presidente da Federação de Pernambuco prevê retorno dos treinos em junho

Passados 30 dias de férias antecipadas para jogadores e comissões técnicas dos clubes, entidades e federações já começam a projetar o retorno do futebol no Brasil. Nesta terça-feira, o presidente da Federação Pernambucana, Evandro Carvalho, indicou que os treinos para a retomada do Estadual devem ser retomados na segunda quinzena de junho.

"Nossa expectativa é a segunda quinzena de junho, nós retornarmos o treinamento. Antes disso, a previsão é que já tenhamos campeonatos estaduais em pelo menos três ou quatro estados do Brasil no começo de junho. Isso é muito animador", afirmou o dirigente, em entrevista à Rádio Jornal.

Carvalho, contudo, evitar apontar uma data para o reinício do próprio Estadual. "Temos hoje um cenário bem animador, mas cada estado é uma realidade. Estamos otimistas com o restante do Brasil em comparação a Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará que tem uma curva muito grande e em nenhuma hipótese cogitamos (o retorno do futebol em Pernambuco) para maio", declarou.

A Federação de Pernambuco não é única a já falar em retorno dos treinos. Ainda na terça, a Federação de Santa Catarina levantou a possibilidade de retomar o Estadual até o dia 5 de junho. No mesmo dia, o governador Carlos Moisés da Silva liberou o retorno dos treinamentos, seguindo os protocolos de combate à covid-19.

No Rio Grande do Sul, os treinos foram retomados na semana passada. E tanto Grêmio quanto Internacional já começaram a se adaptar em atividades físicas e até com bola que respeitam o distanciamento entre os jogadores. No Grêmio, chegou a se criada uma escala de treino, com jogadores chegando ao CT em horários diferentes.

Fonte: Estadão Conteúdo

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